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Três Jogadas

Capítulo 6 – Três Jogadas

Três Jogadas.

Capítulo 06.

“Um falso amigo é o pior dos inimigos.”

Augusto Branco

Cena 1. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. Da Alice / Noite

Continuação imediata da cena anterior.

Alice apavorada: Foi o Luigi. Por isso que ele te fez aquelas perguntas toda. Se ele mostra essa foto pra Júlia essa história de vingança começa a ficar abalada. Será que eu vou ter que tomar medidas drásticas contra meu próprio filho? Ele está bem perto de descobrir meu segredo. ME AJUDA. O QUE EU FAÇO?! – ela grita trêmula.

Alice fica apavorada. Sérgio sem saber o que dizer. Foca no rosto de Alice, apavorada.

Sérgio sem reação: Não sei. Não faço ideia. Como pode ter certeza que foi ele quem pegou a foto?

Alice nervosa: Eu conheço o Luigi. Ele ficou cismado quando viu a foto, eu tenho certeza. Ele pegou a foto e foi te fazer as perguntas. Eu preciso iniciar minha vingança muito antes do que eu imaginava.

Sérgio se levanta: E você já tem ideia do que vai fazer?

Alice guarda o álbum: Eu vou começar a vingança assim que a Júlia engravidar. E se tudo der errado, eu chamo a Sônia. Tenho certeza que ela não irá me decepcionar.

Sérgio assustado: Não estou acreditando. Você vai chamar a Sônia. Aquela Sônia?

Alice ri: E por que não? Depois que eu ajudei ela com aquele homem ela me deve um favor muito grande. Se tudo der errado, me ajudar na vingança será a forma de pagamento. E ai dela se não aceitar! Eu não posso perder nem mais um segundo. Está declarado o início da minha vingança.

Ela ri maleficamente e Sérgio continua assustado.

Cena 2. Rio de Janeiro – Leme / Apt. do Stênio / Noite

Gustavo reagindo: Claro que não. Pelo contrário, sua avó tem algum problema comigo. Mas eu nunca desejei mal a ela. Você sabe disso. Você confia em mim?

Stacy chorando: Como vou confiar em um homem que na hora que eu mais preciso de ajuda ele prefere se dedicar aos estudos, como se já não bastasse todos os dias, a ter que se dedicar umas horas por mim. A base de um relacionamento é a confiança, o cuidado, carinho. E cadê essa base, Gustavo? ME RESPONDE!

Gustavo larga a mochila: Você está nervosa e eu estou nervoso. Vamos se acalmar, por favor. Eu estava todo atolado com a faculdade. Me desculpa. – ele toca nela.

Stacy se afasta furiosa: NÃO TOCA EM MIM! – ela enxuga as lágrimas. – Esse é o seu problema, pensar demais e agir de menos. Você esquece que tem alguém precisando de cuidado, de ajuda, de carinho. Mas tudo bem, eu consigo me consolar no meio da solidão, fiz isso minha vida toda. Dá licença!

Stacy sai furiosa. Stênio e Sheyla encaram Gustavo, que por sua vez se sente culpado.

Cena 3. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Branca / Noite

Adriana entra nervosa. Fernanda recebe a prima. Branca chega.

Branca: Eu sabia que você vinha. Sabia que não seria capaz de largar a sua mãe nesse momento.

Adriana nervosa: Como está à mamãe, tia? Você tem alguma notícia dela?

Branca se senta: Não sei nada ainda minha filha. O que sei é bem pouco. Mas o necessário para fazer você refletir sobres suas atitudes referente à sua mãe.

Adriana se senta: Então conta tia.

Branca cabisbaixa: A MARTA está com um tumor cardíaco.

Adriana: Tumor cardíaco?! – ela se assusta.  – Não pode ser.

Branca se levanta: Minha querida, eu não quero te assustar, mas o caso dela parece ser bem grave. Vai vê sua mãe, por favor. Não deixe ela morrer sem ao menos te perdoar. Não faça isso com você. O Tóta está de prova, meu pai morreu e estávamos brigados. Eu carrego a culpa até hoje. Não queira sentir essa mesma dor, é terrível.

Adriana chora: E qual dor não é terrível, tia? Eu preciso falar com a minha mãe, eu preciso me reconciliar com ela, antes que seja tarde demais.

Cena 4. Rio de Janeiro – Leme / Apt. Da Clarice / Noite

Clarice e Kiara conversam no sofá. Leandro chega.

Clarice se levanta, sorrindo: Amor! – ela o cumprimenta com vários beijos. – Que saudades de você.

