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O Internato

Capítulo 3 – O Internato

O internato
Capítulo 03
Abiel e Cecília pularam de felicidade. Eles haviam sidos aprovados no colégio dos sonhos. O Apresentador tratou de aperta-lhe junto às fotos para ganhar popularidade, mas eles conseguiram fugir. Precisava contar aos pais aquela fabulosa novidade.
No entanto, ao saírem do circo, Cecília lembrou-se da sua calcinha furtada, mas Abiel conseguiu pega-la e entregou para a dona sem pestanejar. Estava muito tarde. O Relógio da catedral próxima badalava meia noite. E agora, como voltariam para casa?
Nesse instante, no interior de uma limusine. Cassandra abaixara o vidro automático e os surpreende com um susto.
Cassandra – Querem uma carona queridos?
Abiel leva um susto – De onde essa múmia surgiu?
Cecília o corrige com uma pisadela daquelas e toma partido da situação:
Cecília – Obrigada Senhorita, mas acho que vamos a pé mesmo.
Cassandra – Mas o que é isso? Eu faço questão. James para de ouvir “segura o Tchan”, se não eu te meto no meu calabouço junto com as ratazanas. ( Disse ao motorista)
Abiel – Mas isso não é mulher, isso é um furacão.
Cecília o repreende com um chute no joelho. Ele urra de dor.
Cecília – Está muito tarde, mas nós sabemos nos virar, não se preocupe.
Cassandra – Não quero que nossos futuros cérebros morram de cansaço antes de passarmos nossos deveres, se não é capaz de entrarem em parafusos e daí, será quase impossível trazê-los de volta.
Abiel – Mas que abuso de poder é esse? Larga a orelha do coitado.
Cecília – Abiel! Cala essa boca.
De repente, quando o motorista desliga o celular. A cachorrinha Cornélia começa a lamber a face da mulher. Que tenta controlar a bichana, mas só o que consegue é ter seus cabelos espetados.
Os dois caem na gargalhada.
Cassandra – Perdoem-me o ultraje. Cornélia é uma cadelinha poodle adorada. Estão vendo essa tintura azul bebê da pelugem dela, pois bem, é tinta francesa, feita especialmente para pelo de animais de pequeno porte. Ela é bem educada, só não entendo por quê…AIIIIIIIIIIIIIIIII…
A cachorra mordera sua mão. Os dois seguram para não rir.
Cassandra – Você é uma cachorrinha muito má !
A cachorra irritada com aquele safanão. Monta em cima da mulher numa posição ofensiva que vai mordê-la, mas o que acaba mesmo fazendo é urinando nas vestes da anciã.
Cassandra – Xixi não! Posso pegar uma doença por essa ureia mal cheirosa. Oh my god ! Preciso de um banho no meu jacuzzi já. Desculpem meus queridos, mas a carona fica para outro dia. ( E seu carro sai apressado. Os dois voltam correndo para a casa em meio aos risos)
***
Abiel e Cecília chegam à casa da garota, depois de horas fazendo planos sobre seus futuros. Uma brisa gélida parece cessar no momento que ela chega a porta de entrada. Ela se vira para encará-lo.
Cecília – Bom, acho melhor eu ir entrando, está ficando muito tarde. Até mais Abiel – Diz meio sem graça.
Ela sai, mas ele a puxa pela mão.
Abiel – Espera! Preciso te dizer uma coisa!
Cecília se volta para ele. O coração da menina acelera. Nunca estivera sendo olhada tão profundamente. Ainda mais por uma pessoal tão íntima como seu amigo.
Abiel – Eu… bom, nem sei como dizer isso, mas desde que nos conhecemos eu nunca te enxerguei como uma amiga.
Cecília se entristeceu – Não?
Abiel – Não. Na verdade, não só como uma amiga, mas sim como uma pessoa próxima, mais íntima. Eu não sei bem o que é essa ardência do meu espírito, não sei por que fico vermelho quando te vejo. Por que transpiro? Sei que sofro de carência, minha mãe vive falando disso, mas sabe eu não acho que sou o único, acho que todos no fundo, possuímos um lado solitário necessitando de carinho. Você é um dos exemplos disso.
Cecília pensara em contrariá-lo dizendo que ele não a conhece tão bem para afirmar aquilo, mas para que iria fazer isso? Iria estar fugindo da situação que há meses já estava acontecendo ! Precisava tomar uma atitude!
Cecília – Abiel, talvez você esteja confundindo as coisas… Já experimentamos uma vez… e bom não deu muito certo…
Abiel – Pare de mentir! Eu sei que no fundo você gosta de mim. Eu li no seu diário que você deixou lá no armário do colégio.
Cecília – Na verdade eu… COMO? DIZ QUE EU NÃO OUVI DIREITO. VOCÊ LEU O MEU DIÁRIO?
Abiel – Não pude aguentar de curiosidade, precisava ver se…
Cecília – VOCÊ NÃO PRECISAVA VER NADA, APENAS SENTIR O SEU EGO INFLADO, SEU BOSTA. MEU DEUS COMO VOCÊ É ESCROTO. EU TE DETESTO GAROTO. BOA NOITE! (e bateu a porta em sua cara)
Ele começou a chama-la, mas ela não o deu a mínima, até aparecer na janela de seu quarto.
Cecília – EU NÃO QUERO TE VER NUNCA MAIS !!! – Disse zangada.
Abiel – Cecília é só um diário, deixa disso… Eu não me importo, se você me vê como seu herói dos sonhos ( fala com entusiasmo).Que meus músculos são da definição de Hércules ( Seu tom de voz se assemelha ao superman) e que…
Ele fora interrompido por um vaso que caiu em sua cabeça.
Abiel – MAS O QUE FOI ISSO?
Cecília – Foi o fim da nossa amizade, seu invasor de privacidade! Estados Unidos da América. Espião. (e bateu a janela)
Ele pensou em responder, mas aquele corpo que apareceu na janela ao lado chamou-lhe atenção. Marieta começou a despir a camisola e a mostrar seus seios para ele. O Garoto ficou gamado. Que menina era aquela? Quanta beleza a mãe natureza havia lhe proporcionado. E aquela dancinha sensual, era melhor que as revistar playboys que seu pai o mostrava. Mas aquilo não durou muito. Repentinamente, Cecília apareceu no quarto de Marieta e jogou a garota lá de cima.
Cecília – SAI DO MEU CAMINHO, SUA LACRAIA SEM VERGONHA!
Marieta recuperando do tombo olhou para cima – MAS O QUE SIGNIFICA ISSO? Louca! Assassina!
Cecília a mostrou a língua e despareceu na janela. Marieta levantou-se e lembrou-se daquele rapaz. Olhou em volta, mas ele havia sumido. Sofreu e voltou para a casa toda irritada como uma criança birrenta.
***
Em seu quarto…

