Capítulo 43 – Saber Viver
Capítulo 43, Saber Viver
CENA 1. RIO DE JANEIRO/ LUGAR NÃO ESPECIFICADO/DIA
O fogo começa a pegar perto de Alice.
ALICE SOCORRO-O-O-O-O! ALGUÉM ME AJUDA! – ela grita, chorando.
Ela consegue se levantar, mas seu braço fica esticado. Ela chora de dor. Sua coxa ainda sangra.
ALICE DANIE-E-E-E-E-E-E-EL! SOCORRO, ALGUÉM ME TIRA DAQUI! – ela grita, desesperada, chorando.
CENA 2. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/DIA
Marcone vai atrás de Rafaela e Anderson. Ele passa por uma rua deserta, correndo bastante.
MARCONE Cadê esses imbecis, na verdade o imbecil sou eu! Fui confiar demais. BURRO, BURRO! – ele continua correndo.
Neste momento a luz da rua se apaga e Marcone estranha.
MARCONE O que será que está acontecendo aqui? – ele olha ao seu redor. – VALENTINA, ANDERSON! – ele grita.
Quando Marcone se vira ele vê uma pessoa em sua frente. Esta pessoa dispara três tiros contra Marcone, ele cai morto. A pessoa corre.
CENA 3. RIO DE JANEIRO/ RUA/ PISTA/ DIA
DIEGO Tem uma casa ali pegando fogo, vai que é aquela! Vamos, vamos.
ENZO Até parece que o Daniel daria pistas assim. – ele percebe um carro parado. – Aquilo dali é um carro, não é? E o carro que pegou a Alice, eu tenho certeza, ela está naquela casa!
Eles correm, eles ouvem gritos de uma mulher e percebem que é a Alice. Daniel de dentro do carro observa tudo.
DANIEL Trouxas! Só vão encontrar o resto do resto da Alice! – ele gargalha.
Lorenzo invade a casa, que está coberta de fogo, Alice está prestes a desmaiar. O fogo está bem perto dela, Lorenzo não tem como tirá-la dali de dentro.
LORENZO NÃO DÁ! MÃE-E-E-E-E-E! – ele chora. – EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ MORRER, EU NÃO VOU!
Ele encontra um machado do lado de fora da casa, e consegue quebrar a janela que está acima de Alice.
DIEGO Alice, você consegue passar por aqui?! – ele começa a se desesperar.
ALICE NÃO DÁ – ela começa a perder as forças – EU ESTOU PRESA, ALGUÉM ME AJUDA! – ela chora desesperadamente.
O fogo se alastra e pega na cadeira que está ao lado de Alice, ela desmaia.
DIEGO ALICE, ALICE, NÃO, NÃO! – ele grita, desesperado.
Ele vai até Heitor e Enzo.
ENZO Cadê o Lorenzo, o Lorenzo sumiu, cadê ele?
DIEGO Não pode ser! – ele ouve um barulho e a casa explode.
ENZO ALICE-E-E-E-E-E-E-E-E! – ele se desespera, e chora.
CENA 4. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/DIA
REBECA Já estou começando a ficar preocupada. Nada de mãe, nada de pai, nada de ninguém, odeio esperar!
ALINE Você está reclamando? Faltam pouquíssimos dias pro meu casamento.
REBECA Eu não estou nem aí pro seu casamento, Aline! Eu estou interessada com a mãe, só isso!
CENA 5. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – CASA DA CRISTINA/DIA
CRISTINA ME LIVREI DE VOCÊ! – ela gargalha maleficamente. – SUA TROUXA, BURRA, IMBECIL! – ela pega as fotos de Telma e começa a tacar na parede. – OTÁRIA! – ela ri maleficamente.
Ela se senta e se levanta rapidamente, ela sobe até o quarto de Telma.
CRISTINA Só de pensar que nunca mais terei que olhar para a tua cara, todo dia de manhã, à tarde e à noite, é a realização de um sonho! Burra, idiota, imbecil!
Ela sobe na cama de Telma e começa a pular. A cama quebra e ela torce o pé.
CRISTINA AI! – ela alisa o pé. – Cama infeliz, estou tão gorda assim? Aposto que foi a obesa da Telma que deitou na cama de tão gorda a cama não resistiu, eu só dei uma ajuda. Gorda não estou!
Ela desce a escada rindo.
CRISTINA Como é bom estar sozinha, ai finalmente. Agora deixarei o traste do Vítor naquela clínica e a Telma à sete palmos debaixo da terra. Coisa melhor que isso, só a prova de português! – ela se deita no sofá e gargalha.
CENA 6. RIO DE JANEIRO/ RUA/ PISTA/ DIA
Lorenzo corre carregando Alice no colo, ela começa a tossir. Enzo chora.
ENZO Lorenzo! – ele se espanta.
LORENZO Me ajuda aqui. – ele coloca Alice no chão, que desperta, ainda meio zonza. – Mãe! – eles se abraçam.
