Notas de Um Destino – Capítulo 31 (último capítulo da 2ª fase)
Antonio: “Há 27 anos, sua mãe Edvirgens que descanse em paz, engravidou, nós estávamos tão felizes e também Getulio porque ele estava ansioso com a chegada do bebê. Mas eu não sei como nem porque sua mãe passou mal na hora do parto e… a criança morreu. Sua mãe ficou tão triste, se trancava no quarto e não falava com ninguém. Não comia nada. Até pensei que ela fosse morrer. Ao mesmo tempo, a mulher de um dos meus trabalhadores engravidou, mas não tinha leite suficiente. Então sua mãe amamentou… você. Até que certo dia os dois foram mortos por um pistoleiro da região, e nós decidimos criar você. Foi isso.”
Maria de Lurdes: Foi isso que aconteceu?
Antonio: Tínhamos planos de contar tudo a você quando você crescesse.
Maria de Lurdes: Vocês fizeram o certo. Hoje eu sou mãe. E acho que também daria a vida por um filho, como vocês deram por mim.
(Todos se abraçam. Entra Quitéria.)
Antonio: Quitéria, minha filha. Por ironia do destino nós nos reencontramos. E você que tinha todo o direito de ter ódio de nós por todo o mal que lhe fizemos, só nos trouxe o bem.
Quitéria: Isso são as NOTAS DE UM DESTINO!
(Todos se abraçam)
(Dias atuais – Aeroporto de Cumbica. Voo dos EUA aterrisa. Entre os passageiros está Rosa Maria Parker-Smith, que tem 40 anos agora. Ela olha ao redor e diz)
Rosa Maria: Rosa Maria: Bem, Rosa! Seja bem vinda ao Brasil!
(Ela vai até o guichê para comprar uma passagem)
Rosa Maria: Passagem para Brasília, por favor! Obrigada!
(No ônibus, Rosa Maria começa a refletir:)
Rosa Maria: “É… Finalmente, de volta à minha terra. Depois de tantos anos nos Estados Unidos estudando e me preparando, finalmente, agora sim eu vou por em prática tudo o que sei e aprendi todo esse tempo… E a De Lurdes… De Lurdes… Ela e Dona Memê vão me pagar muito caro por todo o mal que me fizeram. Elas vão ver só uma coisinha…Vão me pagar com a mesma moeda… Tenho até medo de imaginar o que eu vou fazer com elas. Mas até lá, tem chão!”
(O ônibus chega a seu destino. Rosa desembarca e pega um táxi.)
Rosa Maria: Por favor, senhor! Pode me deixar neste endereço?
(O taxista deixa Rosa na ONG Edvirgens Garcia)
Rosa Maria: Obrigada, fica com o troco!
(Rosa toca a campainha. Ernesto Gonçalves vem atender.)
Ernesto: Tudo bem? Que deseja?
Rosa Maria: Não me reconhece, Ernesto? Sou eu, Rosa! Rosa Maria Parker-Smith! A Fundadora da ONG Edvirgens Garcia!
Ernesto: Rosa? Você está irreconhecível!
Rosa Maria: Eu? Olha só você! Soube que casou.
Ernesto: Melhor mudarmos de assunto. Entra.
Rosa Maria: Quanto tempo faz?
Ernesto: Ah! 15 anos!
Rosa Maria: E então? Como está a ONG?
Ernesto: Às 1000! Sabe, nós temos um grande benfeitor.
Rosa Maria: Um benfeitor? Quem?
Ernesto: O Sr. Evaristo Muniz de Gouveia e Couto. Um respeitável político. Inclusive, ele tem muito interesse em conhecer você.
Rosa Maria: Interessante… Um político benfeitor da nossa ONG! Sabe, Ernesto! Também me interessa conhecer este Sr. Evaristo Muniz de Gouveia e Couto. Por favor, marque uma audiência com ele. Tenho por mim que será muito proveitosa tanto para mim como para ele!