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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 11

Continuação da cena do capítulo anterior.

CENA 01. Vale do Sol. Convento. Cozinha. Interior. Noite.

A madre levanta- se e vai saber o que está acontecendo.

Madre acende a luz e fala: — O que é que está acontecendo aqui?

Olívia: — Me acordei com sede, e vim tomar um pouco de água.

Madre: — Mas com a luz apagada?

Olívia: — Sim. Tive medo de incomodar alguém, nunca fiz isso. Não estou em minha casa. Então né?

Madre: — Sei. Agora passe já para o seu quarto. Vá!

Olívia sobe as escadas e fala para si mesma: — Essa foi por pouco. Por muito pouco. Quase que eu era pega no flagra.

 

‘’Já é de manhã

Olha o sol no horizonte já está nascendo

O dia promete ser lindo como nosso amor

Vamos tomar o nosso café, está quentinho sobre a mesa…’’

 

CENA 02. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Dia.

Samuel compra uma propriedade na cidade.

Fazendeiro: — É isso. Tudo certinho entre a gente.

Samuel: — Confere aí de novo pra não ver se tem nada errado, tá?

Fazendeiro confere o dinheiro e diz: — Não, não. Tá tudo certo.

Fazendeiro sai e Samuel diz olhando para toda a fazenda: — Agora você é minha. Minha.

 

CENA 03. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Interior. Quarto de Iara. Dia.

Natália, Viviane, Iara e Rita conversam sobre suas vidas.

Iara: — Sabe. Meu maior sonho é aprender a ler e escrever. E me tornar uma professora. E claro: sair dessa vida.

Viviane: — Eu acho muito bonito a profissão de artista. Atriz de teatro é muito impressionante todas aquelas coisas, aquelas expressões, aquelas falas, aqueles movimentos.

Natália: — Fico nessa vida, pois não tenho algo para me sustentar e sobreviver. Queria mesmo era ser dona de casa.

Rita: — Não penso em largar essa vida. Quero me tornar igual à patroa, ser uma cafetina. Sabe: esse jeito de falar, mandar, ter acesso a tudo, saber de tudo, ser amiga de todas. É tão bom. Adoro isso!

Iara: — Sério que você é a única que não quer largar essa vida?

Rita: — Nunca falei tão sério.

Todas continuam conversando

 

CENA 04. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Quarto de Melissa. Interior. Dia.

Laura informa para sua filha que Samuel já comprou uma fazenda.

Laura entra no quarto da filha e diz: — Filha, filha! Você precisa saber.

Melissa: — Calma mãe! Qual o motivo de tanta empolgação?

Laura: — O Samuel já comprou uma fazenda.

Melissa fala indignada: — Mentira mãe. Isso significa que…

Laura não deixa a filha terminar de falar e diz: — Que vocês já podem casar.

Melissa: — Agora ele não me escapa. Ele não tem mais nenhuma desculpa para dar.

Laura balança a cabeça dizendo que sim.

 

CENA 05. Vale do Sol. Convento. Quarto de Olívia e Mônica. Interior. Dia.

Olívia conta para Mônica sobre sua noite.

Mônica: — E aí amiga, como foi sua noite?

Olívia: — Maravilhosa! Tirando a parte que…

Mônica: — Que?

Olívia: — Quando eu voltei pra aqui, derrubei o vidro que fica o açúcar na cozinha. E a madre acordou.

Mônica: — Nossa! E o que aconteceu? O que foi que você disse?

Olívia: — Falei pra ela que tinha ido beber água. Ela ficou meio desconfiada, mas acreditou.

Mônica: — Essa foi por pouco, hein amiga?

Olívia: — Pouquíssimo.

 

CENA 06. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Frente do Bordel. Exterior. Dia.

Samuel vai atrás de Cecília no bordel.

Samuel bate na porta e Iara quem sai para atender.

Samuel: — Olá Iara.

Iara: — Oi.

Samuel: — Será que posso entrar para bater um papo com a Cecília?

Iara: — Não sei, vou falar com ela.

Iara grita ali mesmo da porta: — Dona Cecília. Tem gente!

Cecília chega até o local e diz para Iara: — Pode ir. Vá! Deixe- me aqui.

Cecília: — Você não quer entrar Samuel?

Samuel: — Claro!

Os dois entram e vão até o quarto de Cecília.

Já no quarto, ele fala: — Estou apaixonado por você. Não consigo parar de pensar em você.

Cecília: — Hum. Será mesmo?

Samuel: — Sim! Sou até capaz de acabar o meu noivado só por você.

Cecília ri e diz: — A paixão é grande viu?

Ela muda seu tom de voz para mais doce e diz: — Mas vou te confessar uma coisa: estou sentindo uma coisinha lá no fundo por você.

Samuel fala todo sorridente: — Sério mesmo?

Cecília: — Seríssimo! Nunca senti nada por homem nenhum, mas com você foi tudo diferente.

 

E ALI PASSAM ALGUNS MINUTOS CONVERSANDO

QUANDO PERCEBEM, JÁ ESTÃO SE AMANDO HÁ MUITO TEMPO.

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