Ser Humano- Capítulo 47.

Ser Humano.

Capítulo 47.

Cena 01- Futura clínica de Lilian/ Tarde.

Irene, horrorizada: Eu te fiz uma pergunta, Téo! O que significa isso? Quem você acha que é pra encostar na minha filha e nesse homem trabalhador?

Iracema e Flávia ficam sem reação.

Téo se recupera: Eles…Eles estavam trancados em uma sala, pode isso, dona Irene? Sua filha está passando dos limites…

Lilian, furiosa: Eu sei muito bem quais são os meus limites, Téo. E não ultrapassei nenhum deles. Pra sua informação, a porta emperrou com nós dois lá dentro, pode ir checar se está duvidando, seu idiota!- Téo nota que é verdade- Eu não tô acreditando nisso que aconteceu…Você é um ridículo, Téo! Ridículo!

Iracema ajuda o marceneiro a se levantar: Coitado.

Irene limpa o pó de sua blusa: Nos desculpe por isso, senhor, graças a Deus nenhum dente saiu, só vai ficar um pouco roxo… Quanta violência…

Marceneiro: Eu posso ir embora?

Lilian: Claro, e mil perdões! Amanhã nós falamos disso com mais calma, mas pode ter certeza que você não vai ser prejudicado- Ele agradece e sai.

Flávia: Francamente, Téo…

Lilian cruza os braços: Vamos conversar, lá embaixo, no saguão…

Lá…

Lilian: Assim tá ficando insustentável ter qualquer tipo de relação com você, Téo. Eu tento, juro que tento, mas seu ciúme é algo ridículo, e isso vem desde os tempos em que éramos jovens e nos conhecemos, você lembra? Parece que eu amadureci e você continua com 18 anos…Já tirou a carteira de motorista?- Debocha- Só falando nesse tom é que você compreende.

Téo limpa o rosto: Me perdoa. Por tudo que é mais sagrado, Lilian, eu não tinha intenção de machucar ninguém…

Lilian, indignada: Não tinha? Você foi extremamente violento, e nada justifica isso! Eu tô começando a achar que lido com um psicopata isso sim! Olha, vai embora, e não me procura tão cedo, por favor…

Téo: Eu não posso ficar longe de você!

Lilian afirma: Pode sim, e vai! Sai logo daqui, e coloca a mão na sua consciência…Depois disso, voltamos a nos falar.

Téo, abatido: Então até…Até mais.

Lilian suspira: Até breve, Téo- Cada um segue um rumo.

Cena 02- Clube O Bicho&Eu/ Dia.

Fausto e Natália terminam de mexer em alguns documentos na sala da direção do clube.

Natália, quebrando o silêncio: O meu casamento está chegando. Estou bem ansiosa. Você vai, né?

Fausto para de mexer nos documentos: Natália, eu bem que eu queria ir. Mas eu não sei se vou conseguir aguentar toda farsa. – Ele é direto.

Natália, incomodada: Farsa? Do que você está falando, Fausto?

Fausto direto: Eu não queria comentar. Só que eu não estou aguentando mais. Natália, você só vai casar com o Onofre por piedade. Para de se enganar. Você não o ama.

Natália se afasta dele: Claro que amo. Isso de casar por pena não existe, é pura invenção. Eu gosto sim do Onofre, e estou me casando por vontade própria.

Fausto: Você vai ficar se enganando até quando? – Ele segura Natália pelos braços. – É de mim que você gosta, Natália. O nosso amor é vivo desde que a gente se conheceu. Para de negar. Você me ama e eu te amo. Não estamos juntos por opção sua.

Natália, cabisbaixa: Não complica as coisas, Fausto. Se o Onofre entra aqui e vê a gente assim não vai ficar nada legal.

Fausto: Eu não estou ligando pro Onofre. Você tá querendo se privar do nosso amor, por conta de um amor que não existe. Um amor a base de piedade.

Natália: Por favor, Fausto, me solta.

