Capítulo 67 – Realeza (Última semana)
SEXAGÉSIMO SÉTIMO CAPÍTULO
Cena 1- Casa de Maria José- Noite.
Severino e Maria José conversam sobre o golpe de Maria Letícia.
Severino: Calma, José. Não adianta agir de cabeça quente. Precisamos pensar numa forma de você voltar com cuidado, mas triunfante, como você planeja.
Maria José: E eu aqui pensando que aquela vadia tinha tomado tudo que era meu. Mas deixa estar, ela cutucou a cobra com vara curta.
Jonathan: Como eu já o trouxe até aqui, acho que consegue voltar sozinho, não é?
Severino: Pode deixar comigo, rapaz. Qualquer coisa se eu não souber, me viro de alguma forma. – Ele sorri. – Obrigado por ter me trago até a José.
Jonathan: Imagina, não tem nada que agradecer. Me sinto até importante em estar ajudando a Maria José.
Maria José: Muito obrigada por tudo, viu Jonathan? E diga para sua e mãe e para o seu irmão, que até o momento eles não precisarão mais vigiar os passos da víbora, pois já tenho ela nas minhas mãos.
Jonathan: Eu falo sim, boa noite para vocês. – Ele vai embora.
Severino: Pelo visto você já estava empenhada em acabar com Maria Leticia de qualquer forma que encontrasse.
Maria José: Você não sabe nem de um terço do que me aconteceu, Severino. Ela tem que pegar, aquela vaca.
Severino: Eu estava aqui pensando, amanhã terá um jantar para finalizar a campanha que ela lançou no começo desta semana. Talvez seja esse o local mais que perfeito para você desmascarar a cobra.
Maria José: Ah, fiquei sabendo que ela voltou com o tal grupo SDP. Bando de trouxa aquele pessoal. Mesmo depois de terem descoberto quem aquela vadia é, ainda contribuíram com mais uma campanha dela.
Severino: Marisa e eu já estávamos mexendo os nossos pauzinhos para descobrir se ela realmente lançava essas campanhas para um bem comum, ou se era para o bem de si mesma.
Maria José: E conseguiram descobrir algo?
Severino: Só descobrimos que ela não conversou com o presidente da SABESP, como ela havia dito na reunião do grupo.
Maria José: Se ela não conversou com o cara, é porque ela usa o dinheiro para outra coisa. Aquela golpista.
Severino: Sabe o que podíamos fazer? Levar ele contigo para esse jantar. Lá os dois tiram a máscara da mentirosa.
Maria José: Ideia melhor que esta, impossível de se ter.
Cena 2- Apartamento de César- Noite.
Antonella conversa com Simone e Célia.
Antonella: Hoje mais cedo eu estive sim na casa do Frederico. Contei a ele que pretendo fazer o exame de DNA antes do bebê nascer. E ele me pareceu muito feliz com a ideia.
Simone: Será que ele quer mesmo ser pai? Ou está apenas fingindo estar gostando de tudo isso?
Antonella: Se ele estiver fingindo, admito que ele sabe fingir muito bem. Pois eu estou acreditando em tudo o que ele diz.
Célia: Se ele estivesse mesmo feliz, não ficaria colocando empecilho. E é um grande obstáculo essa história de paternidade.
Antonella: Mas não foi ele quem questionou a paternidade da criança, foi a mãe dele. Aquela desgraçada, imbecil.
Célia: Ah, não fique culpando ela. Pois se o Frederico quisesse, ele batia o pé e não deixaria a mãe dele se intrometer no caso de vocês.
Simone: Concordo totalmente com a sua avó, Antonella. Esse garoto precisa se impor mais.
Antonella: E a vovó precisa ser menos escandalosa, pois quase acordou o prédio inteiro de ontem pra hoje.
Simone: Não entendi o que você quis dizer. – Ela fica com cara de dúvida.
