Capítulo 51 – Saber Viver
Capítulo 51, Saber Viver
CENA 1. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA /DIA
Sala de Visitas…
CRISTINA Ai, vai me dar lição de moral agora? Mas se você quer saber, eu te falo. EU TENHO NOJO DE VOCÊS, E POR MIM MATAVA VOCÊ TAMBÉM! Pena que você sobreviveu aos medicamentos.
Vítor surta e segura Cristina pelo pescoço. Ela começa a dar socos na mesa, já ficando sem ar.
VÍTOR VAGABUNDA, EU VOU ACABAR COM VOCÊ – ele grita, a segurando pelo pescoço. – SE PREPARA PARA MORRER!
CRISTINA SOCORRO-O-O-O! – ela grita, ofegante, tentando afastar Vítor.
Vítor a joga longe, que cai no chão, ofegante ela se levanta rapidamente e pede para sair.
VÍTOR Eu espero que você apodreça nessa cadeia, que você morra afogada neste teu veneno! SUA COBRA.
CRISTINA EU JÁ DISSE QUE A VISITA ACABOU! – ela grita, batendo na grade. – Isso não vai ficar assim Vítor. SEU FRACOTE! – os policiais a seguram, mas ela sai. – Espero só um minuto! – ela se aproxima de Vítor e lhe dá um cuspe no rosto. – Meu presente de natal!
Ela sai, carregada pelos policiais. Vítor limpa o rosto, em seguida sai.
CENA 2. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/DIA
Quarto de Enzo…
Enzo está nu no quarto, Alice entra com tudo, sem pedir licença.
ENZO ESTÁ DOIDA?! CADÊ A EDUCAÇÃO?! – ele diz, tentando se proteger.
ALICE Nada do que está aí é novidade para mim, então cale-se, quem vai falar aqui agora sou eu!
ENZO Tá achando que é quem?! Entra no meu quarto assim, diz que isso já não é mais novidade.
ALICE E NÃO É, E NÃO É! – ela diz, rindo. – Ai Enzito – ele se enfurece. – Tudo bem, parei. Eu quero saber o fato do pedido do divórcio, estávamos falando de uma coisa, você surge com esse papo. Não engoli isso não!
ENZO Porque você sempre foi apaixonada pelo Edu!
ALICE Repete! – ela diz, furiosa.
ENZO É isso mesmo que você ouviu, você casou comigo por puro interesse, VOCÊ SEMPRE FOI APAIXONADA PELO EDU! – ele diz, sorrindo.
CENA 3. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APARTAMENTO POWER/DIA
Apartamento 604…
DAN Eu ainda não sei o que vou fazer. – ele termina de arrumar o terno no espelho. – Hoje é a véspera do Natal, aliás estão todos trabalhando em prol.
MEIRE Mas eu não vou para a cozinha, e eu lá tenho cara de quem fica na boca do fogão cozinhando? Fazendo pudim, rabanada, fazendo FAROFA PARA COMER COM FRANGÃO, ah me poupe. Eu mereço um Natal a minha altura!
DAN Lembre-se que eu te tirei do subúrbio! – ele se vira, ficando de frente para ela. – Você não passava de uma escrava das suas filhas.
MEIRE Tudo isso foi passado! – ela tenta segurar o choro, pela humilhação. – Agora sou uma mulher alta, fina e educada.
DAN Fina e educada era a Severina, ela sim me dava valor, maldita hora que resolvi trocar ela por você. Ainda tive que aguentar aquelas suas filhas e o TEU FILHO, aquele mimado. – ele a beija, que ainda segura o choro. – Vou ir para a delegacia, fique dentro de casa!
Ele sai e ela fica furiosa. Ela ouve a porta bater e taca o abajur na parede.
MEIRE DESGRAÇADO-O-O-O-O! – ela grita, chorando. Ela taca um jarro na parede. – POR QUE TROCOU ELA ENTÃO?! DESGRAÇADO-O-O-O! – ela começa a tacar várias coisas na parede, em seguida se deita em meio aos cacos, chorando.
CENA 4. SANTA CATARINA/ JOINVILLE – CASA DA TIA JÔ/DIA
Lukas, Jô e Madalena tomam café juntos.
LUKAS Edu me mandou uma mensagem. – ele coloca o celular na mesa. – Ele pediu que adiantássemos o dia de falar com a Alice. Me pediu que fosse assim que eu chegasse?
MADALENA Mas não havia marcado para o mesmo dia da festa? Lukas, Lukas!
LUKAS Eu sei. Eu ainda não sei se vou topar, depois falo com ele.
TIA JÔ Bom meninos – ele se levanta – eu preciso ir na rua comprar as coisas para fazer o natal. Quem pode ir me ajudar?
MADALENA Que tal se fomos os três? Uma comprinha divertida. – ela diz, sorrindo.
