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Três Jogadas

Capítulo 15 – Três Jogadas: DE MÃOS ATADAS

Três Jogadas.

Capítulo 15: DE MÃOS ATADAS

“A base da sociedade é a justiça; o julgamento constitui a ordem da sociedade: ora o julgamento é a aplicação da justiça.”

Aristóteles

Cena 1. Rio de Janeiro – Urca / Apt. da Eliane / Noite

Eliane se levanta, estranhando: Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? Vocês já se conhecem?

Luíza se levanta sorrindo: Claro que não. Ele deve estar fazendo confusão com outra pessoa. – ela estende a mão. – Não vai me cumprimentar? – debocha.

Tiago a cumprimenta: Claro. Eu confundi você com outra pessoa. Uma INTRUSA que apareceu na festa e por esses dias andou rondando minha empresa. Você se chama?

Luíza sorrindo: Luíza!

O telefone toca.

Eliane: Já venho. Vou atender ao telefone.

Eliane sai.

Tiago imprensa Luíza na parede, furioso: O que você está fazendo dentro da minha casa?!

Luíza sorri: Eu só vim atrás da pessoa que eu admiro. Eu sou uma fã da Eliane!

Tiago gargalha: Não brinca com a minha paciência. Você não sabe com quem está mexendo. Eu posso ser doce, mas também sei ser amargo.

Luíza se solta: Eu não tenho medo de você. Você vai ter que me engolir querido. – ela dá um beijo no rosto de Tiago.

A jovem pega sua bolsa e sai. Tiago fica com cara de tacho. Lá na sala… Eliane desliga o telefone. Luíza se aproxima.

Eliane coloca o telefone no gancho: Poxa, já vai? Agora que o Tiago chegou. Queria lhe apresentar.

Luíza sorri: Deixa para outro dia. Eu realmente estou com pressa.

Eliane vai até a porta: Ah, uma pena. Vou abrir a porta pra você voltar. – ela abre e Luíza sai.

Vidigal / Sobrado da Gisele

Luíza chega. Gisele vem até à sala.

Gisele radiante: E então. Quais são as novidades?!

Luíza se senta e estica as pernas: Consegui. Já sou quase amiga íntima da Eliane. A babaca caiu feito pata na minha conversinha. – ela gargalha. – Daqui a pouco vou colendo aos poucos o que eu preciso para ter o Tiago em minhas mãos.

Gisele feliz: E então você vai conseguir os convites da festa?

Luíza a olha: Ou eu não me chamo Luíza!

As duas comemoram.

Cena 2. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Noite

A casa está toda escura. Leandro está sentado. Clarice entra e vai em direção à esca

da.

Leandro acende o abajur: Clarice! – A luz clareia apenas o seu rosto.

Clarice se assusta: Leandro! – ela deixa a bolsa cair. – Quer me matar do coração? O que você está fazendo no escuro?

Leandro acena as luzes: A gente está precisando ter uma conversa.

Clarice se aproxima: Aconteceu alguma coisa aqui em casa?

Leandro: Aconteceu alguma coisa com você!

Clarice não entende: Não entendi. Do que você está falando?

Leandro entrega a identidade: Disso. Será que você pode me explicar o motivo dessa identidade ter a sua foto, mas com o nome de Luana Diniz?

Clarice gela: Como você conseguiu isso? AONDE VOCÊ ACHOU ISSO? – ela se desespera.

Leandro: Chegou pelo correio. Mas a questão aqui não é como eu consegui essa identidade. A questão aqui é que porcaria de identidade é essa!

FLASHBACK – 1985

Kiara segura uma criança de colo. Alice e Clarice disputam uma identidade.

Alice furiosa: SOLTA VAGABUNDA. SOLTA ESSA IDENTIDADE.

Clarice raivosa: SOLTA. ESSA IDENTIDADE É MINHA. Você não tem o direito de invadir a minha privacidade. A minha história!

Alice consegue ser mais forte e joga a identidade longe.

Clarice procurando: Cadê minha identidade. – ela segura Alice pelos cabelos. – Responde maldita! FALA LOGO. – Alice começa a rir, para a fúria de Clarice. – Eu ainda acabo com você.

Clarice joga Alice longe, que no ato bate a cabeça na parede e desmaia. Kiara se desespera.

Kiara desesperada: Clarice você matou a Alice!

Clarice procurando a identidade: Vaso ruim não quebra nunca! – ela continua procurando. – Que ódio, perdi minha identidade.

Kiara puxa Clarice: A GENTE NÃO TEM TEMPO. ANDA LOGO ANTES QUE CHEGUE ALGUÉM.

