“Em Nome do Filho” – Capítulo 28 “ANTEPENÚLTIMO”
Roteiro de Telenovela Brasileira Capítulo 028
Uma novela de:
Wesley Alcântara
Cena 01. Mansão Amadeu/ Jardim/ Ext./ Noite.
Um táxi está parado em frente a porta principal. Miguel termina de colocar as malas no porta-malas e fecha. Vitória abraça Miguel muito forte.
Vitória – Eu não sei qual o rumo que a minha vida vai tomar daqui pra frente. Talvez esse seja um adeus, um até breve, ou uma despedida em definitivo. Mas eu prometo, de onde eu estiver, estarei pensando em você meu filho.
Miguel começa a chorar.
Miguel – Eu odeio despedidas.
Miguel entra correndo em casa, quando Vitória vai entrar no táxi, Tia Pombinha corre e a segura forte pelo braço.
Vitória (raiva) – Larga meu braço, sua…/
Tia Pombinha – Você não vai escapar tão fácil da Gaivota e nem sair impune de todas as atrocidades que fez.
Vitória – Eu sou Vitória. Não tem como ganhar de mim. Game Over pra você e pra essa Gaivota Gazela que você diz existir.
Vitória solta o braço da mão de Tia Pombinha e entra no táxi, que dá partida.
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Cena 02. Rodoviária/ Ext./ Noite.
Fluxo grande de pessoas e ônibus pelo local. Em meio a multidão, aparece Edu, com uma mala numa mão e uma passagem na outra. Ele olha a passagem e segue até parar na Plataforma 12. Entra numa fila e fica esperando.
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Cena 03. Ônibus/ Int./ Noite.
Edu está sentado em um banco próximo a janela, até que alguém senta-se ao seu lado e lhe dá um beijo no rosto. Ele olha espantado.
Edu (surpreso) – Malu?
Malu abre um lindo sorriso.
Malu – Eu fui uma idiota de ter te deixado escapar. Você é o amor da minha vida. Que você vá para a Patagônia, eu irei junto.
Edu – Então quer dizer que…/
Malu – Que estou indo para a Cidade Maravilhosa com você. Que voltamos a namorar e que eu quero muito que dessa vez dê certo.
Edu – Mas e a sua mãe?
Malu – Ela não estava em casa, eixei um bilhete e número de telefones do seu pai.
Edu – Você é uma louca.
Malu – Louca eu fui em deixar você quase escapar de mim. Imagina só, viver infeliz, por culpa de um beijinho sem importância que você deu na Tamara. A vida é muito maior que isso tudo.
Edu e Malu se beijam.
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Cena 04. Praia de Copacabana/ Ext./ Dia.
(Música “Águas de Março” – Tom Jobim). Fabrício e Eva passeiam pela orla da praia de mãos dadas e sorridentes. A cada poucos passos, os dois se beijam.
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Cena 05. Praia de Copacabana/ Quiosque/ Dia.
(Fad out trilha). Fabrício e Eva estão sentados em bancos, tomando água de coco e conversando.
Fabrício – Já liguei e acertei a compra da Livraria Dom Casmurro para você.
Eva (animada) – Jura? Ai que maravilha.
Fabrício – Fiz como você me pediu. Comprei no meu nome, mas com plenos poderes a uma pessoa, a qual não revelei.
Eva – Obrigado.
Eva olha para o relógio.
Eva – O que será que aconteceu? Essa hora já era para a Yvete e a sobrinha dela estarem aqui.
Em seguida, Yvete aparece com uma moça a seu lado.
Yvete – Desculpem-me a demora, mas atravessar a cidade, com destino a Zona Sul, não é fácil não.
Eva e Fabrício se levantam e cumprimentam Yvete.
Yvete – Essa moça linda que está aqui é a minha sobrinha, Heloísa Ambrósio.
Eva – Prazer Heloísa.
Heloísa – O prazer é todo meu.
Eva – Já comentei com o Fabrício, que após o nosso casamento, iremos todos para Flores. Vou tomar posse da livraria e rever algumas personalidades importantes.
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Cena 06. Apto de Fabrício/ Sala/ Int./ Dia.
Regininha está encerando o chão, quando seu celular toca.
Regininha (cel.) – Alô. (PAUSA) Álvaro? É você? Meu Deus, achei que tivesse me esquecido. (pausa) Claro que te encontro, daqui uma hora, pode ser? Ótimo, beijo!
