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Em nome do filho

“Em Nome do Filho” – Capítulo 15

Roteiro de Telenovela Brasileira                 Capítulo 015

 

 

Uma novela de:

Wesley Alcântara

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cena 17. Consultório Médico/ Interior/ Dia.

Continuação imediata do capítulo anterior.

Eva e Fernanda estão olhando ansiosas para o médico, que está terminando de analisar alguns exames.

Eva (aflita) – E então doutor, o que eu tenho?

Médico – Esses exames foram realizados ontem?

Eva – Isso.

Médico – Você teve um leve sangramento, mas fique tranquila, que não afetou o seu bebê.

Eva e Fernanda olham surpresas para o médico.

Fernanda – Como assim bebê?

Médico – Vocês não sabiam?

Eva – Não sabíamos de que?

Médico – Você está grávida Eva. Está esperando um bebê.

Eva olha toda contente e surpresa para Fernanda.

Eva (surpresa) – Tem certeza disso doutor?

Médico – Sim. Em absoluto. Parabéns mamãe.

Eva sorri.

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Cena 02. Livraria Dom Casmurro/ Sala da Gerência/ Interior/ Dia.

Tamara está com uma sacola nas mãos, apontando para Regininha.

Regininha – Eu não vou vestir isso.

Tamara – Se não vestir, é demissão por justa causa e sai daqui sem nenhum centavo.

Regininha – Eu vou falar com o Lucas. Aposto que você está por trás do que aconteceu com a Eva.

Tamara – Se isso for uma acusação, é melhor você ter provas, caso contrário, vai me pagar uma boa indenização por danos morais. Mas chega de papo furado, veste esse uniforme agora e comece a limpar os banheiros. Eu quero te ver ajoelhada, limpando privada.

Regininha – Você ainda vai pagar muito caro pelo que está fazendo comigo.

Tamara – Anda. Veste essa porcaria.

Tamara pega a sacola com o uniforme e joga em cima de Regininha.

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Cena 03. Rio de Janeiro/ Bairro Jardim Botânico/ Sanatório/ Quarto/ Int./ Dia.

Yvete está deitada em sua cama assistindo TV. Eis que, Ellen e Ana Rosa aparecem.

Ellen – Com licença dona Yvete, mas eu trouxe visita pra senhora.

Yvete – Ana Rosa? Que bom que está aqui. Hoje mais cedo eu estava conversando com o Fabrício e queria mesmo falar com você.

Ana Rosa – Que ótimo. Aqui estou!

Yvete – Poderia nos dar licença Ellen?

Ellen (saindo) – Mas é claro, com licença.

Ellen sai do quarto. Yvete se senta na cama.

Yvete – Senta aqui pertinho de mim.

Ana Rosa se senta perto de Yvete.

Ana Rosa – Você sabe que não sou louca né?

Yvete – É claro que eu sei, fico até assustada em ver a senhora aqui.

Yvete – Esse é o único jeito para que eu possa sobreviver. Mas não quero falar disso. Quero apenas te fazer umas perguntas. Posso?

Ana Rosa – Mas é claro que sim.

Yvete – Pois bem, o que você sente pelo Fabrício?

Ana Rosa – Como assim?

Yvete – Você ama o Fabrício?

Ana Rosa – Eu gosto dele, sinto um carinho muito grande por ele.

Yvete – É a mesma coisa que ele sente por você. Vocês são gratos um pelo outro, mas não se amam. E isso é perda de tempo numa relação.

Ana Rosa – Mas não há muito a ser feito. A gente já acostumou a viver um próximo ao outro.

Yvete – Eu já sei que você ama o Miguel. Que daria a vida para estar ao lado dele nesse momento.

Ana Rosa (triste) – É verdade. Eu me culpo muito por isso. Por conta desse amor avassalador, eu trai e perdi a minha melhor amiga. Mas com toda a tragédia que o Miguel trouxe, eu ainda o amo.

Yvete – Vai ser feliz minha querida. Esqueça o Fabrício. É melhor abandonar uma pessoa no auge do amor, do que no auge da dor. Em muito pouco tempo, vocês terão uma crise de consciência e vão ver que não foram feitos um pro outro.

Ana Rosa abraça Yvete e começa a chorar.

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Cena 04. Livraria Dom Casmurro/ Fachada/ Ext./ Dia.

Fluxo natural de pessoas passando pelo local.

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Cena 05. Livraria Dom Casmurro/ Salão Principal/ Ext./ Dia.

Vários clientes e funcionários estão no salão principal, comprando e vendendo livros, folhetos e conversando.

