Capítulo 4 – Saber Viver
Capítulo 4|| SABER VIVER
ESCRITO POR: THALITA GUEDES
CENA 1. RIO DE JANEIRO/ BARRA – APT. DO EDU/TARDE
EDU Vamos parar com essa neurose. – fala, colocando o retrato de volta à cômoda.
O celular de Eduardo apita.
EDU Preciso te encontrar! Me espere na praça do Rosário hoje à noite. Bjs, Cris. – fala, lendo a mensagem.
Ele joga o celular em cima da cama.
EDU Me espere sim. – fala, irritado.
Algumas horas depois…
CENA 2. RIO DE JANEIRO/ BARRA – PRAÇA DO ROSÁRIO/NOITE
Cristina está apreensiva, a praça está vazia, e ela está andando de um lado para o outro.
CRISTINA Cadê você homem, cadê você? – fala, nervosa.
Ela manda uma nova mensagem para Edu.
CRISTINA Te esperei demais, cansei, fique sem saber do que tenho para te contar. Bjs, da sua amada, Cris. – fala, digitando rapidamente no celular.
CENA 3. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/NOITE
Telma está passando em frente a empresa quando vê Alice e Enzo.
TELMA H-A-A-A-AM! – fala, espantada.
Ela vai acompanhando Alice e Enzo quietinha.
TELMA Agora descobri sua empresa, mon amour. Só foi eu dar uma passadinha em Petrópolis que eu descubro sua empresa, te peguei seu pilantra.
Alguns minutos depois…
CENA 4. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/NOITE
ALICE Finalmente chegamos. Eu vou tomar meu banho, em arrumar e já desço para o jantar. Fiquei sabendo que hoje terá uma revelação bombástica, estou curiosíssima.
REBECA Pois fique mãe, é de seu maior interesse.
ALICE Adorei! – fala, rindo.
DANIEL Mal sabe ela que seu império vai cair. – sussurra para Rebeca.
REBECA Mal sabe ela. – fala, rindo.
CENA 5. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – CASA DA CRISTINA/NOITE
TELMA Irmã, você não sabe o que eu descobri.
CRISTINA Que sacolas são essas? Onde estava até essa hora? – pergunta, desconfiada.
TELMA Fui fazer umas compras em Petrópolis e descobri onde é a empresa do Enzo.
CRISTINA Jura?! – ela dá um pulo do sofá e solta um riso.
TELMA Amanhã mesmo eu vou lá, vamos ver se eu não vou abalar o coração do Enzo. – fala, rindo.
CENA 6. RIO DE JANEIRO/ BARRA – APT. DO EDU/NOITE
EDU Ela precisa me ouvir, atende! – fala, perambulando pela casa.
Ele se irrita por não conseguir falar com Alice.
EDU Já tentei 28 ligações, essa agora ela vai ter que me atender.
Ele vai até à cozinha, pega um copo de água e volta para a sala.
EDU Dessa vez ela me atende. – fala, ligando novamente.
CENA 7. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/NOITE
Alice está no quarto, terminando de se arrumar e escuta o telefone apitar.
ALICE 28 ligações, meu Deus. Quantas… – ela é interrompida ao ouvir seu telefone tocar novamente.
Ela leva o telefone até o ouvido.
ALICE Alô? – atende, desconfiada.
EDU (telefone) Preciso marcar um encontro com você, necessito te encontrar. – fala.
ALICE Como você conseguiu meu número? E quem fala? – pergunta, assustada.
EDU (telefone) Edu, lembra de mim? E como eu consegui não interessa.
ALICE O que queres comigo?
EDU (telefone) Preciso te contar algo. Fico te esperando. Praça do Rosário. Tchau.
ALICE Eu não vou ir à… Alô? Alô? Desligou.
Alice deixa o telefone em cima da cama e desce para o jantar. Estão todos reunidos na mesa à espera de Alice.
ENZO Chegou quem faltava. Demorou tanto.
ALICE Estava me arrumando. – fala, sentando na mesa.
Rebeca e Daniel se levantam para o comunicado.
ALINE Chegou a hora, conta, conta, conta. – fala, rindo.
REBECA Irmãos, pai, mãe. Eu sempre desconfiei desse império que meu pai construiu e eu descobri como ele surgiu.
Alice e Enzo se entreolham assustados.
ALICE Que palhaçada é essa, Rebeca? – pergunta, em um tom ignorante.
REBECA Calma mãe, é apenas a verdade, ela veio à tona. Irmãos, quero comunicar que a empresa DAN QUADROS só cresceu… – ela é interrompida.
ENZO REBECA, CALA ESSA BOCA! – grita.
LORENZO Agora o circo vai pegar fogo.
ALINE Espera, pera aí, conclui Rebeca. – fala se levantando, assustada.
REBECA Essa empresa só cresceu devido à venda ilegal de quadros. Nosso pai é um criminoso! – fala, com sorriso debochado.
ALINE Quê?! – ela se joga na cadeira, zonza e sem acreditar.
FIM DO 4° CAPÍTULO!