Fausto beija Natália e ela corresponde o beijo. No instante, eles escutam uma gritaria que vem da sala de medicamentos e param o beijo. Eles saem apressados.

Fausto e Natália correm até a sala de medicamentos.

Onofre, furioso: O que esses dois faziam na sala sozinhos?

Vasco dá um chute na porta e consegue abrir a porta. Leblônio que estava em cima da mesa, pula e sai correndo.

Vasco, sem entender: O que aconteceu, Leblônio? Você ficou todo desesperado por conta de uma porta emperrada? Você tem fobia a lugares fechados?!

Leblônio, trêmulo: TEM UMA COBRA ALI DENTRO. UMA COBRA VENENOSA.

Natália, chegando: Cobra venenosa? Como assim?! Elas ficam presas na jaula. Impossível saírem. Você deve estar enganado, Leblônio.

Fausto, sem entender: Você tem certeza disso, Leblônio?

Leblônio, trêmulo: Absoluta, tio. Ela está ali dentro. Podem ir conferir.

Natália se aproxima da porta e vê a cobra: O Leblônio tem razão. Alguém colocou essa cobra aqui de propósito. O nosso sistema de segurança é muito bom.

Onofre de longe observa tudo: Nunca mais brinque comigo, Leb, nunca mais…

Cena 03- Mansão do Dr. Galvão/ Tarde.

O Dr. Galvão sai da saleta: Pronto, eu consegui passar a empresa do Sid e o hospital da Úrsula pro nome de vocês duas, como se tivessem comprado elas!

Imo ri: Amém! Finalmente completamos a primeira etapa do nosso plano, mamãe.

Elisafran: E a segunda parte é a mais prazerosa.

Dr. Galvão: Mas há um porém…

Imo lhe dá um tapa e o idoso cai no chão: Porém coisa nenhuma, as empresas agora são nossas, definitivamente! Agora poderemos humilhar a Úrsula e aquele velho seboso de todas as formas imagináveis pela nossa cruel mente- Ela pega a arma.

Dr. Galvão: Vocês não podem me matar…Eu ajudei vocês! Uma mão lava a outra!

Imo pisca: Principalmente quando estão sujas de sangue- Ela dá dois tiros no advogado- Adeus, querido Dr. Galvão, seja feliz no inferno!

Elisafran comemora: Finalmente. Finalmente poderei ter um prazer na minha vida. Depois de tanta desgraça, eu triunfei!

Imo sorri e pega os papéis: Nós triunfamos, mamãe. Com muito suor, sangue e garra, nós vamos nos vingar daquela nojenta da Úrsula e colocar ela no mais profundo lodo.

Elas saem da mansão sem levantar suspeitas. O advogado fica morto.

A noite vai chegando…

Cena 04- Apartamento dos Segata/ Noite.

Irene tem dificuldade de alimentar Rubem. Ela limpa a boca dele e o encara.

Irene triste: Geórgia me ajuda aqui, por favor. Eu não estou conseguindo alimentar o Rubem.

Geórgia se senta: Me dá um aperto no coração ver o Rubem nessas condições. A vida nos prega cada coisa.

Maísa janta em silêncio, ao lado de Lilian. Raquel que está de frente para ela na mesa, a encara, furiosa ainda com o tapa que levou.

Televisão: Depois de mais de 20 anos vivendo na ditadura militar, hoje 15 de março de 1985 está sendo declarado oficialmente o fim da ditadura militar. As informações vieram diret/

Lilian termina de jantar: Parece que o Brasil está evoluindo. Agora é esperar as novas informações.

Todos prestam atenção no noticiário, que continua.

Cena 05- Mansão de Úrsula/ Noite.

Úrsula entra: Olive, caipora jovial, prepare meu banho de ervas! E rápido, porque…- Ela repara na mansão vazia- Ah…Eu esqueci que Olive não trabalha mais pra mim- Ela fica triste- Infelizmente terei de contratar outra personal body, quem vai cumprimentar as pessoas pra mim? Mas não contratarei outra ruiva…

Bernardo desce as escadas com uma mala: Boa tarde, mãe.

