Ser Humano- Capítulo 38.

Ser Humano.

Capítulo 38.

Cena 01- Mansão de Sid/ Dia.

Úrsula toca a campainha da casa de Sid. Elisafran abre a porta e a mulher entra.

Úrsula tira o chapéu: Esse recinto ainda me lembra muito a Paulinha…- Ela contém as lágrimas- O Sid está?

Elisafran ergue uma sobrancelha: O Sid não está. Aquele velho saiu.

Úrsula se senta: E não disse pra onde ia?

Elisafran faz o mesmo: E você acha que aquele idiota me dá satisfação?

Úrsula: Era o certo não? Afinal, vocês são namorados.

Elisafran se levanta imediatamente: Por pouco tempo, eu espero.

Úrsula se levanta em seguida: E vai ser. Eu já não suporto mais ter que conviver com esse velho. Você precisa dar um jeito de fazer ele assinar esses papéis.

Elisafran: É só uma questão de tempo. Em breve nunca mais precisaremos olhar para a cara dele.

Elisafran pega a mão de Úrsula e as duas sorriem.

Úrsula: Assim espero! Inclusive agora você tem que se aproveitar da fragilidade dele com essa morte repentina da sobrinha e tomar todo seu poder! Não queria usar do nome da Paulinha- Ela bate três vezes na estante de madeira- Que Deus a tenha, mas é a única solução, vamos tomar tudo do Sid. Claro que se ela estivesse viva, teria de se juntar ao nosso lado ou ficar pobre…

Elisafran: Não se preocupe, Úrsula. A Paulinha está junto a Deus, e o assassino vai ser descoberto! Ela era uma menina de ouro- A mulher junta as mãos e ergue aos céus.

Úrsula cerra os olhos: Assassino ou assassina, não é mesmo?- Ela pega a bolsa, se despede e sai.

Cena 02- Perto do Estúdio de fotografia/ Dia.

Lilian se desespera: Meu Deus, o que tão fazendo com ele?!- Ela pisa no acelerador com toda a força e vai na direção da multidão que agride Bernardo. As pessoas se jogam no chão e ela pisa bruscamente no freio.

Bernardo consegue se livrar das pessoas que lhe batiam.

Lilian coloca a cabeça pra fora: Bernardo! Entra!- O rapaz a obedece e logo está dentro do carro. Lilian dá a ré e volta pra estrada, acelerando novamente- Essa foi por pouco…

Bernardo, ofegante: Obrigado Lilian, eu ia ser linchado se não fosse você. Obrigado mesmo!

Lilian faz uma curva: Põe o cinto de segurança…E não precisa agradecer, afinal se eu não tivesse gritado seu nome, nada disso teria acontecido. Eu vim no estúdio pra saber como você estava depois dessa acusação de assassinato. Vi na tv, mas achei praticamente impossível que você fosse o culpado…

Bernardo coloca o cinto: Eu fui vítima de uma cilada, isso sim, Lilian! Armaram pra mim, e agora meu nome tá sujo- Ele olha pela janela- O que vai ser da minha vida?

Lilian estaciona em um lugar: Acho que já estamos salvos aqui…Tá tudo bem com você? Te machucaram muito?

Bernardo sorri: Não mais…Graças a você…- Ele pega em sua mão.

Lilian se solta: Já disse que não precisa agradecer, Bernardo. Eu vou te levar pra um lugar seguro agora- Ela liga o carro de novo.

Bernardo: Claro que precisa agradecer, você foi minha heroína. Já tava com saudades dos seus sorrisos.

Lilian não fala nada e não olha pro rapaz: Tá difícil sorrir agora, muito difícil- Ela respira fundo.

https://youtu.be/XXC24x-d2QI

Cena 03- Hospital Botafogo/ Quarto de Maísa/ Dia.

Doutor Pierre entra no quarto particular de Maísa e se aproxima dela. Fausto entra em seguida.

