Eu e Ana – Último Capítulo (FINAL OFICIAL)
Boris: Já chega desta ladainha! Sempre o mesmo pretexto… Mãe nenhuma se orgulharia ao ver um filho nessas condições. Veja o que eu me tornei: um assassino, criminoso! A sociedade me vê como um monstro. Tudo por que? Por uma maldita herança que nunca será nossa!
Alicia: Neste caso, eu mato você primeiro.
Boris: Então vai, mata. Atira e quebra de uma vez a promessa que fez a nossa mãe de sempre cuidar de mim. Que tá esperando? Atira!
Alicia: Cala essa boca!
Boris: Todos os crimes que eu cometi fora a seu mandado. Mas a culpa foi minha, eu poderia ter dito não. Mas, não. Fui um covarde. Quando sabotei a segurança do teatro e o Danilo acabou cego, eu fui um fraco. Ou agora quando estou sequestrando ele. Mas isso acabou. Vou chamar agora mesmo a polícia.
Alicia: Se quer se entregar, vá sozinho. Eu não vou.
(Alicia foge. Boris desata Danilo)
Boris: Ela se foi. Não se preocupe. Não vou te fazer mal. Ligue pra polícia e sua casa. Avise que está bem e que eu me entrego.
(Na casa de Diana.)
Diana: Alô, Danilo? Entendi… Vamos aí agora mesmo.
Tayana: O que foi?
Diana: Boris se entregou. Danilo está são e salvo.
(Diana chega ao cativeiro com a polícia. Boris é preso, no esconderijo, Alicia começa a pensar de frente ao espelho)
Alicia: Eles o levaram preso… O tiraram de você, Alicia… Você falhou como irmã mais velha… Meu irmãozinho está preso… Eles te venceram! Mas não… NÃAAAAOOOOO!!!! NÃAAAOOOOOOO!!!!!!!!!!
(Alicia levanta e começa a vaguear pelo esconderijo, louca, ora chora, ora ri)
Alicia: Tenho que encontrá-lo… o meu irmãozinho… O Boris… e então Ah! Ah! Ah! Nós nos vingaremos!!! Ah! Ah! Ah!
(Alicia sai e começa a procurar Boris na rua, rindo altamente:)
Alicia: Eu vou me vingar, Ah! Ah! Ah!
(Boris está na cadeia. O guarda vem chamá-lo)
Guarda: Boris Castanho, tem visita.
(Ele vai até a sala de visita. Lá está sentado Danilo)
Danilo: Boris? Você está aí? Boris?
(Boris fica paralisado ao vê-lo. Enquanto isso, Ana e Joaquim vão à casa de Eva)
Eva: Dona Ana e Seu Joaquim, finalmente o momento esperado.
(Dimitri desce a escada e olha fixamente para os pais biológicos. Os três ficam um bom tempo se olhando, parados sem conseguir dizer uma só palavra.)
Danilo: Boris? Você está aí? Boris?
Boris: Estou aqui.
Danilo: Senta. Eu preciso… falar com você.
(Boris senta e permanece assustado)
Danilo: Eu posso ouvir…
Boris: Ouvir o que?
Danilo: O som da sinceridade.
(Danilo coloca as mãos em cima da mesa)
Danilo: Sabe, eu não preciso que os meus olhos permitam olhar no fundo dos seus pra saber que fala a verdade quando diz que está arrependido. Eu sinto isso. Quando você respira. Quando fala. O tom de voz é diferente. Não tem fingimento. (começa a chorar). E pode parecer loucura mas eu não tenho raiva de você, pelo contrário. Eu torço pra que você saia daqui logo e tenha um futuro brilhante pela frente quando estiver lá fora. Boris, eu te perdoo.
Boris: Você me perdoa, mesmo, mesmo depois de tudo o que eu fiz?
(Danilo faz que sim com a cabeça e sorri. Boris segura a mão de Danilo)
Boris (chorando): Ai, parece mentira. Eu fiz tanto mal a você e a sua família. E olha como as coisas são…
Danilo: Eu só iria sofrer mais se guardasse essa mágoa. Então…
Boris: Danilo…
Danilo: Que?
Boris: Posso te pedir um abraço?
(Os dois se abraçam chorando. Chega o guarda.)
Guarda: Tempo esgotado.
Boris: Danilo…
Danilo: Que?
Boris: Tem notícias da Alicia?
Danilo: Foi encontrada vagando pelas ruas… desequilibrada. Teve de ser internada numa clínica.
(CLÍNICA PSQUIÁTRICA SANTA GERTRUDES: No jardim da clínica estão vários doentes mentais, dentre eles, Alicia que pergunta ao “nada”:)
Alicia: Você viu meu irmãozinho mais novo… o Boris?
(Enquanto isso, Ana e Joaquim vão à casa de Eva)
Eva: Dona Ana e Seu Joaquim, finalmente o momento esperado.
(Dimitri desce a escada e olha fixamente para os pais biológicos.)
Ana: Finalmente…
Joaquim: Obrigado, meu Deus…!
Dimitri: Vocês são…
Joaquim: Ana e Joaquim, seus pais biológicos.
Dimitri: Como é isso? Podem me explicar, por favor? Onde está minha mãe?
Ana: Nós temos que conversar muito. Só lhe peço que confie em nós. Pois não queremos lhe fazer mal.
Dimitri: Minha vó já me disse uma parte. Creio que… deixa pra lá… Me abracem!
(Os três se abraçam. Uma semana depois, Diana vai à Casa Paroquial)
Diana: Agora que tudo já se esclareceu, eu vim aqui para… Padre José Maria, o senhor pode celebrar o nosso casamento, meu e do Danilo?
Padre José Maria: Até onde eu sei, vocês já são casados!
Diana: Não perante Deus. Além disso, nós vivemos como irmãos até agora. Queremos obedecer aos mandamentos da Igreja.
Padre José Maria: É uma atitude muito bonita vinda de uma jovem como você. É cada vez mais raro o número de jovens que se preocupa com o namoro santo. Bem, eu posso realizar o casamento daqui a um mês. Mas…
Danilo: Mas…?
Padre José Maria: Terá que ser casamento comunitário, pois Dimitri e Carolina, Paco e Tamara também vão casar no mesmo dia.
Diana: Mesmo? Ai, obrigada padre!
Padre José Maria: Que sejam muito felizes!
(Chega o dia do Casamento. Todos estão muito felizes e começam a fazer os votos)
Padre José Maria: Aceita esta mulher como sua legítima esposa?
Diana: Sim, eu aceito.
Danilo: E prometo ser-te fiel…
Dimitri: Amando-te e respeitando-te…
Carolina Na alegria e na tristeza…
Paco: Na saúde e na doença…
Tamara: Na riqueza e na pobreza…
Diana: todos os dias de minha vida…
Danilo: até que a morte nos separe…
(Todos colocam as alianças.)
Dimitri: Recebe esta aliança como prova do meu amor e fidelidade.
Padre José Maria: Jovens, o que Deus uniu o homem não separe. Sejam fiéis à vocação que vocês mesmo escolheram, e principalmente, plantem a felicidade em seus lares. Que Deus os abençoe. E que a Sagrada Família seja o exemplo para o vosso matrimônio.
(Neste momento, todos os casais da Igreja se beijam. Padre José Maria beija o altar e sai de cena. Os noivos sejam com um beijo o compromisso assumido perante Deus.)