Eu e Ana – Capítulo 49
(Na noite de núpcias de Luciana e Nicolas)
Nicolás: Quando eu era criança, a minha mãe me ensinou que existiam dois tipos de estrelas: a estrelas boas que torciam pelo nosso sucesso, e as estrelas más que torciam pelo nosso fracasso. E o nosso destino dependia de que tipo de estrela gente escolhia olhar no céu. Você o que vê?
Luciana: Eu vejo um Deus infinitamente maravilhoso que está fazendo de tudo para que nós sejamos muito felizes. Mais nada importa.
(Os dois se beijam. Os meses se passam… Nicolas vai à Mansão Coral. Diana abre a porta)
Diana: Quem é você? O que quer aqui?
Nicolas: Boa tarde! Você deve ser Diana, a mulher do Danilo. Ele tá aí?
Diana: Tá sim. Mas há meses está trancado no quarto. Mal sai para comer. Não quer ver ninguém, por causa do que houve.
Nicolas: Fala que o Nicolas, melhor amigo dele está aqui e quer vê-lo. A mim ele vai receber.
Diana: Vamos ver.
(Diana vai ao quarto de Danilo)
Diana: Danilo, Nicolas está aqui.
(Enquanto isso, Tayana chega em casa.)
Edmundo: E então, Tay? O que te disse o médico?
Tayana: Eu estou grávida. Nós vamos ter um filho.
(Os dois se abraçam. Enquanto isso, Jussara fala a Lobo)
Jussara: Compreendeu bem o que deve fazer, Lobo?
Lobo: Claro que sim, madame. E prometo que não vou falhar.
Jussara: É melhor mesmo que não. Hoje mesmo deve liquidar aquele maldito borralheiro e tudo o que tiver ligação com ele. Você vai liquidar. Você vai liquidar!
(Nicolas entra no quarto de Danilo.)
Nicolas: Danilo!
Danilo: Vai embora, Nicolas.
Nicolas: Porque eu iria embora? Que tipo de amigo seria eu que larga você na hora em que mais precisa de mim?
Danilo: Eu não preciso de ninguém.
Nicolas: Ah, precisa sim.
Danilo: Eu sou um inválido. Inútil, não sirvo mais pra nada. Todos os meus sonhos estão enterrados.
Nicolas: Errado, Danilo. Atreva-se a sonhar! Sonhe de novo. Coisas novas. Outras possibilidades.
Danilo: Você não entende, Nicolas? Estando eu cego, a vida acaba pra mim…
Nicolas: E se eu te provo o contrário?
(Enquanto isso, na Mansão Coral, Paco se prepara para sair, quando Jussara o chama)
Jussara: Onde pensa que vai, pulguento?
Paco: Na casa da minha madrinha Rosa Mística.
Jussara: Não vai. Já me basta você com sangue contaminado pelas bactérias de um lixão qualquer. Não permito que tenha contato com ninguém desta gentalha.