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Sublime

Capítulo 6 Sublime

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CAPITULO: 6

 

 

 

A manhã era gélida, sem muitas emoções, tudo perecia morto, terrivelmente sem vida. Na mansão não era nada diferente. Fernanda já sabia de tudo, isso agravou ainda mais seu estado, não saia de seu quarto, não se alimentava, praticamente havia desistido de viver.

Obviamente naquelas alturas, Luna já sabia de tudo, e também havia informado Renan que pulava de alegria por poupar esforços em destruir Catarina e Carlos, agora só o que precisavam fazer era terminar de vez com Fernanda e depois sim “o prato principal”, Ellen, porém ainda era cedo.

A cada dia que se passava, Catarina parecia esquecer cada vez mais de seu problema, e a amar a cada dia mais aquele filho.

Em todo esse tempo se passaram três meses, Catarina segue sozinha até o consultório de Simone, irão descobrir finalmente o sexo do bebê. Daquele tempo em diante já não parecia à mesma, estava radiante e feliz, sentindo aquela criança cada vez mais viva em seu ser.

 

Dr Simone — Bom dia Catarina? Ninguém está te acompanhando hoje?

 

Catarina com um pequeno sorriso — Não, preferi vir sozinha.

 

Dr Simone — Então, deite-se na cama, vamos começar! __Diz Simone.

 

No decorrer do exame conversa com Catarina a respeito de sua doença, mas a mesma prefere ao máximo fugir do assunto.

 

Dr Simone sorri— O bebê está bem grande! — Mas infelizmente o tumor também. Tem certeza que deseja continuar?

 

Catarina prontamente responde — Não adianta doutora, estou firme na minha decisão, essa criança vai nascer!   — Mas me diz, dá pra ver o sexo do bebê?

 

Dr Simone — Sim, já! Quer que eu lhe diga?

 

Catarina — Sim, por favor! O que é?

 

Dr Simone — Uma menina! Já pensou em algum nome?

 

Catarina sorri— Não, mas vou pensar em algum!

 

Não demora para que a notícia da nova menina chegue até a casa, todos, inclusive Carlos começa a se apegar cada vez mais na ideia de uma criança em suas vidas.

Certo tempo, logo após chegar a casa, pensando várias vezes, Catarina já havia escolhido um nome para a criança, se chamaria Maria, como deseja, a menina que traria paz aquela família.

Temendo que a normalidade pudesse aos poucos voltar naquela casa, Luna percebe que deve agir rápido, se deseja realmente que Fernanda acabe parando em um sanatório, afinal conseguir isso não seria difícil, Fernanda já estava desiquilibrada, por tanto Luna teria que se apressar, e seria naquela mesma noite, tudo ou nada.

Então como tão aguardado, o dia passa, Luna não pode mais esperar. Fingindo ir do quarto de Fernanda, Luna vai até a sala de jantar, onde está Catarina, Carlos e Ellen:

 

Luna — Desculpem, acho que não deveria me meter, mas ouvi a dona Fernanda agora pouco falando sozinha, como se realmente acreditasse que havia alguém no quarto!

 

Ellen — Depois vou conversar com ela, pode levar os calmantes então.

 

Luna então dá início à segunda parte de seu plano, vai até a cozinha, pega os calmantes de Fernanda e leva até ela, a mesma estava deitada, porém acordada.

 

Luna — Com licença senhora, trouxe seu medicamento.

 

Fernanda encarando o vazio — Deixe ao lado.

 

Luna sínica — Acha mesmo Fernanda, que ficando trancada no quarto consegue fugir de seus erros e falhas como mãe?

 

Fernanda alterada colocando-se em pé — Como disse?

 

Luna — O que ouviu, não tem como fugir de suas falhas e faltas, como mãe, esposa e possivelmente avó! Não a conheci antes, mas tenho certeza de que nunca fez seu papel direito! Seu marido vivia trabalhando, afinal não tinha o amor de sua mulher? Ou tinha?

 

Fernanda grita — Cale-se, cale-se você não me conhece, não sabe pelo que passei!

 

Luna grita — Falhas sim, que até custaram à vida de sua querida Clara, por isso ela virou aquele monstro e sua história terminou naquele penhasco! Você é uma piada como mãe Fernanda! Não é nada, nada!

