Notas de Um Destino – Capítulo 32
(Escritório do Sr. Evaristo Muniz de Gouveia e Couto. O telefone toca. A secretária Doroteia atende)
Doroteia: Escritório do Sr. Evaristo Muniz de Gouveia e Couto. Doroteia, Bom dia!
Ernesto: Quero marcar uma audiência com o Sr. Gouveia e Couto.
Doroteia: Da parte de quem?
Ernesto: Trata-se da Presidência da ONG Edvirgens Garcia.
Doroteia: Um momento, eu vou ver na agenda dele. Olhe, amanhã é feriado, e depois será sábado. É muito urgente?
Ernesto: Diga que é um assunto do interesse dele.
Doroteia: Neste caso, vou tentar agendar para segunda-feira, dia 15, pode ser?
Ernesto: Pode sim.
Doroteia: Então, dia 15, 1 da tarde, aqui no escritório dele. Sabe onde fica?
Ernesto: Sei sim. Estarei aí. Obrigado.
(Ernesto desliga o telefone)
Ernesto: Pronto, Rosa! Segunda-feira, dia 15, 1 da tarde, no Escritório do Sr. Evaristo Muniz de Gouveia e Couto.
Rosa Maria: Eu não sei chegar lá.
Ernesto: Eu te levo.
(Finalmente, no dia combinado, Rosa vai ao escritório e se apresenta a Doroteia)
Rosa Maria: Boa Tarde! Eu marquei hora com o Sr. Evaristo Muniz de Gouveia e Couto. Sou da ONG Edvirgens Garcia.
Doroteia: Claro, senhora! Pode entrar!
(Rosa Maria entra e fica frente a frente com o Sr. Gouveia e Couto)
Evaristo: Me informaram que queria falar comigo! Quem é a senhora? O que deseja?
Rosa Maria: Nem faz ideia, Sr. Gouveia e Couto? Pois, sou Rosa Maria Parker-Smith, fundadora da ONG Edvirgens Garcia.
Evaristo: Acho que eu é que devo me colocar a seu dispor, pois admiro muito o seu trabalho, pois é uma ONG que já está há muito tempo na ativa…
Rosa Maria: Sim… 15 anos. De muita dedicação na luta pela erradicação do trabalho infantil e maus tratos à mulher e também temos um programa de auxílio à pessoas que sofrem com os males da seca, e com o vício do álcool.
Evaristo: Interessante… Esses são ideais tão objetivos. Até parece que você viveu na pele cada um desses problemas.
Rosa Maria: Não, Sr. Gouveia e Couto. Mas durante esses meus 40 anos de vida, conheci pessoas que carregam até hoje essas marcas. E eu, quero protegê-las.
Evaristo: Faz bem, Sra. Parker-Smith. Mas eu prefiro que me chame de Evaristo.
Rosa Maria: Neste caso, me chame de Rosa Maria.
Evaristo: Como quiser. Sabe, Rosa. Você daria uma boa política. E é por isso que eu preciso da sua ajuda!
Rosa Maria: Minha ajuda?
Evaristo: Sim! Eu estou alicerçando minha campanha para senador e acho que…
Rosa Maria: Ajudando financeiramente a minha ONG isso contaria pontos a seu favor?
Evaristo: Isso mesmo.
Rosa Maria: Estou me interessando… Mas, de quanto mais ou menos seria a ajuda?
Evaristo: Muito.
Rosa Maria: Eu quero números. Sabe, Sr. Evaristo, eu sou uma mulher muito influente e saiba que tanto posso ajudar sua campanha, como atrapalhar. Depende de como o senhor se porta comigo.
(Evaristo escreve a quantia no papel e mostra a Rosa)