Capítulo 41 – Saber Viver
Capítulo 41, Saber Viver
Uma hora depois…
CENA 1. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/DIA
ALINE Eu não quero saber! Eu quero minha mãe, pai liga para esse delegado onde o Heitor trabalha, ou vamos até lá. A mãe foi sequestrada-a-a-a-a! – ela grita, furiosa.
ENZO Aline, fazer escândalo, ficar nervosa não vai adiantar em nada! Eu vou até a delegacia, me esperem TODOS aqui!
REBECA Pai, deixa eu ir com você. Eu também vi tud/ – ela é interrompida.
ENZO EU MANDEI FICAR AQUI! – ele grita furioso. – Não quero ninguém atrás de mim! NIN-GUÉM! – ele sai apressado.
CENA 2. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/DIA
Valentina e Anderson chegam a delegacia, algemados. Rafaela ri da situação deles.
RAFAELA BRAVO! – ela aplaude. – A rainha da quadrinha foi presa. Eu disse que ia te colocar atrás das grades, sua piranha!
VALENTINA Se você pensa que o jogo acabou ele apenas começou. Sua cadelinha mimada!
RAFAELA Será que alguém me concederia um tempinho para conversar com ela? Estou afim de ter uma conversa hoje com alguém.
VALENTINA Conversa com esse teu namoradinho aí. Aliás, nunca vi uma garota tão piranha, roubou o frango da mulher que te libertou?! Tsc, tsc, tsc, que feio, Rafa, que feio!
Rafaela perde a cabeça e dá um tapa na cara de Valentina, Diego a afasta.
DIEGO Rafaela, não perde sua razão. Vamos, leva os dois para a minha sala. Rafa e Gabriel ficam, depois chamo vocês!
Diego, Heitor, Marcone, Lorenzo, Valentina e Anderson saem.
GABRIEL Calma, você não pode perder a paciência agora!
RAFAELA Eu estou esperando por esse momento faz tempo, eu não vou perder a chance de humilhar essa piranha, ela me paga!
CENA 3. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – RUA/DIA
Telma está jogada no chão ainda, toda ensanguentada. Ela está bastante machucada.
DITA Gente, a Telma vai morrer se ninguém levar ela para o hospital. Já ligaram para a ambulância? – ela fala desesperada.
JERÓNIMO A AMBULÂNCIA CHEGOU! DÁ ESPAÇO, DÁ ESPAÇO.
Os médicos levantam Telma lentamente e a colocam na maca, ela está totalmente machucada, com muito sangue pelo seu corpo.
DITA Espero que nada de ruim ocorra com a Telma, ela é uma pessoa tão boa, não merece um fim desses. Coitada gente, quem foi o covarde que fez isso?!
De longe, Cristina observa tudo…
CRISTINA Espero que seja teu fim! Mas eu preciso fazer meu drama, então… – ela sorri.
Cristina corre, forçando o choro, gritando desesperada.
CRISTINA TELMA-A-A-A-A! TELMA-A-A-A-A! – ela força o choro.
JERÓNIMO Calma, Cristina, calma! Eu sei que vocês eram irmãs, mas quem fez isso vai pagar por tudo. A gente vai descobrir quem fez isso!
CRISTINA A MINHA IRMÃ, NÃO-O-O-O-O! – ela faz drama, se jogando no chão. – SALVEM A MINHA IRMÃ-A-A-A! – ela grita de cabeça baixa, prendendo o riso em seguida.
CENA 4. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/DIA
REBECA Eu não aguento mais esperar, parece que essa hora não passa! E só de pensar que minha mãe está na mão de um bandido!
CAROLINA Agora quem fez isso com a Alice, é muita maldade gente, ela nunca fez nada para ninguém.
Um vento bem forte toma conta de toda a sala, os papéis que estão na bancada voam.
ALESSSANDRA Sangue da galinha preta, eu sou religiosa e não mereço isso! O que está acontecendo gente?
CAROLINA Sei lá, parece que alguém de muito longe quer falar conosco. – ela bate na madeira. – Deus que me livre, também sou religiosa.
REBECA Religiosa onde Carol, religiosa onde. Me poupe!
ALESSANDRA Ai gente, tô toda cagada. – o vento passa novamente. – SOCORRO! – ela treme.
CENA 5. RIO DE JANEIRO/ LUGAR NÃO ESPECIFICADO/DIA
ALICE Daniel, pelo amor de Deus, me tira daqui! – ela implora, chorando.
DANIEL Cala a boca, cala a boca! Quem mandou ser amante daquele idiota do Gabriel, agora você que paga o preço por ele! – ele sorri.
ALICE Eu e ele não temos mais nada, eu juro! E eu nunca falei de você para ele, Daniel pelo amor de Deus, eu te suplico!
DANIEL CALA A BOCA! CALA A BOCA! – ele grita, apertando o pescoço de Alice. – Mulher falando muito alto me irrita. Você não me conhece, Alice, você não me conhece! – ele a beija a força, que cospe na cara dele.
ALICE PARA, PARA! EU VOU GRITAR SOCORRO!
Daniel dá um tapa em na cara de Alice, que cai no chão, ela está com as mãos amarradas.
DANIEL Eu preparei uma surpresinha especial pra você! – ele pega um machado. – Será que uso ou não uso?! – ele se olha no machado, que reflete sua imagem, ele gargalha maleficamente.
