Capítulo 09

 

S E 7 E   V É U S

UMA MINISSÉRIE DE

WESLEY SANTOS

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO

BRUNA

KELLY

REBECA

LUIZ

SABRINA

RENAN

TUCA

GERSON

ROBERTO

 

 

 

 

 

 

 

CENA 1/ 7 VÉUS/ SALÃO/ INT./ NOITE

Continuação imediata da última cena do capítulo anterior.

REBECA- (Ao tel.) Renan! Fala! O que está acontecendo?

 

CORTE RÁPIDO PARA:

 

CENA 2/ CASA DE ROBERTO/ SALA/ INT./ NOITE

Roberto e Rebeca estão sentados no sofá, Rebeca tentando falar com Roberto pelo celular no viva-voz.

REBECA- (Ao tel.) Renan!

ROBERTO- O que está acontecendo amor?

REBECA- Eu não sei, o Renan não responde.

ROBERTO- Aí, meu Deus, o que será que aconteceu?

REBECA- Deus, queira que seja algo bom… (Ao tel.) Renan! Renan! Fala!

Close no rosto de preocupado de Roberto.

 

CORTE RÁPIDO PARA:

 

CENA 3/ 7 VÉUS/ SALA/ INT./ NOITE

Renan contínua á olhar para Bruna, até que ele percebe que Rebeca continua na linha.

RENAN- (Ao tel.) Oi?

REBECA- (Ao tel.) Renan! O que aconteceu?

RENAN- (Ao tel.) Como assim, o que aconteceu?

REBECA- (Ao tel.) Eu que lhe pergunto isso, alguém pegou o telefone de você?

RENAN- (Ao tel.) Não, eu… Acho que achei.

REBECA- (Ao tel.) Achou? Achou quem?

Renan continua á observar Bruna, que atende a mesa de outros clientes.

RENAN- (Ao tel.) Ela…

REBECA- (Ao tel./ Confusa) Ela quem? A Bruna?

Renan desliga o telefone e o põe em seu bolso e vai até Bruna. E ao chegar perto dela, ele segura em sua mão.

RENAN- (Baixo tom/ bobo) Oi…

BRUNA- (Assustada) O que você quer?

Close no rosto apavorado de Bruna.

 

CORTA PARA:

 

CENA 4/ 7 VÉUS/ SALA PARTICULAR/ INT./ NOITE

Tuca sentado “como sempre” em sua poltrona, Gerson em sua “belíssima” cadeira. Eles conversam.

TUCA- Mas, meu extinto já sabia que alguma coisa cheirava errado, dês da hora que ele demorou de atender a porta.

GERSON- Duvid-odo, quem atiçou sua curiosidade fui eu, com certeza…

TUCA- Também eu não posso negar, mas, dentro de mim, já havia esta certa preocupação.

GERSON- É…

Telefone de Tuca toca, ele atende, Gerson fica curioso.

TUCA- (Ao tel.) Alô?

MOTORISTA- (Ao tel.) Alô, Boa noite, Seu Tuca!

TUCA- (Ao tel.) Boa, o que traz sua ilustríssima ligação á minha pessoa?

MOTORISTA- (Ao tel.) Motivos sérios…

TUCA- (Ao tel.) Se é tão serio, assim, fale logo!

Gerson fica muito mais curioso e interessado na conversa.

MOTORISTA- (Ao tel.) Um individuo, que esqueci o nome, havia me ligado hoje, procurando por garotas, eu… Que trabalho neste ramo há muito tempo, pedi para marcássemos uma reunião, ele topou, topou e veio, ao vir, o individuo viu algumas garotas, analisou, analisou, analisou e pediu uma preferencia eu disse…

TUCA- (Ao tel./ Interrompe/ firme) Deixe de enrolação e vá logo ao ponto, cabra!

MOTORISTA- (Ao tel.) Esse tal homem deixou cair do ouvido um ponto de comunicação.

TUCA- (Ao tel.) Correto, e o que eu tenho haver?

MOTORISTA- (Ao tel.) Este tal homem, perguntou demais sobre seu cassino.

TUCA- (Ao tel./ interessado) Como assim?! Perguntou demais como?

MOTORISTA- (Ao tel.) Queria saber onde era o cassino, o nome, para onde iam as garotas… Um verdadeiro questionador. Só peço para que o senhor fique em alerta.

TUCA- (Ao tel.) Sim. Obrigado pelo aviso.

MOTORISTA- (Ao tel.) Não há de quê meu excelentissi…

A ligação se corta, ao Tuca desligar na cara do motorista.

