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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 16

CENA 01. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Galpão abandonado. Interior. Dia.

Cecília acorda e vê que o fogo tomou conta e se desespera.

Cecília chora e grita: — Socorro! Alguém tire- me daqui. Por favor, vou morrer, tenho que casar. Socorro! Socorro!

Apesar de todos esses gritos, Cecília não consegue sair do galpão e o fogo toma conta do local.

E O PIOR ACONTECE.

Após algumas horas, o fogo acaba e todos os jagunços procuram a moça, mas não a encontram.

 

CENA 02. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão principal. Interior. Dia.

Jagunço chega para avisar da possível morte de Cecília.

Jagunço: — Com licença!

Janaína chorando e desesperada fala: — Você tem alguma notícia da minha filha? Fala, por favor!

Jagunço: — Tenho sim. Infelizmente ocorreu um incêndio lá na fazenda do coronel Cássio Mendes, um dos outros jagunços falou que havia lhe visto por lá alguns minutos antes e entrando nesse galpão. Depois que todo o incêndio foi resolvido, entramos lá e nenhum corpo estava por lá.

Janaína se desespera mais ainda e é consolada por todos.

Samuel emociona- se e pergunta ao padre: — Padre, será que ela desistiu de nossa união?

Padre Alberto: — Conheço aquela menina desde garotinha, acho que ela não faria uma coisa dessas. Se ela vai fazer, ela faz, se ela não vai, ela logo diz que não. Ela tem palavra.

Samuel: — Mas será mesmo?

Padre Alberto: — Confie no que estou dizendo filho.

 

Após o casamento todos ficam chocados e vão para suas casas.

O assunto da cidade é o sumiço de Cecília.

 

PASSAM- SE ALGUNS DIAS

 

CENA 03. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão principal. Interior. Dia.

Rita: — O que vocês acham que aconteceu com a Dona Cecília?

Iara: — Acho que ela bateu a cabeça em algum lugar, sei lá. E deve estar desparecida por aí. Tenho certeza de que ela está viva.

Viviane: — Eu conheço muito bem a Dona Cecília. Ela não iria fugir assim do casamento, ela estava tão empolgada ultimamente.

Iara: — Pois é.

Natália: — Tudo o que vocês falaram não tem sentido. Eu acho mesmo que ela desistiu de casar, e pra não ficar feio pra imagem dela, acabou indo pra outra cidade.

Viviane: — Mas mudando de assunto. E o bordel? Como ficará? Já faz dias que não abrimos e os coronéis estão reclamando demais. E além do mais, o dinheiro já, já acaba.

Rita: — Pois está decidido. Eu quem ficarei comandando tudo aqui no cabaré. E vocês trabalharão como sempre, nada de ficar fazendo corpo mole, não é porque a Dona Cecília não está aqui que vocês não trabalharão.

Iara: — Você é engraçada mesmo, não é Rita? Vou até sair, pra rir sozinha.

 

CENA 04. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Sala. Interior. Dia.

Melissa vai até a fazenda de Samuel.

Melissa: — Olá!

Samuel bravo fala: — O que é que você está fazendo aqui Melissa? Não temos mais nada.

Melissa: — Calma, calma! Só porque foi abandonado no altar eu não tenho culpa né querido? Quem avisa amiga é.

Samuel ainda mais bravo fala: — Foi você não foi? Foi você sua desgraçada. Fala logo de uma vez por todas.

Melissa: — Eu o quê? Surtou de vez foi?

Samuel: — Você que fez alguma coisa pra impedir meu casamento com a Cecília.

Melissa: — Eu não! Não iria perder meu precioso tempo fazendo nada com ela, aliás, tenho coisas mais importantes do que a Cecília para resolver.

Melissa continua falando: — Vim até aqui saber se você vai ficar só. Pena não é? Um homem como você, sozinho. Que desperdício!

Samuel: — Eu já falei pra você ir embora garota.

Melissa: — Só vou quando você aceitar casar comigo.

Samuel bastante bravo fala: — Vai embora! Antes que eu faça besteira, já falei: vai. Vaza daqui, sua mimada.

Melissa é colocada como um cachorro para fora da fazenda.

 

CENA 05. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão principal. Interior. Noite.

Já é noite, e as meninas preparam- se para a primeira noite no A Cor do Pecado sem Cecília.

Rita ordena às meninas: — Quero todas circulando, vamos. Por que estão feito umas tontas olhando pra mim? Vai, vai. Não quero ver ninguém parada. Já chegou coronel, vão.

Rita vai até o quarto. As meninas ficam indignadas com a forma que Rita falou.

Iara: — Eu não conhecei aquela Rita tímida assim gente.

Natália: — Muito menos eu.

Viviane: — Se achando porque virou ‘’patroa’’.

Iara: — Mas vamos trabalhar meninas, porque senão ela nos engole vivas.

 

CENA 06. Vale do Sol. Casa de D. Quitéria. Sala. Interior. Noite.

Dona Quitéria comemora com Andreia o sumiço de Cecília.

  1. Quitéria: — Parece que a quenga não casou mesmo.

Andreia: — Verdade Dona Quitéria. A senhora estava certa o tempo todo.

  1. Quitéria: — Quando alguém duvidar de minha palavra é porque está mais do que errado. Sei de tudo que vai acontecer. Ela deve estar em um bom lugar agora.

Andreia surpresa fala: — Como assim D. Quitéria? A senhora sabe de alguma coisa do paradeiro da Cecília?

  1. Quitéria: — Não, não. Só quis dizer que ela deve tá com vários homens debochando daquele bobo do Samuel.

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