Úrsula percebe a bagagem: O que significa isso? Você vai viajar e não me falou? Me diz pra onde, que eu vou junto, não aguento mais o Brasil. Vamos pra Europa. Eu sou made in Europe.

Bernardo, sério: Não mãe, eu não vou viajar…Tô indo embora dessa casa, definitivamente.

Úrsula se sobressalta: O QUÊ? Você tá de brincadeira com a minha cara, Bernardo? Como assim vai se mudar e não me falou nada? Aliás, vai se mudar pra onde? Como vai sobreviver? Me diz!

Bernardo: Eu vou sobreviver com o dinheiro do meu trabalho no estúdio de fotografia, vou começar uma nova etapa da minha vida, mãe, de preferência bem longe de você…E não tente me impedir.

Úrsula junta as mãos: Como assim longe de mim? O que eu te fiz, dessa vez? Poxa, nós estávamos em um clima tão bom, não estou entendendo essa atitude! Ah…Aposto que foi aquela menina com nome de cantora falecida…

Bernardo: Tem a ver com a Maísa sim, mas a culpa de eu estar saindo daqui não é dela, e sim sua! Você é uma pessoa bem mais horrível do que eu pensava, me ensinou tudo errado desde criança, me deu valores invertidos, mas eu consegui me desviar desse caminho, pro meu próprio bem, se não só Deus sabe o que eu seria hoje…

Úrsula: Seria um médico e estaria administrando o meu hospital. Seria uma pessoa decente, que se envolveria com gente do bem, como a Paulinha era! Não essa Maísa, que não passa de uma ordinária!

Bernardo grita: LAVA A BOCA PRA FALAR DA MAÍSA. Você aliás não tem moral pra falar de ninguém, assassina!

Úrsula, revoltada: Escuta aqui eu não te dou o direito de falar assim comigo, exijo respeito, sou sua mãe!

Bernardo, decepcionado: Mas eu não quero mais que você seja minha mãe… E quanto ao respeito, comece você semeando ele, depois venha me cobrar. Tô indo embora, pra longe das suas armadilhas. Você tentou matar a Maísa, e acabou atingindo a coitada da Olive, mas eu já liguei pra ela e falei com os pais da moça também, sugeri que ela se demitisse! E muito bem, ela seguiu meu conselho. Agora você vai ficar sozinha aqui, mãe. Com sua amargura e maldade. Adeus- Ele sai.

Úrsula vai até a porta: Você não pode acreditar no que a Maísa te diz, eu não sou uma assassina, essa acusação ainda vai te fazer dobrar a língua depois, quando você descobrir que eu na verdade não tenho culpa de nada!

Bernardo passa por ela: Você é a pessoa mais cínica que eu conheci. Tchau, Úrsula. Um dia quem sabe eu vou poder voltar a te chamar de mãe- Ele vai embora.

Úrsula, chocada: Bernardo, volta aqui filho, não fala isso!- Ela vê seu carro partir- Aquela infeliz, ela conseguiu tirar meu filho de mim. Eu mato ela! EU MATOOOOO- Ela começa a quebrar a decoração da sala.

Cena 06- Hotel onde Fausto está hospedado/ Noite.

Fausto está sentado no sofá, pensativo. Ele pega uma foto de Lilian e Maísa e a analisa.

FLASHBACK

Fausto e Lilian correm atrás da filha. Eles conseguem agarrar Maísa, que cai no chão.

Fausto, abraçado com Maísa: Como o tempo passou. Parece que foi ontem que eu e sua mãe estávamos correndo nesse mesmo parque atrás de você. Você era tão pequena, tinha uns 7 anos. Agora já está essa mulher linda, grande.

