Capítulo 41 – Menina Flor (A Verdade É Revelada)
Capítulo 41
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Amanda: Rafael eu posso provar que e a Malu é a sua filha.
Rafael: Como?
Amanda: Você se lembra da Alice?
Rafael: Claro que me lembro da Alice, ela morreu no parto.
Amanda: Não morreu não Rafael, ela viveu e cresceu também.
Rafael, irritado: Ora, mas que loucura é esta que você está me dizendo Amanda?
Amanda: Eu criei a Alice, Rafael! Eu estou com a Alice!
Rafael se levanta bruscamente: O quê?
FLASHBACK.
Ano de 1997. Noite do nascimento.
Melissa: Senhora Amanda, a dona Juliana não quer essa menina.
Amanda: Mas eu sei que ela vai mudar de ideia, é uma menina linda.
Melissa: Ela me mandou um recado.
Amanda: Recado? Que recado?
Melissa: Ela quer que você fique com a menina!
Amanda: O que?
Melissa entrega o dinheiro a Amanda: Ela quer que a senhora vá embora da cidade com a menina o mais rápido possível.
Amanda: Eu não sei se posso.
Melissa: Pode sim, pela sua irmã! Seja forte e viva uma nova vida, feliz e ao lado de sua filha.
Volta ao presente.
Rafael: Isso é loucura, quer dizer que a Melissa quem te entregou a Alice?
Amanda: Rafael, eu não demonstrava, mas eu sempre soube do seu caso secreto com a Melissa, eu só ficava em silêncio porque achava que era melhor que você dissesse. Aquela mulher era muito ambiciosa e obsessiva, ela fazia de tudo para que você se separasse da Juliana pra poder casar com você.
Rafael: Mas por que você não me disse nada?
Amanda: Eu acreditei nela, no dia seguinte eu deixei a cidade.
Rafael se senta lentamente, chocado: Mas isso não pode ser…
Amanda: Eu criei a Alice, Rafael, com o nome de Marina. Foi por isso que assim que eu vi a Malu eu percebi que ela era a Carol, porque a Alice e a Carol são GÊMEAS!
Amanda tira de sua bolsa uma foto.
Amanda: Se não acredita, eu te mostro.
Rafael fica surpreso ao ver a foto, nela estão Amanda e Marina, a menina é idêntica a Malu.
Rafael, chorando: Isso é loucura. Mas como a Malu foi parar no lar?
Amanda: A Malu me disse que foi parar no lar, mas segundo as pessoas que cuidaram dela, ela não era recém-nascida quando chegou.
FLASHBACK.
Festa na fazenda. Noite anterior.
Malu: Quando eu era bebê eu fui abandonada na porta do lar Coração de Mãe que fica lá na cidade, a senhora deve conhecer.
Amanda: Sim, claro que conheço.
Malu: Eu fui deixada lá e o Miguel já havia sido deixado lá também 4 anos antes. A Lurdes disse que eu fui deixada numa cesta em uma noite chuvosa, pelo meu tamanho eu já devia ter de 4 a 5 meses!
Volta ao presente.
Amanda: Ela foi deixada lá quando tinha a mesma idade da Carolina, numa noite chuvosa como no dia da morte da Juliana, e ela é idêntica a Marina, ainda existe alguma dúvida que ela é sua filha Rafael?
Rafael: Mas como ela vai parar lá?
Amanda: A Melissa estava passeando com elas no dia da morte da Juliana, certo?
Rafael: Sim, estava!
FLASBACK.
Ano de 1997. Manhã da tragédia.
Melissa entra em casa desesperada: Senhor Rafael! Senhor Rafael!
Rafael: O que foi Melissa?
Melissa, aflita: Senhor Rafael, aconteceu uma tragédia com a sua esposa e a sua filha, elas morreram.
Rafael, assustado: O que? O que está dizendo?
Melissa, aflita: Nós estávamos passeando perto da cachoeira e a dona Juliana escorregou numa pedra e caiu no rio.
Rafael: Meu Deus.
Melissa, chorando: Eu tentei salvá-la, mas a correnteza estava muito forte e ela caiu da cachoeira. Ela estava com a cesta em que a menina estava e ela também caiu.
Volta ao presente.
Rafael: Eu me lembro que ela chegou toda suja em casa e disse que a minha esposa e a minha filha caíram da cachoeira.
Amanda: Ou elas duas brigaram, e nessa briga a Juliana caiu no rio. Você sabe como ela era temperamental, a Melissa deve ter aproveitado pra se livrar dela. E a noite, para não levantar muitas suspeitas ela deixou a Malu no lar.