 

Fernanda — Cale sua boca! Você não sabe pelo que passei! Quem pensa que é!

 

O alarde foi o suficiente para que todos na casa a ouvissem.

 

Luna irônica — Você é louca! Louca, está imaginando tudo, até essa discussão dona Fernanda! Sou tão boa com a senhora e olha como me trata!

 

Fernanda se joga sobre Luna— Sua desgraçada!

 

Ellen chega assustada — Meu Deus! O que está acontecendo! __

 

Luna chora — Socorro senhorita! Socorro!

 

Ellen e Catarina tiram Fernanda de cima de Luna, que estava um pouco ferida no chão.

 

Diz Fernanda antes de desmaiar — É ela, a culpa é dela, quer acabar com a minha vida!

 

Luna — Entende o que digo senhora, simplesmente cheguei aqui ofereci os remédios, ela não quis me disse algumas coisas e pulou em mim!

 

Catarina — É triste reconhecer Ellen, mas nossa mãe precisa de tratamento vou ligar para os bombeiros ou algo parecido.

 

Carlos faz o que pode, devido à deficiência visual, a única coisa que consegue   no momento é acalmar Luna que ainda estava em prantos. Fernanda estava sobre a cama, agora todos apenas aguardavam a chegada dos bombeiros que Catarina já havia chamado.

Os mesmo não demoram, imediatamente levam Fernanda ao hospital, e apenas Ellen a acompanha.

 

Ellen aflita após examinarem Fernanda — Como está a minha mãe doutor!

 

Médico — Não são boas às notícias senhorita! O fato é o seguinte. Sua mãe acabou de recuperar a consciência, porém…

 

Ellen — Porém o que?

 

Médico — Ela está em estado de choque, pelo que você me falou ela teve muitos problemas recente, e se atirou na empregada da casa, não a dúvidas! Ela necessita de atendimento especial, e onde pode encontrar isso é em um sanatório.

 

Ellen insiste — Não pode ser doutor, não com a minha mãe!

 

Médico — É normal que pensemos que essas coisas não acontecem conosco, mas procure entender, haverá um tratamento necessário!

 

Ellen pergunta ao secar suas lágrimas — Como ela está?

 

Médico — Está sedada.

 

Tomada por sua loucura, grande parte causada por Luna, Fernanda estaria presa em sua própria mente, e realmente havia perdido a razão, pois todas as emoções e tristes acontecimentos foram o suficiente para aprisioná-la, e assim favorecer os malignos planos de Renan e Luna.

Ainda no hospital, enquanto encaminha Fernanda a um sanatório, Ellen havia ligado para Alice, a fim de encontrar um ombro amigo nesse momento.

Como sempre a boa amiga chega disposta a ajudar.

 

Diz Alice como se já soubesse de tudo — Calma, o que houve Ellen.

 

Ellen — Minha mãe, enlouqueceu, foi mandada pra um sanatório, e acham que vai receber um bom tratamento lá!

 

Alice — Catarina e Carlos, já sabem?

 

Ellen — Acabei de avisá-los, foram ao local para fazer o internamento dela, preferi ficar aqui e te esperar!

 

Alice instiga — Mas o que aconteceu mesmo __Alice procurando entender mais.

 

Ellen encarando o vazio — Bem, por último ela agrediu a nossa empregada! A Luna, a coitada já tinha dito que ela poderia ser perigosa, mas não imaginei que seria para tanto.

 

Alice suspira — Luna, foi com ela então!

 

Ellen — Vem comigo até a capela do hospital, preciso rezar pela minha mãe, por favor!

 

Alice — Claro, vamos!

 

Na mansão apenas se encontra Luna, que ao receber uma ligação de Catarina alertando o estado de Fernanda, logo liga para Renan a fim de dar a notícia, o sucesso de seu plano:

 

Luna ao telefone — Está Feito!

 

Renan — Feito o que?.

 

Luna — Fernanda já está internada, está em um sanatório!

 

Renan comemora — Hum, parabéns, não imaginei que seria tão rápido!

 

Luna — Ela já estava praticamente desiquilibrada!

 

Renan — Como todos estão?

 

Luna — Além da notícia de Fernanda, tudo parece estar caminhado para um precipício, também não conseguem parar de Pensar naquela mosquinha morta da Catarina!  É parece que logo teremos mais um enterro nessa família.

