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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 31

CENA 01. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Quarto de Samuel e Cecília. Interior. Noite.

Trabalhador avisa a Samuel sobre o ataque.

Trabalhador: — Seu Samuel, seu Samuel! Acorda, acorda!

Samuel: — O que foi dessa vez? Por que toda essa euforia?

Trabalhador: — O Cássio, o Cássio Mendes.

Samuel: — O que é que tem ele?

Trabalhador: — Ele invadiu aqui e está pondo fogo em tudo.

Samuel calça os sapatos e diz: — O quê? Mas o que é que ele ainda quer comigo?

Cecília: — Samuel você não vai.

Samuel: — Desculpe- me amor, mas tenho que ir. É a minha fazenda e algumas vidas que estão em perigos.

Cecília: — Se você for, colocará a sua em perigo também. Não vá!

Samuel: — Um verdadeiro homem não foge do inimigo.

Samuel beija a esposa e vai junto com o trabalhador atacar Cássio e seus homens.

Cecília fica gritando: — NÃÃÃÃÃO! NÃO VAI SAMUEL!

Governanta chega para acalmá- la.

Augusta: — Tome um pouco de água. Tudo vai ficar bem dona Cecília.

Cecília: — Mas ele não devia ter ido.

Cecília levanta- se e diz: Eu vou também!

Augusta a coloca na cama novamente, e fala: — Fique aqui. A senhora vai se acalmar. Isso vai passar. É o nervosismo.

 

CENA 02. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão principal. Interior. Noite.

Renato conversa com Marcos sobre Viviane.

Renato: — Você por acaso sabe o nome daquela moça ali?

Marcos: — Qual?

Renato: — A de preto.

Marcos: — Ah. Aquela ali é a Viviane.

Renato olha para ela, que percebe, e faz sinal com os dedos chamando ele.

Marcos: — Vai lá, meu caro amigo! Aproveita. A noite é uma criança.

Renato: — Estou indo.

 

CENA 03. Vale do Sol. Casa de Fábio. Quarto de Fábio e Lorena. Interior. Noite.

Fábio sai e deixa Lorena sozinha em casa.

Lorena: — Para onde você a essa hora da noite?

Fábio: — Para o A Cor do Pecado. Oras.

Lorena: — Você é um cafajeste mesmo não é? Você tem uma casa para cuidar, uma mulher para zelar. Então, fique.

Fábio: — Ah! Bom seria se eu obedecesse suas ordens não é amorzinho?

Fábio sai, Lorena o puxa e diz: — Você vai ficar. Já falei.

Fábio: — Não vou. Até parece que vou obedecer, ordem de mulher.

Lorena: — Achei que você era diferente dos outros, mas pelo visto…

Fábio a interrompe dizendo: — Mas não sou. Como dizem vocês mulheres: ‘’todos são iguais’’. Agora fui. Tchau.

Fábio vai embora deixando Lorena enraivada.

 

CENA 04. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Noite.

O clima na fazenda de Samuel é de desespero.

Todos trocam muitos tiros.

As mulheres estão desesperadas por causa de seus maridos.

 

CENA 05. Vale do Sol. Hotel. Quarto de Andreia. Interior. Noite.

Andreia pensa em Orlando.

Andreia: — Ah, doutor, doutor. Não consigo mais parar de pensar em você.

Andreia suspira e fala: — Tá vendo o que você fez em mim?

 

CENA 06. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Quarto. Interior. Noite.

Fábio conversa com Iara.

Fábio senta- se na cama, observando a paisagem e diz: — Queria te dizer algo, Iara. Mas fico um pouco envergonhado.

Iara: — Envergonhado? Logo comigo? Pode falar.

Ela acaricia o rosto dele e diz: — Pra mim você não é só um simples cliente.

Fábio anima- se e diz: — Sério?

Iara: — Sim!

Fábio: — Sinto uma coisa por você. É algo muito além do prazer. Eu não sei explicar. Nunca senti isso por outra mulher. Você casaria comigo?

Iara: — Você já tem uma esposa.

Fábio: — Mas não sinto por ela a mesma coisa que sinto por você.

Iara: — Conte outra, por favor.

Fábio: — Sério. Acredite em mim. Gosto de verdade de você.

Iara: — O papinho é esse né? Aconteceu a mesma coisa com Viviane e George. Passou pouco tempo e já estava enjoado dela. Claro que acontecerá comigo também. Vocês só querem nos usar e nos envergonhar.

Fábio: — Eu não. Eu juro que não.

Iara levanta- se dizendo: — Mas já está bom. A hora já acabou. Tenho que ir para outro. Tchau.

Fábio: — Mas eu te pago o que você quiser. Fica comigo por mais tempo.

Iara: — Não dá. Já marquei mais cedo e o cliente já está para chegar. Vou me aprontar. Até mais.

Fábio sai do quarto, mas antes tasca um grande beijo na moça.

 

CENA 07. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Noite.

Samuel e Coronel Cássio Mendes ficam cara a cara.

Cássio Mendes: — Ah! Encontrei o coronelzinho.

Samuel: — Desgraçado! Eu vou acabar com você.

Cássio Mendes: — Calma, calma, calma. É melhor não ter tanta certeza.

Cássio Mendes puxa a arma e aponta para Samuel.

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