De repente, todos param suas atividades e voltam o olhar para o alto da escada. Lá está Tamara sorridente e Regininha, cabisbaixa e com o uniforme de faxineira.

Tamara (gritando) – Parem suas atividades por um minuto, eu tenho um comunicado a fazer.

Regininha (cochichando) – Para com isso Tamara, acho que você já me humilhou o suficiente.

Tamara faz cara de piedade e em seguida sorri diabolicamente.

Tamara (cochichando) – Não há nada ruim que não possa piorar. Eu quero que você sofra, que seja humilhada.

Regininha tenta sair, mas Tamara a segura pelo braço.

Tamara (a todos) – Sabe o que acontece com quem tenta me desafiar? Na mão da Tamara, elas viram lama, lodo e pó. Com essa garota não vai ser diferente. Ela ousou me desafiar, e por isso vai ter o que merece. Vai limpar privada, vai lamber o chão que eu passo.

Regininha começa a chorar de ódio.

Tamara – Deixa de ser fraca. Seu calvário está só começando.

Regininha – Uma promessa eu faço aqui e agora: eu vou te derrubar vou te fazer me pagar por cada humilhação. Vai engolir cada palavra que pronunciou no dia de hoje. Sua vagabunda!

Tamara (a todos) – Vocês tão vendo né? Ela tá me ameaçando. Agora começa o teu quinhão de miséria Regininha.

Tamara empurra Regininha, que rola as escadas e cai no meio da livraria, diante de todos.

Tamara (a Regininha) – Limpa essa porcaria direito.

Regininha olha para Tamara com ódio.

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Cena 06. Casa de Fernanda/ Quarto de Eva/ Int./ Dia.

Eva está deitada na cama, pensativa. Alguém bate a porta.

Eva – Pode entrar.

Fernanda entra no quarto.

Fernanda – Eva, minha querida, eu tomei a liberdade de chamar o Miguel aqui, tudo bem?

Eva – A senhora fez bem tia. Eu iria ligar agora mesmo pra ele.

Fernanda – Me responde uma coisa, por que você quer tanto ter um filho de um cara que você mal conhece?

Eva – Quando a gente ama tia, a gente se entrega de corpo e alma. A gente curte cada momento e esse filho é fruto de uma felicidade desmedida.

Fernanda – Você perdeu o emprego, tá grávida, meu Deus, quanta desgraça.

Eva (ríspida) – Desgraça? O meu filho é uma desgraça?

Fernanda – Você se entregou a um homem, que até pouco tempo nem sabia da sua existência. Você não usou camisinha e agora tá aí, sonhando com o príncipe encantado.

Eva – Aonde você quer chegar tia?

Fernanda – Na sua irresponsabilidade, na sua falta de maturidade. Caramba, Eva, você tá parecendo àquelas meninas sonhadoras e ingênuas da década de 60. Uma mulher com ótima formação educacional, com princípios, se deixa ser ludibriada tão facilmente? Eu realmente não creio nisso.

Eva – Aconteceu tia. Não foi planejado, mas que venha com toda a saúde do mundo e será muito amado.

Fernanda – Criar um filho vai bem além de um conto de fadas onde o príncipe e a princesa vivem felizes para sempre. Vocês estão há tão pouco tempo juntos. E nem sequer conhecer a família dele você conhece. Não sabe nada dele.

Eva – A senhora pode estar certa, mas não tem como voltar no tempo. É fato, eu tô grávida. E tô muito feliz por isso.

Fernanda – Eu espero que não se decepcione mais tarde. Que seu príncipe não vire sapo e que sua carruagem não se transforme em abóbora.

Eva – Sabe do que a senhora precisa? De amor, precisa de amor pra aprender a enxergar o mundo mais colorido, aprender a acreditar nas pessoas e na pureza dos sentimentos.

Fernanda – Talvez você tenha razão.

Fernanda fica pensativa.

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Cena 07. Mansão Trajano/ Sala de Estar/ Int./ Dia.

Tia Pombinha está deitada no sofá com um cacho de uva nas mãos, ao qual está comendo.

Tia Pombinha (gritando) – Marinês venha cá, anda mulher.

Marinês aparece rapidamente.

Marinês – Pois não, Tia Pombinha.

Tia Pombinha – Bate alguns morangos com leite condensado e vodca pra mim, eu adoro. Ah, e faça alguns sanduíches de presunto de Parma pra mim.

Marinês – Sim senhora.

Nesse instante Mafalda desce as escadas.

Mafalda – A Meg ainda tá em casa?

Marinês – Não senhora. Ela já foi para a prefeitura.

Mafalda – Então com quem você está falando?