As duas saem apressadas, carregando malas. Kiara anda apressada, enquanto segura um bebê no colo.

FIM

Clarice sai apressada e sobe a escada.

Leandro furioso: CLARICE VOCÊ NÃO ME RESPONDEU! CLARICE!

No quarto…

Clarice entra no quarto e pega um pen-drive. Ela coloca esse pen-drive dentro da bolsa e sai apressada. Ela passa feito um furacão na sala e bate a porta forte. Kiara tenta passar despercebida.

Leandro tenta se acalmar: Eu já te vi. E pode voltando aqui. – Kiara volta. – Você sabe de onde surgiu essa identidade. Eu preciso saber. Eu tenho esse direito! O que a Clarice me esconde?

Kiara fica sem saber o que responder. Os dois se encaram. Kiara se desespera.

Cena 3. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Branca / Noite

Todos jantam. Adriana mexe no garfo e provoca alguns barulhos. Todos estão em silêncio.

Branca corta o silêncio: Você não tocou na comida. Come. Ficar com fome não vai cessar a sua dor.

Adriana abatida: Nada vai cessar a minha dor. Eu não sei o que me dói mais. Ter que me despedir da minha mãe de uma maneira tão cruel ou ouvir da sua própria filha que ela tem nojo de você.

Branca larga o prato: Talvez você não tenha poupado nenhuma das duas de um sofrimento maior do que você está sentindo agora. Você antes causava dor, agora você sente dor.

Tóta bebe vinho: E ficar se culpando não vai adiantar e nem passar o sofrimento. Encarar os obstáculos é sempre a melhor saída. A vida é assim, com altos e baixos. Você só não pode recuar feito um animal indefeso quando sente que o predador está por perto. Você está se privando de encarar a realidade e os desafios e viver intensamente a ter que viver de maneira acuada nessa curta passagem que nós apelidamos de vida.

Adriana: Vocês que estão de fora acham que é fácil viver nesse fogo cruzado de receber o perdão da mãe, mas ser odiada pela filha por algo que parcialmente você não teve culpa.

Fernanda ergue a cabeça: Parcialmente? Adriana, não é de hoje que você fala de forma como se tivesse mais coisa além dessa história que todo mundo sabe.

Adriana: Esquece. Toda a história é o que vocês sabem. Isso já é o suficiente para me causar dor.

Tóta: Eu e a Branca decidimos adiantar a viagem. Daqui alguns dias, estaremos indo. Você não quer ir com a gente? Pense pelo lado bom, você terá tempo o suficiente para refrescar sua mente.

Adriana: Acho que não. Eu prefiro ficar por aqui mesmo. Eu só não queria causar mais dor em ninguém… Muito menos ódio.

Branca pega nas mãos da sobrinha: Procura ela. Fala com a Stacy. Quem sabe vocês se entendem.

Adriana fica pensativa.

Cena 4. Rio de Janeiro – Leme / Apt. do Stênio / Noite

Gustavo abraça Stacy, que chora.

Gustavo: Eu lamento muito por tudo o que aconteceu. Por que você não me ligou? Eu tinha dado um jeito de ir atrás de você.

Stacy se afasta, indignada: Dado um jeito? Esse é o seu problema. Tentar e não fazer. Você não consegue cuidar nem de você, Gustavo. Você não consegue resolver seus próprios problemas.

Gustavo: Você confunde as coisas de tal forma. Eu não estou falando em cuidar de mim, resolver os meus problemas. Eu estou falando de você. Cuidar de você!

Stacy chorando: Como? Parece que ultimamente a nossa vida tem se rondado a fatos e pretextos para levar a gente à briga.

Gustavo: O nosso namoro se esfriou e parece que a gente prefere viver nessa guerra fria de conflitos da disputa entre desejo e amor, quando na verdade a gente não sente mais nada um pelo outro.

Stacy enxuga as lágrimas: Só que dessa vez quem cansou foi eu de viver nesse conflito. Sempre quando eu mais preciso de você, parece que você foge e me deixa de lado.

Gustavo: Acho que a gente só vai tomar uma decisão quanto estivermos longe um do outro. Quando a saudade aperta. Quando o primeiro achar um pretexto e voltar arrependido pedindo perdão. Mas enquanto isso não acontece, eu prefiro que a gente se afaste. Eu não quero te fazer sofrer. Você não merece isso. Me dá um tempo pra pensar, Stacy. A gente precisa desse tempo.