Leandro se joga no sofá: Eu também. Além de estar morrendo de saudades da mina família, da minha casa e do meu país. Como andam as coisas por aqui? – ele se acomoda.

Clarice: Do mesmo jeito de sempre. – ela sorri.

Leandro estranha: Cadê os meninos?

Clarice disfarça: Paloma e Igor já estão dormindo. Já está tarde. Não?

Leandro se levanta: Cadê a Júlia, Clarice?

Kiara se intromete: Foi jantar. – ela pisca para Clarice. – Foi jantar com umas amigas que ela conheceu no evento da Revista Luz.

Leandro: Jura?! Não sabia que ela tinha sido convidada. Por falar nisso, vai ter segunda edição dessa festa, né? E em uma pura consciência quem está ajeitando a festa é aquele meu amigo que eu conheci em Londres, eu te disse, o Jordan.

Clarice e Kiara se entreolham: Ah claro. Você contou. Que bom, não é mesmo?

Leandro pega as malas: Ah e eu fiquei de marcar um jantar. Ele quer conhecer nossa família e eu quero apresentar vocês a ele. Se eu colar com esse homem irei me dá super bem. Dessa vez eu me torno um empresário mundialmente conhecido.

Clarice nervosa: Um jantar? Aqui em casa? Com o Jordan? – ela ri tentando disfarçar. Kiara se senta, apavorada.

Leandro fica sem entender nada.

Cena 5. Rio de Janeiro – Leme / Restaurante Alabardo / Noite

Júlia e Luigi jantam juntos. Eles riem em quanto jantam.

Júlia rindo: Sua família parece ser bem louca com essas histórias. Mas essa tal Sônia, ela é o que de você?

Luigi termina o jantar: Ela foi criada com minha mãe lá em São Paulo, mas não tem nenhum grau de parentesco conosco. Na verdade minha mãe a considera como uma irmã de criação. Por falar na minha mãe eu queria te mostrar uma coisa. – ele tira a foto do bolso.

Júlia estranha: O que foi? Aconteceu alguma coisa com ela?

Luigi entrega a foto para Júlia: Essa foto. Olha o ano que essa foto foi tirada. 1982. Justamente o ano em que eu nasci.

Júlia ri: E o que isso tem de errado? Uma foto da sua mãe grávida de você?

Luigi pega a foto: Aí que está o problema. Essa foto foi tirada no dia 19 de junho de 1982, olha a data. – ele mostra. – Essa foto é antiga, mas está claro que ela não tem nenhum sinal de barriga nessa foto.

Júlia: E qual problema, Luigi? A foto pode ter sido tirada com sua mãe recém-grávida. Essa sua história não tem sentido.

Luigi guarda a foto: Claro que tem. Eu nasci no dia 22 de agosto de 1982. Em junho ela estava com 7 meses. Não é possível que uma grávida de 7 meses não tenha barriga alguma. Essa história está muito estranha e eu vou averiguar cada detalhe dela, até descobrir a verdade. – ele diz determinado.

No dia seguinte…

O sol nasce bonito e radiante. Algumas pessoas se divertem na praia. Outras se divertem em parques. Os pais deixam seus filhos na escola, em seguida vão trabalhar. Na cena, mostra algumas faxineiras, cozinheiras e garis trabalhando. A Favela do Vidigal está bem movimenta, moto-táxi e algumas pessoas iniciando seu dia. 

Cena 6. Rio de Janeiro – Lagoa / Apt. Da Alice / Manhã

Luigi desce a escada apressado. Alice está sentada no sofá, sendo abanada por Sérgio.

Alice se levanta: Vai tomar café com a mamãe, filho? – ela diz radiante.

Luigi furioso: Você sabe que eu detesto quando você me trata feito criança.

Alice não entende: Eu te fiz uma pergunta sobre café. Não me lembro de ter sido tão infantil assim.

Luigi: Você sabe que eu detesto quando você se refere a si mesma como mamãe. Eu não sou criança. Alice pra você é o máximo que eu consigo.

Alice se aproxima: Eu queria entender quando a gente vai conseguir ter uma relação de mãe e filho. Por que você me detesta dessa maneira?

Luigi sorri: Meu ódio é passageiro, uma hora acaba. Diferente do seu. Aliás, acho que nisso eu puxei meu pai.

Alice furiosa: Pra quê ressuscitar o seu falecido pai? Ele já está morto e enterrado em seu devido lugar.

Luigi: Você trata a memória do meu pai de uma forma que sinceramente eu não consigo explicar. Agora eu entendo o motivo dele ter fugido de casa, não ter te suportado.