Doutor Pierre, sorrindo: Maísa! Tenho ótimas notícias. Você foi liberada para terminar seu repouso em casa.

Maísa se levanta: Graças a Deus! Estou ótima. Pronta para outra- Brinca.

Fausto a repreendendo: Não brinque com umas coisas dessa menina. Você não sabe como ficamos preocupados!

Maísa torce a boca: E como!

Fausto: O Doutor entrou falando ótimas notícias e só deu uma. Qual é a próxima?

Doutor Pierre: A outra talvez seja melhor ainda. Bom, Maísa… Você está grávida!

Maísa senta na maca: Quê??!! – Ela fica atordoada. – Do que você está falando?

Doutor Pierre: Eu achei que fosse ficar feliz com a notícia, Maísa.

Maísa, perplexa: Não… Na verdade estou, mas é que… eu não esperava.

Fausto, surpreso: Por essa nem eu esperava. Você tem certeza disso, Doutor?

Doutor Pierre: Com toda certeza do mundo. Bom, parabéns Maísa pelo seu filho ou filha que está chegando. Agora me deem licença. O trabalho me chama! – Ele sai.

Maísa, ainda surpresa: Eu preciso contar isso pro Bernardo.

Fausto a encara, pensativo.

Cena 04- Apartamento de Lídia/ Dia.

Lídia está organizando suas fitas: Casablanca, nossa mas há quanto tempo eu não assisto esse filme?! Saudades do meu tempo de casada…- Yara chega e bate com a porta.

Yara joga a bolsa no sofá.

Lídia se levanta: Filha, eu estava extremamente preocupada contigo! Saiu correndo ontem sem dizer pra onde ia e passou a noite fora! Quase morri!

Yara, furiosa: Larga de ser hipócrita, você não tem um pingo de preocupação comigo! E ainda destruiu um plano que me custou muito dinheiro, isso é algo que eu nunca esqueci! Essas horas eu já devia ter congelado o sêmen do Téo…

Lídia torce a boca: Tá…Desculpa, eu agi precipitadamente, mas você tem que admitir que aquilo era uma verdadeira loucura!

Lídia se levanta: Filha, eu estava extremamente preocupada contigo! Saiu correndo ontem sem dizer pra onde ia e passou a noite fora! Quase morri!

Yara pega algo em sua bolsa: Tudo bem, mãe, tudo bem! Eu te perdoo, mas não vou desistir de reconquistar o Téo. Agora preciso relaxar- Ela vai até a adega.

Lídia: Mas onde você passou a noite, filha? Com quem? Como?

Yara destranca a adega: Isso não vem ao caso, mamãe. O que importa é que estou de volta aqui- Ela abre um whisky e coloca em um copo. Lídia observa, hipnotizada- Você quer?- Oferece.

Lídia se levanta: Eu? Achei que estava proibida de beber!

Yara pega outro copo: Só uma vez não tem problema- E o enche- Vem logo antes que eu me arrependa…

Lídia: Se você diz!- Ela bebe.

Yara pensa: “ Isso, bebe mamãe, bebe”– Lídia toma tudo- Quer mais?

Lídia faz que sim e Yara sorri.

Cena 05- Laranjeiras/ Em frente a casa de Flávia/ Dia.

Lilian e Bernardo saem do carro.

Lilian suspira: Acho que você pode ficar seguro aqui, Bernardo, pelo menos por essa tarde…A essas horas todos os jornais já divulgam matérias com seu rosto e a palavra ASSASSINO ao lado- Ela toca a campainha.

Bernardo: Eu sei disso, Lilian. Muito obrigada por essa ajuda toda. E…Queria te falar uma coisa…- Lilian se vira pra ele- Eu já sei que você é mãe da Maísa.

A médica fica sem palavras.

Flávia aparece: Lilian?!- Ela abre o portão- Qual é a parada, amiga?

