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Três Jogadas

Três Jogadas – Capítulo 45

Três Jogadas.

Capítulo 45

“Do sofrimento emergiram os espíritos mais fortes, as personalidades mais sólidas estão marcadas com cicatrizes.”

Khalil Gibran

Cena 1. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia

Continuação imediata da cena anterior.

Alice não entende: Desgraçado. Eu vou acabar com ele.

Simone guarda o gravador: Quem vai acabar com quem aqui sou eu. Eu tenho uma arma, sei atirar e não preciso da ordem de ninguém para fazer isso.

Alice: Você está me ameaçando de novo? O segundo da noite! – ela se levanta furiosa. – Mais um do dia. O próximo eu saio dessa sala e te denuncio pro maior dessa delegacia.

Simone furiosa dá um soco na mesa: CONFESSA QUE FOI VOCÊ QUE MATOU O FERRAZ, A CÉLIA E O ENRICO E AINDA TENTOU ME MATAR POR DUAS VEZES SEGUIDAS! – as duas se encaram furiosas. – CONFESSA!

Alice furiosa: Você não tem esse direito de sair me acusando desse jeito. E eu vou conseguir te provar isso. Você vai pagar caro por ter me acusado desse jeito.

Simone sorri: O que foi agora? Vai tentar me matar mias uma vez? Olha que vai ser a terceira!

Alice sorri: Uma pena você ter escapado das duas. A pessoa que fez isso contigo deveria ser mais competente.

Simone: Pra início de conversa não é “contigo”. É delegada, doutora e se eu não exigir senhora.

Alice pega a bolsa: Não vai ter início de conversa. Eu ter vindo aqui foi perca de tempo. Já vi que vim aqui pra ser acusada inocentemente.

Simone furiosa: Vamos ver até quando você vai ser acusada inocentemente. Eu vou conseguir provar que você é assassina desses três a culpada de ter tentado me matar.

Alice sorri debochada: Vamos ver até quando!

Alice sai furiosa.

Simone: Ou! – Alice retorna. – Entra que eu ainda não acabei. Você só sai daqui quando eu deixar!

Alice entra e as duas se encaram.

Cena 2. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Luigi abre a porta: Júlia! – eles se cumprimentam com beijos no rosto. – Que bom que você veio. Fiquei tenso de você depois da Alice.

Júlia entra: Então ela não está? Melhor assim. Você está sozinho?

Luigi fecha a porta: Não a Luíza está lá em cima, no quarto com a mãe dela. Vamos.

Os dois saem.

Quarto de Luigi…

Luigi entra apressada com Júlia.

Júlia estranha: Fiquei preocupada com tua mensagem. Achei que tivesse acontecido alguma coisa grave.

Luigi fecha a porta: Na verdade está para acontecer. Mas a gente pode impedir antes. Agora mais do que nunca eu quero colocar a Alice na cadeia. Eu vou vingar a morte da minha mãe. Nem que eu tenha que fazer uma loucura para isso.

Júlia senta-se: Você não pode pensar desse jeito. Ela também fez muito mal a minha família, mas esse ódio só vai te fazer mal. A gente precisa pensar como iremos colocar a Alice na cadeia.

Luíza entra.

Luíza fecha a porta apressada: Luigi já está tudo certo. – ela percebe Luíza. – Oi! Que bom que você já chegou. Estou indo levar as outras armas que o desgraçado pediu.

Júlia perplexa: Armas?! Do que vocês estão falando?

Luigi a olha: É que um amigo da Alice, tal de Neto, foi preso e a desgraçada quer ajudá-lo a sair da prisão. E ela acabou ameaçando a Luíza, obrigando ela a entregar as armas, ou a mataria.

Júlia perplexa: Eu não sei como ainda me surpreendo com o que vem dessa mulher. E onde é que a gente entra nessa parte?

Luíza vai pra porta: Eu vou levar as armas para o Neto. Já tenho as coordenadas de como entrar com elas. Vocês vão um pouco depois, para que ninguém desconfie e esperem eu sair da delegacia para ir entregar o homem. Eu conto com vocês! – ela sorri.