Eles terminam de tomar café, se arrumam e saem.
CENA 5. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – CASA DA CRISTINA/DIA
Dita e Vítor tomam café juntos.
VÍTOR Nossa, Dita, nem sei como te agradecer, você está sendo uma mãezona.
DITA Eu e sua mãe éramos muita amiga. Até ela falecer.
VÍTOR Eu até hoje não sei o motivo do falecimento da morte da minha mãe. Eu era bem pequeno quando ela morreu.
DITA Quando eu e sua mãe morávamos em Santo Cristo, andávamos para cima e para baixo, até o dia que ela saiu com um homem e nunca mais voltou. Dias depois foi dada como morta.
VÍTOR E que homem foi esse? Você tem alguma ideia? Aliás, quem era o meu pai, Dita?!
DITA Seu pai era um bêbado. Na época gerou uma confusão imensa por conta da sua paternidade, seu pai queria agredir e tudo sua mãe, mas depois tudo se resolveu com um teste de DNA.
VÍTOR Nossa! – ele sorri. – Eu nem lembro o rosto da minha mãe. Eu me pareço com ela?
DITA Nadinha! Você é bem parecido com teu pai. Já a Cristina sempre foi parecida com ela, sempre. Enquanto a Telma era meio termo. Na verdade, todo mundo desconfiava que a Telma era adotada. Mas não era não, eu vi sua mãe parindo. – ela gargalha.
VÍTOR Eu nunca me achei parecido com nenhuma das duas. Além as duas são loiras, e eu moreno. – ele sorri.
DITA Sua mãe era loira, e seu pai moreno. Como eu disse, Cristina e Telma tem mais o lado da Meire, enquanto você do Carlos.
VÍTOR Esse era o nome do meu pai? Carlos?! – ele pergunta, sorrindo.
DITA Isso. Carlos Corado! Ele era um bêbado, maltratava sua mãe E MUITO, até que ela o expulsou de casa.
VÍTOR E ele ainda está vivo, esse meu pai?
DITA Creio eu que sim. Ele na época sonhava em ser um delegado RENOMADO, mas jamais iria conseguir se continuasse na bebedeira. Parece que na época, o amigo dele o tal Marcone, descobriu um segredo da Telma, o que fez com que Diego tomasse ódio dela. Neste dia o Carlos deu uma SURRA na Telma, e ela tomou ódio dele, prometendo vingança.
VÍTOR E que segredo foi esse?! – ela não responde. – Você sabe, se começou agora termina.
DITA Na época o Marcone descobriu que a Telma se prostituía. E foi em uma desse segredo que o tal Enzo, por quem ela era apaixonada, terminou com ela. Ela tinhas várias amigas lá, inclusive uma tal de Sandra. Que depois da queima da boate, ela fugiu.
VÍTOR Nossa, quem diria. E eu achando que a Telma era uma santa.
CENA 6. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APT. DO GABRIEL/DIA
Gabriel e Rafaela tomam café juntos.
GABRIEL Não esquece que hoje iremos para a praia. Sempre passei meu natal lá.
RAFAELA Tudo bem. Eu estava pensando em arrumar um trabalho. Eu nem sei como você se sustenta, não quero te dar mais trabalho.
GABRIEL Oras, eu tenho meu trabalho.
RAFAELA Que trabalho é esse?! – ela desconfia. – Ah, sim. Você ainda faz propaganda daquela revista?
GABRIEL Sim! Inclusive estou indo para lá. Eles me ligaram hoje e pediram para eu ir lá, preciso renovar meu contrato.
RAFAELA Tá. Eu vou lavar essa louça e preparar um almoço para nós. – eles se beijam, Gabriel se apressa e sai. Rafaela se levanta. – É, parece que engatou no amor.
CENA 7. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/DIA
Quarto de Enzo…
ALICE Como ousas falar isso de mim? Quem sabe dos meus sentimentos sou eu.
ENZO Alice, não banca a besta. Você é apaixonada pelo Edu, sim! E sempre foi, mas é difícil aceitar isso, não é mesmo?
ALICE Enzo, eu não te dou essas liberdades! Você me respeita!
ENZO Mas eu não disse nada demais, oras. Eu apenas disse a verdade, ALICE VOCÊ SEMPRE FOI. Você se casou comigo por interesse.
ALICE Tudo bem, tudo bem. Eu vou ceder ao seu pedido, mas eu não saio dessa casa! Se quiser, sai você!
Alice sai e deixa Enzo sozinho.
CENA 8. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/DIA
Sala de Amaral…
AMARAL Essa história é bem ruim. Esse lance do Carlos ser o pai da Cristina, nossa! Mas esse cabra não está morto?
DIEGO Parece que o Daniel atirou nele, mas ele não morreu. Eu tenho quase certeza que esse homem está vivo. E ele vai voltar!