Lilian, aflita: Por favor, deixa a gente entrar…

Lá dentro…

Flávia se senta no sofá: Não querem nem ao menos um chá? Eu não tenho muito a oferecer mas…

Lilian: Não. Só precisava de um abrigo pro Bernardo mesmo.

Flávia: Nossa, mas ainda estou chocada com essa história que me contou, quer dizer que tão acusando você de assassinato, é isso, Bernardo?

Bernardo respira fundo: É isso mesmo. Minha cabeça ainda está a mil…

Flávia se levanta: Eu posso imaginar, bem, mas pelo menos uma água gelada vou servir pra vocês. Não reparem na minha pobreza, ainda estou me recuperando financeiramente, sorte que o banco fez um empréstimo e quando a clínica começar a funcionar, tenho fé de que poderei pagá-lo- Ela sai.

Lilian sussurra: Que história é essa de que você sabe que sou mãe da Maísa? Quem te falou isso? Úrsula, aposto, não devia nem ter perguntado…

Bernardo confirma: A própria- Lilian faz cara feia- Acontece que a gente se envolveu sem saber da nossa ligação com Maísa, ela de alguma forma deve ter descoberto…

Lilian: Por isso veio com uma conversa estranha pra mim esses dias. Precisamos esclarecer logo essa grande confusão, Bernardo, não quero mais magoar minha filha…

Bernardo a encara: E como fica a gente?

Lilian, triste: A gente? A gente se separa de vez, a única coisa que pode vir a nos unir é a minha filha…Sinto muito Bernardo, mas não daríamos certo mesmo…

Flávia surge: Me desculpem queridos mas eu não pude deixar de ouvir…Lilian, o Bernardo é namorado da Maísa?

Lilian se vira: É uma longa história- Ela olha pro rapaz- Senta aqui, a gente te conta…

Cena 06- Aeroporto/ Dia.

Irene encosta sua mala: Calma Rubem, eu vou fazer boa viagem. Você fica todo sistemático e isso não faz bem pra saúde.

Rubem: Avião foi inventado por homens. E eu lá confio em homem? Minha querida, eu não confio nem na minha própria sombra. E olha que ela anda ao meu lado. Pior, confio nem em mim. Vou confiar nos outros?

Irene: Ai que horror. Saiba que é um meio muito seguro de transporte. E eu farei boa viagem, de cabeça tranquila. Me despedi da Lilian e da Acácia. Eu fui lá visitar ela no hospício. Cuida bem das coisas enquanto eu e a Geórgia estivermos lá em Barretos…Vão ser poucos dias!

Rubem: Se eu não explodir a cozinha já será um feito- Eles riem.

Raquel abraça a mãe: Faz boa viagem, tá? – Geórgia se emociona com a atitude da filha.

Geórgia, com os olhos cheios de água: Você me dando um abraço? Quem diria!

Raquel sorri sem graça e todos aprovam a atitude da moça. De longe, Pierre anda apressado.

Pierre se aproxima: Os Segata! Não me digam que vão viajar?! Pra onde?!

Irene e os outros lhe abraçam: Vamos eu e Geórgia lá pra Barretos, e você?

Pierre, surpreso: Não creio! Eu estou indo pro hospital de lá também! Pelo visto terei boas companhias, e vejam!- Ele constata na passagem de Irene- Nossos hotéis ficam um em frente ao outro, mas que agradável surpresa! Detesto viajar só!

Rubem fica enciumado: Irene- Ele a puxa para um canto- Cuidado com o Pierre, ele pode dar em cima de você!

Irene: Larga de ser besta, mas se ele quiser dar em cima da Geórgia, eu apoio total os dois!- O voo é anunciado e eles caminham pra sala de embarque.

Cena 07- Hospital Botafogo/ Quarto de Maísa/ Dia.

