Capítulo 21 – Paixão Fatal
PAIXÃO FATAL – CAPÍTULO 21
Madá ouve conversa suspeita de Lavínia e Odete
Continuação do capítulo anterior…
Bibi sorri graciosamente para Marina e cumprimenta-a.
MARINA — É uma honra conhecê-la, Bibi. Estava a poucos comentando com o Ernesto como o tempo passa e você continua a mesma. Sempre esbelta.
BIBI — A gente sabe muito bem, quais são os segredos. Por favor, sentem-se, eu já estava mesmo odiando a ideia de jantar sozinha.
CENA 1/M. VILLAÇA/ESCRITÓRIO/NOITE.
Saulo pega o celular e disca.
SAULO — Era só o que me faltava, uma mega festa pra eu dar conta e agora me aparece esse troglodita.
CENA 2/MOTEL/QUARTO/NOITE.
Altino está beijando e acariciando Tânia, quando o celular toca.
ALTINO — Isso não pode estar acontecendo. Não agora.
Ele se levanta e atende o celular.
ALTINO — Saulo? Aconteceu alguma coisa?
SAULO — Sim, Altino. Aconteceu uma desgraça. Você não faz ideia de quem me ligou há pouco. O Sampaio.
ALTINO — O Sampaio? Mas o que ele quer? Ele não deveria estar bem longe de você?
SAULO — Pois aquele desgraçado não sei como descobriu o meu número. Não sei, mas algo me diz que ele não me ligou apenas pra ouvir a minha voz. Ele quer alguma coisa.
CENA 3/ HOTEL – RESTAURANT TERRAZZA DANIELI/NOITE.
ERNESTO — É por isso que a admiro tanto, você não perde a graça, Bibi.
BIBI — Quem não gosta nada de mim é a Maria Madalena/
MARINA — Quem?
BIBI — Bem, ela prefere que a chamem de Madá, mas eu sempre a chamei de Maria Madalena, ela me odeia com todas as forças.
MARINA — Alguma razão pra isso?
BIBI — Muitas, mas não vamos falar da Madá, não é? E vocês, como se conheceram?
MARINA — O Ernesto é um banqueiro famoso e muito competente com seus clientes/
ERNESTO — Apesar do seu irmão não concordar com isso.
BIBI — O Saulo sempre foi durão, Ernesto.
ERNESTO — A Paloma Velmont me procurou, ela estava passando por um momento muito terrível. Seu falecido marido a deixara sem nenhum tostão, mas ela descobriu que seu pai, um magnata muito desconhecido, ele preferia assim, deixou sua parte da herança em um cofre na Suíça. Então eu tinha que ajudá-la de alguma forma. Foi então que nos tornamos bons amigos. Agora ela pretende morar no Brasil.
BIBI — Ah, que máximo, eu estou voltando para o Brasil. Não sei se o Ernesto comentou, mas o meu irmão irá inaugurar um dos seus maiores projetos: o Villaça Palace.
MARINA — Oh sim, eu também fiquei curiosa.
BIBI — Nossa, então vamos juntos para o Brasil. Assim eu poderei te apresentar ao meu irmão…
Ernesto e Marina se entreolham, satisfeitos.
BIBI — Além do mais, tá na hora mesmo, dele se afastar da Maria Madalena. O Saulo merece alguém mais a sua altura, mais bonita, mais elegante, assim como a Paloma.
ERNESTO — É uma ótima ideia voltarmos juntos para o Brasil.
Os três brindam.
MARINA — Ao Saulo Villaça.
CENA 4/CASA DE CRISTINA/QUARTO/DIA.
Cristina acorda e se dá conta que dormiu com Anselmo.
CRISTINA — Ai meu Deus, que horas são? O seu trabalho, Anselmo.
ANSELMO — Calma, ainda tá cedo, podemos namorar mais um pouco se você quiser.
Ele se aproxima e abraça.
CRISTINA — Não, eu tenho que preparar o café, o Davi não pode nem sonhar que eu dormi com você.