Luíza sai.

Luigi sorri para Júlia: Preparada?

Júlia sorri: Mais do que nunca!

Os dois sorriem.

Cena 3. Rio de Janeiro – Leme / Apt. do Jordan / Dia

Jordan pega sua carteira. Paloma assiste televisão.

Jordan: Eu preciso passar na revista para pegar umas papeladas e depois vou sair com uma amiga. Acho que não volto tão cedo pra casa.

Paloma desliga a televisão: E eu vou ficar aqui sozinha? Ah não! Eu vou pra casa com o Leandro.

Jordan sorri: Você já está em casa.

Paloma ri: Tem razão. Reformulando: eu acho que vou com o tio Leandro pra casa dele. Não quero ficar aqui sozinha.

Jordan: Você que sabe.

Leandro chega: Jordan! Obrigado por tudo. Eu nem sei como te agradecer.

Jordan sorri: Não precisa agradecer. O que eu fiz por você faria por qualquer outro. Foi só uma forma de te ajudar. Espero ter conseguido. Não é querendo te expulsar, você fica aqui o tempo que for necessário, mas não é melhor ao menos ligar e avisar a Clarice o que aconteceu?

Leandro: Não! Eu não quero que a Clarice saiba de nada por enquanto.

Jordan olha para Paloma: E vai mentir Leandro?

Leandro cabisbaixo: Eu vou contar. Mas não agora. Minha família já está repleta de confusão. Mais uma não!

Paloma se levanta: Bom. Vamos? Acho que dá pra ir andando. É aqui perto.

Leandro: Vamos sim.

Os três saem.

No apartamento de Clarice…

Clarice perambula pela casa, nervosa, preocupada e tensa. Leandro e Paloma chegam.

Clarice desesperada: Leandro! Pelo amor de Deus! – ela o enche de beijos. – Você me deixou desesperada! – ela dá um tapa na cara do homem.

Leandro perplexo: É assim que você recebe seu marido?!

Clarice furiosa: Você me deixou preocupada ontem à noite e hoje a manhã toda. Onde é que você estava?

Paloma o olha e Leandro também a olha.

Leandro mente: Eu estava ajustando uns problemas com o Jordan. Mas já estou aqui, não?!

Clarice estranha: Vocês dois não estavam brigados?

Leandro sorri: Novos tempos!

Kiara desce a escada radiante.

Kiara radiante: Filha!

Paloma: Acho que o clima pesou aqui, não?! Estou sentindo uma mosca se aproximando. O Igor está no quarto?

Kiara magoada: Será que um dia você vai me perdoar?!

Paloma sorri: Quem sabe um dia. Dá licença, vou vê o Igor.

No quarto de Igor…

O jovem está deitado, somente de cueca, todo sujo e largado, com uma garrafa de bebida ao lado da cama.

Paloma entra, sorrindo: Igor! Vim matar a saudade!

Ela olha ao redor e vê o desastre e o estado do jovem.

Paloma horrorizada: Meu Deus… Eu não acredito que o Igor voltou a beber.

https://www.youtube.com/watch?v=IUM4upJvjJk

Cena 4. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia

Na cela…

Luíza entrega as sacolas para Neto.

Neto sorri: Tem todas as armas que eu pedi?

Luíza com medo: Todas que a Alice conseguiu comprar. Eu não posso ficar aqui por muito tempo. Daqui a pouco vem aqui revistar.

Neto olhando as sacolas: Como é que você conseguiu pelos seguranças ali da frente?

Luíza sorri: Eu sou mulher. Só fazer um jogo que eles aceitam. Sempre foi assim e sempre será.

Neto radiante: Você diz que a Alice que depois eu vou lhe recompensar por essa ajuda.

Os dois se encaram sorrindo.

Do lado de fora da delegacia…

Luigi e Júlia saltam do carro e entram na delegacia. Luíza sai sorrindo.