Lilian: A união da nossa família vale muito mais do que qualquer coisa. Eu não sei o que seria de mim sem vocês.

Maísa se levanta: Vamos parar de drama. Ok? Tudo que vocês construíram foi por amor. E eu não tinha família melhor para nascer. Eu sou tão parecida com você pai. Nós somos tão diferentes, mãe. Mas é cada detalhe diferente ou igual que me faz amar vocês cada vez mais.

Eles se abraçam.

Lilian, sorrindo: E mesmo que daqui alguns anos o destino nos fazer caminhos diferentes, o meu amor por vocês dois será incondicional. Ele não tem limite. Eu amo tanto vocês!

FIM DO FLASHBACK.

O interfone toca e Fausto vai atender.

Porteiro: Fausto tem um rapaz aqui embaixo chamado Leblônio, ele quer subir. Pode liberar?

Fausto, sorrindo: Pode sim, Juvenal. Libera por favor.

Pouco depois, Fausto abre a porta e Leblônio entra, juntamente com Flávia.

Leblônio, sorrindo: Olha o que eu trouxe: Um vinho!

Fausto, rindo: Vamos comemorar o quê?

Leblônio, sorrindo: Comemorar a vida. E outra, pra tomar vinho precisa de alguma comemoração?

Flávia, sorrindo: Só tomar vinho não serve. Eu trouxe algumas coisas para fazermos um jantar. Você me ajuda, Fausto?

Fausto, sorrindo: Claro. Claro. Vem aqui.

Leblônio: Fausto leva o vinho, por favor. Eu vou dá uma ida ao banheiro. Já volto.

Fausto e Flávia vão até a cozinha.

Flávia tira um pote da bolsa: Olha, eu comprei esse molho aqui maravilhoso. – Ela pega uma colher. – Experimenta.

Ela dá um pouco na boca de Fausto, mas acaba o sujando no canto do lábio.

Flávia, sorrindo: Nossa, me perdoa, eu acabei te sujando. Deixa eu limpo.

Flávia começa a limpar, encarando Fausto. Ela não resiste e o beija. Ele fica sem reação, mas corresponde.

Cena 07- Hospício/ Noite.

Acácia dorme, bem como todo o hospício. Os seguranças fazem a ronda. Dalva vê uma lanterna em seu rosto, era o sinal para que se levantasse. Ela vai até Acácia e a acorda.

Dalva, apressada: Acácia, vamos! Acorda, temos que sair logo desse inferno, é a nossa chance.

Acácia levanta bruscamente, ainda tonta: Então vamos logo. Finalmente…

Dalva e ela pegam algo debaixo do tapete, a chave para sair do quarto que havia sido escondida mais cedo. Elas abrem a porta vagarosamente e saem pelo corredor escuro, depois vão para o jardim onde outras duas parceiras e um homem estão a espera, o último obstáculo seria o segurança. Um barulho o atrairia para uma ala, e a saída ficaria livre. Todos os outros estavam em profundo repouso.

Acácia se esconde atrás de uma moita: Eu tô chegando Gorete… Nada vai me impedir mais.

O segurança é atraído pelo barulho, o grupo de fugitivos chega no portão e conseguem destrancá-lo com facilidade. Dalva os guia pra fora, Acácia seria a última.

De repente o segurança volta e vê tudo.

Segurança: O QUE É ISSO? FUGITIVOS!- Ele liga o rádio- CÓDIGO 2, CÓDIGO 2- Ele segura Acácia pelo braço- Seus loucos, não irão muito longe!

Dalva grita pros outros: CORRAM, CORRAM!- Ela dá um soco no segurança- NINGUÉM VAI NOS PRENDER AQUI MAIS!

O segurança pega uma arma: PARADAS OU EU ATIRO!

Acácia, com os olhos vermelhos: Você não vai me impedir, eu não posso ficar sem ver a minha Goretinha…CHEGA- Ela pega uma pedra e atira em sua cabeça antes que ela tenha tempo pra atirar, o segurança cai no chão.