ANSELMO — Você ainda tem medo de ser feliz, Cristina?
CRISTINA — Não, meu amor, não é isso. Você sabe que eu te amo.
Eles se beijam.
CENA 5/M. VILLAÇA/QUARTO DE JUDITH/DIA.
Judith se acorda com o toque do celular. DANTE CHAMANDO…
JUDITH — (sorridente) Oi.
DANTE — Bom dia, só liguei pra saber se você dormiu bem e te desejar um dia maravilhoso.
JUDITH — Não poderia estar melhor depois de ontem, me sinto mais animada sabia? A noite foi perfeita.
DANTE — Que bom, nos encontramos no Jornal.
Ela desliga e se assusta com Olavo.
OLAVO — Posso saber com quem você estava ontem à noite? E que pelo visto foi perfeita.
JUDITH — Vai adiantar alguma coisa? Para o seu governo eu não te perguntei aonde você dormiu e por que só chegou agora.
OLAVO — Tudo bem, se você não quer me dizer.
Olavo sai, deixando Judith surpresa.
CENA 6/M. VILLAÇA/QUARTO DE SOFIA/DIA.
Madá entra no quarto da filha e a encontra chorando.
MADÁ — Sofia, minha querida, o que aconteceu? E essas olheiras?
SOFIA — O safado do Danilo e a vagabunda da Vanessa se beijaram na minha frente na boate do Olavo.
MADÁ — Minha filha, mas você não deveria estar chorando, e sim ter dado o troco e depois conversado com ele.
SOFIA — Mas eu fiz isso, e o garoto até que era bonitinho, mas atrevido. Eu também já fui dar umas boas bofetadas naquela piranha da Vanessa. Quanto ao Danilo, ele vai ter que se esforçar muito pra voltar comigo.
MADÁ — Ele precisa mesmo de um pouco de castigo. Que tal mais tarde fazermos umas comprinhas, passar no salão. Tenho certeza que essa tristezinha vai passar logo, logo.
Elas sorriem.
CENA 7/M. VILLAÇA/QUARTO DE JUDITH/DIA.
Eva entra no quarto da filha, seriamente.
JUDITH — Espero que você tenha vindo falar comigo sobre a sua diversão de ontem.
EVA — Pelo contrário, posso saber por que desligou o celular na minha cara? E que história é essa de divórcio?
Olavo que estava atrás da porta, sorri satisfeito e sai.
JUDITH — Você e o Olavo não vão me fazer mudar de ideia, se você veio a pedido dele, esqueça.
EVA — Judith você não pode fazer isso? Vocês dois formam um dos casais mais invejados da sociedade. Vocês dois são exemplos.
JUDITH — Mãe, não me faça rir.
EVA — Minha filha, pense na reputação dos Villaça. Pense no Saulo que irá inaugurar um hotel, o Villaça Palace. Você não pode fazer isso. Um divórcio agora em plena inauguração seria muito ruim.
JUDITH — Por enquanto eu concordo com você. Mas eu não vou mudar de ideia. Eu não sou boba. Já que sou exemplo, não devo permanecer no erro e fingir que está tudo bem.
CENA 8/M. VILLAÇA/COZINHA/DIA.
Odete está preparando o café da manhã quando a filha chega bruscamente.
LAVÍNIA — Posso saber por que a senhora teme algumas lembranças do passado? Por acaso a senhora está escondendo algo?
ODETE — Do que você está falando, garota? Me ajude aqui. Já já a família está descendo para o café.
LAVÍNIA — Eu não quero saber disso. Eu quero saber o que a senhora esconde.
ODETE — Mas que conversa é essa Lavínia, eu não tou escondendo nada. Que idiotice. De onde você tirou isso, garota?
LAVÍNIA — Da conversa com o Artur. Eu ouvi a sua conversa com ele. Eu nunca me importei muito com a história do assassinato da Alice e da Susana, mas agora eu tou curiosa. O que foi que aconteceu naquilo dia, hein mãe? O que foi que a senhora viu?
Madá que estava atrás da porta escutou tudo. Ela está nervosa.