Maísa sai do quarto: Finalmente livre! Livre desse quarto, dessas paredes cinzas e desse ambiente morto!- Ela vai até Fausto- Pai, eu quero dar uma volta pela orla, ver o mar, sentir o ar, e depois vamos até a casa do Bernardo, quero contar pra ele da gravidez!

Fausto ri: Vamos com calma, é melhor não ter muito agitos!

Maísa reclama: Ah pai, eu fiquei dias presa aqui! Não custa nada, né? E se for pra ficar com essa chatice, eu vou de ônibus.

Fausto pega seus pertences: Tudo bem, filha, tudo bem. O que eu não faço por você, querida?- Os dois saem.

Cena 08- Clube O Bicho&Eu/ Dia.

Natália termina de cuidar de dar ração aos patos. Fausto vem por trás e tapa os olhos da bióloga, que sorri.

Natália, animada: Fausto! – Ela se vira. – Sabia.

Fausto, convencido: Pelo jeito não esqueceu meu toque. Isso seria um bom sinal?

Natália, sem graça: Eu preciso te entregar uma coisa. – Ela muda de assunto rápido. – Mas isso faço depois. E você, está de volta ao clube?

Fausto, sorrindo: Sempre estou. Já estava ficando louco sem aparecer aqui, sinto muita falta. Agora que Maísa saiu do hospital, poderei voltar ao trabalho, eu deixei ela na casa da Úrsula mas logo tenho que busca-la…Que falta me faz cuidar dos animais!

Natália: Você tem um carinho enorme por esses bichos. E eu admiro isso em você… Bastante.

Fausto ri: Quem não me admira? Eu tenho porte atlético, inteligência moderada, NÃO ME ACHO, e ainda sou Flamenguista…Quer coisa melhor?

Natália lhe dá um tapa de leve: Palhaço! – Onofre vê a cena de longe. Vasco se aproxima dele. – Eu preciso te entregar o convite do meu casamento.

Fausto se entristece: Então você vai realmente casar? – Ele diz com a voz embargada.

Natália percebe: Sim. – Sussurra. Ela pega o convite e o entrega. –Aqui está. Eu espero que você vá.

Fausto, pegando o convite: Obrigado por lembrar de mim. Acho que já deu minha hora… – Ele sai, triste.

Onofre vê a cena e fica furioso.

Onofre: Será que esse homem não percebe que a Natália não dá a mínima para ele? Fica arrastando essas asinhas que serão cortadas em um futuro muito breve.

Vasco: Você não tem direito. Quem era mesmo que arrastava uma asa enorme para Natália? Você! Então fica quieto.

Onofre, se sentando: Quem tem você como amigo não precisa de inimigo. Sábias palavras – Debocha.

Vasco: Realidade. – Eles ficam em silêncio. – Por falar em realidade, já decidiu quando vai contar a verdade para Nat?

Onofre se levanta: Eu não vou contar! E nem você vai. Se eu conto a Natália desiste de casar. E eu não vou aceitar perder pro mané do Fausto. Não mesmo!

Vasco, não gostando: E você acha que vai conseguir segurar essa mentira por muito tempo?

Onofre, pensativo: Eu vou arrumar algum médico falso por aqui. Isso é o que mais tem. Faço ele confirmar minha doença e pronto. Ninguém precisa ficar sabendo.

Vasco fica pensativo e não responde.

Na Mansão de Úrsula…

A campainha toca.

Janaina atende: Maísa!- Elas se abraçam- Querida, pelo visto você já está bem melhor, que surpresa! Entre, entre!

Úrsula aparece: Que história é essa de “ entre, entre” sua empregada nojenta? Quem é a visita?

Maísa ignora Úrsula: Jana, o Bernardo está? Vim falar com ele.

Janaína: O Bern…

Úrsula empurra a empregada que acaba caindo no chão: O Bernardo não está, porquê? Quer deixar recado, amada?

Maísa ajuda Janaína a se levantar: Não…Só vim contar uma boa notícia pra ele. Acho que ele será pai de duas crianças ao mesmo tempo. Uma da Paula…E uma minha.