Lorenzo arruma seu topete pela última vez na frente em um espelho médio de madeira. Então alguém toca a campainha.
Lorenzo diz para si mesmo – É agora que eu gabarito a prova do meu Enem. Que danço sobre a praia de Ipanema, por que você querida virgindade não me pertence mais!
Ele desce até sua sala que continha o dizeres na porta: “Orientador Educacional” e abre, levando um susto daqueles…
Travesti – E ai bonitão ? Preparado para ter uma noite bem quente – Disse se esfregando em Lorenzo.
Lorenzo – Mas nem morta bicha agourenta ! Eu pedi um homem e não uma coisa insignificante da raia miúda como você.
Travesti – COMO ??? – Ele pareceu extremamente ofendido com os xingamentos.
Lorenzo – É isso que você ouviu, ou é surdo ? Eu contratei um homem de verdade e não um protótipo de mulher mal feito. Exijo meus direitos. Vou processar a sua agência.
E corre para o telefone, mas o traveco é mais rápido e retira da tomada.
Travesti – NEM PENSE EM FAZER ISSO ! POR QUE VOCÊ ESTÁ DIANTE DO MAIOR PSICOPATA DA HISTÓRIA DESSE PLANETA! CUIDADO, EU ESFAQUEIO !
Lorenzo – Com esse pinto pequeno, nem mata uma mosca para o café. SAIA DA MINHA SALA AGORA, OU CHAMAREI A SEGURANÇA, E MINHA QUERIDINHA…GARANTO QUE VOCÊ NÃO SAI DAQUI SEM UMA ESPANCAMENTO BEM PESADO.
Travesti – Eu adoro apanhar. Quem vai me bater, é você meu machão, querido? E acaricia a face de Lorenzo que se desvia com asco total. Quebra o gelo vai ! E usa isso que Deus te deu em mim, vai ?
Lorenzo – MAS QUE INSULTO É ESSE NA MINHA WEB ? EU VOU ACABAR COM VOCÊ SUA ABERRAÇÃO DA HUMANIDADE. –  E aperta o botão de emergência debaixo da mesa. Seguranças ferozes invadem a sala rapidamente e agarram o Travesti que sorri num ímpeto de prazer.
Travesti – É orgia ? Eu não sabia !
Lorenzo – Não, é revolução francesa, bebê ! Hora da guilhotina, hahahahahaha, ai que delícia.( Diz o bordão como o boneco assassino)

Travesti tentou se desvencilhar, mas foi inútil. Lorenzo estava febril de felicidade.
O Decapitamento não demorou muito a ocorrer. A cabeça do travesti foi dada de presente para Lorenzo que com uma luva jogou pedaços do cérebro para os cachorros de caça ao fundo daquele local.