Stacy perplexa: Já estou acostumada a vê você fugindo das suas responsabilidades e dos seus problemas. Mas eu não quero ficar me escondendo dos problemas. Ou ficamos juntos ou terminamos de vez.

Gustavo fica sem reação.

Cena 5. Rio de Janeiro – Delegacia / Noite

Sala da Delegada Simone…

Simone se levanta: Um pen-drive? – ela pega o objeto. – Você está dizendo que aqui dentro tem fotos que podem comprometer uma pessoa e livrar o Luigi, o rapaz acusado de tentar matar o mordomo.

Clarice sorri: Sim. Eu tenho certeza que esse material é valioso demais e que você não irá dispensar. Veja, garanto que não irá se arrepender.

Simone abre as fotos no computador e vai passando uma por uma. Ela chama Barros que vai vê as fotos.

Barros estranha: Essa mulher não aquela sócia da Revista Luz? Alice. A mãe do Luigi.

Simone se levanta: A própria. Foi ela que ligou pedindo que fossemos até o hospital porque o mordomo queria dá um depoimento. O mais estranho é que ela e ele disseram que foi um assalto. Mas essas fotos mostram o contrário.

Clarice se levanta: Assalto? – ela gargalha. – Essa mulher é louca. Uma psicopata. Eu consegui essas fotos na casa dela. Quando eu cheguei lá tinha duas pessoas, no mínimo essas duas pessoas tiraram as fotos e resolveram ameaçá-la. Mas eu consegui as provas do crime.

Barros perambulando: O que não fecha é que se ela atirou no mordomo, o porquê ele mentiria dizendo que foi assalto? O depoimento que ele deu foi diante dela. Ele sabia o que estava falando.

Clarice: Ela pode ter subornado ele. Ou mesmo ter ameaçado o pobre coitado. Essas fotos comprovam que ela segurou aquela arma. E que o Luigi foi vítima da armadilha da própria mãe.

Simone faz cópia das fotos: Chama o Luigi. E chama aquele advogado dele também. – ela olha para Clarice. – Você já pode ir. Obrigada. Essas fotos nos ajudaram muito.

Clarice sai radiante e fica do lado de fora à espera de Luigi. De volta à sala de Simone…

Luigi chega com Stênio. Os dois se sentam. Luigi ainda algemado.

Luigi assustado: Aconteceu alguma coisa? Eu fiquei preocupado com essa chamada apressada. Surgiu alguma pista sobre o caso?

Simone se ajeita na cadeira: O que chegou até a gente não pode ser divulgado. – ela sorri. – Mas você tá solto, Luigi.

Stênio e Luigi se entreolham sorrindo.

Do lado de fora…

Luigi sai juntamente com Luigi. De longe, Clarice observa tudo radiante.

Alguns dias depois…

Cena 6. Rio de Janeiro – Leblon / Dia

Tiago está sentado em uma mesa do restaurante. Vanessa chega. De longe, Luíza pega a câmera e começa a tirar algumas fotos.

Tiago furioso: Você sabe que eu não gosto de me encontrar em locais públicos!

Vanessa tira os óculos: Se alguém falar, estamos em uma reunião de trabalho. Afinal, sou sua secretária. Hoje eu não vou trabalhar. Tenho aqueles exames de rotina.

Tiago: E você me chamou até aqui pra quê? Pra avisar isso. Era só ter dito por telefone.

Vanessa sorri: Só queria te vê antes de ir. Se eu conseguir chegar a tempo de noite eu te ligo. Pode ser? – Tiago confirma. Vanessa lhe dá um beijo e ele tenta se afastar.

Luíza de longe tira a foto radiante. Vanessa vai embora e Luíza se aproxima. Ela se senta à mesa.

Luíza ri: Que bonita sua amante. Eliane sabe dela?

Tiago assustado: Você andou me seguindo garota? E que amante. Surtou? Sou fiel a Eliane. Ela é minha secretária.

Luíza rindo: Não sabia que secretária dava beijo na boca, mas tudo bem. – ela mostra as fotos. – Eu registrei tudo. Eu realmente achei que você seria mais inteligente e não seria tão burro a ponto de beijar sua amante em público. Só que agora quem comanda o jogo sou eu. Quem dá as cartadas sou eu e pra começar eu vou pedir bem pouco.

Tiago tira o cheque do bolso: É dinheiro? Isso é o que não me falta.

Ele preenche o cheque e entrega para Luíza. Essa rasga o cheque e ele se assustada.

Luíza sorri: Dois convites é o suficiente. Me dá dois convites da segunda edição da festa da Revista Luz e eu fico satisfeita… POR ENQUANTO!