Úrsula, boquiaberta: O QUÊ?!

Maísa sorri: Isso mesmo. Eu tô grávida- Ela se sente triunfante.

Cena 09- Redação do Jornal/ Dia.

Eliane trabalha e sua secretária lhe avisa que tem um homem a sua espera. Ela vai até a portaria. Lá está Olive, disfarçada de Oli Brown.

Eliane, estranhando: Te conheço de algum lugar… Senhor?

Olive, tentando engrossar a voz: Me chamo Oli Brown e vim a mando de uma pessoa. Tenho uma bomba para te contar. Está disposta?

Eliane olha a hora no relógio: Não estou com tempo nem paciência para novatos. Procura outro dia? Não estou dando pão velho, amor. – E sai.

Olive, irritada: Não está disposta, digo, Não está disposta a ouvir a bomba que a dona ÚRSULA MALVA tem a lhe contar?

Eliane volta: Você disse Úrsula Malva? – Ela ergue um sorriso. – Não sabia que era procurada por gente importante.

Olive, sorrindo: Querida, não diga uma coisa dessas. Qualquer pessoa preferia ser procurada pela polícia do que pela Úrsula. Mas o foco aqui é outro. Procure-a, eu te garanto que a bomba que ela tem não fará você se arrepender do esforço de ir até lá. – Ela coloca um óculos escuro. – Ela te espera lá. – Oli Brown sai cambaleando e se escondendo entre as árvores.

Eliane, sorrindo: Que bomba é essa que a Úrsula tem pra me contar? – Ela fica pensativa.

Cena 10- Apartamento de Lídia/ Tarde.

Lídia coloca o último gole de whisky na boca, depois cai no chão, bêbada. Havia tomado muitas garrafas, e vomitado algumas vezes, seu estado era deplorável. Yara observava a cena do sofá, como se não estivesse acontecendo nada de importante. Lídia se arrasta até a filha.

Lídia, com dificuldade de falar: Yara…Filha…Eu…- Ela fecha os olhos- Eu tô morrendo…Me leva pro hospital…

Yara ergue a cabeça: Quem mandou beber tanto? Agora pague pelos seus atos, mamãe, eu não vou me mover daqui pra ajudar uma velha bêbada e egoísta que se recusa a ajudar a filha…Pra mim você merece a morte. Uma morte bem lenta, pra que possa sentir na pele a dor…Eu vou apenas observar, triunfando daqui de cima, mamãe.

Lídia, já perdendo os sentidos: Yara…Para de brincadeira, por favor- Ela começa a vomitar- Meu fígado, meu fígado tá doendo muito, me ajuda!

Yara, fria: Eu? Eu já disse que não vou me mover. Aliás, vou sim, vou dar uma acelerada nesse processo…- Ela vai até a dispensa- Achei o que queria: A picareta que você guardava aqui…- Yara observa a mãe se arrastando até a porta- Espera aí, acha que tá indo aonde?- E se abaixa pra falar com ela- Sinto muito mamãe, eu tentei cooperar, eu tentei te ajudar mas você não me ajudou em troca. Você foi só mais um obstáculo que passou por mim, e que eu tive de derrubar…Mas não se preocupa, ninguém vai sentir a falta de uma velha bêbada e sebosa, que não fazia nada da vida…Ainda sou burra de me preocupar…Cansei de sentimentalismo!- Ela pega a picareta e dá um golpe certeiro com a parte inferior na cabeça da mãe, que começa a sangrar- ADEUS!

Lídia estava morta.

De repente alguém bate na porta. Yara gela. A pessoa bate insistentemente. A mulher olha pra o crime que acabara de cometer e respira fundo: Meu Deus, que droga! Quem tá aqui pra atrapalhar meus planos? Deve ser o síndico…- Ela vê a pessoa através do olho-mágico e se surpreende- Você?

Termina o capítulo 38.