Eu e Ana – Capítulo 41 (Entre a cruz e a espada)
Noemia: Eu… tive um filho seu!
(Enquanto isso, o Teatro Municipal está lotado para a peça de Diana)
Diana: É hoje! É hoje a grande estreia da nossa peça!
(Alicia e Boris chegam)
Diana: Alicia! Você veio?
Alicia: Mas claro! Acha que eu poderia ficar de fora deste grande momento pra você? Nós somos amigas! E… eu trouxe meu irmão… Espero que não se importe.
Diana: Não, claro que não. Bem, podem ir ao camarote reservado. Em breve iniciaremos.
(Diana sai de cena)
Alicia: Ela não desconfia de nada. Já sabe o que tem que fazer?
Boris: Sim.
Alicia: Chegou o momento! E finalmente hoje vamos matar Diana Coral e ficar com sua herança.
(Na casa de Nicolas)
Nicolas: Quanto tempo faz?
Noemia: O bebê nasceu há 9 meses.
Nicolas: Porque nunca me falou?
Noemia: Tive medo da sua reação.
Nicolas: Um filho! Um filho! Eu sou pai…!
Noemia: Sei que está noivo, Nicolas. Mas eu não quero atrapalhar você. A Luciana não tem que saber. Simplesmente registre nosso filho, dê a ele seu sobrenome e me ajude nas despesas.
Nicolas: Meu filho não pode crescer sem pai.
Noemia: Nicolas, ele tem pai. Você! Vai me ajudar a educá-lo dando um bom exemplo sendo o esposo fiel da mulher que você ama. Mulher esta que… não sou eu!
Nicolas: Noemia… as coisas não funcionam assim: Luciana tem que saber… não posso ocultar isso dela. E, tudo dependerá de como ela vai reagir quando souber que eu tive um filho seu.
(Luciana chega e ouve tudo)
Luciana: Que disse?
Nicolas: Luciana, eu posso explicar…
Luciana: Cale a boca, o que eu ouvi agora não tem explicação nem perdão!
(Luciana vai embora)
Nicolás: O que eu vou fazer agora, Noemia? O que?
(O Padre José Maria está na Casa Paroquial. Batem à Porta.)
Padre José Maria: Entre.
(Luciana entra)
Luciana: Sou eu, padre. Necessito de um conselho.
Padre José Maria: Suponho que já esteja sabendo.
Luciana: Acabei de ouvir. O que faço?
Padre José Maria: Luciana, eu não posso decidir por você. Só o que posso dizer é: não tome nenhuma decisão precipitada sem antes ouvir ambas as partes.
Luciana: Não posso condenar esta criança a crescer sem pai. É com ela que Nicolas terá que casar.
Padre José Maria: Mesmo que ele te ame?
Luciana: É um sacrifício necessário.
Padre José Maria: O que sustenta um matrimônio, Luciana, não é um filho. E sim o amor. Entenda, eu não estou aqui pregando a bigamia ou coisas do tipo. Mas se acha que casamento sem diálogo prospera, eu lhe digo: não prospera. Afunda. E o filho não é o bastante.
Luciana: Quer dizer que…
Padre José Maria: Deve-se casar com quem se ama… e com ela gerar filhos, por isso pregamos que o sexo só é seguro quando feito depois do casamento, porque é uma entrega de corpo e alma, o amor-doação. Não é só passatempo.
Luciana: Mas e quanto ao Nicolas?
Padre José Maria: Escute ele primeiro, e só depois decida. Daí você vem me contar.
AMANHÃ… UMA GRANDE REVIRAVOLTA NOS MOMENTOS DECISIVOS DE “EU E ANA”