Luíza ri debochada. Tiago fica furioso.

Paralelo à cena… No sobrado da Gisele.

Gisele termina de arrumar casa e alguém chama na porta. Ela resolve atender.

Gisele abre a porta: Você?! – ela se depara com Ferraz. – Como você descobriu minha casa?

Ferraz sorri: Nada é impossível pra mim. Não vai me convidar pra entrar?

Gisele: Claro entra. – ele entra e ela fecha a porta. – E então, como conseguiu o meu endereço?

Ferraz sorri: No dia que a gente foi tomar café você me disse que morava no Vidigal e falou sobre o posto de gasolina perto daqui. Eu fui perguntando o pessoal na rua se te conhecia, até que encontrei. Você é bem esquecida.

Gisele sorri: Ah, sei. Mas o que você quer aqui? Diz logo. Daqui a pouco a Luíza está chegando e não quero que ela veja um homem aqui dentro de casa.

Ferraz é direto: Eu quero me aproximar de você. Você é uma mulher toda interessante. Deixa eu me aproximar de você!

Gisele fica radiante e ri toda feliz.

Pouco depois…

Cena 7. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Dia

Na sala de Tiago…

Tiago ri: Você se arrepende do homem que foi no passado? Eu não te conhecia no passado, mas pelo o que você conta você era um homem bem agressivo.

Jordan mexendo em uns papéis: Eu era mesmo. E não consigo negar isso. Eu devia ter vergonha de quem eu fui no passado, mas não consigo. Parece que o que me deixava transtornado era o amor excessivo que eu tinha pela Clarice. Eu sou um cara cheio de problemas.

Tiago abre a lista de convidados: E eu que estou com um problema enorme. Uma louca que resolveu me perturbar agora sobre aquele caso antigo com a Vanessa.

Jordan: Caso antigo? Vai negar que vocês até hoje não tem nada?

Tiago: E nem quero. A última vez que a gente ficou foi na primeira edição da festa. A Eliane não merece sofrer por homem, principalmente quando esse homem sou eu.

Jordan: Cada um com seus problemas. Mas então. Precisando de alguma ajuda pra organizar a lista de convidados?

Tiago: Você já ficou com muito trabalho. Eu edito rápido essa listagem. Só vai ditando os nomes pra mim.

Os dois continuam a trabalhar.

Paralelo à cena… Dentro do carro de Alice…

Alice sorrindo, pensando: Eu ainda vou me livrar de você Jordan. Você traz ameaça ao meu passado. E eu não vou deixar isso acontecer. Nem que eu tenha que reunir minhas forças com meus maiores inimigos. Mas eu vou acabar com você!

O olhar de Alice é fatal. Ela sorri e continua dirigindo.

Cena 8. Rio de Janeiro – Urca / Apt. da Eliane / Dia

Luíza e Eliane tomam café juntas, sentadas no sofá.

Eliane larga a xícara: Eu não sei. Tenho minhas dúvidas. Às vezes sinto uma insegurança quando estou com ele, mas no mesmo instante que ele me passa tranquilidade. Eu tenho muito medo de descobrir que ele tem caso com outra mulher.

Luíza larga a xícara também: Eu não o conheço muito bem, então nem posso afirmar se ele tem ou não. O problema é a insegurança. Segurança em um relacionamento é fundamental.

Eliane: Eu sei que é. Mas não é fácil. Nada fácil. Se realmente for verdade que ele me trai, eu não sei do que eu seria capaz de fazer. Eu não consigo imaginar minha reação.

Luíza: E você tem essa desconfiança de muito tempo? Tem essa desconfiança de com quem seja?

Eliane nega: Não. Essa desconfiança surgiu há pouco tempo. Ele sempre foi um homem amoroso. Sabe? Mas de uns tempos pra cá ele vem me deixando de lado. Fora que ele sempre gostou de crianças, mas não suporta a ideia de ter filho. Acha que é um fardo!

Luíza: Mas essas suposições não podem tomar conta de anos de confiança. Se você confia nele, deve manter essa confiança. Ele me parece tão apaixonado.

A campainha toca.

Eliane se levanta: Ué. Não estou esperando ninguém.

Ela abre a porta e se depara com Vanessa.

Vanessa sorri: Oi amiga! Resolvi dá uma passadinha aqui antes de ir para o médico. Atrapalho?

Eliane feliz: Claro que não. Entra. Tem uma amiga minha aqui, mas aí eu apresento vocês. Vem cá.

