6º Capítulo – Please, Don’t Go

Era por volta das 08h00min. Um casal caminhava pela avenida quando viu um carro preto todo amassado, havia batido em um poste e por sorte o mesmo ficou preso nas fiações e não chegou a cair. Aproximaram-se olhando.

Estão mortos? –a mulher perguntou os vendo dormindo praticamente um em cima do outro-

Homem:- Melhor chamarmos o guincho e uma ambulância.

Aish! –Choi resmungava abrindo os olhos-

Minha cabaça dói. –disse Min Jung também abrindo seus olhos- Ei? Porque ta me abraçando? –empurrava Choi-

Choi olhava em volta:- O QUE HOUVE COM O MEU CARRO? –abria a porta com dificuldades saindo do mesmo-

Ei! –Min Jung descia- Você não me respondeu, porque tava me abraçando?

Homem:- Eu já chamei o guincho, está tudo bem. –sorriu-

Choi estava chocado, a frente do seu carro estava bem amassada.

Você não serve nem para dirigir um carro Min Jung? –a encarou-

Min Jung estalou os olhos.

Choi se aproximava da mesma:- E não faz essa cara pra mim não! –passava a mão na testa- Você é tão inútil? –perguntava irritado-

O casal apenas observava.

Eu cuidei de você a noite toda e você me diz isso? –Min Jung estava com os olhos cheios de lágrimas-

Cuidou? –Choi a desprezou- O que você fez? Deu-me remédio apenas, qualquer um faria isso. –respirava fundo-

Desculpe-me ok? –Min Jung enxugava os olhos- Eu fiquei um pouco tonta… –falava com a voz trêmula-

QUEM É QUE FICA TONTA ASSIM DO NADA? –Choi cuspia de tanta raiva-

(ouvir – Hope – Who Am I To Say)

Min Jung o olhava com os olhos cheios de lágrimas, tentava segurar, mas não conseguiu.

Pensei que fosse morrer. –disse deixando suas lágrimas caírem- Choi… –levou as duas mãos em seus olhos- Estou doente, são os meus últimos dias…

Choi cruzou os braços a encarando.

Min Jung continuava:- Foi por isso Choi…

Vai usar doença como desculpa agora? –Choi a interrompeu irritado-

Já chamamos o guincho ok? – o homem falou com a intenção de amenizar a situação-

EU NÃO QUERO GUINCHO! –Choi encarava Min Jung friamente- QUERO QUE ESSA GAROTA… SUMA DA MINHA VIDA… –engoliu em seco saindo lentamente logo entrando no carro-

Min Jung permanecia calada, apenas observava Choi que freava bruscamente até conseguir tirar seu carro e sair rapidamente. Ela ficou ali no meio da estrada, não sabia o que estava sentindo, parecia que um pedaço dela já havia ido embora, ou algo parecido com isso, era como se estivesse perdendo alguma coisa.

O casal tentou se aproximar de Min Jung, mas a mesma se recusou e saiu andando.

Na Ya Shin? –Choi dirigia enquanto falava com sua noiva no celular- Estarei ai antes do que você imagina. –sorriu- Peguei um atalho. –desligou jogando o celular no banco do passageiro-

Aish! –resmungou ao ver as coisas de Min Jung no banco, logo estacionou o carro-

Choi pegou a medalhinha de Min Jung aquela em que ela havia dado para ele quando se encontraram pela primeira vez, a ergueu na altura dos olhos a observando, era dourada parecia ser de ouro e tinha a imagem da Virgem de Guadalupe. Logo depois pegou seu cachecol e meio que sem perceber levou o mesmo ao seu rosto o cheirando, viu uns papeis jogado embaixo do banco se abaixou para ver o que era.

“DIAGNÓSTICO MÉDICO!” –leu- “MIN JUNG” – concluiu a leitura-

Choi abriu e começou a folhear, não entendia muito bem, mas o suficiente para saber que sim, eram os últimos dias de Min Jung.

Aish! –respirou fundo colocando as mãos no rosto- O que eu devo fazer? –se perguntava-

Min Jung caminhava lentamente pela estrada, às vezes, quase sempre olhava para trás com a esperança de que Choi voltaria, mas não tinha nenhum sinal dele. Abriu sua carteira contando seu dinheiro.