AMARAL Será?! Mas por qual motivo ele voltaria? Ele deixou alguma coisa aqui?
DIEGO Ele tem um ódio do Dan, na época o Dan fugiu com a esposa dele, a tal Meire. E esse Carlos era muito amigo do Marcone, eu conhecia ele, mas não tinha intimidade. Mas pelo o que o Marcone me disse, eles brigaram, mas ainda não sei o motivo.
AMARAL Nossa! – ele se levanta. – Então muita gente tinha ódio do Marcone?
DIEGO Sim, sim. – Dan entra juntamente com Hugo. – Dan Tucker! Quem é VIVO sempre aparece. – ele ironiza.
DAN Será que eu posso me assentar? – ele sorri, debochado.
DIEGO Eu vou deixar vocês em paz. Dá licença.
Sala de Diego…
HEITOR Como assim o pai do Enzo está vivo? O Enzo sempre disse que esse homem está morto!
DIEGO Então há uma alma penada dele, e DENTRO DA SALA DO AMARAL.
Heitor fica boquiaberto.
CENA 9. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/DIA
Quarto de Carolina…
Davi termina de se arrumar, ele coloca uma bermuda simples e uma blusa.
DAVI E foi por isso que eu tive que adiantar a festa. Ela acontecerá daqui duas semanas.
CAROLINA Entendi. E o conselho já aprovou os papéis sobre a troca do responsável pela festa?
DAVI Recebi a mensagem hoje pela manhã. Foi aprovada! Eu sabia que eles iam cair feito um tolo nesse papo.
CAROLINA Que bom que planejamos tudo, agora é torcer para que ninguém estrague nossos planos.
Quarto de Rebeca…
Lorenzo, Rebeca e Aline estão reunidos no quarto.
LORENZO Eu ainda estou sem acreditar que o Davi seria capaz de fazer isso!
ALINE E eu! Rebeca você tem certeza do que você ouviu?
REBECA Claro que sim, tenho certeza. Tanto que o Davi me ameaçou e tudo. Se nos unirmos ficaremos mais fortes, e só assim poderemos destruir esses dois.
LORENZO E pretende fazer isso de que forma? Você sabe que o pai jamais acreditaria em nós!
REBECA No dia da reunião em que o pai for falar sobre o novo presidente. A gente entrega o Davi, ele vai ser expulso, e depois é cada um por si!
ALINE Se for para ter um concorrente a menos, eu topo! – eles colocam a mão uma por cima da outra. – Unidos para destruir o Davi!
Alguns minutos depois…
CENA 10. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – ESCRITÓRIO DE JAMAL/TARDE
Gabriel e Jamal conversam.
JAMAL Eu tinha certeza que você iria aceitar esse novo convite. – ele entrega um papel para Gabriel. – Só assinar!
Gabriel assina o papel e devolve a Jamal.
GABRIEL Então a campanha ainda tem a data a ser marcada, e pelo o que eu entendi, continuarei ganhando meu salário normalmente?
JAMAL Isso mesmo! Fique tranquilo, essa campanha vai lhe render muito dinheiro!
CENA 11. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/TARDE
Sala de Amaral…
AMARAL Então foi por isso que você deixou aquele relógio?! Para ser encontrado pela polícia. Mas você sabe quem matou o Marcone, não sabe?
DAN A hora que eu cheguei o corpo do Marcone estava esticado. O Diego nem havia chegado ainda. Mas eu não vi quem o matou.
AMARAL E você tem certeza disso?!
DAN Absoluta! – ele se levanta. – Eu agora já posso ir?
AMARAL Vá! Mas fique sabendo que voltará. – ele sorri e Dan parte.
CENA 12. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APARTAMENTO POWER/TARDE
Apartamento 604…
Dan chega em casa, sorridente.
DAN Meire?! – ele pergunta, sorridente, tirando o terno.
MEIRE E então, como foi o depoimento com o policial?
DAN Normal! – ele a joga na cama, que sai. – Qual foi, vai negar sexo agora?
MEIRE Você está achando que eu sou o quê?! UMA VAGABUNDA?! – ela o questiona, com raiva.
DAN Quer saber a verdade?! – ela “faz que sim” – Pois bem, te acho sim UMA VAGABUNDA, UMA PIRANHA, UMA VADIA!
Meire surta e o dá um tapa na cara. Dan fica sem reação, mas apenas encara Meire, que está com medo.
CENA 13. RIO DE JANEIRO/ BARRA DA TIJUCA – APT. DO EDU/TARDE
Edu está deitado no sofá. A campainha toca e ele corre para atender.
EDU Já vai! – ele calça o chinelo e corre até a porta. – Alice! – ele se espanta.
ALICE Será que podemos conversar?!
Foca em Edu, que está sorrindo, por ter encontrado Alice.
FIM DO 51° CAPÍTULO!