Célia: É melhor não entender mesmo, minha filha. A Antonella estava querendo dizer que eu ronco demais, não é minha neta?
Antonella: É bem isso mesmo, vovó. – Ela dá um sorriso cínico. – Espero que não aconteça outra vez, pois serei obrigada a avisar aos moradores que durmam com algo no ouvido.
Simone: Engraçado. Acho que eu devia estar com muito sono, pois não escutei nada.
Antonella: Por pouco este apartamento não foi atingido por um terremoto, mamãe. A senhora devia estar mesmo com muito sono. – Ela é irônica.
Célia: Vamos parar de conversar sobre isto? Obrigada.
Cena 3- Casa de Regina- Noite.
Jonathan conta para mãe que falou toda a verdade sobre Kevin para Maria Luiza.
Jonathan: Mãe, preciso falar algo sério com a senhora. Primeiramente, a José não precisa mais dos nossos serviços, ela conseguiu achar algo para derrubar Maria Letícia.
Regina: Sério? E como foi que ela conseguiu isso?
Jonathan: É uma longa história, que depois eu faço questão de te contar com os mínimos detalhes. Agora eu preciso falar com a senhora sobre outra coisa.
Regina: O que? Estou começando a ficar preocupada com todo esse mistério.
Jonathan: Eu finalmente consegui encarar o meu trauma, e acabei contando para a Malu sobre a morte do Kevin.
Regina: Meu Deus do céu, o que foi que você fez? Quanto que eu te pedi para que não fizesse isso? Se Maria Letícia descobre… nós estamos perdidos.
Jonathan: Fica despreocupada, mãe. Pode ter certeza que a José vai tirar a Maria Letícia do comando, e nós não teremos mais que temer a ela.
Regina: Nós não sabemos do que aquela mulher é capaz, filho. Ela pode ser pior do que imaginamos.
Jonathan: Por que está com tanto medo assim, mãe? Eu que devia estar desesperado não estou. Na verdade, estou até feliz, parece que tirei um grande peso das minhas costas. Além do mais, se lembra que o pai acabou me perdoando por eu ter matado o Kevin? Ele entendeu que tinha sido sem querer, depois de algum tempo, mas acabou entendendo.
Regina: Você não quer comparar os seus pais com ou outros, não é? Nada mais normal do que seu próprio pai lhe perdoar pelo que você fez, mas as pessoas não são assim, Jonathan.
Jonathan: Não importa. Que todos me vejam como um criminoso então, pois a opinião de Maria Luiza é a única que interessa para mim.
Regina: Você não sabe a enrascada que está se metendo. A Maria Letícia não pode descobrir… ela é capaz de matar nós três se souber uma coisa dessas.
Jonathan: Mãe, eu sinceramente não estou te entendendo. E prefiro não entender, tenha uma boa noite, fui. – Ele vai para o quarto.
Regina: Mal sabe você que o Kevin não foi adotado… mal sabe que na verdade ele era filho da Maria Letícia, o filho renegado da megera. – Ela fala para si mesma com os olhos cheios de lágrimas. – E assim como ela nos ameaçou de morte uma vez, pode fazer isso de novo.
Cena 4- Cadeia- Dia.
Maria Letícia tem uma conversa franca com Carlos Henrique.
Carlos Henrique: Maria Letícia? Nunca pensei que te veria aqui. Ainda mais vindo me visitar. – Ele se senta.
Maria Letícia: Para você ver como o mundo dá voltas, não é? Me confesso que fiquei mais interessada em você quando soube que foi o culpado pela morte do Alberto.
Carlos Henrique: Como ficou sabendo disso? Por acaso está próxima de Marillu agora? Pois a única que sabia era ela.
Maria Letícia: Tem certeza? Ai é que você se engana, querido. O meu mordomo viu tudo.
Carlos Henrique: Ah, sim. O desgraçado do Pierre viu eu empurrando o Alberto escada abaixo. Mas jurava que ele imaginava que fosse um fantasma.
