Capítulo 14 – Paixão Fatal

PAIXÃO FATAL – CAPÍTULO 14
Flagra e Insinuações

Continuação do capítulo anterior…
OLAVO — Judith, você não pode fazer isso comigo.
JUDITH — Posso sim Olavo, você já aprontou demais por minhas costas. Agora com licença, que eu preciso ir pro Jornal.
Olavo sai do quarto.
CENA 1. CASA DE CRISTINA/SALA/DIA.
Cristina e Lídia entram acompanhadas de Dante e Juliana.
CRISTINA — Ai meu Deus, essa foi a pior parte. Ter que deixar a minha irmã naquele lugar sozinha.
DANTE — Eu sinto muito, Cristina. Eu tenho que ir pro Jornal. Passar bem.
CRISTINA — Obrigada Dante, por tudo. Eu tenho certeza que ela seria muito feliz se estivesse ao seu lado.
Ele a observa e sai. Davi entra na sala.
CRISTINA — Oh meu filho, eu nem vi que horas você chegou.
DAVI — Então você sabia que eu não estava em casa?
CRISTINA — Com certeza. Eu não ia te obrigar a ficar aqui, se não quisesse.
LÍDIA — Mas saiba que isso é uma falta de respeito com a sua tia, garoto. Você não tinha nenhuma consideração?
DAVI — Bem, o que importa agora é que nós estamos vivos e eu preciso trabalhar.
CRISTINA — Você não vai falar com a Juliana?
DAVI — Oi Juliana.
Ele sai sem dar nenhuma atenção, antes que ela responda.
CRISTINA — Eu não estou com cabeça pra brigar com ele. Um dia ele aprende, Lídia.
CENA 2/M. VILLAÇA/QUARTO DE EVA/DIA.
Olavo entra bruscamente no quarto de Eva, irritado.
EVA — Ei, por que não bateu na porta? Eu podia estar em trajes íntimos…
OLAVO — Você tem que impedir a Judith de se separar de mim.
CENA 3/M. VILLAÇA/QUARTO DE SOFIA/DIA.
Sofia ainda está tentando dormir, enquanto Odete está batendo insistentemente em sua porta.
SOFIA — Ai, que mania, Odete, pode entrar?
ODETE — (animada) Bom dia, minha querida. Olha só o que chegou pra você.
Odete está segurando um buquê de rosas e chocolates.
SOFIA — Então é assim que ele quer se desculpar comigo? E ainda por cima me manda chocolates pra eu engordar. Jogue tudo no lixo, Odete, eu não quero isso.
ODETE — Você tem certeza disso?
SOFIA — Tenho.
CENA 4/M. VILLAÇA/SUÍTE MASTER/DIA.
Saulo se acorda aos beijos de Madá.
MADÁ — Bom dia, meu amor. Dormiu bem?
SAULO — Com certeza, Madá.
MADÁ — Nossa, que ânimo, hein?
SAULO — Eu tô preocupado com a inauguração do Villaça Palace.
MADÁ — Meu amor, eu já disse que vai ser um sucesso. Nosso figurino para a grande noite ficará pronto nos próximos dias.
CENA 5/M. VILLAÇA/QUARTO DE EVA/DIA.
EVA — Ela não pode fazer isso. Eu não permito que ela faça isso com você.
OLAVO — Então trate de convencê-la. Se ela sair dessa casa, você também sai. Além do mais, meu pai não vai querer me colocar na presidência separado. Isso não vai ser bom pra ninguém.
Olavo sai do quarto.
EVA — Eu não posso abrir mão de morar na mansão Villaça, e de ter essa boa vida. Ah minha filha, você não vai se separar pra ficar com aquele jornalistazinho, mas não vai mesmo.
CENA 6/M. Santelli/SALA/DIA.
Bruno já está saindo.
WANDA — Meu filho, você nem esperou para o café.
BRUNO — Eu como alguma coisa na faculdade. Já pensou no que eu te falei?
WANDA — Já sim, eu vou procurar um flat pra você.
BRUNO — Obrigado mãe.
Ele a beija e sai. Sofia entra na sala, bruscamente.
