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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 25

CENA 01. Vale do Sol. Convento. Quarto de Mônica e Olívia. Interior. Dia.

Mônica conta para Olívia sobre relacionamento de George e Viviane.

Mônica entra no quarto, e Olívia diz: — O que você tinha pra me falar? Por que está com essa cara de velório?

Mônica gagueja e fala: — Esqueci. Mas não era nada demais.

Olívia: — Eu te conheço bem. Você é minha melhor amiga. Sei que não esqueceu, fale- me, por favor.

Mônica respira fundo, e fala: — Sabe a Viviane?

Olívia: — Sei sim. A prostituta lá do A Cor do Pecado.

Mônica: — Essa mesma. Ela e o George…

Olívia nervosa interrompe e diz: — O que é que tem eles dois?

Mônica: — Eles estão juntos.

Olívia chora e diz para Mônica: — Estava bom demais para ser verdade amiga. Pensei que ele era diferente. Mas não.

Olívia continua chorando, e Mônica a consola.

 

CENA 02. Vale do Sol. Casa de Teodoro Fonseca. Quarto de Lorena. Interior. Dia.

Teodoro Fonseca fala para Lorena apressar casamento.

Teodoro Fonseca bate no quarto: — Filha?!

Lorena: — Oi pai! Entre.

Teodoro Fonseca senta- se na beira da cama e fala para sua filha: — Precisamos conversar.

Lorena: — Mas agora pai? Estou lendo um livro tão interessante.

Teodoro Fonseca: — Tenho certeza do que eu tenho pra falar é mais interessante.

Lorena: — Fala logo pai. Fiquei até nervosa.

Teodoro Fonseca: — Você vai se casar sim na próxima semana. E dessa vez nada de enrolação.

Lorena: — Mas pai…

Teodoro Fonseca: — Nem mais, nem menos. Está decidido: você casara- se com o Fábio.

Teodoro Fonseca sai e Lorena chora.
CENA 03. Vale do Sol. Casa de Carlos. Quarto de Carlos. Interior. Dia.

Após uma longa noite de amor, Melissa e Carlos comentam do plano.

Melissa: — E o plano? Já estou achando que não vai sair pela demora.

Carlos: — Vai sim. É questão de tempo.

Melissa: — Mas vou admitir uma coisa pra você: eu não sinto mais nada por Samuel, a não ser desprezo e ódio, só quero ele pra ver a vagabunda da Cecília sofrendo.

Carlos: — Faço de suas palavras as minhas. Quero ficar com ela pra separá- la dele.

Carlos fica pensativo durante um tempo, e logo em seguida fala: — E o Júlio? Aquele moleque daria um bom plano.

Melissa: — Você está pensando no mesmo que eu estou pensando?

Carlos solta um sorriso e diz: — Creio que sim.

Melissa: — Você é genial amor!

 

CENA 04. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Quarto de Samuel. Interior. Dia.

Cecília comemora felicidade com Samuel.

Samuel: — Tanta coisa aconteceu no ano que passou que ainda estou duvidando se é verdade.

Cecília: — Concordo com você. Mas amor, temos que falar sério.

Samuel: — O que foi?

Cecília: — Está na hora de aumentar a família não é Júlio?

Júlio: — Pois é papai, já tá mais do que na hora de eu ter um irmãozinho ou irmãzinha.

Samuel: — Calma. Tudo tem seu tempo. Você terá sim sua irmãzinha.

E ali todos estão felizes e alegres.

 

CENA 05. Vale do Sol. Casa de Teodoro Fonseca. Quarto de Lorena. Interior. Dia.

Com Teodoro Fonseca fora de casa, Sérgio procura Lorena.

Lorena vê Sérgio em seu quarto e diz: — Como você conseguiu entrar aqui? E pra quê veio me procurar?

Sérgio aproxima- se dela e fala: — Eu te amo Lorena, eu te amo.

Lorena: — Sai daqui, não vem com conversa mole pro meu lado. Já tinha até te esquecido, vou casar, resumindo: minha vida tá ótima sem você por perto.

Sérgio: — Casar? Como assim? Casar? Com quem?

Lorena: — Não importa a você, mas falo já que quer saber. É com o Fábio.

Sérgio: — Não Lorena, não. Você não vai me deixar por aquele homem, vai?

Lorena: — Deixar você? Como vou te deixar se não lembro de você há tempos?

Sérgio: — Por favor, não casa com ele. Eu tenho tudo pra te oferecer: casa, amor, uma família.

Lorena: — É melhor você ir embora antes que eu chame o papai.

Sérgio sai e Lorena fala, consigo mesma: — Meu Deus, meu Deus. Já havia esquecido esse homem, e agora ele aparece e me apronta uma dessas. Mas tenho que esquecer ele, tenho que esquecer. Vou me casar com o Fábio. É ele quem devo amar: meu novo esposo.

CENA 06. Vale do Sol. Casa de George. Sala. Interior. Dia.

Olívia manda carta para George avisando que não o quer mais.

George: — Carta?! Vou aproveitar que a Viviane está em casa e vou lê- la.

Na carta diz o seguinte: Olá George. Sou eu, Olívia como você já pôde ver. Venho através dessa carta, dizer: o que há entre nós está acabado, como você pôde ter coragem de ficar com duas ao mesmo tempo? Como pôde levá- la para uma casa que um dia você disse que ia ser nossa? Não quero te ver nem coberto de diamante, estou com nojo de você. Como pôde enganar- me durante todo esse tempo? E eu feita uma boba acreditando em tudo que você falava. Tudo entre nós acabou agora, nesse exato momento.

 

Um abraço, Olívia.

George chora e quebra vaso na parede.

Ainda chorando olha- se no espelho e fala: — Idiota. Você mesmo. Você é um idiota. Pra quê você foi fazer isso? Tentar ficar com duas olha o que deu. Gosto da Viviane, mas amo a Olívia de verdade. Por que eu fui ser tão imbecil? Eu queria só uma chance novamente, apenas isso.

 

CENA 07. Vale do Sol. Casa de D. Quitéria. Sala. Interior. Dia.

Dona Quitéria e Andreia, falam do tal segredo das duas.

  1. Quitéria: — Andreia, você promete- me que nunca contará o segredo?

Andreia: — Claro que não, Dona Quitéria. Aliás, se caso eu contasse também me atingiria em cheio.

  1. Quitéria: — Ninguém nunca, em hipótese alguma poderá saber disso. É o meu fim.

Andreia: — Verdade!

  1. Quitéria: — Obrigada por ser essa grande amiga pra todas as horas.

As duas abraçam- se.

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