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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 15

CENA 01. Vale do Sol. Igreja. Interior. Dia.

Dona Quitéria consegue na prefeitura da cidade uma licença para impedir o casamento de Cecília e Samuel na igreja.

Quitéria: — Estou eu aqui novamente, Padre.

Padre Alberto: — E o que é dessa vez, Dona Quitéria?

Quitéria: — Aqui está. Veja com seus próprios olhos.

Quitéria mostra a licença ao padre e diz: — Não tem prova maior do que essa. A quenga não casará na nossa igreja.

Padre Alberto: — Mas Dona Quitéria, como você pôde fazer uma coisa dessas? Que deselegante!

Quitéria: — Não irei discutir com você padre, isso é contra minhas leis e também contra as leis divinas. Vou embora. Estou mais feliz do que nunca. Até logo.

 

CENA 02. Vale do Sol. Igreja. Interior. Dia.

Cecília e Samuel chegam à igreja para saber os detalhes do casamento e têm uma grande surpresa.

Samuel: — Tudo certo né Padre? Quarta da semana que vem.

Padre Alberto: — Não sei como te darei essa notícia. Mas não haverá mais o casamento de vocês dois aqui nessa igreja.

Cecília: — Como não?

Padre Alberto: — A Dona Quitéria conseguiu uma licença para impedir o casamento de vocês, alegando que quenga casar nessa igreja é contra os bons costumes e contra o conservadorismo que existe aqui há anos.

Samuel: — Mas essa velha não descansa mesmo né? Sempre fazendo de tudo para acabar com a vida dos outros.

Cecília: — Sem desespero amor. Tive uma grande ideia. Já que não podemos ir à igreja, a igreja virá até nós. Você, Padre Alberto celebrará o nosso casamento lá no meu bordel.

Padre Alberto: — Mas filha!

Cecília: — É a única solução. Todos têm o direito de casar. Espero o senhor lá. Até mais.

Cecília vai embora da igreja com Samuel.

 

CENA 03. Vale do Sol. Centro da cidade. Dia.

Lorena flagra Sérgio conversando com Iara.

Lorena está andando quando vê Sérgio e Iara conversando na frente do A Cor do Pecado.

Lorena: — Então é isso! Não irei querer esse cafajeste nunca mais em minha vida. Se estava com dúvidas em relação a casar- me com o Fábio, agora tenho certeza: vou sim me casar com ele.

 

PASSAM- SE ALGUNS DIAS

Chegou o tão esperado dia do casamento de Cecília e Samuel.

 

CENA 04. Vale do Sol. Casa de Ângelo. Sala. Interior. Dia.

Ângelo não quer deixar Janaína ir até o casamento.

Ângelo: — E você vai pra onde toda arrumada?

Janaína: — Já te falei. Vou ao casamento da Cecília.

Ângelo: — E quem disse que você vai?

Janaína: — Eu mesma. Quem disse que não poderei comparecer ao dia mais especial da vida de minha filha? Já basta o que você fez com ela e agora quer impedir- me de ir até lá? Poupe- me!

Ângelo vai bater no rosto de Janaína, quando ela segura a sua mão e diz: — Não vem não, covarde. Você acha que sou a mesma idiota de antes? Lamento!

Janaína vai para o casamento, deixando Ângelo irritado em casa.

 

CENA 05. Vale do Sol. Convento. Quarto de Olívia e Mônica. Interior. Dia.

Olívia e Mônica se despedem.

Mônica: — Foi um prazer te ter como companheira de quarto, e mais que tudo: ser sua amiga. Repetirei mais uma vez: ficarei morrendo de saudades de você.

Olívia: — Não fica assim não amiga. Sei que será difícil pra você, mas calma.

Mônica: — Sei que será difícil, mas tenho que seguir em frente. Adeus, te adoro amiga!

Olívia: — Também!

As duas dão um abraço forte e choram.

Olívia: — Agora preciso ir.

 

CENA 06. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão Principal. Interior. Dia.

Todos estão ansiosos para o casamento, e estranham tanta demora de Cecília.

Olívia: — Mas mãe, cadê a Cecília?

Janaína: — Calma filha, ela vai chegar. Noiva sempre atrasa.

Olívia: — Sei que atrasa, mas já passou bastante tempo.

Natália: — Cadê a patroa Rita? Você acha que aconteceu alguma coisa de ruim?

Rita: — Ela vai chegar. Vira essa boca pra lá.

Samuel comenta com o Padre.

Samuel: — Mas Padre já não era pra ela ter chegado? Todo esse tempo e nem sinal dela.

Padre Alberto: — Verdade. Mas calma filho, tudo dará certo.

 

CENA 07. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Quarto de Melissa. Interior. Dia.

Enquanto isso, Melissa prende Cecília em sua casa.

Cecília: — Tire- me daqui, por favor.

Melissa: — Se eu não me casar com o Samuel, ninguém mais casará com ele.

Cecília: — Por favor. Estou lhe implorando tire- me daqui. Desamarre- me.

Melissa prende a boca de Cecília com um pano e depois a apaga.

Com a ajuda de alguns capangas, Melissa leva Cecília até um dos galpões abandonados da fazenda.

Melissa: — Foi bom enquanto você esteve viva. Agora é hora de dar adeus. Tchau, Cecília.

Melissa põe fogo no galpão que Cecília está.

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