Luíza cabisbaixa: Agora é com vocês. Eu vou ficar aqui na porta. A delegada deve estar na sala dela.

Júlia: Sabe se tem alguém com ela?

Luíza ergue a cabeça: Ela deve estar sozinha. Vai logo antes que essas armas se espalhem dentro do presídio.

Júlia e Luigi atendem. Eles vão entrar na sala da delegada, no instante Gelado aparece.

Gelado os olham: Parados! – os dois viram-se assustados. – Vocês estão pensando que isso aqui é a casa da mãe Joana para entrarem nos locais a hora que querem?

Júlia olhando para Luigi: É que a gente precisa falar com a delegada. É urgente!

Gelado: Vocês podem falar comigo e eu levo para ela. A doutora está ocupada no momento.

Luigi sem paciência: Meu amigo, o assunto é importante. Libera a nossa entrada! É importante.

Júlia: Por favor! Libera a nossa entrada. O que a gente tem pra falar com a doutora é rápido e muito importante. É sobre a penitenciária.

Gelado sem entender: O que de tão grave você tem assim pra falar com a delegada?!

Júlia furiosa: DÁ PRA VOCÊ LIBERAR A PASSAGEM?!

Gelado saca a arma: Silêncio! Sem gritaria!

Luigi tenso: Abaixa essa arma. Isso é abuso de poder. Ninguém aqui te faltou com respeito, a Júlia só se alterou um pouco. Abaixa a arma! Por favor!

Simone sai apressada: Posso saber que confusão é essa que da minha sala eu estou ouvindo?!

Júlia nervosa: Delegada! A gente precisa falar com a Senhora. Tem um homem ali dentro. Neto o nome dele! ELE ESTÁ COM ARMAS DENTRO DA PENITENCIÁRIA!

Alice sai no instante: Não sabia que vocês patrulhavam a vida alheia. – ela olha para Luíza, com olhar fulminante.

Os três se desesperam ao saber que Alice estava na delegacia.

Cena 5. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Adriana / Dia

A campainha toca. Adriana resolve ir atender.

Adriana não reconhece a mulher: Bom dia. Posso ajudar em alguma coisa?

Start sorri: Você provavelmente não deve me conhecer, mas eu sou uma amiga muito querida da Alice, sócia da Revista Luz. Conhece?

Adriana sorri: Claro que conheço. Ela que te mandou aqui? Algum recado?

Start: Na verdade não. Eu ia vir aqui ontem, mas tive uns problemas e não deu tempo. Ela me passou o endereço. Acho que não é nenhum problema. Ou é?

Adriana abre a porta: Claro que não. Entre. – Start entra e Adriana fecha a porta. – Pode ficar à vontade. Você quer alguma coisa?

Start senta-se: Não! Eu estou bem assim. – ela tira o documento da bolsa. – Eu vim te trazer esse documento.

Adriana pega o documento: Um documento… Sobre?

Start: É um documento que passa todos os bens do nome desse homem para o meu nome. Ele já foi validado em cartório. Já está autenticado.

Adriana analisando: Eu vi aqui o selo. É testamento ou negócios?

Start cruza as pernas: Dívida! – ela ri. – Esse homem tinha uma grande dívida comigo e me deu o dinheiro como pagamento de 80% da dívida. Os outros 20% foram abatidos do apartamento.

Adriana senta-se: Eu vi aqui. Bom, o mais importante parece que tem que é a assinatura da pessoa que vai transferir os bens. Em que eu posso te ajudar? Não sei se você sabe, mas esse documento terá que ir pra justiça.

Start: Eu li sobre isso. Mas parece que tem como bloquear os bens de quem está transferindo. E com isso eu já me contento. Depois eu consigo o resto.

Adriana: Eu vou pedir isso agora mesmo. Logo os bens já estão bloqueados e a justiça entrará, marcando a audiência para a leitura do contrato e da transferência dos bens. É bom que o seu bancário esteja. O bancário dele provavelmente será chamado também.