Lorenzo – Ser bicha má dá um trabalhooooooo….MAS EU ADOGOOOOOOOOOOOOO…

No outro dia…
Cecília acordara com uma goteira impertinente que pingava do teto que estava podre de preto. Aquela água gelada era terrível para ela que estava sob as cobertas. Tomou um belo banho quente depois e desceu para avisar aos pais da nova notícia. Eles vibraram com a mocinha. Até o cachorro de estimação da família, um labrador gigante e desajeitado, chegou subindo na mesa só para parabeniza-la com uma boa baforada fétida seguida de um latido ardido. Ela o abraçou e quando percebeu já estava fazendo as malas para o dia da partida. Naquela noite de véspera, algo dominava seu pensamento. A figura de Abiel. Desde aquele incidente há meses, ela não o encontrava. Para piorar, havia ficado sabendo que sua vizinha chata fora aprovada também e começou a planejar maneiras de conter a fera, quando ela resolvesse armar para cima de sua pessoa.
***
O Avião da empresa acabara de decolar. Era tudo lindo ali dentro. Uma menina mulata sentou ao seu lado. Chamava-se Manoela. Estava gripada e para piorar reclamara de dor na nuca, provavelmente era meningite e Cecília torcia para que não fosse viral. A refeição logo chegou. Salmões ao molho pardo. Devorou em uma engolida só. Estava faminta. Passado alguns minutos, resolveu ir ao banheiro.
Quando finalmente ia lavando as mãos naquele aposento, a luz do repartimento cessou. Ouvira uma grande gritaria lá fora. Abriu a porta lentamente do local e quando menos esperou foi arremessada aos pés daquele gigante enorme, calvo que parecia ter um olho só. Cassandra estava próximo a ele.
Cassandra – Vejamos quem temos aqui? A macaquinha do circo. Dê um jeito nela Ciclope.
Ele a agarrou pela gola e quando ia jogá-la longe. Abiel gritou.
Abiel – Você não vai fazer nada com ela !
Cassandra – Tenha santa paciência. A hora do romance ainda não chegou e nem vai chegar, por que todos vocês vão estar mortos quando esse avião cair.
Cecília – Como?
Cassandra – Isso mesmo que vocês ouviram ( diz referindo aos jovens passageiros). Isso é um sequestro, não existe colégio dos sonhos. Todos irão pensar que foi um simples acidente aeronáutico, como eu tenho pena de vocês. Vão morrer sem uma formação acadêmica, que lástima.
Abiel raivoso grudou no braço da megera.
Abiel – Você pode parar com isso já, sua caveira de centopeia.
Cassandra – Burro! Insetos não contem ossos, apenas uma cartilagem grossa que os protege contra inimigos. Mas não se preocupe ninguém no mundo sentirá falta de uma pessoa tola como você. – Encarando com ódio mortal.
E o empurra no chão. Cecília é jogada longe. O avião começa a cair bruscamente. A protagonista olha pela janela e consegue os ver fugindo de paraquedas. Crianças são arremessadas para todos os cantos, batendo na lataria do objeto e se ferindo gravemente. Manoela toda ensanguentada, engatinhando no chão, consegue empurrar a porta.
Manoela – Cecília, aqui.
Ela e Abiel entram na cabine do motorista e ela se lembra do pesadelo que teve.
Cecília – Rápido Manoela fecha essa porta. Não quero ser surpreendido por uma arma.
Manoela tranca com muita dificuldade. Cecília berra para Abiel puxar a marcha, mas nada adianta o avião não volta à tranquilidade.
Abiel – Nós precisamos fazer alguma coisa!
Manoela – Eu sei disso, animal.
Abiel – Animal é a sua…
Cecília – Nem termine a frase. Caramba gente, não vê que há coisas mais importantes nesse momento, me ajudem aqui, tá legal?
Cecília tenta se lembrar das aulas de voo que tivera com o pai e “ cai a ficha”, o botão vermelho.
Ela é jogada contra o painel de comando e machuca a cabeça no vidro. Ela identifica o botão, mas depois de apertá-lo, no leitor aparece o pedido de senha. OH, MEU DEUS !!! ESTAMOS PERDIDOS !!! pensa ela, encarando os outros dois…

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