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Incondicionalmente

Episódio 06 (ÚLTIMO) – Incondicionalmente

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“Incondicionalmente”

uma web-especial de Pedro Paulo Gondim

— Episódio 06 — último —

“Amor Incondicional” 

web baseada em fatos fictícios e reais

Saindo do banheiro, depois de consolar a amiga, Gabriele está a caminhar lentamente pelos vastos corredores luminosos do “Sul Real”. Indo para sua sala, encontra Eduardo triste, esperando algo num banco de madeira e ferro.

Gabriele: (atrás de uma coluna) Será que eu devo ir lá? [pensa: Vou sim!]

Eduardo: (sorri) Gaby! (dá-lhe um selinho) O que faz por aqui amor?

Gabriele: (sentando-se) O que está fazendo aqui?

Eduardo: (entristecido) Terei de deixar o país. Isso, por causa do emprego de meus pais. Sinto muito, gaby!

Gabriele: (chorosa) Mas, você não pode ir sem antes realizar um sonho meu.

Eduardo: Tudo bem… Irei viajar somente amanhã mesmo!

Gabriele: (limpando as lágrimas) Olhe, irei fazer com que meus pais tenham um encontro hoje. Assim, terei a casa toda livre pra mim.

Eduardo: (franzindo a testa) E isso faz parte do seu sonho?

Gabriele: (sorri) Vá lá em casa hoje à noite. Te espero!

Gabriele se levanta do banco e, sorrindo, desfila alegremente. Mais tarde, logo após a aula…

Wallyson: (saindo pelo portão dos fundos) Quer tomar sorvete hoje?

Mariano: (acompanhando-o) Na verdade, acho que hoje vou experimentar açaí.

Wallyson: (parando) Você nunca comeu açaí?

Mariano: (passa a mão no rosto do outro) Não my dear. Hoje que tive vontade!

Raquel está atrás de uma coluna, bem próxima o casal. Ela fala ao celular.

Raquel: (firme e forte) […] Não se preocupe. Não terei mais medo de ser direta. Desde que soube que sou uma mera adotada, o mal já me envolveu por completo. […] Ah, sim, você me considera a “vilã da história” […] Não. Sem dó nem piedade. Hoje a casa de “Maryson” finalmente irá “desabar”! […] Não… Depois eu te explico meus tantos e muitos motivos. Mas vá! Agora!

Wallyson e Mariano se abraçam com ternura. Quando Mariano lhe dá um pequeno selinho, certos homens os cercam. Uns dez, no mínimo. Com paus e pedras, essa gangue espanca-os até sangrarem ardentemente. Sentindo dor, eles desmaiam.

Raquel: (rindo maleficamente) Ser má é algo tão bom!

No outro dia… Colégio “Sul Real”. Intervalo/Pátio principal [Manhã]

Raquel está no meio do pátio a chamar todas as pessoas do colégio com um megafone. Alunos, professores, o diretor e coordenadores estão presentes.

Raquel: (com o megafone) QUERO LHES DIZER ALGO. TALVEZ, O MAIOR PRONUNCIAMENTO DESSE ANO, OU ATÉ DO SÉCULO!

Nathan: (chegando por trás) Se você disser uma palavrinha a eles sobre o relacionamento de Mariano e Wallyson, eu conto a todos seu segredo.

Raquel: E como você sabe de tudo isso?

Nathan: (sorri) Simples: Não gosto de injustiças. Eu escutei Giovanna comentando contigo sobre o casal, na sala. Sobre você ser adotada… Perguntei a Gabriele. Se você pensa que estou aqui somente para servir de um mero personagem, não estou. Eu gosto de você, Raquel. Isso, desde o primeiro momento que a cumprimentei. (nevoso) Sei que até as almas mais escuras, possuem um fogo aceso dentro do coração.

Raquel: (zangada) Poupe-me dessa sua imundice, seu “pobretão” do caramba! Que você “trepe” com a sua mãe atrás de um galho, mas não se meta mais em minha vida!

Ela, raivosa, empurra-o e deleta a foto de “Maryson” aos beijos na biblioteca. Nathan sorri sentindo-se vitorioso e atira o megafone longe! Raquel corre atrás dele.

Nathan se esconde atrás de uma das muretas do pátio 02. Raquel vem seguida de certos garotos fortes do 3º grau.

Nathan: (aparecendo; olha-a sério) Você deveria estar chorando pela maldade que carrega em seu negro coração. Devia chorar por teus amigos!