Start radiante: Certo. Eu vou comunicá-lo. Tenho pressa quanto a isso.

Adriana sorri: Ótimo! – A campainha toca. – Dá licença.

A mulher abre a porta. Gustavo entra.

Gustavo: Stacy está? Eu estou precisando falar com ela.

Adriana rude: No quarto dela. Vê se não incomoda se ela estiver dormindo. Ela acabou de passar por um sofrimento. E poupa ela dos demais também.

Gustavo entende e sai.

No quarto de Stacy…

A garota está deitada, chorando, pensativa. Gustavo bate na porta.

Gustavo: Posso entrar?! – a jovem faz que sim – A Adriana me disse que você estava no quarto. Achei que estivesse dormindo.

Stacy chorando: Como se eu tivesse ânimo pra isso.

Gustavo senta-se na cama: Eu não queria te magoar. Me desculpa.

Stacy senta na cama e enxuga as lágrimas: Mas é muito egocêntrico mesmo, né? O mundo não gira em torno de você, você não é o centro do universo e nem tudo que fazemos tem que ser COM e PARA você. Eu estou triste pelo meu filho.

Gustavo: Dificuldade de falar nosso filho.

Stacy sem paciência: Muito fácil fazer, não? Até então eu era mãe e pai. Mas isso também não vem ao caso agora e eu estou com a menor paciência para ficar discutindo. Fala logo o que você quer.

Gustavo cabisbaixo: Eu vim dizer que eu vou me afastar de você por um tempo. Acho que vai ser bom pra nós.

Stacy ri: O famoso tempo. Diz logo que você quer terminar. Rodeios pra quê?

Gustavo ergue a cabeça: Tá, se você prefere: Eu quero terminar contigo.

Stacy séria: Até agora nenhuma novidade? Qual a próxima?! Olha pra mim e vê se eu tenho cara de idiota. Eu já esperava que isso fosse acontecer. Pra quem chamou o próprio filho de dívida, fazer isso era o de menos. Eu desejo que você seja muito feliz. – ela se levanta e abre a porta. – Tão feliz quanto eu tenho certeza que vou ser com outra pessoa. Passar bem! Me deixa sozinha. Eu não estou nada bem e preciso descansar.

Gustavo se levanta: Tudo bem. Eu vou embora. E também desejo que você seja muito feliz. Muito. Você merece.

Gustavo sai e Stacy bate a porta forte. Ela se apoia na porta e chora. Tempo na tristeza de Stacy.

https://www.youtube.com/watch?v=DX8FKO3aRUU

Cena 6. Rio de Janeiro – Urca / Casa da Vanessa / Dia

A mulher entra no banheiro e vê Tiago morto.

Vanessa trêmula: Eu preciso me livrar de você… Eu não posso deixar você aqui até se decompor. Não sou nem louca pra isso.

Corte descontínuo.

A mulher pega um saco preto e coloca Tiago dentro. Ela o pega, com muito esforço, no colo e leva até a garagem de casa. Lá a mulher coloca ele na mala do carro. Tranca a casa, entra no carro e arranca.

Ruas/Urca

A mulher vai passando por algumas ruas movimentadas e continua procurando uma rua deserta. Ela acaba entrando numa rua deserta e para em frente um terreno abandonado. A mulher tira o cinto, desce do carro e vai até o porta-malas e tira o corpo do homem.

No terreno abandonado

Vanessa arrasta o corpo de Tiago pelo chão e o joga no meio do mato. Não se contentando, a mulher volta ao carro, lega um vidro de álcool, um fósforo e volta até o local. Ela despeja todo o vidro de álcool em cima de Tiago e acende o fósforo. Ela sorri olhando o fogo e joga o fósforo. O corpo do homem começa a pegar fogo e ela sai apressada do local.

Cena 7. Rio de Janeiro – Urca / Apt. da Eliane / Dia

Eliane e Melissa tomam café juntas.