Dalva, orgulhosa: Você é brilhante, Acácia! Agora vamos- As duas saem correndo.

Acácia, sentindo a brisa do vento: Finalmente, Dalva…Eu serei livre… LIVRE PRA AMAR MINHA FILHA- Grita, feliz, na calada da noite.

As duas vão correndo pela rua de pedra.

Logo a noite dá lugar a um ensolarado dia, muito quente.

Cena 08- Botafogo/ Flat de Natália/ Manhã.

Onofre e Téo tomam café juntos. Os dois estão em silêncio.

Téo, quebrando o silêncio: Que pão duro. Não tinha como comprar um melhor, não?

Onofre, furioso: Além de tudo é folgado. Por que não foi comprar então, Mister Encostado?!

Téo, sem entender: Não se pode mais reclamar do pão? Aposto que foi preguiça de ir à padaria da esquina comprar. Você sabe que essa padaria aqui do lado faz cada pão horrível…

Onofre sem paciência: Eu já te falei o quanto sua voz me irrita? Não?! Pois então, ela irrita.

Téo: A sua presença me irrita e eu não estou falando nada. Por acaso você já contou pra Natália sobre a sua falsa doença?

Onofre gela: Ainda não.

Téo: Eu devia ter imaginado. Afinal, ela ainda está com você.

Onofre: Está insinuando alguma coisa?

Téo: Além de tudo é burro. Você acha mesmo que a Natália vai ficar com você quando descobrir da sua falsa doença? Me poupe.

Onofre se levanta, furioso: Isso é o que nós vamos ver. Seu banana!

Téo sai dali e vai pro quarto. Onofre vai até o apartamento de Vasco, que mora logo embaixo.

No apartamento de Vasco…

Onofre consegue entrar pois ainda tem a chave, ele vai até o quarto do amigo: Acorda Vasco. Daqui a pouco temos que ir para o clube.

Vasco, sem paciência: Só mais cinco minutinhos, mamãe!

Onofre o larga: Ótimo. Espero que você perca a hora e seja demitido. Bons sonhos, filhinho.

Onofre sai do quarto. Na sala, ele se senta no sofá.

Onofre: Eu estou sentindo falta do meu cordão. Será que eu o deixei aqui?

Ele começa a revirar as gavetas de Vasco, até que encontra sua arma.

Onofre, radiante: Nossa, isso era tudo que eu precisava – Ele pega o objeto com cautela. – Que bom que eu te encontrei! Você vai me ajudar a aniquilar meus probleminhas…

Cena 09- Mansão de Úrsula/ Manhã.

Úrsula dorme profundamente. Uma pessoa consegue invadir a porta da mansão, mas só se observam os pés dela. Úrsula se mexe na cama. A pessoa sobe as escadas lentamente, degrau por degrau, até que chega na porta do quarto e a abre lentamente…

Úrsula murmura: Ahn…Olive, eu não quero ser acordada agora…

A pessoa é Elisafran. A idosa fica olhando Úrsula, que está com uma máscara de dormir, ela sorri.

Elisafran vai até a cama e puxa o lençol da madame bruscamente: ACORDA VAGABUNDA!

Úrsula salta: O QUÊ? COMO? ONDE?

Elisafran bate palmas: CHEGA DE DORMIR, QUERIDA! É HORA DE ACORDAR PRA SUA VIDA!

Úrsula esfrega os olhos: Elisafran? O que você tá fazendo aqui? Escuta, eu tô em momento íntimo, então se puder me dar licença…

Elisafran abre as cortinas: Eu não vou te dar licença, sua idiota, você é quem vai sair da minha casinha! E pra já!

Úrsula, ofegante: O quê?

Elisafran: Você sempre foi burra assim? Ainda não deu pra entender que A CASA AGORA É MINHA?!

Úrsula fica chocada.

https://youtu.be/sNEGxKb-DNM

Termina o capítulo 47.