Alice furiosa: Seu pai era um homem digno. Ele me amava e eu o amava. Ele morreu aqui dentro, de tanto suportar amarguras.

Luigi: Que você o causou. Você mudou tanto. Não só na aparência, mas fisicamente também.

Alice: Mas eu seria capaz de reconhecer de longe qualquer pessoa do meu passado. Você já viu alguma foto minha do passado para saber?

Luigi ri: Sim. Você já me mostrou. E tem um tempo. Você não consegue reconhecer seu próprio caráter, vai reconhecer alguém de anos atrás?

Alice: Eu só queria me entender com você meu filho. Me dá essa chance.

Luigi se afasta: Eu não consigo ser tão falso quanto você. Está aí, outra coisa que eu devo ter puxado do meu pai.

Alice furiosa: PARA DE FALAR NO ENRICO! ATÉ QUANDO VAI CONTINUAR ESSA PALHAÇADA? SERÁ QUE UM DIA VOCÊ IRÁ CONSEGUIR NOTAR A MINHA EXISTÊNCIA E ME TRATAR COMO SUA MÃE?

Luigi irritado: Quando o meu nojo, juntamente com o meu orgulho acabar.

Alice chorando: Você tem nojo da sua mãe, Luigi?

Luigi é direto: Impossível não ter.

Alice surta e dá um tapa na cara de Luigi. Os dois se encaram.

Sérgio se levanta apressado: “OMAIGÓDI”! – ele diz nervoso.

Cena 7. Rio de Janeiro – Leme / Apt. Da Clarice / Manhã

A família inteira toma café. Kiara chega por último, juntamente com Júlia. As duas chegam rindo.

Clarice rindo: Estou ficando com ciúmes desse papinho de vocês. Estão comentando sobre o quê?

Igor é direto: Aposto que sobre macho.

Kiara senta à mesa: Me respeita garoto, sou sua tia. Essas liberdades eu não te dou.

Leandro ri: Era melhor ter ficado sem essa. Fala demais.

Paloma sorri: Também estou ficando com ciúmes. Brincadeira. Eu e Júlia somos quase irmãs, de mães separadas.

Kiara: Você gostaria filha de ter uma Júlia como sua irmã?

Paloma bebe suco: Adoraria. Eu a Júlia temos uma ótima relação de primas. Ainda bem. Não sei o que seria da minha vida sem essa garota. – elas se abraçam.

Leandro: Ontem eu cheguei em casa e nem te vi filha. Você tinha saído para jantar com umas amigas. – Paloma e Júlia se entreolham.

Igor gargalha: Amigas? Não sabia que aquele garoto, Luigi né, que veio aqui era gay.

Leandro: Luigi? Do que ele está falando, Júlia?

Júlia sai da mesa furiosa.

Paloma: Realmente Igor, você fala demais.

Clarice se levanta: Eu vou atrás dela. Filha espera.

No quarto de Júlia…

Júlia entra furiosa. Clarice vem logo em seguida.

Clarice fecha a porta: Precisava sair daquele jeito do café da manhã?

Júlia chorando: Eu estou cansada de ser recriminada por vocês. Vocês me tratam como se eu fosse uma qualquer. Eu estou cansada disso. Será que eu não tenho mais o direito de me divertir?

Clarice: Você está gostando desse garoto, né?

Júlia limpa as lágrimas: Eu estou me apaixonando por ele, mãe.

Clarice abraça a filha, que chora ainda mais.

Cena 8. Rio de Janeiro – Urca / Apt. da Eliane / Manhã

Eliane desperta e vê que Tiago não está ao seu lado. Ela se levanta, coloca um roupão e vai até a cozinha.

Eliane procurando: Tiago! – ela não obtém resposta. – Tiago você sabe que eu detesto surpresas e brincadeiras. Cadê você?

Ela continua procurando pela casa.

Eliane estranha: Ué… Cadê ele?

Motel Pinguaça…

Tiago e Vanessa se beijam na cama. Ele se ajeita na cama. Pouco depois, os dois estão se arrumando.

Tiago se arrumando: Você sabe que é super arriscado a gente continuar se encontrando aqui. Eu já te disse ontem e você continua insistindo.

Vanessa sai do banheiro: Fica tranquilo. Eu fiz aquele porteiro, amigo da Eliane ser demitido.

Tiago se assusta: O que você fez com ele?

Vanessa: Transei com ele dentro da cabine. O chefe chegou na hora e viu tudo. Ele foi demitido. Claro que eu armei tudo antes. Não seria otária de transar com ele por nada. Homem nojento.

