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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 17

‘’Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento’’.
PASSAM- SE 03 MESES

E NENHUMA NOTÍCIA SOBRE CECÍLIA

TODOS FALAM QUE ELA DESISTIU DO CASAMENTO.

 

CENA 01. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Sala. Interior. Dia.

Samuel e Marcos conversam sobre o futuro da cidade.

Samuel: — Vamos lá, meu camarada! É hora de falar sobre o futuro de nossa querida cidade.

Marcos: — Vamos! Acabei de descobrir que o Coronel Teodoro Fonseca será o vice do Coronel Cássio Mendes. Você aceita ser o meu vice?

Samuel: — Eu?!

Marcos: — Sim. Você mesmo. Só uma pessoa como você está: preparado pra entrar comigo nessas eleições. Aceita?

Samuel respira fundo e fala: — Sim. Eu aceito.

Marcos: — Ufa! Achei que não aceitaria.

Samuel: — Mas por que eu não aceitaria?

Marcos gagueja e fala: — Ahh… Porque, sei lá. Foi o que meio na cabeça agora.

Samuel: — É que você acha que eu ainda não me conformei por causa da Cecília não é? Isso!

Marcos: — Mas eu não falei nada! Não era nada disso.

Samuel: — Era sim. Cada dia que passa, tento esquecer ela. Sei que não está morta, mas que ela me abandonou no altar, eu tenho certeza.

Marcos: — Conheço bem a Cecília, e ela não faria uma coisa desse tipo. Algo nessa história deve estar muito errado.

Ninguém sabe, mas a realidade dos fatos é que um jagunço salvou Cecília durante o incêndio, após isso ele só fez fugir com ela, pois achou sua beleza extraordinária. Mas antes disso, Melissa havia dado umas pauladas em sua cabeça, o que fez com que ela perdesse um pouco de sua memória. Após tudo isso, o jagunço: Carlos, a levou para uma vila ali próxima, e desde então com ela desmemoriada conta que ela é sua esposa.

 

CENA 02. Vale do Sol. Vila de pescadores. Casa de Carlos. Sala. Interior.

Cecília começa a recordar de alguns momentos de sua vida.

Ela lembra de: um homem que amou muito, mas não sabe quem é, o homem é Samuel.

 

CENA 03. Vale do Sol. Casa de Ângelo. Portão. Exterior. Dia.

Coronel Teodoro Fonseca vai até a casa de Janaína.

Teodoro Fonseca: — Mas quanto tempo eu não te vejo!

Janaína: — Com licença coronel. Tenho coisa mais importante pra fazer.

Teodoro Fonseca: — Calma! Não vai nem abrir o portão pra mim?

Janaína: — Coronel, por favor, vá embora. Não tenho nada com você. E nem quero ter.

Ângelo observa a cena e sai furioso de dentro de casa.

Ângelo: — Você está de parabéns não é Janaína?

Janaína: — Mas o que eu fiz homem?

Ângelo: — Ah, vadia! Você ainda me pergunta o que estava fazendo? Conversando com esse canalha hipócrita. Você é uma mulher casada.

Janaína: — Mas estou só conversando, não há nada demais nisso. E além do mais já estava mandando ele: ir embora.

Ângelo tenta dar uma tapa na cara de Janaína, mas é surpreendido com um soco de Coronel Teodoro Fonseca.

O coronel logo fala: — Mexa com alguém como você. Seu canalha. Hipócrita.

Ângelo tenta revidar Teodoro Fonseca, mas é surpreendido com outro soco na cara. E ali os dois brigam intensamente, até ser separados por Janaína.

 

CENA 04. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão principal. Interior. Dia.

Natália revela ódio mortal por Ângelo.

Natália: — A dona Cecília tinha razão de odiar tanto aquele Ângelo.

Iara: — Mas você guarda alguma mágoa dele?

Natália: — Guardo sim!

Viviane: — E o que aconteceu amiga?

Natália: — Ele me abusou sexualmente ainda quando eu era criança.

Iara: — Mas que monstro! E ninguém descobriu isso?

Natália: — Ele me ameaçava. Eu tinha apenas 11 anos de idade, nunca contei isso pra ninguém, nem pra dona Cecília, me abri como nunca agora pra vocês.

Viviane: — Nossa! Que horrível isso!

Natália: — Mas um dia me vingarei daquele covarde, a se eu não me vingarei.

 

CENA 05. Vale do Sol. Convento. Quarto de Olívia e Mônica. Interior. Dia.

Olívia chora por não ter George, e Mônica a consola.

Olívia: — Nunca mais terei o George. O que foi que eu fiz pra merecer isso?

Mônica: — Calma amiga! Tudo é no seu tempo certo. Se vocês não puderam conseguir fugir naquele dia do casamento, é porque Deus reservou uma oportunidade muito melhor pra você.

Olívia ainda chorando fala: — Mas o que eu fiz? Fala- me Mônica.

Mônica: — Você não fez nada amiga.

Olívia: — Droga! Tudo por culpa de meu pai Mônica.

Mônica: — Ele só quer o melhor pra você: amiga.

Olívia: — Que nada! Já não tinha uma relação muito boa com meu pai em casa antes disso.

Continua falando brava: — Agora é que não teremos mesmo. Nunca mais quero ver ele na minha vida. Nunca mais!

 

CENA 06. Vale do Sol. Vila de pescadores. Casa de Carlos. Sala. Interior. Dia.

Carlos sai e Júlio, uma pequena criança dali, conversa com Cecília sobre sua vida e revela toda a verdade.

Júlio fala da porta: — E aí? O Carlos já saiu?

Cecília: — Já sim! Entra logo.

Júlio entra e Cecília fala: — Vai! Pode começar.

Júlio: — Você é nova aqui. Nunca foi esposa do Carlos, ele está dizendo isso porque você está desmemoriada. Num incêndio ele te trouxe pra cá, e você acabou sendo dada como morta lá na cidade grande.

Enquanto Júlio fala, Cecília começa a lembrar de algumas coisas e fala: — Não é possível. Eu estou começando a me recordar de muitas coisas.

Júlio: — E tente recordar muito mais. Vou embora, amanhã lhe trago novidades.

Cecília dá um beijo na bochecha de Júlio, que sai todo encantado.

 

CENA 07. Vale do Sol. Casa de Ângelo. Quintal. Exterior. Noite.

Ângelo está abaixado e quando vira é apunhalado.

Ângelo: — Não, não! Eu te imploro, por favor. Perdoe- me por tudo que já fiz com você. Não faça isso. É pra seu bem. NÃO!

Ângelo é deixado no quintal e o assassino sai correndo sem deixar pistas.

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