Regininha desliga o celular e começa a comemorar.
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Cena 07. Mansão Amadeu/ Sala de Estar/ Int./ Dia.
Milena está ninando Vitor, enquanto Miguel lê a um jornal.
Miguel – Mas posso esperar pra pegar esse exame de DNA e ter acesso a minha fortuna.
Milena – E quando sai?
Miguel – Daqui duas semanas.
Nesse instante a campainha toca.
Milena – Amor, vai atender.
Miguel – Eu não, a Teresa é muito bem paga pra isso.
Milena – Só que a Teresa saiu, foi fazer compra.
Miguel (se levantando) – Que inferno.
Miguel se levanta e vai atender a porta, até que fica paralisado, estático olhando a pessoa, que não é revelada.
Milena (tom alto) – Quem é? Parece que viu um fantasma.
Nesse instante Ana Rosa adentra a sala, com um vestido azul e maquiagem e penteados perfeitos.
Ana Rosa (a Milena) – Fantasma não, mas uma princesa sim.
Ana Rosa se encaminha até o meio da sala e Miguel fecha a porta e fica a admirando.
Milena – Qual foi sua quenga, veio destruir um casamento?
Ana Rosa – Numa caixa d’água, só vaza se estiver rachada, sabia?
Miguel – Você tá linda Ana Rosa.
Ana Rosa (a Miguel) – Muito obrigada!
Milena – Eu vou subir e dar de mamar ao meu filho, que não merece ver esta cena e ouvir essas falas vazias.
Milena sobe as escadas com ódio.
Miguel chega mais próximo de Ana Rosa.
Miguel – Veio fazer o que aqui?
Ana Rosa – Buscar o que é meu. O que eu sempre quis. Vim pegar você pra mim.
Miguel – Sabe que vai enfrentar uma guerra com a Milena né?
Ana Rosa – Não se bate em cachorro morto. O casamento de vocês já esfriou faz tempo, aliás, tá mais gelado que o Polo Norte.
Miguel – Então venha cá me dar um abraço.
Miguel e Ana Rosa se abraçam e acabam se beijando.
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Cena 08. Rio de Janeiro/ Praça/ Ext./ Dia.
Álvaro está sentado em uma praça, quando Regininha aparece.
Álvaro – Helena?
Regininha – Álvaro?
Álvaro e Regininha se abraçam e se beijam.
Regininha – Eu menti para você aquele dia, meu nome não é Helena, eu me chamo Regina, mas todo mundo me chama de Regininha. Eu menti, porque estava com medo, acuda.
Álvaro – Fique calma minha linda, eu também tive que mentir. Eu demorei a te ligar, porque era casado, mas me divorciei. Tô livre pra vida, pra viver outro amor.
Regininha – Para viver o nosso amor, a nossa vida.
Álvaro – Eu vim para essa cidade, a fim de tentar te encontrar e recomeçar do zero, tudo!
Regininha e Álvaro se abraçam.
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Cena 09. Rio de Janeiro/ Corcovado/ Ext./ Dia-Noite-Dia.
(Música “Relicário” – Nando Reis). Imagens do dia amanhecendo, anoitecendo e amanhecendo várias vezes.
Letreiro: SEMANAS DEPOIS…
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Cena 10. Rio de Janeiro/ Cartório/ Int./ Dia.
A música da cena anterior continua. Fabrício está de terno e terminando de assinar num livro, em seguida, passa a caneta para Eva, que assina seu nome no mesmo livro. Na frente deles está uma juíza e ao lado, está Yvete, Heloísa e Regininha. Eles terminam de assinar o livro e colocam um no outro, a aliança no dedo anelar esquerdo. Em seguida se beijam.
(fad out trilha).
Eles recebem as palmas das pessoas presentes.
Eva (a Fabrício) – Enfim, casados!
Yvete – No civil, como manda a boa formação moral. Parabéns noivos.
Fabrício – Eu sou o homem mais feliz do mundo!
Eva e Fabrício se beijam novamente.
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Cena 11. Apto de Fabrício/ Int./ Sala/ Dia.
Várias malas estão na sala. Yvete está em um canto falando bem baixinho ao celular. Heloísa está sentada, enquanto Fabrício e Eva vêm do quarto com mais malas.
