A Cor do Pecado – Capítulo 42 (Último Capítulo)

CENA 01. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Galpão. Interior. Noite.

Melissa bebe suco envenenado e morre.

Melissa: — Samuel! Samuel! Ajude- me, por favor.

Samuel: — O que está havendo Melissa?

Melissa: — Eu não vou resistir. Eu vou morrer.

Samuel: — Não! Eu vou te tirar daqui e levá- la até o médico.

Samuel pega Melissa nos braços e ela diz: — Não me leve.

Melissa: — Deixe- me morrer em seus braços. Você foi e sempre será o grande amor da minha vida. Todo esse tempo que passei ao seu lado valeu a pena. E agora o feitiço virou contra a feiticeira, no caso eu. Adeus!

Melissa dá último suspiro e morre.

Samuel chora e diz: — Desculpe- me Melissa, mas terei que deixar você aqui. Preciso ir salvar o meu verdadeiro amor: a Cecília.

 

CENA 02. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Exterior. Noite.

Elza e João Castro vão atrás de Iara.

Eles batem na porta, uma prostituta sai e diz: — O que é que vocês querem aqui? Não fazemos casal. Passar bem.

Elza: — Calma garota! Você não sabe o porquê de estarmos aqui.

Prostituta: — O que mais se faz num bordel, além disso?

João Castro: — Com licença.

Ele invade e entra no bordel.

João Castro: — Cadê a Iara?

Prostituta: — Ela já está muito bem acompanhada.

Elza: — Parou de gracinhas. Diga onde ela está.

Eles veem Iara descendo as escadas e gritam: — IARA!

Iara faz cara de espanto e vai até lá.

Iara: — O que houve?

Elza a abraça e diz: — Você é a minha filha. Esperei tanto por esse momento.

No quarto, Elza e João Castro explicam a história para ela.

Iara: — Meus pais verdadeiros esse tempo todo embaixo do meu nariz: e eu não percebi.

João Castro: — O que importa é que agora somos uma família feliz. E viemos te tirar dessa vida.

 

CENA 03. Vale do Sol. Casa de Carlos. Sala. Interior. Noite.

Samuel chega até a casa de Carlos.

Carlos vê Samuel na sala e pergunta: — Como você conseguiu entrar aqui seu desgraçado?

Samuel: — Isso não importa agora. Cadê minha mulher e minha filha?

Carlos: — Deixa de ser louco. Elas não estão aqui.

Samuel vai até o quarto e vê as duas.

Samuel desamarra Cecília e diz: — Vamos meu amor! Logo. Vamos!

Carlos dá alguns socos em Samuel e foge com Beatriz.

Cecília: — NÃÃÃO AMOR! Ele fugiu com a Beatriz. Vamos atrás dele.

Samuel: — É pra já.

Cecília e Samuel saem correndo em busca de Carlos, que raptou Beatriz.

 

CENA 04. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Sala. Interior. Noite.

Todos estão preocupados com a demora de Samuel.

Janaína: — Mas por que será que ele está demorando tanto?

Sérgio: — Calma mamãe. Vai ver ele ainda está no caminho.

Marcos: — Isso aí. O que mais precisamos agora é de calma.

 

CENA 05. Vale do Sol. Centro da cidade. Noite.

Carlos é surpreendido com a população atrás dele.

Carlos: — O que houve? Por que estão todos olhando pra mim? Saiam daqui. Saiam. SEUS MERDAS!

Mulher: — Você vai ter o que merece. Devolve a bebê agora. Ela não tem nada a ver com isso.

Homem: — Isso aí. Devolva-a.

Cecília e Samuel chegam até o local.

Cecília: — MINHA FILHA!

Samuel: — Calma. Contenha-se. Não vá até lá sozinha.

Cecília: — Mas é a vida da minha filha que está em perigo.

A população cerca Carlos e Samuel acaba pegando sua filha de volta.

Homem 02: — Perdeu. Já era. Dê adeus a esse mundo.

Homem 03: — Você destruiu a nossa cidade. Acabou com nossas vidas. É hora de pagar pelo que fez.

Cecília: — Vão com calma, por favor.

Samuel: — Deixe-os. Eles sabem o que fazem.

A população aglomera- se perto de Carlos.

