Eu e Ana – Capítulo 02
Ana: Nada, querido. A Senhora Villard já estava de saída. E quanto ao vestido, vou recomendar a melhor costureira da cidade para fazê-lo para a senhora, primeira-dama. Agora, peço que se retire. Tenho que amamentar a mais nova.
(Adelia sai. Ana fecha a porta.)
Joaquim: Aconteceu alguma coisa?
Ana: Não.
(Fortaleza, Igreja da Sé: Está acontecendo a Ordenação Sacerdotal do Padre José Maria. Na saída, ele é cumprimentado pelo Padre Angelo.)
Padre Angelo: Parabéns, filho.
Padre José Maria: Obrigado, padre.
Padre Angelo: Eu tenho uma noticia pra você: já sabemos onde você vai ficar. Em Alpendres. Prepare-se, você parte amanhã.
(Em casa, Adelia olha pela janela na direção na casa de Ana)
Adelia: Você me paga, Ana Fernandes. Eu juro.
(Adelia pega o telefone)
Adelia: Alô, Hortênsia? Como vai, querida amiga? Eu liguei para te dar um conselho que eu espero que você repasse para todas as nossas amigas, afinal, amigo é pra isso mesmo, não é verdade? É o seguinte: Ninguém mais em Alpendres deverá encomendar costuras com Ana Fernandes. Por que? Ela engana os clientes, usa tecidos de péssima qualidade e linhas quebradiças, e cobra como se usasse de boa marca. Acredite, querida. Esta mulher deve pagar por nos ter enganado tanto tempo. Hum-rum. Obrigada. Tchau.
(Adelia desliga o telefone.)
Adelia: Ah, pronto! A primeira parte do meu plano já está em ação. Se ela acha que eu desisti da criança, está muito enganada. Vamos à fase 2.
(Adelia vai à Prefeitura falar com o esposo Felix)
Adelia: Felix, preciso que você me faça um favor!
Felix: Todos os que você quiser, querida. Peça e eu farei.
Adelia: Demita o professor Joaquim Fernandes e prepare um documento no qual ele não possa mais ser aceito em nenhum outro emprego.
Felix: Mas, minha querida, eu não posso fazer isso. Eu sou um representante do poder público e não posso prejudicar o povo.
Adelia: Mesmo sabendo que este homem está… planejando um golpe para te tirar do poder?
Felix: Como soube disso?
Adelia: É o de menos. Mas eu quero o seu bem, Felix. E não vou permitir que nenhum rebeldezinho de meia tigela estrague os nossos planos e destrua tudo aquilo que construímos juntos.
Felix: E se for verdade mesmo o que você diz, é mais uma razão para que eu não o demita. Pois, se for assim, ele não estará sozinho. E, com a demissão do líder, seria o pontapé inicial para a minha queda. Entende agora?
Adelia: É você que não entende! Este infeliz está me difamando. Dizendo mentiras a meu respeito.
Felix: Que tipo de mentiras?
Adelia: Pergunte a ele. Mas será melhor cortar o mal pela raiz. Demita-o. Ele deve pagar por estar me caluniando.
Felix: Vou falar pessoalmente com ele, Adelia.
Adelia: Ele negará. Sabe como é essa gente.
Felix: Mas foi esta gente que me elegeu e fez de mim o político que eu sou.
Adelia: O que vai fazer?
Felix: Eu vou pensar…
(Na casa de Ana, ela está terminando de almoçar com o marido.)
Ana: Já vai trabalhar, querido?
Joaquim: Já sim.
(Os dois se beijam. Joaquim sai. Ana fecha a porta. Instantes depois, batem na porta. Ela, achando ser Joaquim, diz:)
Ana: Deve ter esquecido algum livro.
(Ana abre a porta. É o Padre José Maria. Ela não o reconhece.)
Padre José Maria: Qual o problema, Ana? Não reconhece seu próprio compadre?
Ana: Padre José Maria?
Padre José Maria: Eu mesmo. Como você está?
Ana: Eu… eu estou b-bem… ai… (Ana sente tontura e desmaia.)
Padre José Maria: Ana? Ana, acorda! Ana!
Adélia é virada no cão ein kkk
Adorando a novela. Parabéns.
kkk, realmente Jhonatan. Agradeço a audiência!