Eva – Acho que isso é tudo pessoal. Estamos prontos para poder ir.
Nesse momento Regininha aparece com uma bandeja cheia de sanduíches.
Regininha – Fiz pra vocês levarem na viagem. Até Flores é uma longa jornada.
Eva – Cadê as suas malas Regininha?
Regininha – Eu não vou mais.
Eva fica surpresa.
Fabrício – Por que não quer ir mais?
Regininha – Me encontrei aqui no Rio, aqui é onde eu quero viver. Aquela cidade não é pra mim.
Fabrício – E tem emprego? Tem pra onde ir?
Regininha – Eu tenho uns caraminguados, deve dar para ficar numa pensão barata por uns dois meses. E depois eu vou à luta e arrumo outro emprego. Tô nova e cheia de energia.
Fabrício – Então já arrumou. Você será caseira. Vai morar aqui e cuidar do apartamento pra gente, vai ter salário e tudo mais.
Regininha (feliz) – Muito obrigada!
Fabrício – Já que a Regininha não vai, vamos nós mesmos. Partiu galera?
Fabrício abraça Regininha, em seguida pega algumas malas e sai do apartamento, logo em seguida Yvete e Heloísa também saem. Eva Fecha a porta e fica olhando para Regininha.
Eva – Depois de tudo que a Vitória te fez, você vai deixar por isso mesmo?
Regininha – Minha mãe tá morta, minha tia está morta.
Eva – E você quer que ela continue causando dor a outras pessoas?
Regininha – Tentando me vingar dela, eu estaria correndo risco de vida e, ainda por cima, estaria me igualando a ela.
Eva – Mas o que ela fez não tem perdão.
Regininha – Eu não estou absolvendo ninguém, muito pelo contrário, eu estou ciente dos erros, das atrocidades que a Vitória fez, mas eu não vou me igualar a ela. Não vou me desgastar. Eu não nasci pra viver em prol de uma vingança.
Eva – Não é vingança, é justiça! JUS-TI-ÇA!
Regininha – Que seja. Eu não quero mais pautar a minha vida na família Amadeu. Você é diferente, seu filho tá lá, você como mãe quer tomar-lhe o que é seu por direito. Mas e a mim? O que eu vou fazer depois? Após essa vingança, ou justiça, que pode levar semanas, meses e até anos, me sentirei vazia, sem rumo. Alçada a um mísero ser que remou em uma única direção, sem perspectiva de futuro.
Eva – Muito pelo contrário, Regininha. Você estaria traçando seu futuro. Viver sem essa mediocridade inserida em você.
Regininha – Eva, eu tô feliz aqui. Eu não quero e não vou voltar atrás. Eu quero recomeçar daqui, de onde eu parei. Eu arrumei outra pessoa e juntos faremos o nosso futuro. Pra mim, o amor vem em primeiro lugar. Eu aprendi isso e não quero cometer erros outras vez. Desculpa, mas eu vou ficando por aqui. Se sou esperta ou idiota, eu não sei, mas fico lhe devendo essa.
Eva abraça Regininha.
Eva – Fica com Deus. É bom saber que seu coração está cheio de amor.
Eva pega sua mala e sai.
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Cena 12. Mansão Amadeu/ Sala de Estar/ Int./ Dia.
Milena, Tia Pombinha e Eneida estão sentadas no sofá conversando, quando Miguel aparece, sorridente e com um envelope nas mãos.
Miguel (gritando/feliz) – Eu tô rico!
Miguel vai até Milena e lhe dá um selinho.
Milena – Esse é o exame de DNA?
Miguel – É. Já abri e mandei cópia para o advogado do caso do testamento.
Milena – E o que ele disse?
Miguel – Até o fim da semana eu tomo posse da grana e serei nomeado presidente da La Salud.
Tia Pombinha – Parabéns! Conseguiu o que queria. A mãe não precisava fazer o teste de DNA não?
Miguel e Milena se olham tensos.
Eneida – Eu vou pra piscina pegar uma cor.
Eneida sai da sala.
Milena – Vou ver se o Vitor ainda está dormindo.
Milena sobe as escadas.
Miguel puxa o cabelo de Tia Pombinha e a levanta do sofá.
Tia Pombinha (gritando) – Tá doendo, merda!