Maria Letícia: Mas ele pensou que fosse mesmo, até você ser preso. Enfim, não foi para falar sobre isso que eu vim aqui.
Carlos Henrique: Por acaso veio me complementar a minha ficha criminal com essa informação? Quero ver você provar que fui eu quem o matou.
Maria Letícia: E quem disse que eu farei isso? Vim aqui justamente para te agradecer por ter tirado aquele banana da minha vida. Se bem que quando você o matou, nós não estávamos mais juntos.
Carlos Henrique: Fiquei sabendo do escândalo através dos jornais. Parece que você era prostituta antes de se casar com ele.
Maria Letícia: Deixando o passado de lado. Vim aqui para te propor algo irrecusável. Você me provou que é digno da minha admiração.
Carlos Henrique: Qual é a proposta? Se eu gostar, quem sabe.
Maria Letícia: Quero que você seja meu aliado, meu cúmplice, que tal? – Eles se encaram. – Garanto que não vai se arrepender.
Carlos Henrique: Seu cúmplice? Em exatamente o que?
Maria Letícia: Estou precisando me livrar de umas pessoas ai que estão na minha lista negra. E já que meu antigo companheiro não é capaz nem de matar uma barata, preciso de um homem que tenha sangue frio como o meu. E você provou que tem bastante sangue frio ao matar o Alberto.
Carlos Henrique: Entendi. E o que irei ganhar com isso?
Maria Letícia: Sério que somente a sua liberdade não basta?
Carlos Henrique: Não terei nem uma transa com a chefia. – Ele dá um sorriso cafajeste.
Maria Letícia: Você quer ir para cama comigo? Depende da qualidade dos seus serviços.
Carlos Henrique: Quer saber? Eu tô dentro. Não pela minha liberdade, mas só para fazer um sexo gostoso com você. Irei fazer contigo, o que o banana do seu marido nunca teve coragem de fazer com a Marillu, que vivia dando bola para ele.
Maria Letícia: E o que é que você vai fazer comigo? – Ela se interessa.
Carlos Henrique: Vou te colocar para gemer a noite todinha. – Ambos dão uma risada. – Vou te ensinar a ser mulher de verdade.
Maria Letícia: Estou começando a ficar excitada com esse papo.
Cena 5- Cobertura de Marisa- Dia.
Celso descobre que Maria Letícia fez uma campanha, e que não te contou nada.
Celso: Esta revista aqui é de quando, amor? – Ele pergunta foleando as páginas.
Marisa: Acabei de comprar lá na banca de jornal. Então presumo que seja de hoje. – Ela penteia o cabelo.
Celso: Então vou dar uma lida aqui. – Ele vê uma imagem de Maria Letícia na página anterior e volta até lá. – Maria Letícia?
Marisa: Surpreso em rever a sua ex companheira na revista?
Celso: Não. É que aqui está dizendo que ela irá finalizar uma campanha hoje em grande estilo, e que conseguiu arrecadar bastante grana.
Marisa: O que tem de mais nisso?
Celso: Eu não sabia que ela tinha voltado com a SDP, muito menos que os sócios do clube contribuíram com a campanha dela, que é uma safada e golpista.
Marisa: Tenho que concordar com você, também fico besta com a ignorância daquele pessoal. Eles se deixam ser levados por um rostinho e palavras bonitas. – Ela entra no banheiro.
Celso: Então quer dizer que você anda agindo pelas minhas costas, Maria Letícia? – Ele se pergunta. – Ela quer que eu mate o Roberto de qualquer forma, e enquanto eu não fizer isso… prevejo que ela irá me afastar de tudo que fizer.
Marisa: Você estava falando comigo, querido? – Era para em frente ao espelho novamente.
Celso: Não, estava falando aqui com os meus botões. E eles me questionaram como você foi capaz de deixar que Maria Letícia enganasse os sócios do clube, pois você sabe que ela não é nenhuma anjinha.