Raquel: (cruza os braços) Que amigos? Pelo que sei, não tenho nenhum.

Nathan: (faz cara de mal) Eu não sou o vilão, mas eu lhe desejo todo o sofrimento!

Ela o chuta e chama os garotos para bater no coitado. Raquel pede aos meninos que parem de bater em Nathan, que está um pouco ferido.

Nathan: (levanta) E o que isso tem haver com Mariano e Wallyson?

Raquel: Olhe, Nathan, eu nunca fui santa. O mal sempre foi “meu lar”. Mariano brincou com meu coração. Lá no fundo, eu posso até sentir pena, mas com tudo, não me arrependo. Aliás, eu mesma não bati neles, porque uma dama não deve ser “agressiva”.

Nathan lhe dá um tabefe na cara e foge. Os garotos ajudam Raquel, que pisa forte ao chão e cruza os braços de raiva.

Hospital “Nova Dália”. Área coletiva [Manhã].

O hospital, um dos mais modernos da cidade de “Sul Real”, tem a chamada “Área coletiva”, onde os pacientes, sem riscos de doenças transmissíveis ficam. Mariano estava numa cama. Ao seu lado, Wallyson o olhava calmamente.

Mariano está com uma perna engessada, a cabeça enfaixada e os braços com curativos. Wallyson está igual a Mariano, mas com um corte a mais no queixo e no nariz.

Mariano: (acorda; olha para o lado) Hey my love! Como está?

Wallyson: (sendo direto) Sinceramente, estou mal. Muita dor na cabeça, mas sinto que vou piorar. Sua mãe foi à lanchonete. Meu pai também. Você vai contar pra sua mãe sobre sua verdadeira sexualidade e o que realmente houve?

Mariano: (entristecido) Eu não sei… Tudo será mais difícil de agora em diante.

Wallyson: (enfraquecido) Posso te contar alguns de meus planos para a vida?

Mariano: (sorri) Claro! Seria uma honra saber em primeira mão.

Wallyson: (tosse) Bem…

Depois de contar tudo, Mariano chora emocionado. A mãe de Mariano chega beija a testa do filho. O mesmo faz o pai de Wallyson com seu filho.

Mas, diante de tantas pressões, Wallyson lembra-se de quando sua mãe, a uns dois anos atrás, contara-lhe sobre os problemas cerebrais de sua avó. Mas, não ligando para esse ponto, sente-se cada vez mais fraco.

Com um espirro forte, Wallyson força sua cabeça ao máximo. Pedindo ajuda, gritando e sufocado, Wallyson desmaia.

Sr. Collins: (desesperado) Filho! (sacudindo o filho) Wallyson!

Sra. Ayalla: (abraçando o filho) Calma, Mariano! Tudo ocorrerá bem com seu amigo.

Mariano: (emocionado) Espero, mamãe, espero!

Flashback: Dia anterior. Casa de Gabriele. Sala de estar [Noite].

Eduardo: (entrando) E sua mãe já foi pro tal jantar que você disse?

Gabriele: (abraçando-o) Sim, e agora eu tenho você todinho pra mim!

Eduardo: (meio sem graça) É que eu não tenho experiência… Ainda sou virgem!

Gabriele: (encosta seu nariz no dele) Não importa! Essa noite eu tiro meu cabaço.

Eduardo: E você está preparada? Digo… Eu não tenho camisinha comigo.

Gabriele: (tirando algo do bolso de sua calça) Está mais do que passado, Edu! (mostrando-lhe) Olhe! Isso é uma camisinha feminina.

Eduardo: (deixando a boca semiaberta) Gente! É a news do momento…

Gabriele: (puxa o braço dele; caminhando) Venha, vamos ao meu quarto.

Em todo aquele “enrola-enrola”, Gabriele se esquece de colocar a proteção. Eduardo, no fogo do momento, nem há de lembrar-se que, na verdade, houvera uma camisinha masculina em sua carteira.

No pátio 03 do Colégio “Sul Real”, Gabriele lembra-se da noite anterior. Devorada pelo medo, a garota chora ao lembrar-se de que, a esta hora, Eduardo já saiu do Brasil. O que será que houve com a coitada?

Giovanna, bebendo suco de caixinha num dos bancos do pátio principal, está ao lado de Igor. Ele, com um frasco em mãos.

Giovanna: (pega o frasco) O que é esse líquido rosado?

