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Paixão Fatal

Capítulo 09 – Paixão Fatal

PAIXÃO FATAL – CAPÍTULO 09
Um grave acidente

Continuação do capítulo anterior…
MARINA — Mas isso é um absurdo, seu cretino. Eu jamais aceitaria isso. Eu sou capaz de tudo para destruir o Saulo, mas isso já é demais.
ERNESTO — (confiante) Você não tem escolha, minha cara. O que você me pede também é um absurdo.
MARINA — (enfática) Eu não sou uma prostituta.
Marina se levanta e vai à porta.
ERNESTO — Espere.
CENA 1. CASA DE CRISTINA/SALA/DIA.

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LÍDIA — Meu Deus, Cristina, isso é um absurdo. Se o poderoso lá descobre que ela quer se vingar deles, é capaz de mandar matá-la. Eu sei muito bem como são essas gente poderosa. Eles não aceitam pobres se metendo na vida deles.
CRISTINA — Ela estava mesmo falando a verdade. A Marina me disse que não pretendia ficar por muito tempo. Ela se foi, Lídia.
Cristina vai às lágrimas.
CENA 2. M. SANTELLI/ESCRITÓRIO/DIA.

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MARINA — Eu não vou aceitar isso que você/
ERNESTO — Tudo bem, eu já sei que você está disposta a tudo, mas nunca vai querer se deitar comigo.
MARINA — Mas nem que você fosse o último homem do mundo.
ERNESTO — Eu já entendi… Eu percebi que você tem a mesma sede de vingança que eu.
MARINA — O que foi que o Saulo aprontou com você?
ERNESTO — Isso não importa agora. O que eu sei é que também quero me vingar dele. Por isso eu conto com você.
MARINA — Não há mais nada no mundo que eu queira, senão acabar com aquele canalha.
ERNESTO — Terei que preparar toda a papelada para a nova Marina. Já pensou em como irá se chamar?
MARINA — Quanto a isso, não se preocupe. Eu já pensei em cada detalhe. O que eu preciso agora é morrer.
ERNESTO — Do que você está falando?
MARINA — Eu tenho que fingir a minha morte.
ERNESTO — Sou todo ouvidos.
CENA 3. M. VILLAÇA/ESCRITÓRIO/DIA.