Eliane tomando café: Será que já voltou o sistema do site? Quero comprar essa passagem o mais rápido possível.

Melissa ri: Está apressada para ir embora daqui, né?!

Eliane limpa a boca: Eu não aguento mais ficar aqui. Essa casa me traz péssimas lembranças, esse lugar me traz péssimas lembranças. Quero uma vida nova, conhecer gente nova. É disso que estou precisando.

Melissa: E Jaqueline, vai com a gente?

Eliane: Vai. Ela também está precisando de um tempo também. Ainda que esse tempo seja guiado pelo tempo em dizer se será definitivo ou não.

Melissa: Ela me contou ontem à noite sobre a Stacy. Que situação. Será que essa menina vai lhe perdoar algum dia?

Eliane sorri: Eu espero que sim. A Jaqueline conseguiu esconder isso por tanto tempo. Nem eu sabia dessa história toda. Fiquei surpresa.

Melissa se levanta: Espero que termine tudo bem. Mas, vamos ao que interessa: comprar nossas passagens.

Eliane se levanta rindo: Pelo visto vou ter que comprar para a Jaqueline também. Ela tomou um chá de sumiço.

As duas vão para a sala.

Na sala…

Melissa rindo: Estou descolada. Cansei de sofrer. Ficar sofrendo por quem não merece? Nunca! Tenho que me amar primeiro.

Eliane rindo: Queria ter toda essa disposição pra um novo amor. Depois do Tiago eu me fechei mais do que já era.

Melissa senta-se na cadeira: Sou mais eu. Perder meu tempo chorando por causa de homem? Foi tempo que eu fazia isso. Agora chega! E vamos comprar logo essas passagens. Vida nova já está chegando.

Eliane senta-se de frente ao computador: Amém! – ela ri.

As duas compram as passagens. Barulho da porta.

Eliane sorri: Chegou né, sumida. Achei que tivesse desaparecida. Estava te esperando para comprar as passagens, mas você demorou e eu comprei pra você.

Jaqueline chega até elas: Eliane.

Eliane vira-se: Gente, que cara é essa? Aconteceu alguma coisa?

Jaqueline em choque: A Revista!

Melissa preocupada: O que tem a Revista? Fala Jaqueline!

Jaqueline tensa: Eu fui tirar o extrato da revista hoje e ela faliu. A revista acabou. Está zerada. Não tem mais nada que nem eu, nem você e muito menos a Alice faça para reverter à situação de antes. Acabou!

Eliane e Melissa se entreolham, chocadas.

Cena 8. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia

Pátio…

Os presos tomam banho de sol. Neto chega ao pátio com a sacola de comida. Ele se aproxima de Fernandão.

Neto sorrindo, sem olhar pra ele: Consegui as armas. Só começar.

Fernandão disfarçando: Trouxe bastante? O pessoal daqui é bem exigente.

Neto se afasta um pouco: A gente pega a nossa e deixa o resto vem aqui e pega. Que eles briguem entre si.

Fernandão sorri: Isso. Cadê as encomendas?

Neto vira-se de costas para os policiais. Fernandão faz isso logo em seguida.

Neto pega a arma: Só começar a festa.

Fernandão pega a arma: Chama os ratos que hoje é festa livre! – ele ergue a arma e dá um tiro pro alto.

Os presos se desesperam e começa uma confusão. Fernandão começa joga armas e eles brigam para pegar. Os policiais começam a disparar tiros para o alto, na intenção que pare.

Presidiário: SOLTA ESSA ARMA!

Neto vira: Tem outras espalhadas por aí! Se você não pegou, problema teu. Não vem encher minha paciência.

Presidiário: NINGUÉM QUIS ME DÁ A ARMA E EU NÃO VOU FICAR SEM!

Neto ri: Eu que não vou te dá a minha. Te vira garotão!

Neto vai saindo, mas o presidiário o puxa.

Presidiário dá um soco em Neto: DESGRAÇADO!

Neto dá um chute no presidiário e dispara um tiro. O presidiário continua caído no chão, baleado. Neto foge.

