Capítulo 8 – Ela Veste Preto, Mas o Baile é Cor de Rosa
O professor se apresentou como sempre faz no início das aulas. Disse o nome do curso e muito blábláblá sobre a matéria ensinada que seria história da arte.
– Como se já não soubéssemos. – sussurra Dora entediada.
– O quê mocinha? Disse alguma coisa? – pergunta o professor que parece ter ouvidos supersônicos.
– Não foi nada! Só estava admirando a beleza dos quadros que o senhor está mostrando nos slides.
– Melhor assim, pois eu não admito gracinhas de espécie alguma durante a minha aula. Os engraçadinhos que guardem suas lorotas pra outro professor, eu respeito a arte e vou ensiná-los a amar também ou…
– Ou o quê professor? – pergunta um dos alunos curiosos.
– Ou… Vocês descobriram durante o semestre. Certo senhorita? – pergunta para Dora fazendo cara de nojo.
Ela apenas deu um meio sorriso, pensando que precisava desfazer a má impressão que passou para o professor. Sempre foi uma ótima aluna e não pretendia estragar sua reputação agora.
A aula transcorreu sem mais alterações e tudo que ela queria era a tal oportunidade de se redimir, que finalmente se apresentou no término, quando o professor, depois de explicar estilos de pintores de uma forma geral, disse que daria um ponto a mais no semestre se alguém respondesse de quem era a obra que ele apresentaria a seguir no slide.
Dora estava ansiosa e levou um susto com a pintura que retratava um homem disforme amarelo que gritava sobre uma ponte multicolorida.
A sala estava em silêncio e ninguém ousava chutar um nome.
– Eu sei, é aquele quadro que minha mãe compara ao desespero de quem nunca usou botox. Tão caro! Se lembre, criatura! Sua vida nessa matéria depende disso! – pensa tentando se lembrar.
– Lembrei!!!! O quadro se chama… – grita Dora histérica.
– O Grito e está no Museu do Oslo na Noruega. – diz outra voz.
– Perfeito, rapaz! Realmente teremos alguns bons seguidores que se destacarão e a briga será boa! Melhor sorte e rapidez na próxima, senhorita. – deseja o professor à Dora, dando o ponto para o garoto que respondeu primeiro.
Ela bufava por dentro olhando pra ele, mas precisava manter a pose. Paris observava de longe sentado num lugar do fundo que havia restado.
– Garoto metido, sempre tem algum CDF querendo causar! Quem ele pensa que é? – pergunta em pensamento, pois jamais o havia visto em todas as suas andanças por New Park ou até mesmo pelo Centro.
Fim da aula e o professor começou a fazer a chamada, quando ditou um nome em especial.
– David Silver Rock! Onde está? – pergunta após não obter resposta.
– Já faltou no primeiro dia… Começou mal, mocinho!
Até que um rapaz respondeu.
– Ah, professor… Acho que ele tá de licença permanente! Porque quando soube que o senhor ia pegar tão pesado com a gente, se matou de imediato. Se o senhor quiser alguém vivo no final do semestre é melhor pegar mais leve. – termina.
Outro continuou.
– Mas não se preocupa não Fessor, porque já mandaram um substituto, o alienígena ali atrás. – diz apontando para Paris.
A confusão foi geral. Todo mundo estava zoando, até que Dora se cansou e saiu da sala, mesmo sem responder a chamada. Enquanto isso, Mell se deliciava com a zona que com certeza teve o seu comando.
– Chega é demais pra mim! – lamenta.
Dora saiu tão apressada que não notou que o garoto que a atravessou na resposta do quadro a observava com olhos vidrados e cara misteriosa de quem com certeza pensava algo sobre ela.
Mistério!!! Amo quando há uma pitada de suspense.
Primeiro dia de aula e já aconteceu tudo isto?? Imagina os próximos então kkk
Coitado do Paris, é tão zoado por todos, tadinho.
Alguém pode mandar a Mell para o quinto dos infernos?? Que garota mais nojenta, quero que ela apanhe muito!!
Esse tal garoto que cortou a resposta da Dora é um tanto que suspeito, quem será o cara da vez?? Ahhh, quero que o próximo capítulo venha logo kk
Rodrigo, meu companheiro de web… A trama está exposta! É agora que a história realmente começa!!!! Você ainda vai ouvir falar muito desse “tal” garoto misterioso!!! E a Mell??? Ninguém sabe o que a espera!!!!