Igor: (fingindo) Oh, é uma “poção da juventude”!

Giovanna: (debochando) Há! Há! Nunca seria capaz de inventar algo assim.

Igor: (sendo cínico) Você vai querer ou não? É um doce líquido!

Giovanna: (olha atentamente) Isso é doce? Existe algo mais estranho que isso?

Igor: É uma tentativa de fazer as pazes e vender meu produto. se é bom!

Giovanna bota aquilo goela abaixo. Achando o gosto estupendamente bom, lhe dá um abraço e perdoa Igor. O garoto sorri.

Hospital “Nova Dália”. Área coletiva [Tarde]

Mariano, numa cama, conversa com sua mãe, que está sentada na beirada dela.

Sra. Ayalla: (…) E tudo aquilo que sua avó fez acabou virando comida para os porcos.

Mariano: (ele ri) Também, que deixa a própria meia na panela quando vai fazer comida? Acho que somente minha avó!

Alguém é colocado numa das camas à frente de onde Mariano. Ele, achando que reconhece o rosto, pede para a mãe perguntar de quem se trata. Ela segue uma moça que, chorando, caminha em direção à ala de visitas.

Sra. Ayalla: (cautelosa) Olá! (sorri) Você é a mãe daquela mocinha que acabou de entrar na área coletiva?

Ela: (chorosa) Sim. (estende a mão) Sou a Sra. Borges, mãe de Giovanna.

Sra. Ayalla: (cumprimenta-a) Sou mãe de Mariano, Sra. Ayalla. Acho que meu filho deve conhecer a senhora. Ele saiu semana passada e disse que iria visitar uma amiga com o nome de sua filha.

Sra. Borges: (senta-se num sofá ao lado de revistas) Parece que Giovanna foi intoxicada com algo e irão examiná-la. Talvez cheguem a leva-la para a “Área Velha Dália”, aquela parte mais antiga do hospital que cura esses tipos de casos mais graves. Aliás, onde está seu filho Mariano?

Sra. Ayalla: (olha para ele) Está ali na cama 12. Ele sofreu agressão física junto a um amigo dele, Wallyson.

Sra. Borges: (preocupada) E eles estão bem?

Sra. Ayalla: Sim, eles estão bem. (senta no sofá) Wallyson me contou que ele esbarrou em uma gangue de marginais. Isso sendo perto do colégio! Mariano estava andando junto a ele. Os marginais não tiveram dó e bateram neles. Mesmo assim, para mim, parece algo sem nexo… Sem motivação. Mariano não quis me contar nada.

O Sr. Collins chega e cumprimenta Sra. Ayalla. Ela apresenta a Sra. Borges.

Sr. Collins: (entristecido) Pelo que sei, Sra. Ayalla, Wallyson, meu filho, acabou de ser levado para a “Área Velha Dália”. Algo grave ocorreu e quero saber.

Médico: [alto, negro] (com uma prancheta) Quem seriam Sr. Collins, Sra. Borges e Sra. Ayalla? Tenho notícias.

Os três se aproximando: Somos nós!

Médico: Para você, Sra. Ayalla, Mariano está com ferimentos que podem ser curados dentro de alguns meses, além de um sério problema no braço esquerdo. Sinto muito, mas ele terá de amputá-lo. Para você, Sra. Borges, não tenho notícias muito agradáveis. (entristecido) Giovanna bebeu algo que parecia misturar veneno com açúcar derretido. Conseguimos remover isso antes que pudesse afetá-la totalmente, mas, infelizmente, essa mistura matou seu bebê. Recomendo que não conte a ela neste momento.

Sr. Collins: (aflito) E meu filho doutor?

Médico: Bem, como eu posso explicar…

Sr. Collins: (emocionado) O que houve com Wallyson?

Médico: Com as fortes pancadas que seu filho levou na cabeça, Sr. Collins, ocorreu um enfraquecimento das paredes de um dos vasos cerebrais. Quando ele acordou, obteve uma melhora, mas não foi significativa. Uma de suas artérias cerebrais se dilatou de forma esférica. Isso foi ocasionado por um aumento no fluxo sanguíneo na região, provocando-lhe uma hemorragia cerebral interna. Tentamos de tudo, mas não deu. Wallyson Collins morreu de aneurisma saciforme.

Sr. Collins, sentando-se no sofá, aos prantos, lamenta-se bastante por ter seu único filho morto “por marginais” (já que ele não conhece a verdadeira história).