Nesse instante Tia Pombinha se levanta.

Tia Pombinha – Surpresa. Sou eu minha sobrinha querida.

Mafalda (surpresa) – Tia Pombinha. Que surpresa mais desagradável.

Tia Pombinha (a Marinês) – Vai garota, faça o que te pedi. Deixe-me sozinha com minha sobrinha amada.

Marinês – Claro, com licença!

Marinês sai da sala.

Tia Pombinha – Ai minha querida, tava aqui com uma saudade sua, posso te abraçar?

Mafalda – Não! Sabe que não!

Tia Pombinha – Vim passar uma temporada aqui com vocês… Tava numa saudade louca.

Mafalda – Saudade louca? Sei. Deve estar sem nenhum tostão, né?

Tia Pombinha (simulando falso choro) – Você sabe o quanto é difícil pra mim né. Uma mulher na minha idade já não consegue bons empregos mais.

Mafalda – A senhora não consegue bons maridos mais né. Nunca trabalhou. Sempre viveu na aba de um partido.

Tia Pombinha – Tem razão Mafalda, ninguém é perfeito da noite pro dia. Eu por exemplo, demorei nove meses pra nascer.

Mafalda – Eu te dou até o fim de semana pra você ir embora.

Tia Pombinha – Eu não tenho pra onde ir, me deixa ficar, por favor!

Tia Pombinha pega uma Bíblia e começa a folhear.

Mafalda – A Bíblia não é revista da AVON pra você abrir só quando for fazer pedidos.

Tia Pombinha – Mas Deus disse: Acolhei os necessitados e deles cuidai-vos.

Mafalda – Mas Deus não manda aqui na minha casa. Aliás, se ele te conhecesse, te excomungaria.

Mafalda sai da casa aborrecida. Marinês entra trazendo a bebida e os sanduíches que Tia Pombinha pediu.

Tia Pombinha começa a comer rápido, feito uma esganada.

Tia Pombinha (com a boca cheia) – Frita uns pastéis e faz uma vitamina de banana pra mim.

Marinês fica olhando Tia Pombinha.

Tia Pombinha – Tá olhando o que? Vai garota!

Marinês vai correndo pra cozinha.

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Cena 08. Mansão Amadeu/ Piscina/ Exterior/ Dia.

Milena está tomando banho de piscina, enquanto Vitória e Eneida conversam sentadas próximas ao local.

Eneida – Me diz: como você consegue dormir, sabendo que matou alguém?

Vitória – É simples, a primeira a gente fica transtornado, não dorme a noite, mas depois tudo fica tranquilo. A gente nem pensa mais. O negócio é a primeira morte. A primeira morte transforma a gente. Eu nunca mais vou voltar a ser quem eu era.

Eneida – O mais triste pra mim é que pessoas como você não terão um bom final.

Vitória – O final de todo mundo é a morte, mas eu estou ótima, linda e rica. Só tô esperando aquela galinha ali me dar um neto. Aí ninguém vai me segurar mais.

Eneida – O inferno te espera minha irmã.

Vitória – E você acha que vai pra onde? Pro céu? Você abandonou sua filha recém-nascida. Quer pecado maior?

Eneida fica cabisbaixa.

Eneida – Dia desses o pai dela me procurou. Ele quer saber a todo custo quem é a filha dele.

Vitória – Conta de uma vez. Acaba com esse tormento, Se depois de tantos anos, ele ainda está tentando conhecer essa filha, é sinal que ele nunca se esqueceu dela.

Eneida – Tarde demais pra revirar esse baú. O nosso tempo já acabou.

Vitória – Eu como mãe, posso te dizer que há muita coisa a ser feita ainda. Não perca mais tempo minha irmã, vá atrás desse homem e diga quem é a filha dele.

Eneida – Você acha isso?

Vitória – Eu tenho certeza.

Eneida fica pensativa.

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Cena 09. Bairro Elevado/ Bar Chegaí/ Calçada/ Ext./ Dia.

(Música “Aceita Paixão” – Péricles) Algumas mesas espalhadas pelo local, com clientes sentados, conversando e Zé Diogo servindo as mesas.

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Cena 10. Bar Chegaí/ Interior/ Dia.

Ondina está limpando o balcão, quando Zé Diogo aparece.

Zé Diogo (feliz) – Mulher, depois do show do Péricles, o bar tá bombando todos os dias e desde muito cedo.

Ondina – Que continue assim.

Zé Diogo – Vou falar com a Mafalda e tentar trazer mais um show.

Ondina – Ainda é cedo. Precisamos nos restabelecer financeiramente e planejar tudo com calma. Fazer um show daquele porte emana tempo e muito esforço.