DIEGO Você é louco rapaz? Você podia ter morrido! Isso é uma obrigação de um policial.
LORENZO Você não agia, então fiz por conta própria!
Alice, se senta, e Enzo a abraça.
ENZO Você está cortada aqui, isso foi o Daniel?
ALICE Foi, eu nunca vi o Daniel daquele jeito, ele está louco.
Dentro do carro…
DANIEL Essa foi por pouco! – ele sorri. – Mas aposto que a lição foi o suficiente, deu sorte que você não morreu, megera!
Ele sai devagar com o carro.
DANIEL Agora cadê Valentina que não atende esse telefone, vai me dizer que a idiota deixou ser pega pelo mané do Diego.
Ele coloca o celular para carregar e atravessa com tudo a linha do trem. O trem buzina, mas já é tarde demais.
DANIEL A-A-A-A-A-AH! – ele tenta acelerar mas o carro não funciona.
O trem passa por cima do carro, e não sobra mais nada dele. Daniel morre na hora, esmagado.
Algumas horas depois…
CENA 7. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APT. DO GABRIEL/TARDE
RAFAELA Estou exausta! Meu braço ainda dói, bastante!
GABRIEL Eu nunca te vi daquele jeito, Rafa. O que te deu?
RAFAELA Isso foi só o começo da minha vingança. Eu vou fazer ela se arrepender de tudo, TUDO o que fez comigo. Lembra da surra que ela me deu? Eu já devolvi!
GABRIEL Então tudo o que ela fez com você, será devolvido para ela?
RAFAELA E com juros! – ela sorri. – Minha próxima etapa será pretender ela e maltratar ela, eu ainda não esqueci do que ela fez comigo!
GABRIEL Essa sua vingança está mexendo com você. Vai querer passar o resto da vida na cadeia? Esquece isso, essa surra de hoje já valeu por muitas!
RAFAELA Pode até ser, eu desisto da vingança, mas antes ainda quero cobrar os juros, hoje foi só a conta!
Rafaela sai, arrumando o cabelo e Gabriel fica rindo.
GABRIEL Brabinha ela! – ele sorri.
CENA 8. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/TARDE
Alice está deitada no sofá. Diego tenta falar com Marcone, mas não consegue.
DIEGO Não consigo falar com o Marcone, quero saber como estão as pestes lá. Eu preciso ir, Alice fica bem. – ele dá um beijo na testa de Alice e sai.
REBECA Ainda bem que eu me separei a tempo desse idiota, nunca pensei o que Daniel fosse capaz disso tudo!
ALICE Parem de falar disso, por favor! Eu só quero esquecer que tudo isso aconteceu. Eu estou com muita dor na coxa. – ela alisa a coxa.
ENZO Ficou um corte grande. Covarde! Se eu pego esse desgraçado eu vou entupir ele de porrada.
Alessandra e Laís chegam.
ALESSANDRA Ai dona Alice, que bom que você chegou. Eu fiquei toda cagada quando fique sabendo do seu sequestro.
ALICE Eu que agradeço, a Beca me contou do que aconteceu lá na empresa. Nunca pensei que você fosse médium.
ALESSANDRA E não sou, tenho horror a isso! E eu não vi o espírito, ele entrou dentro de mim, mas é estranho que o tal do Palmito nem morreu ainda. Credo!
LORENZO E só de lembrar que tudo começou quando essa piranha da Valentina postou aquela mentira sobre mim.
Rebeca se senta ao lado de Alice e a abraça.
CENA 9. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – CENTRO DE REABILITAÇÃO/TARDE
OLÍVIA Como assim, MORTA?! – ela arregala os olhos.
CRISTINA É muito doloroso para mim! – ela força o choro. – Um carro desgovernado matou a minha irmã! Um idiota!
OLÍVIA Nossa, eu estou chocada. E eu ainda ia ligar para vocês mais cedo para contar sobre o que Vítor aprontou. Se eu conto isso para ele, ficará arrasado!
CRISTINA Por isso eu te peço, deixa meu irmão aqui. Ele é a única pessoa que me restou no mundo, e ele em casa vai surtar sem a Telma. Não expulsa meu irmão.
OLÍVIA Eu não vou expulsar, jamais! E serei muito delicada na hora de contar tudo, fica tranquila!
Alguns minutos depois…
VÍTOR Se veio aqui para conversar não estou afim. E a Telma ficou de vir me visitar, sai daqui.
OLÍVIA É sobre isso que eu quero conversar com você! Vítor, a Telma não vem de visitar mais.
VÍTOR Claro que vem, ela me disse que voltaria, inclusive traria a Cristina.
OLÍVIA Vítor, você não entendeu! A Telma está morta.
Vítor entra em choque.
CENA 10. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/TARDE
Diego não encontra Marcone na delegacia.
DIEGO Ué, o que aconteceu com o Marcone. Ele deixou a delegacia sozinha, e a Valentina e o Anderson não estão aqui.
