Notas de Um Destino – Capítulo 06 (Edvirgens morre)

Link da abertura: https://www.youtube.com/watch?v=a4PpA8-8jYE

Maria de Lurdes: Vamos fazer ele acreditar que viramos filhinhos obedientes, e quando ele menos esperar a gente foge.

Quitéria: Não quero fazer isso!

Maria de Lurdes: Tu sempre tomou partido do pai, Quitéria, mas agora chega! Agora ou ele ou nós!

Quitéria: Mas ele é nosso pai!

Getulio: Mas não é por isso que tu vai deixar ele te enganar, igual quando você disse que eu tava na casa da Tia Iracema.

Quitéria: Se vocês querem fazer isso, pode fazer, eu não me importo. Mas não contem comigo!

(Quitéria sai. Getulio fala a Maria de Lurdes:)

Getulio: E se ela contar pro pai?

Maria de Lurdes: Essa menina é muito perigosa, mas eu sei a fraqueza dela. Ela não vai entregar a gente.

(Santa Casa, Sobral. Uma enfermeira está cuidando de Edvirgens quando os aparelhos param).

Enfermeira: Senhora? Senhora! Meu Deus! (correndo e gritando por ajuda) Um médico depressa! Socorro!

(Enquanto isso, Maria de Lurdes vai falar com Quitéria)

Maria de Lurdes: Quiterinha, eu preciso falar com você.

Quitéria: Fala, Lurdinha! O que é?

Maria de Lurdes: É que, você tem razão… Ele é nosso pai e mesmo que ele erre às vezes, nós temos que respeitá-lo…

Quitéria: Eu não gosto quando vocês dizem coisa ruim do papai.

Maria de Lurdes: Tá, a gente promete que vai mudar com ele. Mas era bom que…

Quitéria: Que?

Maria de Lurdes: Que ele não soubesse dessa conversa que a gente teve hoje. É segredo de irmão, pode ser?

Quitéria: Pode.

(Maria de Lurdes vai saindo, mas Quitéria chama:)

Quitéria: Lurdinha, me diz uma coisa: porque tu e o Getulio não gostam do pai?

(No Hospital, o médico examina Edvirgens:)

Enfermeira: Como está, doutor?

Médico: Infelizmente, morta!

(O Trabalhador está na sala de espera e o médico vem ao seu encontro:)

Médico: Por favor, os senhor é parente de Edvirgens Garcia?

Trabalhador: É minha patroa.

Médico: E o marido, os filhos?

Trabalhador: Tão em casa, não deu tempo de avisar, foi tudo tão rápido. Como tá a patroa, doutor? Ela vai se curá, né?

Médico: Infelizmente, sua patroa… morreu…! Ela aparenta ter sido maltratada fisicamente e é como se não tivesse comido há tempos. O senhor sabe algo a respeito?

Trabalhador: (mentindo) Não, senhor.

Médico: Agora, será melhor avisar a família.

(Antonio vai ao bar)

Antonio: A de sempre.

(O orelhão toca, o dono do bar vai atender)

Dono do Bar: Alô!… Falar com quem?… Seu Antonio Garcia? Coincidência! Ele tá aqui! Peraê que eu vou passar! (gritando) Antonio, é de Sobral! Notícia de sua senhora!

(Antonio pega o fone)

Antonio: Como é que tu te atreve a levar minha mulher pra Sobral sem ordem minha?