Marisa: Eu sei, mas não pude fazer nada. Ela também é dona do clube, e realizou uma pesquisa para saber se aprovavam o retorno da SDP. O pior foi que a maioria votou para que o grupo voltasse.
Celso: Mas você podia ter alertados eles, assim ninguém votaria para a volta do grupo.
Marisa: Mas eu precisava reunir provas para isso. Porém, não consegui descobrir absolutamente nada de estranho. – Ela mente, pois descobriu que Maria Letícia não falou com o presidente da SABESP.
Celso: É, sem provas ninguém ia acreditar em você. – Ele disfarça a raiva que está sentindo.
Cena 6- Cobertura de Severino- Dia.
Marillu revela que prefere voltar para a sua cidade natal. Frederico não gosta da ideia, mas apoia a mãe.
Marillu: Eu andei pensando e acho que o melhor que tenho a fazer é voltar para o lugar de onde nunca deveria ter saído.
Frederico: E aonde é que fica esse tal lugar?
Marillu: Na minha cidade natal. Eu nunca deveria ter saído de lá, e se saí foi por uma ilusão.
Frederico: Então depois de tudo, você quer voltar para o interior? – Ele se surpreende. – Pois saiba que eu não estou a fim de viver como um caipira.
Marillu: Não precisa vir comigo. Te dou um dinheiro, e você se vira por aqui mesmo.
Frederico: É se este é o seu desejo, que o realize então. Só não quero que se arrependa, nem que se envolva em mais roubadas por ai.
Marillu: As burradas da minha vida só foram cometidas por causa de um amor platônico, que já nem existe mais.
Frederico: O seu amor foi embora junto com o Alberto, não é? – Ele sorri. – Nunca pensei que um dia escutaria você falando que fez uma loucura de amor, e olha que a loucura foi grande, imensa.
Marillu: Uma loucura que estragou a minha vida e de todos que estavam ao meu redor.
Frederico: Não só de quem estava ao seu redor. Porque por culpa sua acabei magoando o Leonardo e toda a família dele.
Marillu: Culpa minha não, pois foi você quem quis se envolver com ele. Apenas te apoiei a se envolver com a Daniele e a Antonella, fora a Maria Luiza que também foi ideia minha.
Frederico: Mas por causa da sua pressão em me ver casado, eu tive que ir ao extremo. Acabei tendo um caso com outro cara e estava prestes a me casar com ele.
Marillu: É, pode ser que de certa forma eu tenha mesmo influenciado nessa situação toda. Mas temos como, ao menos, diminuir o tamanho do estrago.
Frederico: A é? E como você pretende fazer isso? O Leonardo não quer ver a minha cara nem pintada de ouro.
Marillu: Nós não vemos apenas o que queremos, meu filho. Às vezes somos obrigados a ver o que não nos é conveniente. E tá decidido, se queremos mesmo fazer uma mudança radical em nossas vidas, devemos começar com as desculpas àqueles que prejudicamos de alguma forma.
Cena 7- Clínica de reabilitação- Tarde.
Melissa e Ivan conversam sobre o futuro deles.
Melissa: Sei que vai soar meio estranho, mas é tão bom te ver aqui. Só prova o quão você está sendo guerreiro com relação à sua dependência.
Ivan: Eu te entendo perfeitamente, meu amor. – Ele a abraça. – Espero te ter ao meu lado para o resto da minha vida.
Melissa: Isso também é tudo o que eu mais quero. E é por isso que fico feliz em saber que está lutando para ser uma pessoa melhor, e viver eternamente ao meu lado.
Ivan: Vou deixar bem claro que quero ter no mínimo cinco filhos com você. – Eles sorriem.
Melissa: Não acha que é muito não? Haja cabeça para aturar tanta criança. – Ela brinca. – Eu já estou satisfeita com apenas dois. Para mim está bom demais.
Ivan: Pois dois para mim é muito pouco, posso abaixar para quatro.
