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Mente Incondicional

Mente Incondicional – Episódio 02

– 1ª TEMPORADA CLIQUE AQUI –

de Pedro Paulo Gondim

Episódio 02 | RETRATO DA ALMA

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participações especiais do episódio: Wallyson Collins; Nathan Olivares; Giovanna Borges.

participações estrelares do episódio:  Quotar Nardelli

[Voz de Santiago – em off] A mente. Ela ainda estava brincando. A imagem que reproduz um instante inesquecível, tinha ficado na memória da alma. Ela fez um retrato e guardou-o na prateleira dos sonhos. Um dia, a alma acordou de um pesadelo terrível. Ela se olhou no espelho e, enfim, viu a si mesma… sorrindo. Nesse dia, eram muito semelhantes: a dor, o desespero, a morte e o fim da chama. Ela resolveu dormir. Nesse dia, ela voltou a sonhar. Nesse dia, o retrato caiu da prateleira e se quebrou. Nesse dia… A alma pôde finalmente dormir em paz.

Local Desconhecido [Noite]

Era um sobejo ponto negro. Algo ascende um clarão branco. Sob ele, Mariano estava sentado num balanço, este estando amarrado numa árvore de aparência anosa. Empurrando-se, o balanço começa a se mover. À frente, em um efeito fade-in, certas situações aparecem, imóveis, também sob clarões brancos. Elas retratam duas pessoas: Mariano Ayalla e Wallyson Collins {16 anos; cabelos médios – tom loiro escuro; olhos azulados; estatura e peso médios; corpo atlético}.

Em uma situação, Mariano aperta a mão de Wallyson. [vozes em off]

– Sou Wallyson Collins!

– Prazer, Mariano Ayalla.

Numa outra, Wallyson está sendo puxado por Mariano. Eles se beijam.

Wallyson: (olhando-o diferente) Você está bem?

Mariano: (chegando perto) Estarei melhor agora.

Noutra, eles estão sentados, numa mesa, de frente a uma estante de livros. Mariano sorri com os olhos semiabertos e Wallyson impressionado.

Wallyson: Como você…

Mariano: Quando você me mandou procurar as coisas e artes para o trabalho ontem, encontrei certas revistas numa sacola.

Wallyson: (arregala os olhos) Sério? Você…

Mariano: Aquelas revistas de homens nus só podia significar uma coisa!

Na seguinte, Wallyson está com uma toalha amarrada a partir do abdômen e o cabelo bagunçado. Mariano sorrindo e fechando a porta.

Mariano: Hoje eu tô pro crime!

Em mais uma, Mariano e Wallyson estão numa cama, nus, com um fino lençol branco por cima.

Wallyson: Você não aguentou em ver meu corpinho. Nem eu aguentei ver o seu!

Mariano: Isso foi mágico!

Wallyson: Pelo menos nós revezamos…

Mariano: Não importa em qual “posição” estamos, desde que você esteja comigo.

Numa última cena, eles estão em macas separadas, num hospital.

Wallyson: (enfraquecido) Posso te contar alguns de meus planos para a vida?

Mariano: (sorri) Claro! Seria uma honra saber em primeira mão. (…) E não se preocupe, Wally. Nunca me esquecerei de você!

Tudo se apaga novamente, deixando-nos por ver Mariano no plano central, novamente. Vindo do fundo, noutro balanço, ao lado do jovem, Wallyson aparece com um enorme sorriso. Eles param de balançar. Mariano não faz expressão alguma. Um caixão aparece de frente para eles.

Wallyson: Hey! O que houve? Está na hora de se libertar! Olhe… Humanos têm seu momento de luto, mas acho que essa dor te consumiu demais.

Mariano: [acaricia a mão do outro] A minha esperança se apagou no momento em que vi você, de relance, nesse caixão. Mas… Eu finalmente entendi tudo o que passei. E eu realmente agradeço, sério, de coração, por tudo o que você me fez. Mas…

Wallyson: Sim, my dear, está na hora de partir. Venha!

Eles se levantam. Mariano começa a soluçar cada vez mais forte. De repente, ele vomita algo denso e negro. Ele olha para Wallyson e sorri. Wally balança a cabeça e ergue os braços. Ele se desintegra, pouco a pouco. Maro começa a chorar a mesma substância negra. A árvore, outrora tão velha, agora estava carregada de folhas verdes e saudáveis. Ela libera uma seiva esbranquiçada, fazendo uma renovação do resto do organismo. Mariano abraça a árvore. Dela, maçãs brancas começam a nascer. Agora, o espaço intimida seu brilho e as últimas poças negras secam.