Carlos: — O que vocês querem? Saiam daqui. Deixem- me em paz.

Homem: Agora já é tarde. Vamos! Chegou a hora!

Alguns homens jogam Carlos dentro de um rio de piranhas.

Após isso, todos vão para suas casas dormir, como se nada tivesse acontecido.

 

CENA 06. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Quarto de Laura. Interior. Dia.

Laura morre.

Empregada nota que Laura está pálida e pergunta: — A senhora está bem?

Laura: — Nunca me senti tão bem. Chegou a minha hora. Eu já vou indo.

Empregada: — Vou chamar um médico.

Laura: — Nada disso! O Cássio está me chamando. Adeus!

Após isso, Laura morre.

Laura vai para um lugar lindo: com ar puro, som dos rios e dos pássaros e lindas plantas. Lá, reencontra Cássio Mendes.

Laura: — Meu amor!

Cássio Mendes: — Estou aqui.

Laura o abraça e diz: — Pensei que nunca mais te veria.

Cássio Mendes: — Senti muito a sua falta durante esse tempo que passei longe de você.

Laura: — Eu também.

Cássio Mendes: — O tempo que passei aqui vi, que era pobre espiritualmente lá na Terra e resolvi mudar, me purificar. Agora sou diferente. Sorte a minha ter se arrependido a tempo. O outro lugar é horrível.

Laura: — Você chegou a ir lá?

Cássio Mendes: — É melhor não falarmos sobre isso agora. O que eu quero é ser feliz com você a partir de hoje.

Os dois beijam- se e comemoram a felicidade eterna.

 

CENA 07. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Quarto. Interior. Dia.

Rita encontra Natália morta.

Rita: — MEU DEUS! Natália acorda, acorda…

Ela percebe que Natália e o cliente não tornam.

Após algum tempo ela chama o médico.

Médico: — Precisaremos fazer autópsia. Mas brevemente digo- lhe o que aconteceu.

 

CENA 08. Vale do Sol. Casa de D. Quitéria. Sala. Interior. Dia.

Extremamente louca, Dona Quitéria é levada para um hospício.

Médico: — Pelo visto não há mais nada que possa ser feito por ela.

Andreia: — Isso quer dizer que…

Médico: — Sim! Ela está louca. Vamos encaminhá-la para Belo Horizonte.

Em Belo Horizonte no hospício…

Dona Quitéria: — Andreia, minha filhinha. Eu sei quem um dia você virá me pegar. Aqui é horrível. Tirem- me daqui. Eu sou a mulher mais poderosa de Vale do Sol. TIREM- ME!

Em Vale do Sol…

Andreia vê criança deitada no banco da praça e pergunta: — Tudo bem? Cadê seus pais.

A criança não responde e Andreia diz: — Não tenha medo. Não vou te fazer nenhum mal.

Criança: — Não tenho pais. Vivo na rua.

Andreia enche os olhos de lágrima e fala: — Vamos levá- lo Orlando?

Orlando: — Melhor não. Agora não Andreia.

Andreia: — Vamos, vamos. Não poderemos ter mais um por causa da idade. Encantei- me por esse garoto. Vamos?

Orlando faz cara de suspense e diz: — Claro que sim amor!

Andreia: — Você aceita vir conosco?

Criança: — Vocês não vão fazer nada comigo?

Andreia: — Juro que não. Ó, prometo. Te darei tudo do bom e do melhor.

Após algum tempo a criança topa ir com Andreia e Orlando, e os três vivem felizes.

 

CENA 09. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Quarto. Interior. Dia.

Iara consegue ler fluentemente e é feliz com Fábio.

Fábio: — Pode ler o que está escrito aqui Iara?

Iara: — Iara, eu te amo! Você é a mulher da minha vida.

Fábio: — Parabéns! Aprendeu direitinho.

Iara: — Amor! Tenho: uma notícia pra te dar, uma não. Duas.

Fábio: — Conta. Conta.

Iara: — Vamos ter um filho.

Fábio emociona- se.

Iara: — E não para por aí. Vamos sair daqui. O papai e a mamãe deram-me uma casa de presente. No meu nome. É minha, quer dizer, nossa.

Fábio beija Iara e grita: — EU SOU O HOMEM MAIS FELIZ DO MUNDO!
PASSAM- SE ALGUNS DIAS

 

CENA 10. Vale do Sol. Igreja. Interior. Dia.