 

Renan — Me mantenha informado, até mais!

 

 

UM MÊS DEPOIS…

 

 

Ellen procurava se conformar com o atual estado de sua família, Catarina já não pensava mais em sua vida, queria apenas que sua filha pudesse se tornar uma criança feliz, apesar de todas as desgraças que aconteciam ao seu redor.

Em mais uma manhã comum, Ellen decidiu ir à praia apenas para apreciar o mar, pois era o que sempre amou fazer, porém já não o fazia desde o dia fatídico que tirou a vida de Danilo.

Vagarosamente, Ellen se aproxima das águas, olha para o horizonte e chora, senta-se na beira da praia, pensa em Danilo e na vida que poderiam construir juntos, mas ela se perguntava, por que e qual motivo Deus teria para levá-lo? Será que esse acontecimento foi um mesmo um de seus desígnios?

Enquanto pensava em tudo isso, Ellen não percebe que Alice se aproxima lentamente como um anjo Alice à toca no ombro.

 

Ellen seca as lágrimas rapidamente — Alice! Não vi que estava ai.

 

Alice docemente — Pensei que fosse até minha casa hoje.

 

Ellen encara o horizonte — Pensei em ir, mas ai decidi sentar aqui, longe de tudo e pensar!

 

Alice — Pensar em Danilo?

 

Ellen — Como sabe?

 

Alice sorri — Intuição apenas!  Notei pelo seu olhar, é o mesmo olhar que teve depois do acidente que matou Danilo, também era o mesmo olhar que eu tinha quando… (Alice para repentinamente de falar).

 

Ellen — Quando o que Alice? Diga-me! Por que nunca me contou sobre o seu passado, o que iria me falar?

 

Alice disfarça — Melhor deixar para lá, não vem ao caso agora.

 

Ellen suspira — Mas sim!  Estava pensando em Danilo! Não tem um só dia que eu passe sem pensar nele, sinto como se não estivesse morto, e que de alguma maneira estivesse vivo dentro de mim.

 

Nada pode fazer Alice se não abraçar sua amiga e procurar consolar naquele momento difícil, a final a morte de Danilo havia abalado muito sua vida, foi seu primeiro, único e eterno amor.

Era um amor sublime, capaz de passa por tudo e todos, vencer as barreiras da inveja e maldade! Ellen sempre pensava, após conhecer Danilo, que viveria para ser e fazê-lo feliz, esse seria seu propósito! Seu amor era puro e leal, assim como o   dele, mas o que faria agora que ele já não mais estaria diante dela?

Ellen sentia-se afundando cada vez mais em um mar de agonia e desespero, isso era sua vida, encontrava em Deus a única fonte de fé e esperança, que a manteve firme até então. Sabia que havia um propósito para si, que aquilo não estaria acontecendo por acaso, mas o que poderia ser? O que o destino estaria tentando provar? Ellen precisar descobrir o mais breve possível.

 

Ellen — Vou para casa Alice, obrigada por tudo.

 

Alice misteriosa — Precisa ser forte Ellen, mas você sabe disso, sei que vai fazer o melhor possível.

 

Novamente, Ellen não segue imediatamente para casa, vai à igreja da cidade, entra lentamente, observa o enorme crucifico no fundo da igreja, aquela imagem parecia estar viva.

De joelhos faz suas orações e mais uma vez clama com fervor por ela mesma e sua família.

 

Ellen — Senhor, somente tu sabes as tribulações que estamos passando em nossas vidas, sei também que o nosso sofrimento não se compara com o seu! Senhor meu Deus peço a intercessão de sua mãe e de ti! Entra em minha vida, se existe algum proposito ou provação que eu deva passar, me pegue pela mão e me ajude, só posso com você.

 

Quanto mais avançavam os dias, mais se passavam as horas, e Danilo deixava de ser apenas uma mera lembrança no coração de Ellen para passar a ser vivo em sua alma, tão forte quanto o ar que respirava e Deus que sentia.

Enquanto Ellen volta para casa, Luna dirigisse até o sanatório onde se encontra Fernanda para dar continuidade as suas tramas. Luna já conhecia o diretor do local, sabia que era alguém controlável e tudo que precisavam tratar era do preço, então estaria disposta a comprá-lo.