[…] Casa dos “Ayalla”/ 1º andar/ Quarto de Mariano [Manhã].

Assustado Mariano se levanta da cama. Mais tranquilizado, ele sorri e olha para o mundo ao seu redor. Sua alma renasceu.

Casa dos “Nardelli”/ 1º andar/ Cozinha [Manhã]

Santiago está sentado à mesa, comendo bolachas e tomando leite. Ele se levanta e checa seu celular. Uma mensagem de Mariano está nas notificações de um aplicativo. Eles conversam.

Mari_Ay: Amigo, altos sonhos aki! Bora se encontrar?

Santi <3: Afzão! N vou poder hj. Papai insistiu minha presença na “Quota”.

Mari_Ay: Nacredito! Acho que então… a gnt se encontra hoje a noite.

Santi <3: Como assim? Hj a noite? Festa do “Collins”?

Mari_Ay: Yeah! Aí a gnt convs lá. Ok?

Santi <3: É nois! Ent até mais tarde kkkkkkkk!

Mari_Ay: Até kkkkk!

Santiago clica na foto de perfil de Mariano, lançando um olhar curioso. Santi ri da foto Maro estar com um filtro de “cachorrinho”. Ao olhar para frente, pega o convite para a festa de Jonathan. Sua expressão mostra tensão.

Cindy: [gritando] Eu posso esperar TODO O TEMPO DO MUNDO!

Santiago: Credo, Cindy! Calma. Pronto! [sorri] Vamos!

[…] “Instituto Sul Real de Educação” (Colégio). Saída/Portão 02. [Tarde]

Mariano andando, distraído com a música em seu fone de ouvido. Sem perceber, tropeça no sapato de alguém. Ele não cai, mas se assusta.

— Olha por onde anda, seu retardado!

Mariano: [meio zonzo] Eh… Então, me des…

Olhando para o rosto da criatura, a sensação de Maro era estar de frente para o Diabo. Sua expressão de ódio faz Raquel feliz.

Raquel: Deja vú, gatinho?

Mariano: A culpa não foi minha. Você que colocou seu pé na frente!

Raquel: Deve tomar mais cuidado, Maro. Sabe… Desta vez, não terá nenhum trabalho de artes, nem eu de “a iludida”. [aproxima-se] Porém, há um imprevisto: você ainda não morreu.

Mariano não atreve a se segurar e lhe esbofeteia com toda força de sua alma. No chão, de joelhos, Raquel segura as mãos em seu rosto.

Raquel: Nunca mais se atreva! Não se atreva! NÃO SE ATREVA!

Mariano: [sorrindo] Eu sei o que você fez para a minha desgraça. Então, se você quer brincar de ser o Diabo… Parabéns! Acabou de acordar no seu pior inferno!

Mariano pega sua mochila e sai do colégio. Nathan Olivares {16 anos; cabelos lisos – tom negro – arrepiados; olhos castanho-escuros; estatura e peso médios; corpo meio-atlético} aproxima-se, aplaudindo vigorosamente.

Raquel: [olhando-o com desgosto] Como sempre, defendendo os culpados!

Nathan: Jamais, Raquel! [sorri] Num dia infeliz… Te defendi. A garota que parecia inocente e, talvez, precisando apenas de um consolo. Não! [expressão séria] Raquel, você sempre foi assim mesmo, a merecedora de misericórdia. Tudo isso realmente compensa?

Raquel: Eu tenho minha causa pra lutar e você tem a sua! [sorri] Estranho é um “hétero” defendendo causas dos “gays”!

Nathan: Não precisa ser “gay” para defender “gays”. Eu defendo e ponho fé no movimento LGBT, ou em qualquer outro! Aliás… Que rumo essa conversa tomou?!

Raquel levanta-se, olha para si e dá alguns tapas em sua calça. Olhando no fundo dos olhos de Nathan, ela sorri.

Raquel: Isso tomará o rumo que você deseja: a tua própria queda!

Nathan: [expressão confusa] Ódio gratuito? Sério?

Raquel: [saindo] Não é gratuito, darling. O preço é a desgraça da sua alma!

[…] Casa dos “Ayalla”/ 2º andar/ Suíte principal [Noite].

Ivanna coloca o último detalhe de seu visual: brincos de ouro. Seu vestido curto de tom vermelho-cereja com decote prolongado em “V”. Salto alto dourado. Cabelos ondulados e uma franja mais lisa. Ivanna olha para seu reflexo.

Ivanna: [com a mão na cintura] Pensa numa mulher pirigótica!