Os presidiários começam a trocar tiros com os policiais. Confusão.

Cena 9. Rio de Janeiro – Leme / Rua / Dia

Dentro do carro de William.

Kiara entra: Pronto. Aqui estou. Espero que você seja rápido e breve.

William sorri: Eu não gostei do seu ataque de ciúmes no ristorante. Até onde eu sei não temos nada.

Kiara o olha: Eu sabia que era sobre isso que você tinha me chamado. E você tem razão: temos nada. Mas eu não sou obrigada a gostar do que eu vejo. Custava você ter ido para outro lugar?

William: Foi ela que me levou até o ristorante e eu sei muito bem que você não se incomodou com isso.

Kiara: Tem razão. Me incomodei com o fato de mal ter conhecido uma e já ter levado a idiota para um ristorante. O mais engraçado é que você dizia que queria algo a mais comigo.

William: E queria! Quem não quis foi você, que só sabe pensar em sedução e não consegue se entregar aos sentimentos. Eu sei que você gosta de mim.

Kiara ri: Está sabendo errado! E eu prefiro que seja assim: sedução. Amor é pra quem é fraco. Eu gosto de me divertir.

William: Então você não me cobra nada. Se você não quer mais nada comigo, pediu um tempo e nunca estivemos em um relacionamento, eu tenho o total direito de me divertir com quem eu bem entendo.

Kiara se enfurece: Não com uma qualquer vagabunda! Eu te pedi um tempo e estou respeitando. Até que agora não me envolvi com ninguém.

William não entende a reação: Por falta de opção. Como eu disse nunca fomos um casal e nosso jogo só foi um jogo de sedução. Como todo jogo: acabou!

Kiara abre a porta do carro: Eu não admito que você tenha brincado comigo desse jeito. Só aprende uma coisa: quem brinca com fogo, pode acabar se queimando.

William surpreso: Isso foi uma ameaça?

Kiara sorri falsa: Um aviso!

A mulher sai e William fica sem entender o ataque.

Cena 10. Rio de Janeiro – Delegacia / Dia

Continuação da cena 4.

Luigi surpreso: E eu não sabia que você andava frequentando a delegacia. Está fazendo o que aqui?

Guarda correndo: DOUTORA! DOUTORA!

Simone preocupada: O que foi?! Fala! Você está pálido.

Guarda sem fôlego: Os bandidos começaram uma rebelião! Eles estão fugindo pelo portão principal do pátio. Tem gente ferida!

Simone desesperada: Meu Deus não pode ser! – ela entra na sala correndo. – Barros!

Barros calmo: Diga.

Simone puxa os documentos da mão dele: Os presos se rebelaram! Está tendo uma confusão, o guarda disse que tem gente ferida e eles estão fugindo pelo portão do pátio. Avisa o William e vamos, antes que isso se torne maior.

Barros se equipa rápido: Só o tempo pra eu avisar o William. Vai correndo pro carro e eu já vou.

Simone sai apressada. Luigi também. Júlia vai para perto de Luíza.

Luíza sorrindo: Conseguimos. Agora eles vão pegar os desgraçados. Eu só não queria que demorasse tanto. Não queria que desse tempo deles fugir.

Júlia confiante: Vai dá tudo certo.

Barros passa apressado. Ele entra no carro, onde Simone já está a sua espera. Sirene ligada. Eles arrancam. Luigi vai logo atrás em seu carro.

Júlia puxa Luíza: Acho que não temos mais nada aqui. Vamos. A gente precisa agora ir para um lugar seguro. O Luigi vai nos mandando alertas.

As duas saem. Alice corre atrás delas.

Alice segura às duas: Aonde as mocinhas pensam que vão? Vocês tem muito que se explicar!

Luíza desesperada: Me solta! A gente quer embora.

Júlia com medo: Se você não soltar a gente eu grito. Faço um escândalo aqui até aparecer um policial e te prender.