Melissa: Resolvemos isso depois. – Eles se beijam. – O que importa é que fiquemos juntos até depois da morte.
Ivan: Eu quero me casar contigo, formar uma bela família ao teu lado, e ser feliz, muito feliz. – Eles se olham apaixonados.
Melissa: Você sabe que é muito importante para mim, não é? Eu pensava que morreria encalhada, mas ai você apareceu e mudou a minha vida.
Ivan: No pouco tempo que você entrou na minha, também fez mudanças que… eu nunca imaginei que fosse acontecer comigo.
Melissa: Agora para ficar completo, você deveria dar um voto de confiança para a sua mãe. Queria tanto que tivéssemos uma família completo, e querendo ou não, ela será avó dos nossos filhos.
Ivan: Não, peça-me qualquer coisa, menos isso. Aquela mulher arruinou a minha vida, e eu nunca esquecerei disso. – Ele fala sério.
Melissa: Por favor, amor, ao menos tenta perdoar ela. Se você não conseguir… te entenderei. Mas você nunca vai saber, se consegue ou não perdoá-la, sem tentar.
Ivan: Tá bom, tá bom. O que você não me pede chorando, que eu não faça sorrindo? Eu tentarei, mas não garanto que irei conseguir perdoar ela pelo que me fez.
Melissa: É isso ai, meu amor. – Ela o beija. – Com fé em Deus você vai conseguir.
Cena 8- Mansão Corte Real- Tarde.
Pierre leva comida para Daniele, seguindo as ordens de Maria Letícia. Ela consegue golpear o mordomo e fugir.
Maria Letícia: Esta casa está em uma verdadeira algazarra, e logo mais os convidados começam a chegar. Preciso que tudo esteja pronto dentro de duas horas. – Ela manda nos empregados. – Pierre, venha até aqui por favor.
Pierre: Oui, madame. – Ele a segue até o escritório. – No que posso lhe ajudar minha rainha?
Maria Letícia: Preciso que você leve um lanchinho para a vadia da Daniele. Hoje ela não terá jantar, vai ser apenas um lanche da tarde mesmo e pronto.
Pierre: Desculpe ser intrometido, madame, mas por que não se livra dela de uma vez? A senhora estava prestes a fazer isso quando foi interrompida bruscamente pelo Roberto, e depois daquele dia nunca mais voltou até lá para finalizar o serviço.
Maria Letícia: É que por enquanto não posso fazer nada contra a vadia, somente quando o Roberto cantar para subir.
Pierre: E a madame vai esperar até que a morte leve o miserável? Acha que ele irá morrer assim da noite para o dia?
Maria Letícia: Não seja imbecil, seu mordomo inútil. É claro que eu já tenho um plano em mente para me livrar do desgraçado. O Celso irá mata-lo. Mas isso não lhe diz respeito, então volte para a cozinha e faça o que deve ser feito.
Pierre: Desculpe por ser inconveniente. Com licença. – Ele sai. – Vagabunda, desgraçada. Merece morrer dolorosamente. – Ele vai até a cozinha, e prepara algo para levar à Daniele.
Regina: O que é isso ai que você está fazendo Pierre? Por acaso a patroa deixou você rouba comida. – Todos os outros gargalham.
Pierre: Cuide do seu serviço, sua emprega insolente.
Jonathan: Olha como você fala com a minha mãe, seu mordomo de araque. Eu posso muito bem arrancar todos os dentes da sua boca com um murro só.
Pierre: Com licença. – Ele sai e vai até aonde está Daniele. Os cachorros começam a latir ao ouvirem as chaves abrindo a porta. – Trouxe o seu lanche, e se contente porque hoje não irá jantar. – Ele se aproxima dela e tira a mordaça.
Daniele: Por que não terá janta hoje?
Pierre: Porque a patroa vai dar um jantar, e não quer que os convidados percebam nenhuma movimentação por aqui.
