A Cor do Pecado – Capítulo 13

CENA 01. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Sala. Interior. Dia.

Melissa e Laura falam com Samuel sobre casamento.

Melissa e Laura estão sentadas na sala, quando Samuel chega e: — Mas que surpresa agradável! O que devo a honra da senhora e da senhorita aqui?

Laura: — É pra falar de um assunto de seu bastante interesse. E que grande interesse!

Samuel: — Diga Dona Laura.

Laura: — Você disse que para casar com a Melissa era só estabilizar. Então: já comprou a fazenda. Por que ainda estamos esperando alguma coisa?

Melissa: — A mamãe falou tudo amor.

Samuel gagueja e diz: — Mas é porque…

Laura não o espera terminar de falar e diz: — Sem desculpas. Temos que marcar pra ontem.

Samuel: — Dona Laura, só mais um tempo, por favor. Prometo que não as decepcionarei, mas é porque está tudo tão corrido em minha vida. Pra ficar uma coisa que eu não dê atenção a ela, é meio chato.

Laura: — Ok! Mas estamos conversados né?

Samuel: — Sim. Claro!

 

CENA 02. Vale do Sol. Casa do Coronel João Castro. Quarto de João Castro. Interior. Dia.

Elza fala para João que teve algumas pistas de sua filha.

Elza está animada, quando João entra no quarto e diz: — Qual o motivo de tanta felicidade amor?

Elza: — Tive pistas sobre a nossa filha desparecida.

João Castro: — E aí? O que descobriu?

Elza: — Que uma menina com as mesmas características dela estava perdida aqui na cidade, mas foi enviada a um orfanato de Belo Horizonte.

João Castro: — Que bom! Tem mais coisas?

Elza: — Infelizmente não. Mas tentarei juntar mais pistas ao máximo.

 

CENA 03. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Quarto de Cecília. Interior. Dia.

Samuel vai até o A Cor do Pecado, falar com Cecília.

Samuel bate na porta e Cecília responde: — Pode entrar.

Samuel: — Preciso falar urgentemente com você.

Cecília: — E do que se trata?

Samuel: — Sobre nós.

Cecília: — Nós? E o que é que existe entre eu, e você?

Samuel: — A Melissa e a mãe dela já vieram falar sobre casamento. E não quero que isso aconteça.

Cecília: — Mas continuo lhe perguntando, o que me envolve nisso tudo?

Samuel: — Sei que você já sabe. Mas agora você vai ouvir da minha boca: estou apaixonado por você. E quero que se case comigo.

Cecília fica sem reação e Samuel continua dizendo: — Vai querer? Juntos, construiremos a nossa família.

Cecília: — Não posso! É que…

Samuel não deixa Cecília terminar de falar e diz: — Hoje à noite quero uma resposta concreta sua. Até mais! Espero que pense com carinho e atenção.

 

CENA 04. Vale do Sol. Cafeteria. Dia.

Coronel Teodoro Fonseca vai atrás de Janaína na cafeteria.

Teodoro Fonseca: — Olá moça!

Janaína: — Olá! Desculpe- me, mas não me chame de moça, olha só minha idade.

Teodoro Fonseca: — Deixe disso. Idade não diz nada sobre ninguém. Prefiro você do quê muitas moças por aí.

Janaína: — Gentileza sua.

Teodoro Fonseca: — Quero lhe falar que desde o dia em que nos esbarramos, eu não paro de pensar em você. Só me apaixonei duas vezes nessa vida: a primeira foi por minha falecida mulher e agora por você.

Janaína: — Coronel, desculpe- me, mas sou casada, uma mulher de respeito.

Teodoro Fonseca: — Você pode escapar de mim, mas nunca de meus pensamentos. Espero lhe encontrar logo mais.

Janaína sai envergonhada e fica pensando no Coronel.

 

CENA 05. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Quarto de Cecília. Banheiro. Interior. Dia.

Deitada na banheira, Cecília pensa sobre a proposta de Samuel.

Cecília: — Senhor, ajude- me! Que proposta! Nunca me apaixonei por homem nenhum, mas infelizmente sinto um grande sentimento pelo Samuel. Confesso que quero ter uma família, mas deixar isso tudo, é um abalo muito grande na minha vida. Meu Deus: entregarei tudo em tuas mãos. O que for melhor pra mim que aconteça.

 

CENA 06. Vale do Sol. Sorveteria. Dia.

Lorena e Sérgio se encontram.

Os dois estão se beijando, quando Lorena interrompe o beijo e diz: — Não podemos mais prosseguir assim.

Sérgio: — Mas por quê?

Lorena: — Tenho um noivo, tenho uma vida, e você sabe: que nosso amor é proibido, nunca poderemos vivê- lo.

Sérgio: — Mas você vai me deixar assim, sem mais nem menos?

Lorena: — Sim, Sérgio. Precisamos dar um tempo. Tenho que me resolver, me ajeitar na vida. Enfim, esse pode ter sido nosso último beijo. Até logo.

Lorena sai da sorveteria e vai embora, deixando Sérgio triste.

 

CENA 07. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão Principal. Interior. Noite.

Todos se divertem com muita bebida, sexo e curtição com as prostitutas.

Samuel vai até Cecília e pergunta: — Pensou?

Cecília: — Sim. Pensei.

Samuel: — E a resposta é?

Cecília: — Se é pro meu bem, eu vou com você. Não gosto de dizer isso: mas por você senti um grande sentimento desde que o vi pela primeira vez, e ainda sinto.

Samuel todo empolgado e feliz fala: — Falarei com o padre e nosso casamento será na semana que vem.

Cecília: — Meu sonho!

Samuel: — Você irá morar comigo na fazenda né? Terá que deixar essa vida, afinal, será uma mulher casada.

Cecília angustiada e com lágrima nos olhos fala: — Deixarei sim essa vida! Ficarei triste, pois foi num bordel que minha vida começou de verdade. E nesse ambiente que aprendi tudo o que sei da vida.