Sra. Ayalla: (emocionada) Oh, Deus. Como contarei isso a Mariano?

Assim, uma hora depois…

Sra. Ayalla: (abraçando-o; emocionada) Filho!

Mariano: (preocupado) O que foi mamãe? Parece assustada.

Ela tenta enrolar ao máximo, mas finalmente conta a ele sobre a amputação. O menino percebe, finalmente, que não consegue mexer o braço. Ela, sendo direta, sem importar-se, conta-lhe sobre Wallyson.

Mariano: (esperneando; aos prantos; com dor) NÃO! NÃO! Meu amor… Wally não pode ter morrido mãe.

Sra. Ayalla: (apavorando-se) Amor? O que quer dizer com isso?

Mariano: (com medo) Wallyson era meu namorado, mamãe.

Sra. Ayalla: (abraçando o filho) Oh, Maro. Me perdoe!

Mariano: Como assim?

Sra. Ayalla: Sabe… As vezes, não sempre, os mais preconceituosos, são homossexuais escondidos. Quando você disse que Wallyson estava namorando, eu quase não acreditei. Vi a troca de olhares entre os dois. Perdoe-me.

Mariano: (emocionado) Então você é… Lésbica?

Sra. Ayalla: Sim. Olhe… Antes de conhecer teu pai, fui namorada de uma menina chamada Liliane. Quando você disse que Wallyson estava com uma tal de “Liliane”, eu pensei: “que coincidência!”. Foi aí que, pra não me mostrar, fique tipo “encubada” no meu próprio corpo.

Mariano: Mas agora que eu já sei, sinto que poderemos ser, finalmente livres!

Nesse instante, Raquel liga para o hospital.

Raquel: (em seu celular) Olá. Poderia me informar sobre o paciente Wallyson?

Atendente: (no telefone) O paciente da cama 14, Wallyson Collins?

Raquel: (deitada em sua cama) Sim, ele mesmo. Como ele está?

Atendente: (triste) Olhe, você é da família?

Raquel: (mentindo) Óbvio! Anda “minha filha”, fala o que houve com essa bicha!

Atendente: O paciente morreu de aneurisma nesta tarde.

Raquel: (sorrindo) Muitíssimo obrigada moça!

Alegre, Raquel ri exageradamente alto em seu quarto. Maléfica, a garota debocha da morte do “pobre” garoto. Sua mãe entra em seu quarto.

Raquel: (sentando na cama) Mamãe! O que faz aqui?

Sra. Nuvais: (nervosa; cruza os braços) Você acha que eu não ouvi essas risadas? Como você tem coragem para rir de seu amigo?

Raquel: (levantando) Mãe, eu não tenho amigos. Melhor assim. Ninguém é tão má quanto eu. Sou imbatível! (sorri)

Sra. Nuvais: (dá-lhe um tabefe no rosto) Esse tapa é pra você aprender a ser gente!

Raquel: (raivosa; com uma mão ao rosto) Isso não vai ficar assim!

Sra. Nuvais: Você ainda irá pagar o preço de seus pecados. E esse dia fica cada vez mais próximo a cada uma de suas maldades. Você me dá vergonha, Raquel.

Raquel: (zangada) Sai do meu quarto! Eu to pouco me lixando se você me aceita ou não nessa família! Quero mais é que você se lasque!

Sra. Nuvais: É desta maneira que você trata sua mãe? DESTA MANEIRA?

Raquel: (avançando-se a ela) E quem disse que você é minha mãe? Você é só uma mulher burra, inútil, que só quis me adotar por pena.

Sra. Nuvais: (aflita) Isso não é verdade! Não sabia que seu “pai adotivo” é estéril?

Raquel: (debochando) É por isso! Você tem uma boceta inútil, além de ter um marido com um pau mole e um saco vazio.

Sra. Nuvais: (mais que nervosa) Agora chega! Não aguento mais!

Pegando a chave, Sra. Nuvais fecha a porta rapidamente e tranca-a. Então, ela retira a chave e coloca na parte de dentro de seu sutiã.

Sra. Nuvais: Desculpe-me, Raquel. Se você fosse minha filha eu até te livraria, mas você é uma mísera bastarda.