Alice chora desesperadamente, ela implora para que ele não faça nada contra ela.
CENA 6. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/DIA
DIEGO Então é isso que vocês tem para me contar? E você ainda tem coragem de dizer que filho não era do Lorenzo, e sim do Daniel.
LORENZO Como eu nunca percebi que você sempre foi uma piranha, todo me falou que você era uma vadia mesmo, eu deveria ter acreditado!
DIEGO Lorenzo, olha as palavras vulgares! Enfim, eu ainda não posso te dar voz de prisão definitiva, por que é a minha vontad/ – ele é interrompido por Enzo, que entra desesperado na sala. – QUÊ ISSO, VOCÊ ESTÁ DOIDO?! – ele se levanta, furioso.
ENZO DIEGO, PELO AMOR DE DEUS FAZ ALGUMA COISA, ALGUÉM SEQUESTROU A ALICE!
LORENZO COMO É QUE É?! – ele pergunta, desesperado.
Anderson e Valentina se entreolham, rindo.
CENA 7. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – RUA/DIA
O médico sai da ambulância, cabisbaixo. Cristina se levanta chorando falsa.
MÉDICO Eu sinto muito, mas a Telma não resistiu e veio a falecer.
CRISTINA A-A-A-A-A-H! – ela força o choro. – Minha irmã – ela coloca a mão na testa. – Ai eu estou passando mal, ai me ajuda. – ela finge que desmaia.
Todos abanam ela, que ainda finge o desmaio.
CENA 8. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/DIA
DIEGO Mas quem faria isso com a Alice?! – ele olha para Valentina e percebe que ela ri. – Foi o Daniel, não foi? CONFESSA! – ele grita.
VALENTINA Sim, foi ele mesmo! Mas não faço ideia de onde ele esteja. – ela sorri. – A essa hora ele já fez picadinho da Alice. – ela sorri.
DIEGO Essa história não acabou, Marcone fica aqui com eles, vamos atrás dela!
Lorenzo, Enzo, Diego e Heitor saem.
MARCONE É Valentina, parece que deu ruim pra ti. – ele olha para Hugo. – Pode soltar eles, aqui dentro eles estão sobre minha supervisão.
Hugo solta apenas Valentina, ela continua sentada.
VALENTINA Não vai soltar o Anderson? Algo pessoal, Marcone?
MARCONE Não, ele é homem, mais ágil. – ele olha para Hugo. – Chama a Rafaela por favor.
Rafaela entra, sorrindo.
RAFAELA Mandou me chamar, Marcone? Aconteceu algo?
VALENTINA Não, não aconteceu nada não, já pode sair.
MARCONE Rafaela, estou te concedendo a sua horinha com a Valentina, você não queria… CONVERSAR COM ELA? – ele pisca para Rafaela. Valentina gela.
VALENTINA Mas eu não quero, eu não quero essa horinha de conversa, aliás não tenho nada para conversar com essa daí!
MARCONE CALA A BOCA, QUEM MANDA AQUI SOU EU! – ele olha novamente para Hugo e rapidamente desvia seu olhar para Anderson. – Leva ele para a sala do lado, as duas têm muito que conversar.
Anderson, Marcone e Hugo saem.
RAFAELA Chegou a hora do acerto de contas! – ela diz sorrindo e levantando a manga da camisa.
Valentina se desespera.
CENA 9. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/DIA
Laís chega na empresa e não percebe a confusão.
LAÍS Gente, cadê todo mundo? Já voltei das minhas férias, e só foi eu sair que essa empresa ficou parada?
ALESSANDRA Laís amiga, roubaram a Alice, levaram ela, ninguém sabe para onde.
LAÍS Gente, que isso, que absurdo! Quem fez isso?
O vento passa novamente pela empresa, dessa vez mais forte.
ALINE Gente, já estou começando a ficar com medo disso.
ALESSANDRA Eu já me caguei toda, eu morro de medo disso. Principalmente dessa gente que fala com espírito, tenho PA-VOR! Minha mãe que mora em Vila Varzeônica me disse que lá tem a tal da Alminha, já me caguei inteira só das histórias que ouvi.
REBECA CALEM A BOCA! – ela se enfurece. – Minha mãe está DESAPARECIDA e vocês falando de médium, eles não existem, eles não existem!
ALESSANDRA Se tem uma coisa que aprendi foi a não brincar com espíritos. Estou até pensando em ligar para minha mãe, vai que ela manda essa Alminha para cá e conseguimos saber quem pegou a Alice.
REBECA Alê, faz um favor? Cala a boca, por favor, cala a boca!
CENA 10. RIO DE JANEIRO/ LUGAR NÃO ESPECIFICADO/DIA
DANIEL Mulher que fala muito me irrita, Alice. Principalmente quando são aquelas abusadas. Que COSPEM na nossa cara!
ALICE Me perdoa, foi a minha reação, Daniel eu te suplico não faz nada comigo. – ela se desespera.
DANIEL Primeiro eu te maltrato, depois eu te mato! Combinados? – ele sorri maleficamente.
Ele se aproxima de Alice e ergue o machado.
DANIEL Hora de perder os dedos! – ele sorri alto e maleficamente.
Ele desce o machado com tudo e Alice se desespera.
Foca em Alice, desesperada. Ela chora sem parar.
FIM DO 41° CAPÍTULO!