Uma mensagem chega em seu celular. Ela desbloqueia o aparelho e a lê.

Mulher: Oi Ivanna! Se lembra de mim? Liliane (rsrs) Espero que ainda esteja tudo bem contigo! Acabei de voltar para o país e peguei seu número na “Collins” 🙂 Depois responde aqui, pra gente recordar os velhos tempos 😉

Ivanna sente-se mal. E não era por um sentimento ruim. Algo estava começando a despertar em seu coração. Ela, atordoada, não consegue digitar uma resposta à moça. Um estalo a faz despertar. De expressão preocupada, Mariano pergunta se ela está bem.

Ivanna: Sim, Mariano! [passa a mão pelo cabelo dele] Só… recordações.

Mariano: É! Nesses dias estou entendendo muito disso. Mas enfim… Pronta?

Mariano está com um blazer azul-marinho, dobrado nas mangas, por cima de uma camisa branca. Calça jeans preta. Tênis jeans. O cabelo como onda para o alto. Ivanna imita um “tigre” e abre um grande sorriso.

Ivanna: Então hoje vai trazer uns boy? Tava na hora, né Mariano!

Mariano: [cabisbaixo] Assim tu me MATA de VERGONHA!

Ivanna: Bem… [abre a câmera do celular] Uma selfie bem “close certo” pra começar a noite?

Mariano: Mãe… não exagere nas gírias, please. Você não está “tão” na idade de usá-las!

Ivanna: Se eu quiser, eu uso até “miga”! [olhar superior] Okay?

Eles tiram a foto. Mariano olha atentamente para si.

Mariano {pensando}: Nada mal, Maro. Está ficando mais bonito! Eu queria saber mesmo o que está acontecendo comigo. A minha esperança tinha ido embora e Corri para tentar achá-la. Eu sempre luto demais para ter o que quero, mas na “minha visão”. Acho que devo encontrar alguém mais “certo”. Jonathan não pode ser algo grande, pois não sinto aquela “chama” de que ele tanto fala. Mas o importante é que eu tente. Só… Tentar!

Ivanna: Então menino, eu tô ótima! Ficou bom?

Mariano: Parece que a gente tá indo pra um casamento! [sorrindo alegremente] Quem é a “melhor mãe do mundo”?

Ivanna: Não sou eu, né? Acho que não. Tomara que não!

Mariano: Mas… o quê?

Ivanna: Anda logo, Mariano. Vamos chegar atrasados!

Mansão de Jonathan. Jardins [Noite]

As paredes folheadas erguem o cheiro da mata. Um jovem sentado sob a luz do alto luar. Seus pensamentos tão longe…

– BUUU!

– AHHH!

Igor leva uma mão ao peito e soca Manão no estômago. Manão gargalha.

Manão: Ah, num aguenta uma brincadeirinha?

Igor: Você quer ser descoberto MESMO?

Manão: Enfim… [olhando para fora] Onde está nossa pricesa?

Igor: Lá dentro, confirmando o trampo.

Manão: Eu poderia simplesmente fazer “isso” hoje sem demora, porque a segurança dessa casa é uma piada! Mas não… teremos o momento certo.

Igor: Acho que hoje não vai ser um favor só pra Raquel, pra você… mas pra mim também. Eu tava esperando muito tempo por isso.

Manão: [aplaudindo] Será um sucesso!

Igor: Ainda me lembro de como foi tenso para cobrirmos a morte da Sra. Nuvais…

Flashback: Dezembro de 2015Casa dos “Nuvais”/ Suíte [Noite]

Igor coloca cuidadosamente o corpo de Jordana, ao lado de seu marido, no chão do quarto. Raquel entra e indica onde o jovem deve deixar “respingos” de sangue. Ele sacode um pequeno frasco. Sorrindo, ele a mostra que Manão já despachou várias coisas da casa.

Igor: [segurando suas mãos] Raquel… Eu me preocupo muito com você. Está se sentindo mais feliz? Algo que queira… compartilhar?

Raquel: Um pouco sim, mas… Você sabe o quão difícil é deixar alguém com quem convive partir. Você sabe!

Igor: Sim, eu sei. [lhe dá um beijo no rosto] Te vejo logo.

Raquel: Bye, love!

Igor olha para os lados e sai correndo do quarto. Raquel respira fundo, busca fortes emoções e disca um número em seu telefone fixo.

Raquel: [voz desesperadora] Gi! Amiga! Me ajuda, por favor! [tenta forçar uma lágrima] Gi, por favor você é minha única amiga!