Raquel: (debatendo-se na porta) Você não pode me trancar aqui! Me deixa sair! Eu vou te matar sua velha abusada! Você é a pior mãe do mundo! Me deixa sair! (ela escorrega à porta) Eu quero morrer. Por que eu tinha que ter você em minha vida sua vagabunda?! Puta! Socorro! Que o diabo lhe queime no fogo do inferno e…

Sr. Nuvais: (chegando) O que está fazendo, minha esposa?

Sra. Nuvais: Sinto muito, meu marido, mas “mente vazia, oficina do diabo”!

5 anos depois…

Data “atual”: 21 de fevereiro de 2020

Cemitério “Da Paz”. Túmulos de concreto [Manhã].

Mariano, aos 20 anos, com um pequeno ramo de rosas brancas, para de frente a um túmulo branco. A lápide diz “Aqui jaz Wallyson Collins Mello Carbonny”. 

Mariano: Quanto tempo, my dear. (emocionando-se) Hoje, você estaria completando 22 anos. Sabe… Hoje, finalmente farei o último item da “lista” que você me disse aquele dia da sua morte no hospital, que sempre foram meus desejos também. Mesmo que não tenha feito tudo imediatamente e passado pelo que passei… Acho que… (chorando) A emoção e o amor conseguiram me reerguer. My love, hoje terei “ele” finalmente em meus braços. Finally!

Bem, antes de continuarmos, por que não vamos ver o que houve com os personagens?

  • Eduardo Magalhães: Depois de tantos anos de espera, em 2018 ele finalmente voltou para o Brasil e reencontrou Gabriele.
  • Gabriele Campus: Quando reencontra Eduardo em 2018, ela lhe mostra a foto de um menino. Eduardo finalmente descobre que teve um filho com ela. Eles se casaram e tiveram uma menininha. O menino se chamava Guilherme. A menina se chama Letícia.
  • Giovanna Borges: Ela se casou em 2018 com um homem. Ela é formada em medicina e teve duas meninas.
  • Igor Tartucci: Morto em 2016.
  • Nathan Olivares: Morto em 2017.
  • Raquel Nuvais: Teve um filho, mas… (veja o que houve no final)!

Flashback: 2015. Fevereiro. Hospital “Nova Dália”. Área coletiva [Manhã].

Wallyson: (enfraquecido) Posso te contar alguns de meus planos para a vida?

Mariano: (sorri) Claro! Seria uma honra saber em primeira mão.

Wallyson: (tosse) Bem… Meu primeiro desejo seria “sair do armário”. Contar para todos que sou homossexual, sem segredos. Em segundo, casar-me com um belo rapaz, não tanto em aparência, mas belo também “no coração”.Em terceiro, plantar uma macieira. I love maçãs! Em quarto, ter um carro para me sentir finalmente livre de minha mãe preconceituosa. Em quinto, doar coisas para crianças carentes, algo que minha mãe nunca me deixou fazer. Em sexto e último, adotar uma criança. Aquela fertilização in vitro não é muito confiável para mim. Mas meu sonho mesmo, de verdade, seria ser seu amor eterno.

Mariano: (emocionado) Não se preocupe, nunca me esquecerei de você!

Eles selam essa cena com um grande beijo!

Voltando ao ano de 2020

Cidade “Sul Real”. Minas Gerais. Brasil. Orfanato “Sul Real Dulce II ”. Diretoria principal [Tarde].

Freira “Irmã” Dulce: [59 anos, parda, alta] (cumprimentando-o) Como vai Sr. Ayalla?

Mariano: (fechando a porta) Ah, vou bem “irmã”. E a criança? Já está pronta?

Irmã Dulce: (sorri; senta-se em sua cadeira) Ele está prontíssimo! Tenho a impressão de que o senhor será um bom pai para esse menino desamparado.

Mariano: (sentando numa cadeira à frente a mesa dela) E o que houve para esse pobre garoto de 2 aninhos estar sozinho?

Irmã Dulce: (séria) Os pais dele morreram em um acidente. Infelizmente, o avião onde eles estavam, caiu no mar. Desde então, o bebê, que é esse garoto, está aqui em nosso orfanato.

Mariano: Posso perguntar quem era?

Irmã Dulce: Claro! Ela se chamava Raquel Nuvais Kluccak. Cheguei a conhecê-la. Era rebelde, como se fosse o próprio demônio! Deus que me perdoe, mas ela mereceu ter morrido. Aliás, esqueci-me de parabenizá-lo pelo seu casamento!