Miguel (fúria) – Pra você aprender a não se meter a besta comigo. Uma única palavra sobre o meu filho e eu acabo com a sua raça.
Miguel solta o cabelo de Tia Pombinha e sobe as escadas com raiva.
Tia Pombinha – Se eu estivesse usando mega hair, a essa hora estaria carequinha da silva. Bruto e com pegada, assim que eu gosto.
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Cena 13. Flores/ Pontos Turísticos/ Exterior/ Dia – Noite.
Música “Uma história de Amor” – Fanzine.)Transposição do dia para a noite com vista aérea, plano aberto. CAM aérea faz um clipe dos principais pontos turísticos da fictícia cidade de Flores. Clipe com suaves emendas das imagens, a fim de mostrar toda a beleza da cidade, na seguinte ordem: 1º: Pórtico de entrada da cidade, feito de madeira envernizada e coberto por telha colonial portuguesa, com o letreiro “Bem vindo à Flores”. 2º: Praça Central, com um lindo chafariz no meio, cercada por bancos com pessoas e animais domésticos, além de alguns vendedores de pipocas e brinquedos. 3º: Cruzeiro Municipal, localizado no morro mais alto da cidade, com uma cruz imensa branca, feita em concreto e com iluminação interna, cercado por um grande gramado que é delimitado por canteiro de diversas flores campestres.
(Fad out trilha).
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Cena 14. Mansão Amadeu/ Jardim/ Ext./ Noite.
O jardim está todo iluminado. O carro de Fabrício chega e para bem em frente a porta de entrada. Todos descem do carro.
Fabrício – Tem certeza que vocês duas vão ficar aqui?
Yvete – Heloísa e eu temos que ficar aqui, para que vocês aproveitem bastante a lua de mel. Amanhã faremos uma visita a vocês.
Eva – Fabrício, vá indo para a pousada. Eu tomarei um táxi em seguida, só quero chegar com as duas aqui.
Fabrício – Eu te espero. Não quero entrar, porque sei que a Ana Rosa está aí.
Eva – Por favor, meu amor. Vai arrumando as coisas e descansando. Pois hoje a nossa noite promete.
Eva dá um beijo em Fabrício, QUE SORRI E ENTRA NO CARRO DANDO PARTIDA.
Yvete – Nunca pensei que o Fabrício fosse tão tolo.
Heloísa – Não podemos perder tempo, vamos entrar?
Eva respira fundo e as três se encaminham para a entrada.
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Cena 15. Mansão Amadeu/ Escritório/ Int./ Noite.
Miguel está sentado, analisando alguns papéis.
Miguel (pra si) – Acho que a La Salud não está dando lucro e sim prejuízo. Preciso vendê-la e sumir dessa pátria tupiniquim.
Nesse instante alguém bate a porta.
Miguel (tom alto) – Entra!
Nesse instante Teresa entra.
Teresa – Com licença doutor Miguel, mas é que tem duas senhoras lá na sala e exigem falar com o senhor.
Miguel – Se identificaram?
Teresa – Uma disse ser tia da sua mãe e a outra prima.
Miguel – Eu vou lá acabar com essa cena circense.
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Cena 16. Mansão Amadeu/ Sala de estar/ Int./ Noite.
Yvete e Heloísa estão sentadas no sofá, Miguel aparece.
Miguel (rude) – O que as cambalacheiras procuram?
Yvete e Heloísa se levantam.
Yvete (estendendo a mão) – Sou Yvete Medeiros de Amadeu, tia de Vitória Lemos de Amadeu.
Miguel olha sério para ela e não estende a mão.
Heloísa – Sou Heloísa Ambrósio, prima de vocês.
Miguel ri ironicamente.
Miguel – Vieram por causa da grana, não foi?
Yvete – Que grana? Eu vim, porque quero, depois de 25 anos, reencontrar a minha sobrinha.
Miguel – Perdeu a viagem, a minha mãe está viajando.
Nesse instante Teresa aparece.
Teresa – Desculpa senhor Miguel, mas a sua mãe já voltou de viagem e faz uma hora mais ou menos.
Miguel (surpreso) – A minha mãe voltou? E por que ela não foi ao escritório falar comigo?
Teresa – Disse que estava cansada da viagem.
Miguel – Então chama a dona Vitória lá e diz que tem uma surpresa nada agradável para ela aqui embaixo.
