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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 28

CENA 01. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Sala. Interior. Final de tarde.

Cecília preocupa- se com o sumiço do filho.

Cecília: — Augusta você viu o Júlio em algum lugar?

Augusta: — Não, dona Cecília. A última vez que o vi ele estava de saída para brincar na cidade com os coleguinhas.

Cecília mais desesperada fala: — Chama o motorista, Augusta! Chame- o imediatamente.

Augusta: — Certo. Irei lá agora.

 

CENA 02. Vale do Sol. Casa de Carlos. Sala. Interior. Noite.

Garoto desespera- se nas mãos de Melissa e Carlos.

Júlio dá uma mordida no braço de Melissa e fala: — Solte- me. Eu quero minha mãe.

Melissa: — Mas que menininho mais desobediente.

A vilã dá um empurrão no garoto e diz: — Já falei para você ficar quieto. Não quero saber mais escutar a sua voz.

Carlos: — Isso mesmo! É melhor ficar caladinho, ou pode ser pior pra você, garoto chato. Quer dizer, pra sua família também.

Júlio grita: — EU QUERO A MINHA MÃE!

Melissa: — Ah, que garoto insuportável.
CENA 03. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Quarto de Cecília. Interior. Noite.

Motorista avisa para Cecília que seu filho não está na praça.

Augusta: — Dona Cecília, o motorista está aí. Posso mandar entrar?

Cecília: — Sim.

O motorista entra, e ela, desesperada, vai logo perguntando: — Cadê meu filho? Cadê ele? Ele não quis entrar logo em meu quarto?

Ele abaixa a cabeça e fala: — É que… É que.

Cecília: — Fala logo, por favor. Você está me deixando agoniada.

Motorista: — Ele não estava por lá. Fui pessoalmente, na casa dos amigos dele, e eles falaram que o Júlio desapareceu na hora do pique- esconde.

Cecília ainda mais desesperada começa a gritar e fala: — Chame o Samuel. Tenho que ir com ele até a cidade.

Augusta: — A senhora não está em condições de sair daqui.

Cecília: — Para o bem de meu filho eu sempre estarei em ótimas condições.

 

CENA 04. Vale do Sol. Casa de D. Quitéria. Quarto de Andreia. Interior. Noite.

Dona Quitéria vê Andreia arrumando as malas.

  1. Quitéria: — Andreia!

Andreia: — Sim, dona Quitéria.

  1. Quitéria: — O que significa todas essas malas?

Andreia: — Ah, lembrei! Não tinha te avisado. Vou embora daqui amanhã.

  1. Quitéria: — Para sua cidade natal na capital?

Andreia: — Não, não. Continuarei em Vale do Sol. Só sairei de sua casa.

  1. Quitéria: — Mas por que você sairá daqui? Você é meu braço direito.

Andreia: — É que quero independência, quero viver, quero coisas novas, experiências novas.

  1. Quitéria: — Não, não é possível. Você não sairá de minha casa.

Andreia: — Desculpe, mas você não poderá impedir isso.

Dona Quitéria grita: INGRATA!

Após isso, sai do quarto explodindo de raiva.

 

CENA 05. Vale do Sol. Casa de Carlos. Sala. Interior. Noite.

Samuel e Cecília chegam até a casa de Carlos.

Cecília: — E agora, como faremos para abrir?

Samuel: — Isso é o de menos. Essa porta dele é muito frágil, com apenas um empurrãozinho de nada, ela já abre. Vamos lá!

Samuel arromba a porta, e Carlos surpreso, fala: — Mas o que é que você está fazendo aqui?

Cecília dá um tapa na cara do malandro e fala: — Viemos buscar o nosso filho. Cadê ele?

Carlos: — Que filho? Do que você está falando?

Samuel: — Não finja- se de desentendido, por favor.

Após falar isso, os dois ‘’pegam- se’’ e ficam por algum tempo no chão da sala.

Enquanto isso, Cecília vai até ao quarto e encontra seu filho.

Cecília: — Oi, Melissa.

Melissa: — O que você está fazendo aqui sua desmiolada?

Cecília: — Você tá de brincadeira não é? Eu que te pergunto: o que você está fazendo com o meu filho?

Melissa: — Quis brincar um pouquinho com você e o Samuel.

Cecília: — Ah, que peninha! Foi brincar na hora errada, e com a pessoa errada.

Cecília pega o garoto, o abraça, e fala: — Corre para o carro filho.

Cecília dá alguns tapas no rosto de Melissa, e diz: — Mesmo depois daquela grande surra que te dei, você ainda não aprendeu não é?

Melissa caiu no chão após os tapas, e antes de sair, Cecília fala: — Isso foi só um lembrete que da próxima vez pode ser pior. Até mais, querida.

Ela chega até a sala, e logo puxa o amado dizendo: — Vamos, vamos querido. Não temos tempo a perder.

 

CENA 06. Vale do Sol. Casa de George. Sala. Interior. Noite.

Viviane decide ir embora da casa de George.

Os dois estão discutindo, quando a moça diz: — Chega! Chega! Eu não aguento mais. Tchau.

George: — Vá, pode ir. Se pensas que irei ficar te bajulando, pensou errado.

Viviane: — Não pensei não. Agora já é a minha hora.

Depois da moça já estar na rua, ele diz: — Não. Espera. Por favor. Não vai embora. Eu preciso de você.

Viviane: — Adeus!

 

CENA 07. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Quarto de Cecília. Interior. Noite.

Cecília comemora volta de seu filho.

Cecília: — Ai que saudade. Foram só algumas horas, mas senti como se fosse dias longe de você meu querido filho.

Júlio: — Eu também mamãe. Achei que aquele pesadelo não ia acabar.

Samuel observa a cena, e também entra no quarto: — Será que há algum espaço nessa cama pra mim também?

Cecília: — Claro que sim. Sempre cabe mais um.

Logo após dizer isso, ela abraça- se com os dois e diz: — Nunca mais quero me separar de vocês.

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