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Menina Flor

Capítulo 48 – Menina Flor

Capítulo 48

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Filipe: E você onde está indo tão cedo?
Malu: Eu vou até as plantações da fazenda Aguiar Cordeiro.
Filipe, nervoso: Até as plantações?
Malu: É, eu não sei se o pai e a mãe te contaram, mas eu sou uma das herdeiras do falecido Rafael Aguiar Cordeiro e quero ver como estão as rosas.
Filipe, pensando: O que eu faço? Preciso impedir, se não ela vai ver a Marina.
Malu sai andando: Bem, com licença.
Filipe segura Malu pelo ombro: Espera, tem certeza que quer ir lá agora? Olha, por que não entra comigo? Eu fico meio sem jeito de ir lá sozinho sem avisar.
Malu: Por que ficaria sem jeito garoto? São seus pais.
Filipe põe a mão no bolso: Ah, puxa.
Malu: O que?
Filipe: Esqueci uma coisa em casa que eu ia dar de presente pra mamãe.
Malu: Jura, o que?
Filipe: É surpresa, é melhor eu voltar em casa e pegar, com licença.
Filipe diz isso e dá meia-volta correndo em disparada.
Malu: Puxa, que garoto mais esquisito.

Plantações de rosas.
Marina: Muito bonitas essas flores.
Miguel: É, bem se vê que você gosta mesmo delas Menina Flor.
Marina: Menina Flor?
Miguel: É, não é esse seu apelido?
Marina: Ah, claro, claro que é.
Miguel: Então, como se sente sendo a dona da floricultura Botão de Rosa?
Marina: Bem, é diferente né, nunca pensei em ser dona de uma floricultura.
Miguel: Depois de tanto tempo trabalhando nela como vendedora.
Marina, disfarçando: pois é, que ironia.
Filipe aparece do nada correndo.
Filipe, com a respiração ofegante: Ah puxa, que bom que eu te encontrei.
Marina: Que é isso garoto? Que correria é essa?
Filipe: Marina, digo Malu, vem comigo agora.
Miguel: Quem é você?
Filipe, estendendo a mão para um cumprimento: Filipe, irmão dela.
Marina: Ele acabou de chegar do Rio de Janeiro.
Miguel: É um prazer conhece-lo, sou Miguel.
Filipe: Olha, você precisa vir comigo agora.
Marina: Agora? Eu e o Miguel estamos conversando.
Filipe, puxando Marina pelo braço: É muito importante, vem.
Filipe puxa Marina por um tempo até eles se afastarem de Miguel.
Marina: O que é isso Filipe? O que deu em você?
Filipe: A Malu tá vindo pra cá!
Marina: A Malu, pra cá?
Filipe: É, eu encontrei com ela no caminho pra casa dos meus pais e ela me disse que ia vir aqui visitar as plantações.
Marina: Minha nossa, vamos sair daqui antes que ela chegue e me veja.
Os dois saem correndo.

Horas mais tarde. Fazenda Aguiar Cordeiro. Quarto de Fernanda. Fernanda está mexendo nas gavetas procurando alguma coisa, e a encontra. De repente, Miguel entra no quarto e Fernanda rapidamente se assusta e põe as mãos atrás do corpo, escondendo o que segura.
Miguel: Oi Fernanda, tudo bem?
Fernanda, assustada: Tudo meu amor, o que faz aqui?
Miguel: Nada, vim ver se você está bem. O que você tá escondendo aí atrás?
Fernanda: Eu? Nada, nada, com licença.
Fernanda sai do quarto correndo pro banheiro, escondendo o que leva na mão.
Miguel: Isso tá meio estranho!
Fernanda entra no banheiro. Ela sai um pouco depois. Miguel fica intrigado e assim que Fernanda sai e entra em seu quarto ele vai até o banheiro. Miguel entra no banheiro e olha se tem alguma coisa de errado e então ele vê algo na lixeira.