Teresa sobe as escadas apressadamente.
Yvete – Eu acho que você é que não vai gostar da surpresa que eu trouxe.
Miguel – Nada que venha de uma velha pobre pode me causar qualquer abalo.
Nesse instante Eva adentra a sala.
Eva (convicta) – Nem eu?
Miguel fica surpreso e atônito.
Eva – Perdeu a fala, meu querido noivo? Eu voltei.
Miguel (atônito) – Como você conseguiu voltar?
Eva – Segredo.
Yvete – Vou tomar uma água e já volto. As emoções serão fortes demais essa noite.
Yvete sai em direção à cozinha.
Miguel se aproxima de Eva.
Miguel (cabisbaixo) – Eu não queria ter feito aquilo, desculpa, eu te amo muito!
Eva dá um tapão na cara de Miguel.
Eva – Você não esperava que eu voltasse, não é mesmo? Achou que aquele sanatório resolveria todos os seus problemas. Sinto lhe informar meu caro, mas a sua máquina de problemas acabou de voltar ao funcionamento.
Heloísa – Cadê a minha prima Vitória? Cheguei e quero aplausos. Quero ser recepcionada com uma comitiva.
Nesse instante Eneida desce as escadas.
Eneida (descendo as escadas) – Que barulhada é essa?
Heloísa – Eneida?
Eneida olha Heloísa e fica surpresa.
Miguel – Você conhece essa criatura?
Heloísa (a Miguel) – Criatura não, porque o mesmo sangue que corre nessa sua veia deliciosa, que está abaixo desse músculo esculpido deliciosamente na academia, é o mesmo sangue que o meu.
Eneida – Eu conheço Heloísa Ambrósio muito bem. Helô, como é chamada, mora no Rio de Janeiro.
Miguel – Tá explicado então. Eva trouxe toda a comitiva.
Logo depois Vitória desce as escadas.
Vitória (rude) – Alguém pode me explicar o que tá acontecendo aqui?
Heloísa – Eu sou a sua prima. Vim passar uma temporada aqui.
Vitória olha Eva e fica assustada.
Eva – Boa noite, Vitória Lemos de Amadeu. Achou que eu estaria naquele mausoléu do Jardim Botânico? Engano seu, querida.
Vitória (surpresa) – Como é que você…/
Eva (corta) – Eu conheci as pessoas certas, aprendi a fazer as alianças necessárias, meu bem.
Miguel (a Vitória) – Por que você não contou a ninguém que tinha uma prima? Aliás, porque essa sua prima chega exatamente no dia em que você voltou de viagem? Acho que tem muita coisa a ser revelada, não é mamãe?
Vitória – Eu tive que voltar antes…
Heloísa – Vem cá, você não vai dizer para ninguém o motivo dessa sua viagem? A gente já sabe que você só voltou, porque ficou sabendo da visita que a sua titia iria fazer a você.
Vitória (irônica) – O caminhão da família Buscapé enguiçou aí na porta, foi? Que tia? Eu descubro que tenho uma prima, agora vou descobrir que tenho uma tia?
Eva (gritando) – Heloísa está falando da sua tia Yvete.
Vitória (incompreensiva) – Que Yvete?
Yvete (voltando à sala) – Eu, querida sobrinha.
Vitória olha Yvete e fica muito espantada.
Eva – Yvete, onde é que você estava Yvete?
Yvete – Fui tomar água.
Miguel – Agora não tô entendendo nada. Aparece a ex-falsa noiva, a suposta prima e agora uma tia? É isso mesmo produção? Se isso daqui fosse uma novela, juraria que era obra do caduco do Wesley Alcântara. Mas como é vida real, alguém precisa me explicar direitinho essa situação.
Vitória (nervosa) – Eu não conheço essas pessoas.
Eneida – Chega de teatrinho Vitória. Acabou pra você, como dizem nos filmes: Game Over! Conta de uma vez por todas toda essa história. Esclarece esse passado e seja feliz.
Vitória fica muito tensa.
Yvete (a Miguel) – Há muitas coisas sobre o passado da minha sobrinha que você desconhece. Inclusive que o nome dela é Nameless.
Miguel (surpreso) – O que?
Yvete – Prepare-se, pois as emoções e revelações estão apenas começando.
Miguel fica muito surpreso e Vitória muito tensa.
Corta para:
FIM