Rafael: Eu lembro que teve uma hora da noite que a Melissa sumiu.
Amanda: Então, tudo se encaixa.
Rafael: Mas ainda tem uma coisa que eu não entendo, eu vi a Alice morta e a Juliana cremou o corpo dela, eu tenho as cinzas ainda guardadas.
Amanda: Eu sei quem pode nos esclarecer essa parte da história.
Rafael: Quem?
Amanda: A Dolores, a mãe adotiva da Malu.
Rafael: Ela? Mas por que ela?
Amanda: Foi ela quem realizou o parto das meninas!
Casa dos Silva. Dolores ouve alguém bater na porta. Ela abre, são Rafael e Amanda.
Dolores: Senhor Rafael, que surpresa. Entre, por favor.
Rafael e Amanda entram.
Dolores: Aceitam alguma coisa? Uma água? Um café? Um pedaço de bolo?
Rafael: Não obrigado Dolores, temos um assunto importante a tratar com você.
Dolores: O que foi? A Malu fez alguma coisa errada?
Amanda: Não senhora, é com você que queremos conversar.
Rafael: Dolores, vamos te fazer uma pergunta e é bom que você diga a verdade.
Dolores: O que aconteceu?
Amanda, séria: Dolores, eu e você não nos conhecemos direito, mas eu me lembro muito bem do seu rosto, foi você quem ajudou a Juliana, minha falecida irmã e esposa do Rafael a dar a luz a duas meninas gêmeas há 18 anos, certo?
Dolores fica pálida: Eu? Eu não sei do que está falando.
Amanda: Eu me lembro perfeitamente daquela noite Dolores, não disfarce! Admita, foi você não foi?
Dolores: Está bem, está bem, fui eu! Mas eu juro que fiz o que pude, não foi minha culpa uma das meninas ter morrido.
Rafael: Acontece que nós sabemos que a menina não morreu.
Amanda: Pelo contrário, ela cresceu forte e saudável, porque eu fiquei com ela.
Dolores: É verdade, bem, mas eu jurava que ela tinha nascido morta.
Rafael: Chega Dolores, não adianta mais mentir, diga a verdade de uma vez. A Alice está viva, quem era aquela criança morta que colocaram no lugar dela?
Dolores se senta e começa a chorar: Pelo amor de Deus, eu não sei de nada.
Amanda, sussurrando pra Rafael: Deixa comigo, eu faço ela confessar tudo.
Amanda fica de joelhos diante de Dolores e segura sua mão.
Amanda: Senhora Dolores, eu imagino que você não queira nos contar a verdade porque está com medo, imagino que a Melissa deve tê-la ameaçado, mas diga o que sabe, por favor, eu prometo que nada vai te acontecer.
Dolores fica em silencio por alguns instantes.
Dolores: Está bem, eu vou falar! Há 18 anos, eu e meu marido estávamos com problemas financeiros. Eu não podia trabalhar porque eu tinha ficado fraca depois de uma gravidez de risco e mesmo assim eu às vezes ajudava há algumas mulheres no parto. O dinheiro que Mauricio ganhava trabalhando nas plantações não era suficiente para sustentar a mim e ao nosso filho Filipe de 3 anos. Certo dia, eu recebi uma visita.
FLASHBACK.
Ano de 1997. Dolores está sentada numa cadeira de balanço quando uma mulher chega perto dela, é Melissa.
Melissa: Olá senhora! Você que é a dona Dolores, a parteira?
Dolores: Sim, sou eu!
Melissa: Vejo que vive numa situação meio difícil, então eu tenho uma proposta pra fazer a senhora.
Volta ao presente.
Rafael: Que proposta foi essa?
Dolores: Que numa certa noite ela me chamaria para realizar o parto da patroa dela, e que quando eu fosse pra lá, eu deveria levar um bebê morto, uma menina.
Amanda, chocada: Meu Deus.
Dolores: Eu disse que não tinha como conseguir esse cadáver, ela me falou que ia me pagar muito bem, e que se precisasse eu deveria deixar um bebê morrer durante um dos partos que eu realizasse, aí eu teria um morto.
Rafael: Meu Deus!
Dolores: E eu fiz isso, consegui uma menina morta. Na noite do nascimento de suas filhas, eu levei a menina morta em uma cesta. As duas gêmeas nasceram saudáveis, e eu entreguei uma delas a Melissa e coloquei a morta no berço. A que eu entreguei a Melissa, ela entregou à senhora, dona Amanda.
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