Giovanna: [voz trêmula] O que houve!? Meu astro celestial! Está ferida? Alguém está ferido?

Raquel: Entraram aqui em casa! Mataram minha mãe, Giovanna. E não sei o que fizeram com meu pai. O-o-o q-que eu faço? O QUÊ???

Giovanna: Amiga, eu estou indo para aí agora! Enquanto isso, ligue pra polícia. Eu chamo uma ambulância. Miga, fica tranquila! Calma! Eu vou desligar o celular, mas vai ficar tudo bem. A pessoa já foi embora?

Raquel: SIM! SIM! E também roubaram a casa! Quase tudo!

Giovanna: [voz desesperadamente assustada] Raquel!!! Não saia de onde está, por tudo que é mais sagrado! Estou indo! Miga, não sai daí!

Giovanna desliga a chamada. Num vago olhar, Raquel gargalha loucamente. Ela chuta a cara da mãe diversas vezes e sai rindo discando para polícia.

[…] Flashback: Dezembro de 2015 “Paz” (Cemitério) – Túmulos [Manhã]

Raquel está apoiando a cabeça no ombro de Giovanna. Um falso pranto vem de sua alma e seu sorriso resplandece. Ela tenta acalmar sua alegria e puxa a amiga para perto de si. Agarrando o rosto de Giovanna, Raquel expressa um desespero inacabável.

Giovanna: [expressão triste] Rack… Eu sinto muito.

Raquel: Eu preciso que você fique uns dias comigo, Gi. Eu não vou ter ninguém para me ajudar, para me abrir… Eu tô sozinha!

Giovanna: Calma, calma… Você vai ficar lá em casa por um tempo até se estabilizar. Vou falar com minha mãe sobre isso, okay?

Raquel: O-obrigada, Gi! Sério, muito obrigada mesmo!

Igor joga uma flor branca por cima do caixão e olha subitamente para Raquel. Seus sorrisos se encontram, mas a felicidade permanece não transparecida.

– FIM DO FLASHBACK

[…] Mansão de Jonathan/ 1º andar/ Salão Principal [Noite]

Não parecia um jantar. Jonathan Victor Collins de Mello estava dando uma espécie de ceia natalina! Muita fartura e pessoas bem-vestidas. Os convidados ainda são orientados aos seus lugares, sendo os próximos da lista os membros da família Nardelli. O aniversariante abraça, com um enorme sorriso, Quotar Nardelli {53 anos; cabelos lisos – tom grisalho; olhos castanhos; estatura médio-alta}.

Jonathan: [sussurrando] Esqueceu sua bela companheira?

Quotar: Tivemos alguns probleminhas… [eles riem]

O homem cumprimenta Cindy – que está usando um deslumbrante vestido azul-claro – de maneira rápida. Ela joga um sorriso falso entre olhares suspeitos.

Jonathan: Tem um ótimo gosto para vestidos, menininha!

Cindy: [emburrada] Lógico…

Quotar belisca a filha, porém continua sorrindo.

Jonathan: [olhar malicioso; cumprimenta-o] Este é seu filho?

Santiago afirma com a cabeça. Ele sente em si um certo desconforto ao olhar para para Collins, como se fosse uma presa fácil. Jon sorri.

Quotar: Eu agradeço pelo convite, Jonathan. Aliás, hoje a “Quotardelli” assinaria um contrato com a “Collins”, porém houve alguns empecilhos. Vamos fechar a parceria no fim da festa? Não poderia haver melhor momento de celebração!

Jonathan: [olhando para os jovens] Claro, Quotar. Nós agradecemos desde já!

Olhando para a festa, o milionário sente-se aliviado por estar tudo nos conformes. Ao perceber a movimentação de Mariano, rumo às escadarias, ele lança um olhar ameaçador e caminha na mesma direção.

Mansão de Jonathan/ 2º andar/ Sacada|Corredor [Noite]

Olhando de encanto para a lua cheia, Santiago apoia-se no corrimão dourado da sacada. Ele escuta alguns passos e olha para trás. Ele tenta chamar a atenção de Mariano, mas não consegue. Ao vê-lo entrando no banheiro, com pressa, sorri. Seu olhar curioso é despertado ao ver Jon bater à porta.

Jonathan: [voz baixa] Ei, Mariano, sou eu! Deixe-me entrar!

Um destranque na porta e Jonathan a empurra, entrando rapidamente e fechando-a novamente. Santiago, com passos lentos, se aproxima do local. Com coragem, coloca o ouvido contra a porta. Alguns gemidos são escutados do banheiro e Santiago se enche de agonias e sensações meramente estranhas.

