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Crime Perfeito

Episódio 02 – Crime Perfeito

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CRIME PERFEITO – 2° EPISÓDIO

WEB ESPECIAL DE – THAIZZA CAMPOS

Gisela deixou o copo cair no chão, quebrando-se.

Gisela (assustada): Não acredito! A Camila… Morta!

ALGUMAS HORAS DEPOIS.

DELEGACIA.

Salviano havia pedido uma investigação sobre a Empresa, e finalmente teve a resposta.

Salviano (avaliando): Então o senhor tem a me dizer que a Empresa do falecido vem sofrendo desfalques nos últimos meses, e que agora se encontra em estado de quase-falência… É isso?

Celso Eiras: Exatamente doutor, foi o que eu descobri de mais importante. Mas… – Salviano o interrompeu.

Salviano: Deixe os papéis aqui e pode sair… Já me informou o que eu precisava.

Celso botou os papéis na mesa e saiu.

Salviano: Então temos um desfalque na Empresa… – Ele começou a olhar os papéis, até parou em uma página – Rodrigo Bertolli… Esse pode ser o nome que eu estou procurando…

CHÁCARA AZUL.

Rodrigo havia ido visitar Lara, a pedido dela.

Lara (seca): Rodrigo, eu quero resolver isso logo, então vou direto ao assunto… A Empresa sofreu um grande desfalque nos últimos meses… E você era um dos únicos que tinha poder pra tanto. Rodrigo, seja sincero, do fundo do seu coração… Foi você que roubou a Empresa?

Rodrigo: Eu não tô acreditando que você tá me perguntando isso Lara… Você tá desconfiando de mim? O homem que você diz amar?

Lara (querendo não acreditar): Rodrigo, por favor… Me responde!

Rodrigo (furioso): É claro que não fui eu Lara! Como você pode achar que eu fiz isso? Você não confia em mim?!

Lara (chorando): Então como você explica isso?!

Rodrigo: Eu não sei! Mas não fui eu! Agora, se você não tem confiança em mim, eu acho melhor agente parar com tudo por aqui…

Lara (triste): Eu também acho…

Rodrigo: Você não me ama Lara?

Lara: Rodrigo, não é isso… Eu amo você, mas eu preciso honrar o meu avô… A Empresa tá a beira da falência! Eu não quero fazer isso, mas eu preciso desconfiar de você… Me perdoa meu amor.

Rodrigo (duro): Olha Lara, faz uma coisa… Não me procura mais… Não enquanto você não souber o que realmente acha de mim!

Ele saiu, e a deixou chorando, inconsolável. Logo, Germana entrou e a abraçou.

Lara (chorando): Porque tem que ser assim Germana?! Por quê?

Germana (abraçando-a): Ô minha menina… Calma… Vai dar tudo certo, calma.

NO DIA SEGUINTE.

DELEGACIA.

Gisela conversava com Salviano.

Gisela: Salviano, eu preciso te contar uma coisa, que com essa confusão toda da morte da Camila, eu acabei esquecendo… O veneno que matou o Ettore, ele é artesanal, eu descobri também que ele só é feito por um senhor, que mora num lugar não muito longe da Chácara… Quem matou o Ettore, passou por lá. Agora que agente perdeu a Camila, talvez esse senhor possa nos ajudar um pouco… Seu nome é Francisco.

Salviano (interessado): Interessante, você sabe direito qual o endereço desse senhor?

Gisela: Sei sim.

Salviano (direto): Nós vamos lá, agora…

Gisela (surpresa): Agora? Mas…

Salviano: Agora Gisela! Vai indo que eu já vou…

Gisela: Tudo bem… – Ela saiu. Salviano pegou um envelope numa gaveta de sua mesa e saiu.

UMA HORA DEPOIS.

EM ALGUM LUGAR NO INTERIOR DE SÃO PAULO.

Gisela e Salviano haviam chegado a tal casa do senhor.

Gisela (tira os óculos escuros): É aqui Salviano.

Salviano: Vamos entrar.

Eles entraram, era um lugar apertado, escuro, com pouca conservação, sem o menor saneamento ou qualquer coisa do tipo. Logo, um senhor de péssima aparência apareceu na frente deles como um vulto.

Francisco (ofensivo): O que vocês querem aqui?!

Gisela (assustada): Você deve ser o Seu Francisco, não é?

Francisco: Sim sou eu, mas o que vocês querem aqui?!

Salviano: Seu Francisco, queremos fazer negócios… Me avisaram que o senhor vende um certo…

Francisco: Venham comigo.

O senhor os levou para uma sala escura, onde, num móvel de madeira, pequenos vidros com líquidos dentro estavam.

Francisco: O efeito é rápido… Em 20 minutos, a pessoa cai dura.

Salviano (cauteloso): Eu vou querer levar um… Mas, Seu Francisco, posso lhe fazer uma pergunta? O senhor conhece esse rapaz? – Salviano tirou uma foto de Rodrigo do envelope e mostrou a Francisco.

Francisco (nervoso): Olha, não sei quem é essa pessoa… A mercadoria é trinta.

Gisela (insiste): Por favor, seu Francisco, responda!

Francisco (alterado): Já disse que não sei quem é essa pessoa! Vocês vão levar o veneno ou não?!

Salviano (saca uma nota de cem reais): Seu Francisco, por favor, responda… É muito importante pra nós.

Francisco (pega a nota): Ele teve aqui há alguns dias… Comprou dois frascos.

Salviano e Gisela se entreolharam.

Gisela: Você acha mesmo que foi ele?