SOFIA — Eu preciso falar com o Danilo, urgentemente.
WANDA — Mas o que é isso, garota? O que aconteceu? O Danilo ainda está dormin…
SOFIA — Eu acordo ele.
CENA 7/M. VILLAÇA/SALA/DIA.
Saulo e Madá descem as escadas.
SAULO — Você não vem tomar café?
MADÁ — Não, eu preciso dar uma saída. Eu volto logo.
Saulo entra na sala de jantar e encontra Artur sentado a mesa.
CENA 8/JORNAL/SALA DE JUDITH/DIA.
Judith está saindo de sua sala, quando seu celular toca. EVA CHAMANDO… Ela desliga decidida. Bate na porta de Dante.
DANTE — Entra, por favor?
JUDITH — Olá, bom dia, tudo bem com você? Dormiu bem?
DANTE — Tudo. A noite foi péssima. Mas o que mais me deixou intrigado foi o que você me disse ontem.
JUDITH — Eu acho que falei sem pensar, nada demais.
DANTE — Você tem certeza disso?
JUDITH — Não.
CENA 9/M. VILLAÇA/SALA DE JANTAR/DIA.
Saulo se senta a mesa.
ARTUR — Bom dia, pai.
SAULO — Bom dia, Artur.
ARTUR — Eu quero te pedir desculpas por aquilo. Mas isso não vai mudar o que eu penso sobre o que aconteceu.
SAULO — Tudo bem, Artur, eu também quero pedir desculpas, eu me precipitei, fui invadindo seu quarto sem pensar. A polícia fez de tudo. Além do mais eu não quero ficar brigado com meu filho.
ARTUR — Eu também não.
Os dois se abraçam. Odete sorri. Olavo entra na sala de jantar e presencia a cena, surpreso.
CENA 10/PRAÇA/CENTRO/DIA.
Madá está à procura de alguém quando é surpreendida por Bruno.
BRUNO — Era a mim que você estava procurando?
MADÁ — A gente precisa se encontrar.
BRUNO — Posso saber por que você me deu um chá de cadeiras ontem?
MADÁ — Fizemos uma pequena comemoração em casa, e eu não podia sair sem motivos. Você sabe o quanto é perigoso pra mim. Se o Saulo descobre que eu tenho um…
BRUNO — Ele nunca vai descobrir.
MADÁ — A gente se vê a noite, eu tenho que voltar pra mansão.
CENA 11/M. VILLAÇA/SALA DE JANTAR/DIA.
OLAVO — O que está acontecendo aqui?
SAULO — Eu e o seu irmão estamos bem novamente. Nada de brigas na nossa família.
Saulo ri para Artur. Olavo sai bruscamente.
OLAVO — Odete, me leve um suco na piscina.
ODETE — Sim, senhor.
CENA 12/M. VILLAÇA/PISCINA/DIA.
Olavo mergulha na piscina, sai e se senta na cadeira.
ODETE — Seu suco, senhor. Com licença.
OLAVO — Isso não pode estar acontecendo. Se o meu pai e o Artur estão de bem, isso pode ser muito perigo pra mim. Eu tenho que fazer alguma coisa.
Ele se deita e põe os óculos pretos. Lavínia aparece apenas de calcinha em frente a Olavo. Percebe que ele está com os olhos fechados e pega o suco. Derrama sensualmente sobre o corpo dele. Ele se assusta.
OLAVO — Você está louca, garota? Olha só que você fez.
LAVÍNIA — Pode deixar que eu limpo te lambendo.
OLAVO — Você perdeu a noção, garota?
Madá se aproxima da piscina e percebe tudo, chocada. Aproveita e tira fotos.
LAVÍNIA — Vem, deixa eu te mostrar tudo o que a sua esposinha jornalista não faz contigo.
Ela acaricia a barriga dele e aproveita para se jogarem na piscina. Já submersos percebem Madá.
MADÁ — O que significa isso, garota?

João David Alves

Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado. - William Shakespeare

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