Daniele: Ah, claro. Pois podem descobrir que estou aqui. – Pierre põe o pão na boca dela, que morde um pedaço. – Obrigada. Pierre, será que você não pode fazer um favorzinho para mim? A minha mão está com câimbra por causa dessas algemas, será que você não podia soltá-las só um pouquinho?
Pierre: Se você não fazer nenhuma brincadeira, tudo bem. E assim fica até melhor que eu não preciso ficar dando nada na sua boca. – Ele fala com raiva.
Daniele: O que aconteceu para você estar com essa raiva toda?
Pierre: Nada, nada. São problemas meus. – Ele é grosso. Pierre abre as algemas e Daniele empurra a cabeça dele contra a parede, ele fica desacordado.
Daniele: Agora eu tenho que sair daqui, mas sem ser vista por ninguém. – Ela fica de pé com dificuldade. Os cachorros não param de latir. – Fiquem quietos seus otários. – Daniele olha para Pierre desmaiado, e depois fecha a porta e vai embora.
Cena 9- Mansão Sales Couto de Sá- Tarde.
Michele conversa com Roberto, e diz que o perdoa, caso ele se entregue à polícia.
Roberto: Michele? Você por aqui? Eu só posso estar sonhando. – Ele fala sem acreditar. – É você mesmo ou estou tento alucinações?
Michele: É claro que sou eu, Roberto. – Ela se aproxima dele. – Andei pensando sobre tudo o que você disse, tudo o que fez.
Roberto: E ai? Você vai me dar uma nova chance? Ou… serei obrigado a desistir de você de uma vez por todas?
Michele: Eu decidi que irei lhe dar uma chance, mas somente se você… confessar tudo para a polícia. Pois você sabe que foi cumplice de um assassinato. Na verdade, você também foi o mandante.
Roberto: Então para ter o seu perdão, você quer que eu me entregue pelo que fiz?
Michele: Sim, mas também quero que não poupe ninguém. A Maria Letícia te ajudou nisso, e ela também deve cair contigo.
Roberto: Para ter o seu perdão eu faço tudo o que quiser. – Ele se aproxima dela e toca em seu rosto. – Você quer uma prova de que eu te amo de verdade, não é?
Michele: Também, mas o que eu mais quero é ver que você mudou. E somente se entregando para a polícia, você vai fazer com que eu acredite na sua transformação.
Roberto: Certo, certo. Se é isso o que quer, é isso o que irei fazer. Contanto que você me visite na cadeia. – Ele sorri.
Michele: Pode deixar, estarei lá sempre que possível. – Ela segura as mãos dele. – Eu te amo.
Roberto: Eu também te amo. – Lágrimas escorrem o seu rosto. Michele o beija.
Michele: Então até mais ver. – Ela se emociona. – Saiba que estarei te esperando aqui fora.
Roberto: Eu confio em você. – Ela larga as mãos dele e vai embora. – Eu farei isso por você, Michele, e também por minha filha. Pois se Maria Letícia for presa, a Daniele estará livre das garras dela. Não há maneira mais justa de salvar a minha menina. – Ele chora.
Cena 10- Mansão Corte Real- Noite.
Maria José surge no jantar que Maria Letícia preparou para finalizar a campanha, e a expulsa do clube e da mansão.
Maria Letícia: Boa noite a todos. – Ela bate com uma colher em uma taça de cristal. – Gostaria da atenção de todos por um segundo, pode ser? – Todos se viram para ela.
Célia: Aquela ali não é aquela escandalosa da reunião? – Ela olha Lilla da cabeça aos pés. – Que criaturinha mais vulgar.
Simone: Dessa vez eu tenho que concordar contigo, mamãe. – Elas cochicham em um canto da casa. – O vestido dela é muito vulgar, curto até demais.
Célia: Não duvido nada que esteja mostrando o que não deve. – Maria Letícia discursa.