Nem falar para ele que eu poderia pagar o concerto do carro eu posso falar  –abaixou a cabeça-

Choi deu ré e começou a refazer o caminho.

“Eu vivo todos os meus dias como assim…”

Choi bateu as mãos no volante ao se lembrar das falas de Min Jung.

QUE TIPO DE HOMEM EU SOU? –gritou para si- Em nenhum momento ela mostrou que estava doente, sempre bem humorada, sempre sorrindo… Eu devo desculpas á ela. –respirou fundo- Eu sou um idiota mesmo. –vendo Min Jung a sua frente-

Choi sorriu aliviado, acelerou parando o carro em sua frente.

Aish! –Min Jung se assustou dando um pulo e todo o dinheiro que ela contava se dispersou pela estrada, ela se abaixava correndo atrás das notas.

Choi desceu do carro, caminhando até a mesmo com as mãos no bolso sorrindo.

Você quer me matar… –Min Jung estalou os olhos ao ver Choi- Ah! –sorriu- É o único dinheiro  que eu posso te dar para concertar o carro. –estendeu a mão-

Choi:- Não quero o seu dinheiro.

O que quer então? –Min Jung perguntou desconfiada-

Choi:- Pode me bater se quiser. –levantou as mãos- Vim te pedir desculpas.

Min Jung sorriu:- Não irei bater em você.

Choi:- Vou te levar para onde você me pediu.

Min Jung:- O que te fez mudar de idéia?

Choi a olhava apenas:-… Tem algum lugar que você queira ir? –caminhava- Você pode escolher, eu não me importo.

Min Jung:- Que estranho, mas já que você está com toda essa generosidade, tem sim um lugar que eu gostaria de ir. Tem uma montanha por essas bandas e eu gostaria de acampar essa noite lá.

Choi a olhava sorrindo:- Devemos achar um lugar para comprar marshmellows?

Min Jung saltitava á sua frente:- YES! Prometo não causar nenhuma confusão!

A noite estava realmente maravilhosa. Não estava frio e nem estava calor, apenas uma brisa suave. As estralas faziam companhia para a lua crescente naquela noite.

Choi preparava a fogueira.

Choi? –Min Jung o chamou-

Choi se virou a olhando.

Min Jung:- Estou bonita não estou? –sorriu- Queria ficar bonita essa noite. –sentia suas bochechas queimarem.

Choi se levantou a olhando, estava exatamente igual quando a encontrou pela primeira vez, vestido florido e sandálias gladiadores, e ele estava começando a pensar que havia gostado dela desde aquele dia.

Está linda. –disse pegando os marshmellows- Porque você vive assim?

Assim como? –Min Jung perguntou comendo-

Choi:- Assim, sem ninguém, sem um lugar…

Não quero me apegar. –Min Jung respondeu- Não quero ter saudades e nem deixar saudades, não quero ter medo de ir e não voltar.

Choi:- É um bom motivo.

E você? –Min Jung o encarou- Porque vive assim? Estudos, um bom emprego e em breve será um homem casado.

Casado? –Choi respondeu assustado-

Min Jung:- É casado, você não está fazendo toda essa viagem para encontrar sua noiva?

Choi:- É, estou. –disse sem ânimo- Falando em casar ela está me ligando. –olhava a tela do celular-

Você não vai atender? –Min Jung perguntou-

Choi:- Os marshmellows queimarão…

Eu olho! –disse Min Jung-

Choi se levantou:- Alô? –distanciou-se de Min Jung- Talvez eu atrase alguns dias. –pausa- Tive uns problemas com o carro. –pausa-

Choi parou de responder quando Na Ya Shin disse que sentia falta dele, então ele desligou e voltou para o acampamento.

Liguei o som do seu carro. –disse Min Jung vendo Choi logo se sentando olhando para o universo-

(ouvir –  Blue Dawn Last Arpeggios)

Choi:- Pelo menos o rádio desse carro ainda funciona. –riu se sentando ao lado de Min Jung- Ta olhando o que?

Min Jung apontava:- Qual lugar do céu seria bom para mim? –sorria- Do lado da lua ou do lado de Vênus?

Choi se virou a olhando:- Ao meu lado!