Eu e Ana – Capítulo 10
Link da abertura: https://www.youtube.com/watch?v=NTL_OnIFtqY
(No restaurante de Luciana e Edmundo)
Edmundo: Tudo pronto para esta noite?
Luciana: Já. Eu já adiantei alguma coisa na cozinha pra não atrasar enquanto sirvo as mesas e o SENHOR se diverte com… com quem mesmo, hein?
Edmundo: Veja, ela vem aí!
(Entra Maribel)
Edmundo: Seja bem-vinda! É um prazer estar com você esta noite.
Maribel: Igualmente…
Edmundo: Saiba que preparamos tudo do bom e do melhor para você, que é nossa convidada de honra.
Maribel: Obrigada.
Edmundo (para Luciana): Garçonete, por favor. Atenda minha convidada como ela merece.
(Luciana encara Maribel)
Edmundo: Que está esperando, incompetente? Que eu te demita? Já ouviu! Atende a minha convidada como ela merece… Agora!
Maribel: Não precisa humilhar sua funcionária por minha causa.
(Luciana sai. Os dois sentam. Enquanto isso, cena de Boris e Alicia)
Boris: Deixa eu ver se eu entendi… você quer que eu me case com a sua futura enteada? Eu, seu irmão? Isso é pecado!
Alicia: Não me venha com preceitos religiosos. Só me ouve. O Sr. Sergio Coral busca um rapaz de princípios e de boa família para marido de sua rica herdeira e me pediu para conseguir um. Ninguém melhor para o cargo que… você! Até porque, Sergio e eu somos noivos há cinco anos e ele ainda não me confirmou nada sobre casamento. De modo que, você será nossa grande garantia: Case-se com Diana e juntos daremos o balão na família Coral e tomaremos a fortuna para nós!
(Enquanto isso, na Casa Paroquial, Padre José Maria está jantando. Danilo está saindo)
Padre José Maria: Já vai trabalhar, filho?
Danilo: Já, tio. A bênção!
Padre José Maria: Deus o abençoe. Chegue cedo.
Danilo: Certo.
(Danilo sai para trabalhar no Teatro Municipal, onde é zelador. Quando ele sai, batem na porta e o padre vai atender. É a Irmã Clarissa)
Padre José Maria: Irmã Clarissa!
Irmã Clarissa: Vim o mais rápido que pude. Trouxe esta carta que chegou ao convento. É da ABCD.
Padre José Maria: ABCD?
Irmã Clarissa: Associação de Busca às Crianças Desaparecidas. São eles que estão procurando suas afilhadas.
Padre José Maria: Vinte anos, Irmã Clarissa. Onde estarão aquelas garotas? Onde?
Irmã Clarissa: Não vai abrir a carta?
(O Padre abre a carta)
Irmã Clarissa: E então? Alguma novidade?
(Enquanto isso, cena de Boris e Alicia)
Boris: Eu não posso fazer isso, Alicia!
Alicia: Por que não?
Boris: Porque quando eu me casar será com alguém que eu ame e não por interesse.
Alicia: Ah, por favor! Não me diga que o amor não é um tipo de interesse? E não se preocupe, ele vem como consequência. Tem que fazer isso, Boris, por mim. Lembre-se que tenho uma jura feita no leito de morte de nossa mãe de te dar uma vida digna e ela pediu que eu cuidasse de você e que você me obedecesse em tudo… Vai fazer isso, não vai? Por nossa mãe! Vai fazer? Vai?
(Cena do Padre José Maria e Irmã Clarissa)
Padre José Maria: Aqui diz que elas foram deixadas em três locais diferentes: a primeira, na porta de uma mansão, a segunda, no Orfanato Santa Cruz e a terceira com uma cigana… aqui em Lunada, há 20 anos. Significa que elas estão mais perto que nunca!
Irmã Clarissa: Tem que avisar aos pais!
Padre José Maria: Há mais de 15 anos não tenho contato com Ana Fernandes. Parece que sumiu do mapa. Mas o mais estranho é que o pai das meninas nunca mais foi visto.