Enfim, Cecília e Samuel casam- se.

Padre: — Irmãos e irmãs, estamos aqui presentes para a realização do casamento de Cecília e Samuel. Dois casais apaixonados, que sofreram muito até chegar aqui…

Após falar algumas outras coisas, chega a tão esperada hora.

Padre: — Cecília, você aceita Samuel como seu legítimo esposo, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na saúde e na pobreza?

Cecília: — Aceito!

Padre: — Samuel, você aceita Cecília como sua legítima esposa, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na saúde e na pobreza?

Samuel: — Aceito!

Padre: — Pode beijar a noiva.

Samuel beija Cecília e todos comemoram.

 

CENA 11. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Dia.

Todos comemoram a união de Cecília e Samuel.

Médico: — Olá, Rita!

Rita dá um beijinho no rosto dele e diz: — Olá!

Médico: — Fiquei de passar lá para te dizer do que a Natália morreu, mas nem deu tempo.

Rita: — Pode dizer agora?

Médico: — Morreu de bebida. Pelo que consta ela estava ingerindo muito nos últimos meses.

Rita: — Minhas suspeitas confirmaram- se.

Médico: — Mas agora é hora de comemorar e divertir- se.

Os dois brindam e Rita diz: — Isso aí.

 

George beija barriga de Olívia e diz: — Que esse bebê venha com muita saúde.

Olívia: — Assim seja, meu amor.

Os dois beijam- se.

Viviane e Renato retornam com os filhos gêmeos.

Rita: — Viviane, querida. Tudo bom?

Viviane: — Tudo ótimo.

Rita: — E essas duas criaturinhas lindas?

Viviane: — São meus filhos. Não são lindos?

Rita: — Perfeitos! Você se deu bem, hein?

Viviane: — Que isso!

Renato chega e beija a esposa.

Janaína e Teodoro Fonseca, finalmente, ficam em paz.

Janaína: — Agora sim temos o que queríamos há tempos: paz.

Teodoro Fonseca: — Agora é apenas eu e você. Você e eu. Ninguém atrapalhará esse nosso amor.

Janaína: — Assim seja, meu querido!

Os dois beijam- se e comemoram a felicidade.

Lorena e Sérgio são só felicidade.

Sérgio abraçado com ela: — Eu te amo Lorena!

Lorena: — Eu também meu amor.

Ele vê crianças correndo pelo jardim e diz: — E o nosso? Quando sairá?

Lorena: — Temos que ver. Já está mais do que na hora, não achas?

Sérgio a beija e diz: — Está sim.

Marcos declara- se para Mônica.

Marcos: — Mônica!

Mônica: — Olá!

Marcos: — Queria te dizer há muito tempo, mas criei coragem agora.

Ele tira caixa do bolso, que contém um anel, ajoelha- se para Mônica e diz: — Você aceita casar comigo?

Mônica: — Claro que sim!

Marcos beija Mônica e corre com ela pelo jardim da fazenda.

Assim como os outros, Cecília e Samuel comemoram felicidade.

Cecília: — Estou com a vida que pedi a Deus: filhos perfeitos e um marido que amo. O que é que eu quero mais?

Samuel: — Você é a mulher da minha vida. Nunca fiquei tão apaixonado em toda minha vida.

Eles caminham por uma linda paisagem com Júlio e Beatriz.
CENA 12. Vale do Sol. Mercado. Dia.

Pai vende sua própria filha.

Cafetina: — Você tem certeza que quer vendê- la?

Pai: — Sim! O único jeito de sobrevivermos.

Cafetina: — Ótimo! Vamos garotinha?

Garota: — Não. Pai, não deixe ela me levar.

Pai: — Ô minha filha, essa foi minha única opção. Adeus!

A cafetina leva a garota e a mãe dela cai aos prantos.

Mãe: — Por que você fez isso?

Pai: — Que arrependimento!

Mãe: — Agora não dá mais tempo. Ela já entrou no trem.

 

SERÁ QUE VAI COMEÇAR TUDO DE NOVO?

 

 

FIM

 

Agradeço a todos que acompanharam a trama, vocês me motivaram a concluir esse trabalho.

Obrigado e até a próxima.