Alice sorri: Isso aqui não é nada pra mim e essas ameaças de vocês não me convencem. Eu vou fazer a pergunta e exijo uma resposta. De quem foi à ideia desse plano desgraçado?

Júlia e Luíza se entreolham, tensas. As duas não respondem.

Alice se enfurecendo mais: Eu não vou perguntar de novo. DE QUEM FOI A IDEIA?!

Luíza intervém: MINHA! – ela se solta. – Vai fazer o quê?!

Alice dá um tapa na cara de Luíza: IDIOTA! – e dá outro. – VAGABUNDA! – e dá outro. – DESGRAÇADA! – e dá mais um. – CACHORRA! – e dá outro. – Você destruiu o meu plano.

Júlia afasta Luíza e intervém: Você não presta! Sempre devia ter desconfiado do seu caráter. Maldita.

Alice sorri irônica: Não tenho culpa se você herdou a inteligência da sua mãe.

Júlia dá um tapa na cara de Alice: NÃO FALA DA MINHA MÃE! VOCÊ SE AFASTA DA MINHA FAMÍLIA E DA MINHA MÃE PRO TEU BEM. EU NÃO SEI DO QUE EU SOU CAPAZ DE FAZER COM VOCÊ. EU TE MATO!

Alice vai se erguer do tapa, mas Júlia dá mais um e a empurra.

Luíza puxa Júlia: CORRE JÚLIA!

Alice no chão: EU ACABO COM VOCÊS DUAS! SUAS DESGRAÇADAS!

Alice se levanta com dor e pega o telefone com rapidez da bolsa.

Alice, ao telefone, entra no carro: Atende! Atende!

Soninha, ao telefone: Fala Alice. Não tenho paz não?

Alice, ao telefone, com sangue nos olhos: Parte para a Revista e começa nosso plano de explodir aquilo. Vou levar duas carnes saborosas para fazer churrasco com o fogo! – ela diz, se referindo a Júlia e Luíza.

A mulher desliga o telefone e o taca no banco do carona.

Alice com olhar fulminante: Hora de cantar pra subir. Desgraçadas!

Fim do Capítulo 44!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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2 comentários sobre “Três Jogadas – Capítulo 45

  • Alice já estava querendo escapulir da pressão de Simone, mas como a delegada não é nada boba… logo interviu e acabou com a esperteza da megera.
    Gente, por que esse Gustavo não some de uma vez por todas da vida da Stacy? Esse relacionamento já acabou faz tempo querido… só você não percebeu. Tchau, some, evapora, ela não precisa de ti.
    Bafão maaaaaaster!! Como assim a Vanessa queimou o corpo do Tiago? Acho que a Guiomar estava descrevendo a pessoa erra naquele capítulo kkk, pois a Vanessa não é nada do que ela disse.
    Leandro parece que não aprendeu nada com as mentiras da Clarice, tanto que tá fazendo o mesmo que ela.
    Ai, a Paloma não cansa de ser chata? Dá logo uma surra nela que ela aprende, Kiara.
    Não estou creeeeendo!! Start vai mesmo conseguir roubar tudo de Leandro e Clarice? Adriana não permita!!
    E esse ataque de ciúmes da Kiara? Fiquei com cara de interrogação assim como o William.
    Agora eu senti firmeza na Alice (o que me dá medo)!! Será que é o fim de Luíza e Júlia? 😯 Oh Gosh!!

  • Capítulo agitado por aqui. Vanessa atacando fogo no corpo de Tiago, nunca pensei que ela chegaria a tanto credo!
    Alice colocando seu planos em ordem. so não contava que luiza, Júlia e Luigi iam intervir. Mas as garotas podem pagar caro por isso.
    Eliane acaba de descobrir que a revista está falida, imagina quando descobrir a responsável por isso, o clima está tenso.
    Clarice estapiando Leandro, e quando descobrir o que aconteceu a mulher vai pirar com certeza. Veremos o que vai suceder nos próximos capítulos. a Reta final está demais!!

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