GERSON- Quem era?

TUCA- Você já sabe quem é… O paspalho do fornecedor.

GERSON- O que era dessa vez?

TUCA- Pedindo para que eu fique em alerta.

GERSON- Alerta?! Porque?!

TUCA- Dizendo que achou um ponto de comunicação no cativeiro e disse que um homem esteve lá, que era muito suspeito, que fazia “varias” perguntas sobre o cassino.

GERSON- Vai acreditar?!

TUCA- Lógico que não! Deve ser os viagras que ele toma (ri). E o homem deve ser os garotos de programa que ele convida para satisfazer os desejos…

Gerson e Tuca gargalham.

 

CORTA PARA:

 

CENA 5/ APARTAMENTO DE LUIZ/ SALA/ INT./ NOITE

Luiz chega, acende as luzes e anda cambaleando, com suas roupas sujas e resmungando enquanto anda. Ele vai até as caixas de som e ao chegar lá, ele põe um Cd e espera que iniciem-se as faixas, a música (PORQUE HOMEM NÃO CHORA – PABLO)é a primeira á ser tocada, Luiz começa á arrochar, Takes de seus passos, enquanto dança.

LUIZ- (cantando)- Estou indo embora, a mala já esta lá fora vou te deixar, vou te deixar
por favor não implora, porque homem não chora!
e não pede perdão, e não pede perdão.

Seus passos são vagarosos na dança.

LUIZ- ÔÔÔÔÔ! Sofrência!

 

CORTA PARA:

 

CENA 6/ 7 VÉUS/ SALA/ INT./ NOITE

Continuação da CENA-03.

BRUNA- O que você quer?

Renan fica admirando Bruna.

BRUNA- Fala! Ficou mudo?

RENAN- (Confuso) Eu… Preciso… Te/ conversar alguma coisa.

BRUNA- O quê? Fala direito!

RENAN- (Firme) Eu, eu preciso conversar com você.

BRUNA- O quê? Vai fala!

RENAN- Aqui não.

BRUNA- Porque?

RENAN- É uma coisa séria.

BRUNA- Seria?

RENAN- (Baixo tom) Seus pais.

BRUNA- (Animada) Meus pais?

RENAN- Sim, qual o lugar mais seguro para que nós possamos conversar?

BRUNA- Eu tenho um lugar seguro, vamos lá…

Bruna e Renan se retiram.

 

CORTE RÁPIDO PARA:

 

CENA 7/ 7 VÉUS/ QUARTO/ INT./ NOITE

Bruna e Renan chegam, eles se sentam na cama.

BRUNA- (Animada) Meus pais? O que tem eles?

RENAN- Eu quero que você tire suas próprias conclusões…

Renan liga para Rebeca e Roberto, eles atendem.

REBECA- (Ao tel./ Preocupada) Renan, me explica o que está acontecendo?

RENAN- (Ao tel.) Dona Rebeca, não se assuste. Sua filha está aqui do meu lado.

REBECA- (Ao tel./ Animada) O que? Minha filha?

RENAN- (Ao tel.) Sim.

Renan dá o telefone á Bruna.

BRUNA- (Ao tel.) Alô?

REBECA- (Ao tel.) Bruna é você?

BRUNA- (Ao tel./ emocionada) Mãe?

REBECA- (Ao tel./ emocionada) Filha?

BRUNA- (Ao tel.) Eu não estou acreditando…

REBECA- (Ao tel.) Acredite meu amor.

BRUNA- (Ao tel.) Por isso, eu nunca perdi minha fé, mãe, como estão às coisas por aí?

REBECA- (Ao tel.) Estão ótimas meu amor. As coisas estavam indo de mal á pior sem sua presença, agora que eu ouço sua voz, eu sinto um fogo de esperança dentro de mim. Só Deus sabe o que eu estou sentido agora.

BRUNA- (Ao tel./ chorando) Minha mãe, eu não quero mais perder você.

REBECA- (Ao tel./ Chorando) Nem eu, eu não quero mais te perder.

BRUNA- (Ao tel.) Eu te amo mãe.

REBECA- (Ao tel./ Chorando) Eu também te amo filha, Obrigado senhor! Obrigado meu Deus! Obrigado!