Santiago: [sussurrando] Holy shit! Mariano e Jonathan? Oh, fuck me, please! [risinhos] Eu pensei que ele ainda estivesse passando por alguns “problemas”, mas enfim…

Alguns minutos se passam. A porta é destrancada. Jonathan olha para o corredor deserto e desfila hipocrisia de volta à festa. Santiago gargalha. Com um sorrisinho bobo, Maro sai do banheiro e transparece uma vergonha de não saber onde enfiar a cara!

Santiago: Amém Mariano! [eles gargalham]

Mariano: Oi, Santi! [abraça-o] Que bom te ver!

Santiago: Digo o mesmo, amigo! Aliás… parece meio tenso. O que houve? [eles andam até a sacada] Digo… Antes do que me pareceu ser uma “loucura rápida”…

Mariano: Parece que eu estou cada vez mais no lixo, me tornando, a cada dia, uma parte dele também. Sinceramente, eu poderia ser mais feliz! E a sua?

Santiago: Minha vida: Ah… como sempre! [expressão cansada] Não estudando muito para as provas, cuidando da minha irmã, tentando conviver pacificamente com meu pai… Mas você parece ter encontrado pelo menos um ponto e apoio… [olhar sério]

Mariano: Achei que não haveria necessidade de te contar sobre isso. Pra mim, é momentâneo. Jonathan é só diversão! [expressão de deboche Também soube do seu “rolinho” com Giovanna Borges, mas nem por isso fiz esse escândalo todo.

Santiago: Giovanna e eu? [dá uma risadinha] Ela namora com o Nathan, my friend. Não sei o porquê de inventar essas coisas! Eu ainda estou procurando meu… uma pessoa que me queira! Ou até um “rolinho”.

Mariano olha para seu amigo com incertezas. Além de não sentir-se com muita confiança em seus atos, acha que Santiago queira algo “mais”. Mariano respira profundamente e sorri para a lua.

Mariano: Eu demorei tanto a aceitar quem eu realmente era. Nunca pensei que o amor seria algo tão complicado assim, já que, no começo, sempre dizia ao pessoal que nunca ninguém iria me querer. [expressão infeliz] Não espero que “ele” volte para mim, mas sim que eu experimente, de novo, essa sensação que eu achava tão fútil.

Santiago: [lhe dando alguns tapinhas nas costas] Eu que cheguei de uma maneira tão tímida… E óbvio que não me arrependi disso! Só assim você conheceu o “Caladão”.

Mariano leva uma mão à perna de Santiago, que estranha a atitude do amigo. Sentindo-se nervoso, dá batidinhas na mão de Mariano e o olha profundamente para seus olhos.

Santiago: Você sempre foi daquele tipo e pessoa realmente “amigável”, às vezes, safada até demais! [expressa tensão] É uma raridade encontrar pessoas assim. Porém… Eh…

Algo dentro Maro o força a não aceitar as negações de Santiago. Assim como as nuvens escuras que cobrem a luz do luar, ele resiste com brutalidade e cobre a “luz” de seu “fogo”. Num apagar de esperanças, ele retira a mão rapidamente da perna de seu amigo e sorri, olhando para dentro da casa.

Mariano: Você não pode fingir. Não deve fugir. Você pode aceitar. Deve acreditar! [olhando-o diferente] Não diga que joga no time “comum”, my friend.

Santiago: [batendo o pé no chão] Mas sim, eu sou… “comum”! Tá bom? Você não entenderia, ainda tem a mente muito condicional.

Mariano: [olhar furioso] E por que não pode me contar uma simples verdade? Eu sei o que você é, não precisa provar nada pra ninguém. Não deve se sentir culpado por gostar de garotos. São uma delícia!

Santiago: Olha… E-eu… Só preciso que você se afaste de mim. Por um tempo.

Mariano: Você precisa de um tempo é consigo mesmo. [aproximando-se] E não surpreenda: quando você tropeçar… todos ‘Nardelli’ cairão!

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Séries de Web – na próxima Quinta!

ASSIM COMEMORAMOS
UMA NOVA MORADIA

— Um brinde à família Collins!

COM CONVIDADOS INESPERADOS…

Mariano: Estou num “looping” de deja-vús?

E NOTÍCIAS DESESPERADAS.

Repórter: Hoje, uma parte do mundo acordou de luto.
[close no sorriso de Raquel]

Mente Incondicional
QUINTA – 09/03 – NO SÉRIES DE WEB

Pedro Paulo Gondim

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