Zé Diogo – Tem razão, mas o Bar Chegaí, vai se tornar um dos maiores do Brasil, isso eu te garanto. Do subúrbio florense nasce a esperança musical.

Ondina – Deus te ouça meu amor. Como diz o ditado…/

Zé Diogo – Nada de ditados populares. Você nunca acerta um.

Ondina – Bobo.

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Cena 11. Casa de Fernanda/ Quarto de Eva/ Int./ Dia.

Eva permanece deitada. Eis que Miguel entra.

Miguel (preocupado) – Sua tia me ligou o que aconteceu meu amor?

Eva se levanta.

Eva – Tenho uma coisa séria pra te contar.

Miguel – Então me fale, por favor!

Eva – Eu tô grávida.

Miguel fica surpreso e em seguida sorri.

Miguel abraça Eva. Close no olhar ambicioso de Miguel.

Eva – Você tá feliz?

Miguel – Tô muito feliz. Parabéns meu amor.

Eva e Miguel se beijam.

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Cena 12. Praça Central/ Exterior/ Dia.

Eva e Miguel estão Passeando pela praça, tomando sorvete.

Miguel – Eu sempre sonhei em ser pai, mas a Milena nunca quis.

Eva – Agora estou realizando o seu sonho. Seremos uma família feliz.

Miguel – Seremos felizes demais. Eu, nosso bebê e você.

Eva – Apesar de toda insegurança, que tinha me tomado conta, hoje eu percebi que te amo de verdade Miguel. Eu sempre vou te amar.

Eva e Miguel se beijam. (Música “I’LL TRY” – Allan Jackson).

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Cena 13. Cruzeiro Municipal/ Ext./ Dia-Noite.

(Música “Relicário” – Nando Reis) Transposição do dia para a noite.

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Cena 14. Casa de Edu/ Cozinha/ Int./ Noite.

Julieta, César, Lucído e Edu estão jantando.

Julieta – Acho uma falta de ética de essa Eva ter usado entorpecentes para a realização de um evento.

César – Eu acredito na inocência dela.

Julieta – Por que será? Ela é sobrinha da devoradora de homens casados. Aquela que você lambe o chão por onde ela passa. Seria normal mesmo que isso acontecesse.

César – Tá me cansando essas picuinhas suas. Chega de falar da Fernanda ou da família dela Julieta.

Edu – Eu só queria alguma notícia da Malu.

Julieta – Esquece essa garota. Foca nos estudos agora!

Nesse instante a campainha toca.

Julieta – Eu atendo.

Julieta se levanta e sai para atender a porta.

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Cena 15. Casa de Edu/ Varanda/ Ext./ Noite.

Tamara e Edu estão conversando.

Tamara – Desculpa ter aparecido sem avisar, mas eu queria muito te ver. A gente anda tão afastado.

Edu – É, estamos mesmo.

Tamara – Você se arrependeu daquele beijo, não foi?

Edu – Não é um arrependimento, mas sim, algo diferente. Eu gostei de ter ficado com você, mas eu amo a Malu ainda. É com ela que eu quero me casar, entende?

Tamara – Não. Eu não entendo como um rapaz lindo e especial como você, pode correr tanto atrás de uma mulher que não te valoriza. Desculpa, Edu, sua mãe pode até exagerar, mas ela tá certa quando fala que vocês nunca dariam certo juntos.

Edu – Eu só saberei disso, se ficar com ela. Não tem como prever o futuro.

Tamara – Isso quer dizer que eu fui jogada pra escanteio. Que aquele dia você me seduziu e depois me jogou fora, como um sapato velho que não serve mais.

Edu – Não foi bem assim. Você é maior de idade e também sabe muito bem o que faz.

Tamara – Meu erro é sempre gostar de quem não gosta de mim. Eu sou uma burra mesmo.

Tamara sai correndo.

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Cena 16. Cruzeiro Municipal/ Ext./ Noite.

O cruzeiro está vazio, eis que um carro aparece e para no local. Descem Eneida e Lucído.

Lucído – Por que você me trouxe aqui?

Eneida – Há muitas coisas que eu ainda não posso te explicar, mas o tempo é o melhor remédio e saberei como lhe dizer tudo.

Lucído – Sem rodeios Eneida, fala de uma vez o que é.

Eneida – Você quer muito saber quem é a sua Helena, não é?

Lucído – Mas é claro que sim.

Eneida – Acho que chegou a hora. Vou te dizer com todas as letras, quem é a sua Helena.

Lucído olha esperançoso para Eneida.

(Música “Te esperando” – Luan Santana).

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FIM

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