Luíza se levanta e fica perplexa com a falsidade de Vanessa, que nem desconfia que Luíza sabe de tudo. As duas se cumprimentam. Luíza ri e tenta não deixar transparecer.

Cena 9. Rio de Janeiro – Leme / Apt. da Clarice / Dia

Luigi e Júlia dormem no quarto de Júlia. No quarto de Igor…

Igor se levanta furioso: COMO É QUE É? AQUELE MARGINAL DORMIU AQUI DENTRO DE CASA?!

Paloma: Fala baixo, Igor. Eles estão no quarto aqui do lado. E se ele fosse marginal estaria preso ainda. Ele conseguiu provar a inocência. Mesmo assim a gente não pode confiar nesse cara.

Igor furioso: Eu não consigo acreditar que a minha irmã esteja envolvida com um assassino. Eu não posso deixar ela se envolver dessa forma. Você precisa me ajudar!

Paloma se senta: De que jeito?! Ela já está envolvida. Essa não foi à primeira noite que ele dorme aqui. E nem será a última.

Igor se ajoelha diante dela: Desde que esse cara chegou aqui em casa nossa vida se transformou em um inferno. A gente não tem paz mais. Eu tenho certeza que meus pais brigaram por conta disso!

Paloma: Mas brigar e discutir não vai adiantar em nada. A gente precisa abrir os olhos da Júlia. A gente precisa fazer isso antes que seja tarde demais.

Igor fica pensativo. Pouco depois ele sai apressado e furioso. Paloma vai atrás.

Paloma descendo a escada apressada: Igor me espera! Igoooor! Me diz pelo menos aonde você vai. Igor!

Kiara chega: Paloma! – ela volta. – Você não! Se ele quer se revoltar que se revolte sozinho. Você fica!

Paloma fica revoltada e sobe a escada furiosa.

Cena 10. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. da Alice / Dia

Alice chega com o carro e para na portaria do prédio.

Alice abrindo a porta traseira: Evaldo me ajuda a pegar o Sérgio!

Evaldo se aproxima correndo: Dona Alice. Tem visita pra senhora. Eles estão te esperando desde a hora que a senhora saiu.

Alice estranha: Quem é?!

Evaldo: Polícia! Eles estão te esperando ali no saguão. Pediram que assim que a senhora chegasse fosse direto até lá.

Os dois tiram Sérgio do carro.

Alice nervosa: A polícia pedindo que eu vá até o saguão?!

Simone e Barros se aproximam calmamente.

Simone sorrindo: Não será preciso. A gente pode dá a notícia por aqui mesmo. Alice você está presa! – ela entrega o mandato. – Pode algemar Barros!

Alice se desespera e fica sem reação. Evaldo não sabe o que fazer. Sérgio e Alice se entreolham. Foca em Alice, apavorada.

Fim do Capítulo 15!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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2 comentários sobre “Capítulo 15 – Três Jogadas: DE MÃOS ATADAS

  • Clarice até que conseguiu escapar das perguntas de Leandro, e de praxe ainda tirou o Luigi da cadeia!!! Palmas para ela.
    Kiara está sendo curta e grossa com Paloma, estou gostando de ver o pulso firme. Já Igor… não tem nenhum pulso firme que o segure, o rapaz está imbatível!! Que rancor todo é esse?
    Vai Adriana!!! Comece a agir, pois quero ver o que fará para conquistar a Stacy. Falando nela, a moça é de atitude viu!!! Foi direta e reta em seu papo com o galinha do Gustavo.
    Gente, a Luíza é um dos personagens que eu mais gosto na web… além de ser sagaz é também bastante esperta!! Adorei o flagrante que ela deu em Tiago e estou amando a parceria dela com Eliane. Vanessa que se cuide!!
    Sérgio e Alice bem tentaram, mas foi inevitável: “Está presa, vagabunda”.

    • Felizardo Luigi, que tem sua sogra ao seu lado. Hahahaha
      E parece que ela conseguiu escapar. Será por muito tempo? Pois é, mas isso pode acabar causando mais revolta na jovem. Uma hora Paloma cansa disso tudo. Igor é bem revoltado da vida, coitado. Vai Adriana!! Estamos te esperando!!! Não vou soltar spoilers! Hahaha
      Galinha?! Coitado, gente! Hahahaha Mentira, digamos que ele está agindo feito um.
      Ela é bem esperta mesmo e rápida, sabe o que faz. Agora Tiago está em suas mãos. Acho que alguém se ferrou!! Vanessa e o homem, né! E Alice também se ferrou. Hahaha
      Obrigado por comentar, Rodrigo!!! 😀

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