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Olavo acaba de entrar no escritório do pai.
OLAVO — Eu vi a desgraçada. Estava no jornal da Judith.
SAULO — E o que ela queria?
OLAVO — Não sei, a Judith não me disse nada. Mas eu tentei atropelá-la. Por sorte, ela escapou.
SAULO — O que mais me instiga é esse silêncio dela.
OLAVO — Ela não ousaria se meter com a gente de novo.
Madá entra no escritório.
MADÁ — Do que pai e filho estavam falando?
OLAVO — Sobre a reabertura da Luxury. Temos uma nova DJ.
MADÁ — Meus parabéns… Meu amor, eu acabei de receber uma ligação do seu agente de publicidade.
SAULO — Sim, eu retornarei depois.
Odete entra no escritório, nervosa.
ODETE — Dr. Saulo, você precisa ver uma coisa.
MADÁ — Como é que você entra assim, Odete, sem bater na porta?
SAULO — O que foi que aconteceu, Odete?
ODETE — Eu sei que vocês não querem mais falar sobre esse assunto, mas é que tem tudo a ver. No quarto do Artur, sobre a cama.
MADÁ — Fala sua idiota.
ODETE — Há várias fotos da Marina.
SAULO — O que?
CENA 4. M. SANTELLI/ESCRITÓRIO/DIA.
ERNESTO — Você acha que isso vai dar certo?
MARINA — Com certeza, isso só vai depender de como você vai articular esse plano. Eu preciso que isso aconteça hoje. Quero só ver a cara do Saulo quando me rever no dia da inauguração.
ERNESTO — Não podia ter escolhido ocasião melhor… Então precisamos lhe mandar para o espaço, literalmente.
Os dois sorriem.
CENA 5. M. VILLAÇA/QUARTO DE JUDITH/DIA.
Eva entra no quarto da filha, esta que está arrumando sua bolsa.
JUDITH — Se você veio ao meu quarto pra me atormentar, está perdendo seu tempo. Eu tenho que ir para o Jornal.
EVA — Não se faça de sonsa, eu não consegui engolir aquela sua saída de ontem. O Olavo é um marido tão bom, excelente. Você não pode fazer isso com ele.
JUDITH — Mãe, não me faça rir.
EVA — Judith, eu estou falando sério com você. Vocês tem que fazer as pazes. O Saulo jamais aceitaria o fim do casamento de vocês dois.
JUDITH — Já chega, mãe. Eu estou cansada disso. Você não tem que se meter na minha vida.
Judith sai, bruscamente.
CENA 6. M. VILLAÇA/QUARTO DE ARTUR/DIA.
Saulo e Olavo estão atônitos vendo as fotos de Marina sobre a cama de Artur. Este está saindo do banheiro e fica surpreso com a invasão ao seu quarto.
ARTUR — Posso saber o que vocês estão fazendo aqui?… Mais o que é isso? Eu não permito que vocês mexam nas minhas coisas.
Artur tenta recolher as fotos, mas é barrado por Olavo e Saulo.
SAULO — Será que você pode me explicar o que é isso, Artur?
ARTUR — Eu já disse que eu não acredito que foi ela, a assassina da minha mãe.
MADÁ — Odete, sai daqui.
Odete sai correndo e fecha a porta.
OLAVO — Não seja idiota Artur, essa desgraçada estava com a arma do crime nas mãos.
ARTUR — Não, não pode ter sido ela. A Marina só queria trabalhar aqui. Ela jamais teria coragem de fazer uma coisa dessas.
MADÁ — E como você pode ter tanta certeza disso?
ARTUR — Eu sei, eu vi nos olhos inocentes dela.
OLAVO — Meu pai, o Artur não está bem.
SAULO — Estou pensando seriamente, se vou passar minha cadeira pra você, Artur. Queime todas essas fotos. Eu não quero mais falar sobre esse assunto.
Olavo sorri, contente.
ARTUR — Pra você, é só isso que importa não é? Você não estava nem aí pra garota, você a acusou sem provas.
SAULO — Cale-se Artur. Eu já dei por encerrado essa conversa.
Os três saem e Artur derreia sobre a cama, chorando.
CENA 7. M. VILLAÇA/SALA/DIA.
MADÁ — Saulo, o Artur está ficando louco. Ele não pode estar defendendo aquela assassina.
SAULO — Calma, meu amor, não quero que você se preocupe com isso.
OLAVO — A Madá tem razão, meu pai. Ele nunca se conformou com isso. Você não se lembra do escândalo que ele deu no dia da prisão daquela desgraçada. Maldita hora em que eu não pude acabar com ela.
SAULO — Calma, Olavo. Não quero meu filho na primeira página policial acusado de assassinato.
CENA 8. RUA DE SÃO PAULO/CENTRO/DIA.
Um táxi está em alta velocidade. Desvia-se de alguns carros e freia bruscamente tentando se desviar. Vira dando diversas piruetas no ar, caindo lá na frente. Em seguida o táxi explode.
CENA 9. ESCRITÓRIO DE ERNESTO/DIA.
ERNESTO — (ao celular) Deu tudo certo? Perfeito.
Desliga o celular e senta, relaxando.
ERNESTO — Achou mesmo que ficaria assim?
Wanda invade o escritório do marido.
WANDA — Posso saber o que aquela mulher estava fazendo aqui?

João David Alves

Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado. - William Shakespeare

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Um comentário sobre “Capítulo 09 – Paixão Fatal

  • O atraso de Paixão Fatal hoje tem um motivo. Luto. Acabamos de perder a grande protagonista de Paixão Fatal. A vida é assim Marina Rocha Sampaio, a gente sempre tem a certeza de que o amanhã é nosso, mas não é bem assim. AQUI JAZ UMA MULHER VINGATIVA º30/03/15 +15/04/15 🙁

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