Mariano: (alegre) Pois é… Você, “irmã”, sabe que eu sou homossexual e não resisti aos encantos masculinos. Eu me casei no final do ano com um homem super lindo. Nós nos conhecemos “por aí” e fomos namorados por muito tempo. Agora, somos casados.

Irmã Dulce: (sorrindo) E como está aquela macieira que tinha plantado?

Mariano: Ah, tá legal. Aliás, lhe trouxe algumas! (entrega-lhe uma sacola cheia de maças)

Irmã Dulce: (pegando a sacola) Muito obrigada! Trouxe naquele luxuoso carro que você comprou?

Mariano: Claro, Irmã!  E como as doações que fiz estão indo?

Irmã Dulce: (lembrando-se) Ah! É isso que eu sempre esqueço. Agradeço-lhe muito por ter nos ajudado com suas doações mensais. Nossas crianças sempre tratam o senhor com muito respeito.

Assim, uma outra “irmã” chega carregando o garotinho nas costas. Mariano sorri e assina vários papéis em relação à guarda legal do menino.

A Irmã Dulce brinca com o menininho um pouco. Diz que o garoto até hoje não ganhou um nome certo.

Mariano: (curioso) Será que então eu poderia registrar um nome?

Irmã Dulce: (com o bebê no colo) E qual será o nome dessa gracinha?

Mariano: (sorrindo) Se chamará Wallyson.

Irmã Dulce: (curiosa) Algum motivo especial?

Mariano: Wallyson foi a primeira pessoa que me amou INCONDICIONALMENTE.

FIM

OBRIGADO POR LER “INCONDICIONALMENTE”

Espero que tenha amado e se descoberto! 

ATÉ A PRÓXIMA!

Pedro Paulo Gondim

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10 comentários sobre “Episódio 06 (ÚLTIMO) – Incondicionalmente

  • E A-CA-BOU 🙁 que pena estava tão, tão linda. Amei acompanhar sua web, linda do começo ao fim, parabéns Pedro.
    A Raquel tanto fez que acabou por fazer essa atrocidades com o Maro e o Wally, que acabou morrendo, triste, quase chorei aqui, me emocionei e muito 🙁 cena triste me emocionei ainda mais com a cena do Mariano no cemitério.
    Quer dizer que o Igor fez mesmo com que a Gio perdesse o bebê, que mau 😮
    Eduardo e Gabriele tiveram um bebê após aquela relação…
    Amei o a web do início ao fim.
    Não teve jeito para a Raquel, terminou MORTA
    e olha que coincidência, o Maro adotar o filho dela e deu a ele o nome de Wallyson, em homenagem ao seu grande AMOR!!!
    INCONDICIONALMENTE….jamais esquecerei… até a próxima (corujas sem Asas2, eu amei a primeira temporada)

    • Depois de tantas guerras, a batalha final foi espetacular Wagner! A vilã morta, deixando um filho, o qual foi adotado por um dos “inimigos” da vilã! Acho que superei até as novelas mexicanas, sem modéstia (tô de binks).

      Emoção no ponto certo e muito drama encerram uma web cheia de amor e compaixão. Espero que tenha se amado “incondicionalmente”. Até a 2ª temporada de “Corujas Sem Asas”!

  • Nem acredito que já acabou 🙁
    Mesmo depois de anos o casal Gabidu ficaram juntos e tiveram filhinhos, amei saber isso.
    Gente essa Raquel é o demônio em pessoa, nem sei como o Nathan beijou a boca desta imunda u.u ainda bem que morreu… praga ruim!!!
    Eu sabia que o Igor estava aprontando alguma com o tal líquido rosa… mas felizmente o canalha teve o que mereceu: se encontra preso, no xilindró.
    Amei saber que a senhora Ayalla apoiou o filho por ele ser homossexual, nem eu imaginava que ela era também hehe
    Todos tiveram o fim que mereceram e gostei bastante do último capítulo. Quer dizer, nem todos tiveram o final que mereciam… nem acredito que o Wally morreu 🙁 muito emocionante tudo isso…………………………………………………..
    Mas foi por uma boa causa, já que amei o final: O Mariano realizando todos os desejos do seu amado, e mostrando que ama o Wally incondicionalmente.
    Parabéns, amei a web e todos o capítulos!!!

  • Li o último capítulo 3 vezes! Fiquei triste com o final de Wallyson. Amei o final, Mariano realizando todo os desejos do seu amado. Não assisti a 1ª temporada de “Corujas Sem Asas”, mas parece ser uma web boa. Abraços!

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