Quarto de Fernanda.
Fernanda, aliviada: Ufa, essa foi por pouco.
Miguel entra no quarto, furioso: Então é isso, né garota?
Fernanda: Miguel, o que foi?
Miguel: Eu já entendi, já sei de tudo.
Fernanda: Tudo, tudo o que meu amor?
Miguel mostra a Fernanda um absorvente: Eu achei isso aqui na lixeira do banheiro. Você não tá grávida coisa nenhuma!
Fernanda, nervosa: Mas Miguel, não fui eu que usei isso, deve ter sido a Melissa ou então a Irene.
Miguel: Não me faça rir, a Melissa na idade que está não menstrua mais e eu duvido que a Irene fosse trazer um absorvente pro trabalho.
Fernanda, zonza: Miguel, eu não tô me sentindo bem…
Miguel: Não adianta fingir, nessa eu não caio!
Fernanda: Olha Miguel, eu posso explicar.
Miguel, furioso: Explicar o quê? Já faz tempo que nós dormimos juntos, se você estivesse mesmo grávida você ficaria menstruada.
Fernanda: Eu tava grávida, mas eu perdi o bebê.
Miguel: Ah, mas que desculpa mais esfarrapada.
Fernanda: Miguel, por favor, eu ainda tô frágil, era uma gravidez de risco.
Miguel: Ah é? E como foi que você perdeu esse bebê, porque aqui mesmo eu não vi te acontecer nada!
Fernanda: Foram aquelas pancadas que eu levei da Malu, ela me jogou com muita força na lama, foi isso.
Miguel, levantando o dedo: Escuta aqui, você mentir pra mim é uma coisa, mas não se atreva a colocar a culpa na Malu porque você não vai conseguir.
Fernanda: Miguel, acredita em mim meu amor, eu juro que é verdade.
Miguel: não me chama de meu amor. Eu já entendi, você viu que eu e a Malu estávamos ficando muito próximos e pensou que com essa mentira ia conseguir nos afastar, você pode até ter conseguido, mas não por muito tempo!
Fernanda: Não é nada disso meu amor, eu juro que o que aconteceu foi o que eu disse, foi a Malu que matou o nosso filho, ela é uma assassina.
Miguel dá uma bofetada em Fernanda que a derruba no chão.
Miguel, furioso: Para, para, para de mentir!
Fernanda no chão, chorando: Miguel, não me trata assim, eu fui uma vítima daquela morta de fome interesseira, ela quer destruir o nosso amor.
Miguel: Cala a boca! A Malu pode ser pobre, não tem roupas bonitas e não mora numa casa bonita, mas ela tem caráter e é uma pessoa muito melhor que você. Arruma agora as suas coisas que hoje mesmo eu te quero fora dessa casa.
Fernanda agarra as pernas de Miguel, chorando loucamente: Não meu amor, por favor, não faz isso com a gente.
Miguel, segurando o rosto de Fernanda: Escuta aqui, a partir de agora não existe mais a gente, nunca teve a gente.
Miguel diz isso e sai do quarto.

Plantações de rosas. Miguel anda irritado pelas flores.
Miguel, pensando: Como eu pude me relacionar com essa garota? A Malu sempre me disse que ela a humilhava por ser órfã e eu cheguei a pensar que ela era a minha melhor amiga, que burro que eu sou!
Miguel avista Filipe andando na estrada perto das plantações que vai dar na casa dos Silva.
Miguel grita: FILIPE!
Miguel corre até junto de Filipe.
Filipe: E aí Miguel?!
Miguel: Filipe, você sabe se a Malu está em casa?
Filipe: Não, eu tô voltando de lá e ela foi pra floricultura.
Miguel: Sei.
Filipe: Bem, eu vou indo agora.
Miguel segura Filipe pelo ombro: Espera, pode dar um recado pra ela?
Filipe: Posso, o que é?
Miguel: Diz pra ela vir até a fazenda essa noite e que ela não comente isso com ninguém que é algo muito particular.
Filipe: Tudo bem.

Hotel. Quarto de Marina.
Marina: Que recado estranho.
Filipe: Eu também não entendi nada, mas ele falou num tom tão sério.
Marina: Estou curiosa com isso. Filipe, não dê o recado pra Malu, deixa que eu vou no lugar da minha irmãzinha.
Filipe: Ah não Marina, aí eu acho que você já está se metendo demais nessa história.
Marina: E daí? Eu tenho muito a ver com essa história.
Filipe: É um assunto particular Marina, eu não vou te deixar se passar pela Malu dessa vez.

Floricultura Botão de Rosa. Filipe dá pra Malu o recado de Miguel.
Malu: Mas ele não adiantou nada?
Filipe: Não, só disse que era algo muito particular.
Malu: Puxa, mas de noite?!
Filipe: É, foi o eu ele disse, de noite, e pelo tom que ele falou era coisa séria.
Malu: Bem, então estarei lá.

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