A Cor do Pecado – Capítulo 18
CENA 01. Vale do Sol. Casa de Ângelo. Quintal. Exterior. Noite.
Janaína chega ao quintal, vê o seu marido morto e se desespera.
Janaína grita: — NÃO!
Janaína bate no rosto do marido e fala: — Não pode ser. Fala comigo Ângelo, fala.
Janaína percebe que seu marido está morto e se desespera.
Ela sai no portão da sua casa e grita: — SOCORRO! Alguém me ajuda, por favor. SOCORRO!
Cássio Mendes: — O que foi aconteceu? Estava entrando lá no A Cor do Pecado e escutei seus gritos.
Ainda em estado de choque, Janaína fala: — O Ângelo. O Ângelo, seu coronel.
Cássio Mendes: — O que é que tem o Ângelo?
Janaína: — Ele morreu! Ele morreu.
Cássio Mendes: — Mas se não for de minha conta, morreu de quê?
Janaína: — Morte. Cheguei ao quintal, pois estranhei sua demora, e o vi lá estirado no chão todo ensanguentado.
AMANHECE
TODOS ESTÃO DE PÉ PARA MAIS UM DIA
CENA 02. Vale do Sol. Casa de D. Quitéria. Sala. Interior. Dia.
Dona Quitéria comenta com Andreia sobre morte de Ângelo.
- Quitéria: — Era um homem bom! Era dos meus! Só não teve domínio dessa grande puta desparecida, mas dessa Olívia que já estava indo para o caminho: teve e teve muita!
Andreia: — Desculpe- me Dona Quitéria, mas a Olívia não estava indo pra esse caminho. Acho que a senhora deve ter se enganado.
- Quitéria: — E você agora deu pra me afrontar foi?
Andreia: — Não, Dona Quitéria. Eu que não falei nada com nada.
- Quitéria: — Acho bom mesmo! Acho ótimo!
CENA 03. Vale do Sol. Vila de pescadores. Casa de Carlos. Cozinha. Interior. Dia.
Carlos sai para trabalhar.
Cecília está tomando café quando Carlos chega e lhe dá um beijo: — Tchau amor! Tenho que trabalhar.
Cecília mentindo fala: — Mas amor nós quase não nos vemos, só à noite. Que chato!
Carlos: — Calma meu amor! Logo, logo estarei com você sempre.
Carlos sai para trabalhar.
Júlio entra pela porta dos fundos e Cecília lhe abraça e fala: — E aí? Mais novidades: amiguinho?
Júlio: — Um monte!
Júlio começa a lhe contar sobre sua vida e o que aconteceu no dia do casamento.
CENA 04. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Quarto de Melissa. Interior. Dia.
Melissa conversa com Laura sobre plano para ficar com Samuel.
Melissa: — Agora eu tenho que ter o Samuel. Ela será meu, só meu! Mas agora tenho que saber o que fazer pra ficar com ele.
Laura: — Acalme- se filha! A primeira parte do plano que foi a eliminar a Cecília já foi realizado com sucesso. Agora o resto é resto. Vai ser muito fácil!
Melissa: — Você acha mesmo mãe?
Laura: — Não só acho como tenho certeza. Ele cairá nos seus pés: arrependido.
CENA 05. Vale do Sol. Vila de pescadores. Casa de Carlos. Cozinha. Interior. Dia.
Cecília fica surpresa com as revelações de Júlio.
Cecília: — Nossa! Quantas revelações! Ultimamente vinha vendo um homem em meu pensamento que eu amava muito e não era o Carlos, então é Samuel. Tenho que sair desse lugar urgentemente. Você me ajuda?
Júlio: — Claro que ajudo! Como também vou com você.
Cecília: — Vir comigo? Como assim? E sua mãe? Sua família?
Júlio entristecido fala: — Não tenho família. Minha morreu há 04 anos, quando eu só tinha 06 anos.
Cecília surpresa fala: — Mas a partir de hoje você é meu. Vai vir comigo. Sou sua mãe, não é de sangue, mas o que importa é o amor que sinto por você. Já gosto muito de você pequeno, sabia?
Júlio: — Desde sempre eu sei!
Cecília: — Convencido.
Os dois saem e vão colher flores no campo.
E o plano de Cecília e Júlio de fugirem, está dando cada vez mais certo.
Numa manhã comum…
CENA 06. Vale do Sol. Vila de pescadores. Cozinha. Interior. Dia.
Carlos beija Cecília e diz: — Tchau amor. Até mais tarde.
Cecília: — Tchau amor.
Carlos e sai e Cecília fala: — Que nojo de te beijar desgraçado! Ainda bem que esse foi o último beijo que dei em você.
Após algum tempo, Júlio chega junto com Francisca, uma moradora de ali, que lhes ajudará a fugir.
Júlio: — Vamos, vamos! Essa aqui é a Francisca ela que nos ajudará a fugir.
Francisca: — Prazer!
Cecília: — Prazer!
Júlio: — Vamos, vamos gente! O tempo tá voando.
Cecília: — Calma apressado!
Francisca entrega Cecília e Júlio a seu marido que é pescador e diz: — Leve- os de barco até a cidade grande. Lá eles sabem se guiar.
Pescador: — Certo!
E assim Cecília e Júlio vão à Vale do Sol para enfim ficar livres e ser felizes.
CENA 07. Vale do Sol. Casa de Carlos. Sala. Interior. Final de tarde.
Carlos chega em casa e percebe que Cecília não está.
Carlos: — Querida, querida! Cheguei.
Carlos continua falando: — Amor cadê você? Vai por favor, para de brincadeira.
Após procurá- la em toda a casa, Carlos fica furioso e diz: — Desgraçada! Só pode ter fugido. Eu achando que era uma bobinha. Bobinha nada enganou- me certinho e agora estou me sentindo o mais tolo desse mundo. Mas isso não vai ficar assim Cecília, não vai mesmo. Se você pensa que escapou de mim está muito enganada.