BRUNA- (Ao tel./ Chorando) Eu te amo mãe, muito, muito, muito…

REBECA- (Ao tel./ Chorando) E eu te amo muito, muito, muito, muito mais… Eu não estava acreditando, minha filha, está (Grita) viva! (Rebeca começa a rir). E os tempos que passamos juntas… Os beijos, os abraços, os presentes…

BRUNA- (Ao tel./ Chorando) Eu não esqueci mãe, eu nunca vou esquecer…

REBECA- (Ao tel.) Eu sabia que eu te encontrar… E aquela música que você gosta, que eu sempre odiei. (Cantando) Cedo ou tarde, agente vai se encontrar tenho certeza, numa bem melhor, sei que quando canto você pode me escutar… Eu tenho gravada em minha lembranças…

BRUNA- (Ao tel.) É a nossa trilha sonora, de mãe pra filha…

REBECA- (Ao tel.) Eu prometo que quando você chegar aqui, agente vai gravar um cd, eu, você e o seu pai…

BRUNA- (Ao tel./ Ri) Claro, agente vai sim… Falando no meu pai, cadê ele?

REBECA- (Ao tel.) Que coisa minha… Estava tão empolgada por falar com você que esqueci do seu pai, ele está aqui, ansiosíssimo para falar com você.

Rebeca passa para Roberto.

BRUNA- (Ao tel.) Pai?!

ROBERTO- (Ao tel./ Chorando) Filha?

BRUNA- (Ao tel.) Pai, você está chorando?

ROBERTO- (Ao tel./ Chorando) Sim, eu sou um bobo.

BRUNA- (Ao tel.) Aí, que fofo, pai, eu também te amo, o senhor é meu bobo. O pai mais bobo de todos (ri), eu te amo pai e em breve eu estarei aí com vocês.

ROBERTO- (Ao tel.) Com certeza, se Deus quiser!

BRUNA- (Ao tel.) Com certeza, pai, não chora mais… Assim, eu vou chorar também… Eu te amo… Amo vocês dois.

RENAN- (Emocionado) Emocionante o reencontro de vocês…

BRUNA- (Ao tel.) Mãe, Pai, eu vou passar para o rapaz que veio me buscar.

ROBERTO- (Ao tel.) O nome dele é Renan filha, um homem que Deus guiou á nós…

BRUNA- (Ao tel.) Certo, eu não tenho palavras para agradecer ele. Eu vou passar para ele, tchau, até mais…

ROBERTO- (Ao tel.) Tchau filha, até mais…

Bruna passa o telefone para Renan, enquanto enxuga suas lágrimas.

RENAN- (Ao tel.) Senhor Roberto, eu vou levar a Bruna para o hotel Rosas vermelhas, aqui no Ibirapuera mesmo…

ROBERTO- (Ao tel.) Certo, eu sei onde fica. Cuidado hein… Eu confio em você. Tchau.

RENAN- (Ao tel.) Tchau…

Renan desliga o telefone.

RENAN- Agora eu precisarei de sua ajuda…

BRUNA- De que forma?

RENAN- Preciso que me auxilie sua saída, uma saída sigilosa…

BRUNA- Eu sei de uma…

RENAN- Sabe?

BRUNA- Sim, as garotas daqui, a muito tempo preparam uma saída que só é usada em emergência e agente pode sair por lá.

RENAN- Que ótimo…

Close no rosto disposto de Renan. E no rosto esperançoso de Bruna.

 

CORTA PARA:

 

CENA 8/ 7 VÉUS/ ESTACIONAMENTO/ EXT./ NOITE

Por um buraco no asfalto do estacionamento, Renan e Bruna saem sujos de areia.

RENAN- Vamos logo…

Rapidamente e vagarosamente, eles entram no carro de Renan e eles partem com o carro depressa.

 

CORTA PARA:

 

CENA 9/ 7 VÉUS/ SALA PARTICULAR/ INT./ NOITE

Tuca e Gerson conversando.

TUCA- Mas…

Sabrina chega e interrompe a conversa.

SABRINA- Vocês viram a Bruna?

TUCA- Ela não está por aí?

SABRINA- Não, não a vi.

TUCA- Essa menina só anda sumindo…

TUCA- Procurou no quarto?

SABRINA- Sim.

TUCA- pelo Cassino todo?

SABRINA- É, andei, andei e não a achei.

TUCA- (preocupado) O que será que deve ter acontecido?

GERSON- (Deboche) Será que ela fugiu de novo? (ri).

TUCA- Hum… Sem graça. Eu vou olhar nas câmeras de segurança, agora eu não vou mais tomar decisões precipitadas.

Sabrina sai e Tuca vai até os computadores das câmeras de segurança. Gerson fica curioso.

Close no rosto de Tuca determinado. E CONGELA.

 

FIM DO NONO CAPÍTULO

TEMA DE ENCERRAMENTO: “UPTON FUNK – MARK RONSON E BRUNO MARS”.