Maria Letícia: Como vocês já sabem, conversei com o presidente da SABESP, que recolherá o dinheiro em prol da melhoria…
Maria José: Não sei se vai adiantar, mas estou aqui mais uma vez para abrir os olhos de vocês com relação a essa mulher. – Ela interrompe Maria Letícia, que fica pasma ao ver a inimiga viva. – Espero que ao menos desta vez todos me escutem.
Simone: Ih, sujou para a Maria Letícia mais uma vez. – Ela comenta em tom baixo.
Maria José: Essa mulher está enganando vocês, fazendo falsas promessas. Sabem para onde vai esse dinheiro que doaram?
Severino: Gostou da surpresinha? – Ele cochicha no ouvido de Marisa.
Marisa: Então foi você quem a encontrou? E não me disse nada. Mas é bom saber que a José está de volta, e com uma nova bomba pelo que estou vendo.
Maria Letícia: Não deem ouvidos a essa maluca. É claro que eu conversei com o presidente da SABESP, e o dinheiro não foi desviado para a minha conta coisíssima nenhuma. Ela está inventando isso tudo.
Maria José: Não é isso o que o meu amigo tem a dizer. – O presidente da SABESP surge em meio a multidão. – Diga para eles a conversa que Maria Letícia teve com o senhor.
Presidente: Que conversa? Eu só vejo essa moça nas revistas, nós nunca nos vimos antes. – Todos ficam surpresos. – O que quer que ela tenha dito envolvendo o meu nome, é mentira.
Maria José: Infelizmente a sua máscara caiu, querida. – Ela sorri, e Maria Letícia fica pasma.
Maria Letícia: Fora da minha casa, eu quero todos fora daqui, agora. – Ela grita.
Maria José: E quem te garante que esta casa é sua? – Ela se aproxima de Maria Letícia. – Não sei qual era o seu plano, mas sei que deu errado. Pois aqueles papéis não valiam de nada, eram todos falsos… portanto, continuo sendo a dona de tudo que o Alberto me herdou.
Maria Letícia: Como assim falsos? – Ela pergunta perplexa.
Maria José: Chega de conversa. Se tem alguém que deve sair daqui e daquele clube é você. Ah, e antes que eu me esqueça, pediram para que eu lhe entregasse isto. – Ela dá um tapa bem forte na cara de Maria Letícia. – Volta para a sarjeta, piranha.
CONTINUA…
ÓTIMO CAPÍTULO! Roberto se arrependeu mesmo? Quem diria! Maria José pisando na rainha, muito bem feito, amei o retorno dela! Daniele também foi esperta, conseguiu enganar o Pierre e vazar! A Realeza de Maria Letícia está desmoronando pela segunda vez…Ou não. Resta aguardar os próximos capítulos! 😀
Obrigado. Para você ver, todos nós podemos mudar um dia kk
O retorno da José não podia ter sido melhor u.u Maria Letícia foi pisada igual a uma barata.
Daniele foi mesmo muito inteligente. Tadinho do Pierre!! 🙂
Verdade, mais uma vez a Realeza de nossa rainha está desmoronando, e parece que desta vez não tem volta. Mas como esta história é cheia de surpresas… resta apenas esperar. Obrigado por comentar, Victor 😀
Maria José arrazando com Maria Letícia, nada melhor kkkkk!!!! Sai de ré sua megera das infas!!!
Gente essa última semana tá que tá, boa
Roberto se rendimindo, nada mais sensato, Michele o perdoou!!! 🙂
Finalmente a Daniele conseguiu fugir, agora vamos ver o que virá!!! 😀
Maria José voltou com tudo para cima da bruxa má. kkkk sai de ré!!
Tá que tá, e ainda tem mais por vir.
Realmente, ainda bem que o Roberto se redimiu, e de brinde ganhou o perdão da Mi!!
Finalmente O/ e um viva a Dani!! Uhul. Obrigado por comentar, Wagner 😀