Tiago a segura: Eu não estou acreditando que você fez isso. Você me traiu!

Vanessa se solta: Acha que só você tem direito de trair? Me poupe, Tiago. Acorda pra vida. Ela não é esse conto de fadas todo que você acha que vive. Isso tudo é culpa da Eliane.

Tiago continua se arrumando: Por falar em Eliane eu quero que você me faça um favor.

Vanessa: Favor?! – ela estranha.

Tiago sorri: Eu quero que você se aproxime da Eliane!

Vanessa fica sem saber o que dizer.

Cena 9. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Manhã

Célia e Petrônio conseguem entrar na portaria pulando o muro.

Célia cai: Ai merda. Definitivamente eu não sirvo para isso. Que situação, Enrico. Me fazer pular muro.

Petrônio: É Petrônio, inferno. Trate de se acostumar com esse nome.

Célia: Ah eu esqueci. Vamos logo antes que alguém nos veja.

Eles conseguem invadir a Revista. Na sala de Alice, a mulher pega uma xícara e sai. Célia e Petrônio conseguem parar a mulher no corredor.

Célia sorrindo: Alice!

A mulher se vira.

Petrônio sorrindo: Será que a gente pode conversar com você?

FLASHBACK / DIA ANTERIOR

Petrônio e Célia largam a comida, mas ao sair, Petrônio acaba esbarrando na mesa que faz barulho. Alice olha desconfiada e estranha os dois saindo apressados.

Alice se senta ainda desconfiada: Você deve ser o Augusto. Estou certa?

Eles se cumprimentam.

Augusto: Isso. E você é a Alice. Sócia do Tiago.

Alice sorri: Eu mesma. Podemos começar a negociação?

VOLTA A CENA

Alice estranha: Eu estou reconhecendo vocês. – Célia (Helena) e Petrônio (Enrico) gelam e se entreolham. – Vocês não estavam lá no Copacabana Palace? Saíram apressados assim que eu entrei. – eles se sentem aliviados. – Mas o rosto de vocês me é familiar e não de agora, de muito tempo. Eu só não estou recordando de onde.

Célia: A gente sempre fomos fãs seu. Talvez seja por isso. Sempre te acompanhamos. Mas o assunto que nos trouxe aqui é outro. A gente quer falar sobre uma coisa que descobrimos.

Alice continua estranhando: E o que vocês descobriram?

Petrônio: Tem uma pessoa querendo te destruir, acabar com você. – Alice fica nervosa. – E só a gente pode te ajudar a combater essas pessoas.

Célia sorrindo: Se você se unir a mim e a ele iremos destruir quem quer te destruir. Seremos seus protetores. Você aceita?

Célia estica a mão. Alice fica pensativa.

Alice estica as mãos: Que assim seja!

As duas se unem, mas Alice cai na história de Célia, sem saber sua real intenção. Uma grande guerra se formou. Foca na mão das duas, que estão unidas.

Fim do Capítulo 6!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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5 comentários sobre “Capítulo 6 – Três Jogadas

  • Kiara bem tentou ajudar a sobrinha, mas Leandro acabou descobrindo tudo pela boca de Igor.
    Acho que Stacy não perdoará o Gustavo tão cedo… mas também, ele mereceu!!
    Espero que Marta perdoe Adriana pelo que ela fez no passado, e que a primeira morra tranquila após ter reconciliado com a filha.
    Que embate foi esse entre Alice e Luigi? Nem parecem mãe e filho.
    Eliane para de ser trouxa pelo amor de Deus!! Dá logo um chute no traseiro desse Tiago… essa Vanessa é outra nojenta.
    Petrônio e Célia irão acabar com a Alice sem ela nem ao menos perceber.

    • Pois é! Parece que não deu muito certo a Kiara tentar proteger a sobrinha. Será que não?! Essa relação deles ainda vai piorar. Será que vai ter perdão entre elas?! Logo você descobre. Pois é! Os dois não agem como mãe e filho e logo percebe-se que Luigi culpa a mãe por não ter pai. Será que isso procede?! Coitada da Eliane. Ela ainda vai ser enganada, mas calma, tudo tem seu tempo. Será???! Pobre coitada. Obrigado por comentar, Rodrigo!!

  • eu A-D-O-R-O a série mesmo, A-D-O-R-O mesmo não é mentira. estou falando com a mais pura sinceridade e ficou sabendo que a série teve 74 PONTOS DE IBOPE NO PORTAL SÉRIE DE WEB, repita comigo: 74 PONTOS. merecia.

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