Salviano: Eu tenho certeza Gisela… Você ainda tem dúvidas? O velho revelou que ele comprou o veneno… E ele não queria falar, provavelmente, ele pediu segredo… Além do que, houve o tal desfalque na Empresa do Ettore, e ele era o homem de confiança do mesmo, na certa, tinha poder para tal feito… Gisela, não há o que discutir, Rodrigo Bertolli matou Ettore Zampone, e provavelmente, também matou Camila Ferreira.

Gisela: Você tá certo…

Salviano (curioso): Vou pedir um mandato de prisão… Por sinal, como Camila Ferreira foi assassinada?

Gisela: Segundo algumas testemunhas, ela foi jogada de um penhasco por uma pessoa, que não identificada… O corpo não foi encontrado.

Salviano (pensando): Então temos que ser rápidos… Se ele comprou dois frascos… E só um foi utilizado na morte do Ettore, isso significa que…

Gisela (assustada): Ele pretende fazer mais uma vítima!

ALGUMAS HORAS DEPOIS.

APARTAMENTO DE RODRIGO.

Rodrigo mexia em seu laptop, quando tocaram a campainha.

Rodrigo (ao abrir a porta): Lara?

Lara: Rodrigo… – Rodrigo ameaçou fechar a porta, mas Lara impediu – Me perdoa Rodrigo, me perdoa. Eu agi sem pensar, por favor… Me desculpa. Por favor.

Rodrigo: Entra Lara, entra…

Lara: Rodrigo, eu tô passando por um momento muito difícil da minha vida… Me desculpa se eu te ofendi, por favor… Eu amo você.

Rodrigo (a beija): Tudo bem, mas eu te perdoo porque eu amo você, só por isso. Quer uma bebida?

Lara: Tá.

Lara se preparava pra beber quando Gisela e Salviano entraram na porta como um tufão.

Gisela (grita): Não bebe isso!

Rodrigo (sem entender): O que tá acontecendo aqui?

Salviano (irônico): A… O senhor não sabe? Então eu explico. Você é Rodrigo Bertolli?

Rodrigo: Sim, sou eu.

Salviano: Você está preso pelos assassinatos de Ettore Zampone e Camila Ferreira.

Lara (deixa o copo cair no chão): O QUE?! O Rodrigo? Assassino? Não é possível… Eu acho que tem algum engano nisso.

Gisela: Querida, desculpa, mas não tem engano nenhum, ele matou seu avô.

Rodrigo (algemado): Eu sou inocente! Lara, não fui eu, você tem que acreditar em mim! NÃO FUI EU! Eu sou inocente! Eu não matei ninguém! – E ele foi levado pra fora do apartamento, gritando – Lara! Acredita em mim Lara, acredita em mim!

Sozinha no apartamento, Lara estava inconsolável.

Lara (pasma, sem ação): Não é possível… Isso só pode ser um pesadelo meu Deus! Só pode ser um pesadelo!

DELEGACIA. CELA DE RODRIGO.

Rodrigo esperava sua advogada, Marília Moraes. Ela havia chegado.

Marília: Rodrigo…

Rodrigo: Marília, ainda bem! Marília, pelo amor de Deus, eu tenho que provar a minha inocência…

Marília: Meu querido, eu já sei de tudo… Pode ficar calmo que você não vai pra nenhuma penitenciária horrenda dessas espalhadas pelo país, você vai sair daqui. Me dá três dias. Uma das coisas eu devia ter feito, eu já fiz, agora, preciso conversar com você, me conta tudo.

Ela entrou na cela e os dois conversaram.

ENQUANTO ISSO…

Gisela procurava Salviano pela delegacia, e foi até sua sala. Ela bateu e ninguém respondeu, então decidiu entrar.

Gisela (entra cautelosa): Salviano…? – Logo, ela foi entrando e vendo as coisas do delegado. Sentou-se em sua cadeira, orgulhosa e fez pose. Mas, algo chamou sua atenção, de baixo de alguns papéis em uma mesa, parecia haver uma foto. – Que diabos é isso? – Ela levantou e foi até lá. Olhou a foto, e nela estava retratada uma mulher e duas crianças, uma de colo e uma que aparentava ter uns cinco anos. – Quem serão essas pessoas?

Salviano: Mexendo no que não deve estagiária?

Gisela (assustada, deixa a foto cair): Sal… Salviano desculpa. Eu não resisti. – Salviano abaixou e pegou a foto, logo, seu semblante mudou, ele não parecia feliz.

Salviano (olhando a foto, seco): O que você tava fazendo aqui? Quem mandou você aqui?

Gisela: Desculpa Salviano, desculpa… Eu já vou indo.

Salviano (se vira pra ela): Espera Gisela.

Gisela (se vira pra ele): O que foi?

Salviano: Nunca mais entre na minha sala sem que eu esteja, entendeu? NUNCA! – Gisela saiu. Ao sair, ela encostou-se à porta, assustada. Na sala, Salviano sentava em sua cadeira e olhava a foto.

NO DIA SEGUINTE. MADRUGADA.

APARTAMENTO DE GISELA.

Era uma noite chuvosa, Gisela acordava em mais uma madrugada. Como sempre, ia tomar sua água na cozinha. Ao passar pela sala, algo chamou sua atenção… A janela aberta e escancarada, e no chão, algumas gotas de sangue.

Gisela (nervosa, cautelosa): Quem tá ai? Quem é que tá ai?! – Nisso, ela pega sua arma e, segue o sangue, que dá na cozinha. – Eu tô falando, quem tá ai?! – Ao chegar na cozinha, ela mirou a arma na pessoa – Parado aí ou eu atiro! – A pessoa se virou pra ela, seus olhos pareciam os de um morto-vivo, o cabelo maltratado e molhado, roupas rasgadas, um ferimento na perna, parecia pálida, mal tratada. Nisso, Gisela a identificou – CAMILA?!

CONTINUA…

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