Miguel era um homem de boa aparência, aparentando seus quarenta e cinco anos, não era casado e não possuía família, viva para seu trabalho, porém era corrupto e ganancioso e se perdia ao ver uma bela mulher, e foi assim que aconteceu quando viu entrar em seu consultório Luna, insinuante.

 

Miguel — Boa tarde, anunciaram a senhorita, mas não sabia quem era então fiquei curioso. Sente-se, por favor, em que posso ajudá-la?

 

Luna — Vim em busca de notícias sobre uma das pacientes, trata-se de Fernanda Dalcin.

 

Miguel Sim, suponho que você seja uma das filhas?

 

Luna — Não, trabalho para eles, as filhas não teriam como comparecer então eu decidi vir!

 

Miguel — Hum, e deseja saber como está sua saúde? É estranho você vir, até porque de alguns dias para cá, Fernanda apresentou uma melhora, mas mesmo assim é cedo para diagnosticar, porém ela fala muito sobre a senhorita, que a tal de Luna a havia deixado louca!

 

Luna sorri — Doutor, não tenho paciência para rodeios, portanto vou direto ao assunto. Tenho interesses nessa família, fui eu sim que ajudei a colocá-la nesse lugar, e espero que não me denuncie.

 

Miguel — E o que pretende me contando isso?

 

Luna — Quero que mantenha Fernanda isolada, e sempre que tiver a visita de alguma familiar, quero que esteja dopada, para que nunca se note a sua melhora!

 

Miguel — Até quando pretende seguir com isso?

 

Luna — Até acabar com meus planos, mas isso são coisas minhas.

 

Miguel — E o que ganharei lhe ajudando?

 

Luna sorri — Em dinheiro ganhará quanto o senhor quiser!

 

Miguel — Me desculpe, mas você não é empregada na mansão Dalcin? Porque acha que pode me comprar!

 

Luna — Não trabalho naquela casa por necessidade, mas sim por interesse, interesses próprios!

 

Miguel — Logo percebi, pelo seu modo de agir e de falar, não seria uma empregada qualquer, não, teria algo a mais!

 

Luna — Todos temos interesses doutor, os meus são segredos, e os seus posso arranjar, então vai me ajudar?

 

Miguel — Sim, pode contar comigo, todos irão pensar que ela realmente está louca!

 

Com uma generosa quantia de dinheiro Luna diz — Este é um adiantamento, haverá muito mais se cumprir o que prometeu.

 

Ao sair do consultório, feliz e satisfeita pelo trato que havia firmado, Luna recebe uma ligação de Renan, que por coincidência a questiona sobre Fernanda, ou seja, como poderiam enganar a todos fazendo-a se passar por louca, mesmo ela já não estando mais sob os cuidados de Luna.

 

Luna — Não se preocupe Renan, como sempre pensei em tudo, consegui subornar o diretor daqui para deixá-la sempre dopada quando alguém vir visitá-la!

 

Renan aflito — Não sei, preferiria não envolver mais ninguém nesse esquema!  E se alguém descobrir?

 

Luna — Ninguém irá descobrir, além disso, não contei a história! O doutor Miguel é ambicioso, o que importa é o dinheiro, mesmo isso ele tendo de sobra, mas enfim, vou desligar agora, preciso voltar pra aquele inferno! Um beijo!

 

Os planos de Luna e Renan estavam dando certo, os dias se passavam, Fernanda era dopada constantemente para evitar suspeitas, Luna levava sempre uma quantia á Miguel para que prosseguisse com seu desempenho nos “negócios”, Catarina seguindo a gestação, porém decaindo cada vez mais em sua doença, tendo constantes desmaios e fraquezas, o que deixava Carlos e Ellen apavorados; Luna e Renan apenas esperavam a sua morte.

As sombras estavam caindo sobre aquela família, o único pilar que os mantinha era Ellen, que buscava suas próprias forças, também sendo ajudada por sua amiga Alice, por quem era muito grata, pois não conseguiria carregar esse fardo sozinha.

Os dias avançam como o vento, logo já se faziam meses, Catarina daria a luz a qualquer momento, seu estado era delicado e crítico só um milagre poderia salvá-la.

 

 

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