Ele vai para a rua. Na rua ele encontra o corpo de Marcone jogado.
DIEGO Não, não pode ser! Marcone! – ele se desespera.
Ele se aproxima de Marcone, e percebe que ele está morto.
DIEGO O que fizeram com você meu amigo, o que fizeram com você! – ele abraça Marcone, que está ensanguentado.
CENA 11. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – CENTRO DE REABILITAÇÃO/TARDE
OLÍVIA Vítor, sua irmã, Cristina, acabou de sair daqui contando isso. Infelizmente a Telma faleceu!
VÍTOR NÃO, NÃO A MINHA IRMÃ NÃO! – ele grita, chorando. – QUEM MATOU A MINHA IRMÃ, QUEM?! – ele olha para Olívia com ódio.
OLÍVIA Vítor a Cristina disse que a Telma foi atropelada, vai ver foi sem querer. Eu sinto muito pela perda da sua irmã, muito mesmo!
Olívia sai e Vítor fica chorando dentro do quarto.
VÍTOR TELM-A-A-A-A-A! – ele grita, chorando. – VOLTA PARA MIM TELMA! TELMA-A-A-A-A-A! – ele chora, jogado chão.
CENA 12. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/TARDE
ALICE E foi isso que aconteceu. Foi horrível. Minha coxa doi tanto, ainda bem que o sangue já estancou.
ENZO Eu não sei como um ser humano é capaz disso, não sei mesmo! Graças a Deus terminou tudo bem.
Carolina desce a escada correndo.
CAROLINA Três mortes em um único dia, vocês não sabem da maior!
ALINE Ai, chegou a outra com desgraça. Só fico contente se você falar que uma foi do Davi.
CAROLINA Cala a boca, Aline! Não, a primeira foi de uma tal de Telma. – Enzo gela na hora e muda a feição. – Outra foi de um tal de Marcone. – Heitor gela e muda a feição na hora. – E a outra, vocês não sabem: Daniel!
HEITOR Você está dizendo que o Marcone morreu, foi isso? Eu preciso ir atrás do Diego, agora!
ENZO Telma o quê?! Gouveia? – ele pergunta, meio zonzo.
CAROLINA Isso mesmo. Telma e Daniel foram acidentes de carro. Parece que a Telma foi atropelada, enquanto o tal do Marcone levou tiros.
ALESSANDRA Gente, tô é passada, esse Marcone não é aquele que teve na empresa uma vez?
ENZO Como assim teve na empresa, que dia foi isso?!
ALESSANDRA Joguei a bomba e estou saindo fora, Laís vamos antes que sobra para gente. Tchau, amo vocês! – ela sai, apressada com Laís.
ALICE Ai, Enzo, foi um tempinho atrás, assim que ele chegou ele veio me procurar. Mas quem será que fez isso com o Marcone?!
CENA 13. RIO DE JANEIRO/ RECREIO – APT. DA VALENTINA/TARDE
VALENTINA E o que a gente faz com essa arma?
ANDERSON Joga fora. VALENTINA, VAMOS LOGO! – ele coloca várias roupas dentro da mala. – Antes que a polícia venha atrás da gente.
VALENTINA CALMA, CALMA! – ela fecha a mala e coloca no chão.
Eles saem desesperados. Ambos estão com um óculos e uma peruca.
CENA 14. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/TARDE
HEITOR DIEGO! – ele grita, e Diego se levanta, chorando.
DIEGO Heitor, meu amigo! Olha o que fizeram com o Marcone. – ele diz, chorando.
HEITOR Eu fiquei sabendo a Carol me contou. Mas já tem ideia de quem fez isso?
DIEGO E você tem dúvida de quem tenha sido? Valentina e Anderson! Ambos fugiram da delegacia e ainda fizeram isso.
HEITOR Como eles podem ter tido coragem. Eu fiquei sabendo que o Daniel também morreu. Hoje foi um dia de morte!
DIEGO Mas eu vou pegar esses bandidos e eu não sossego enquanto não colocar eles, NA CADEIA! – ele diz, furioso e chorando.
CENA 15. RIO DE JANEIRO/ RECREIO – APT. DA VALENTINA/TARDE
Valentina sai do elevador com Anderson, ela para na entrada do prédio.
VALENTINA Vai indo na frente, não quero que nos vejam juntos. – ela guarda um dinheiro no bolso. – Vai servir para tomarmos alguma coisa.
Anderson então vai. Do nada um carro rapta Valentina e Anderson ainda tenta ir atrás.
VALENTINA SOCORRO, O QUE VOCÊR QUER COMIGO?! – ela se desespera.
Rafaela tira a máscara e olha para trás.
RAFAELA Eu disse que aquilo era só a minha primeira parte da vingança, chegou a hora da segunda! – ela tranca as portas e gargalha. Ao seu lado quem dirige é Gabriel.
Foca em Valentina, desesperada.
FIM DO 43° CAPÍTULO!