A Sangue Frio – Cap. 37
A Sangue Frio
Capítulo – 37
Escrito Por Felipe Lima & Bhrunno Acosta
1ª Cena – Drummond Têxteis/ Interior/ Sala da presidência/ Tarde.
(Continuação imediata do episódio do anterior. Bruno espera a resposta. Stella e Juca estão aflitos. Este rapidamente esconde a arma. TENSÃO.)
Bruno – O que está acontecendo aqui? O que você escondeu aí?
(Juca, agitado, balança a cabeça em sinal negativo.)
Juca – Nada, senhor…
Stella (interrompendo) – Não tenho que ficar dando satisfação para uma pessoa que mal entrou na empresa. Me poupe, se poupe, nos poupe!
Bruno – E que é o presidente da empresa. Não se esqueça disso, fofa!
Juca – Bom, a gente veio pegar uns papéis a mando do senhor Drummond. Como só Stella sabia a senha, ele me mandou acompanhá-la.
Stella – Exatamente! Agora, com licença. Não tenho que ficar dando satisfação para um crioulo.
Bruno – Depois eu volto e faço o que tinha que fazer.
(Bruno se retira.)
Stella (batendo em Juca) – Imbecil, viu? E se ele tivesse visto algo? Vamos sair daqui! Desista dessa ideia maluca!
Juca – Quero dinheiro! Ou você quer que eu mostre uma carta e umas fotos que tenho em meu poder?!
Stella (irritada) – Desgraçado! Eu vou lhe dar o dinheiro. Espero que, depois, suma da minha vida.
Juca – Não vai ser tão fácil assim, Stellinha.
(Stella abre o cofre, pega alguns pacotes de dinheiro e coloca em uma bolsa.)
CORTA PARA
2ª Cena – Drummond Têxteis/ Interior, Sala de Bruno/ Tarde.
(Bruno entra pasmo em sua sala. Gabriel olha para o amigo e questiona.)
Gabriel – O que foi, bicha? Viu algum fantasma?
Bruno – Se a megera da Stella for classificada como fantasma, sim. Ela estava com um homem na sala da presidência. (T) Vou ligar pra Marta!
(Bruno pega o seu celular e liga para Marta.)
3ª Cena – Mansão Wurttemberg/ Interior/ Quarto do casal/ Tarde.
(Marta está ao telefone, com Bruno.)
Marta – Com certeza ela estava tirando dinheiro da empresa. Veja se eles estão ainda na empresa e persiga-os, por favor!
(No outro lado da linha.)
Bruno – Certo! É isso que farei.
(Bruno desliga. Em seguida, puxa Gabriel.)
Bruno – Se levanta, Gabriel! Você vai comigo.
Gabriel – Para onde?
Bruno – Sem questionar, venha logo!
(Bruno e Gabriel saem.)
4ª Cena – Mansão Drummond/ Interior/ Tarde.
(Todos sentam para o almoço. Ângela está cabisbaixa, triste. Os demais estão parcialmente felizes, em virtude da rápida recuperação de Vinícius.)
Drummond – Se sente melhor, meu filho?
Vinícius – Sim, me sinto como se estivesse novo novamente. Algo de bom tem nessa casa.
Drummond – Tem, tem, sim. Todos nós que lhe amamos.
Thomaz – Isso! E não esqueça que sou seu filho. Não faça como no hospital.
(Todos riem.)
Vinícius – Eu estava confuso, filho. Ainda estou! Minha memória está voltando aos poucos.
(Silvina serve Vinícius.)
Silvina – Logo, logo o senhor irá se recuperar, Vinícius, e veremos aquele homem sadio e alegre de novo nessa casa.
Ângela (irritada) – Desde quando empregados se metem nas conversas dos seus patrões?
Silvina (retraída) – Desculpa, senhora!
(Silvina se dirige à saída, mas e é impedida por Drummond.)
Drummond – Espera, Silvina! (P/Ângela) O que foi isso? Silvina está há anos conosco, ela é praticamente da família. Não quero ver novamente você tratando ela assim.
Silvina – Que isso, senhor… Não tem problema.
Ângela – Tudo bem. Eu me retiro.
(Ângela se retira.)
CORTA PARA
5ª Cena – São Paulo/ Tarde/ Noite.
(Ao som de “Ego”, anoitece na “terra da garoa”.)
6ª Cena – Mansão Montenegro/ Interior/ Tarde.
(Fundo: “Black Widow”. Raquel continua à porta com Cátia.)
Cátia – Não vai me convidar para entrar?
Raquel – Entra! Fale o que quer rápido. Vamos à biblioteca!
(Raquel e Cátia caminham até a biblioteca.)
Raquel – Então, o que deseja? O que quer falar comigo?
Cátia – Eu quero te pedir perdão. Eu sei que errei com você ao lhe vender. Não sabe quanto eu me arrependo. Aquelas palavras, que eu disse naquele, dia não são verdadeiras, eu falei tudo dá boca pra fora. Me perdoa!
Raquel (irônica)- Quase me convenceu, por pouco não caí nesse seu jogo. Até saiu uma lágrima dos meus olhos. (risos) Interesseira! Você está falando isso porque eu sou rica, e quer usufruir da mesma forma que usufrui da Stella. Mas comigo o negócio é diferente.
Cátia – Eu não quero seu dinheiro. Eu quero a minha filha.
Raquel – A sua filha você perdeu anos atrás quando me vendeu. Para com isso! Eu sei que a você é ambiciosa, e só quer o meu dinheiro.
Cátia – O mundo não gira em volta do dinheiro, eu vim te pedir perdão, mas pelo visto você é incapaz de me perdoar.
(Cátia está saindo da sala, quando Raquel interrompe.)
Raquel – Espera!
(Elas se olham. Música cessa. SILÊNCIO no ambiente.)
7ª Cena – São Paulo/ Rua/ Noite.
(Stella e Juca estão no carro a caminho de um matagal. Logo atrás estão Bruno e Gabriel, perseguindo-os. Canção termina. Instrumental de mistério começa a tocar.)
Gabriel – Pra quê isso? Você está arriscando sua vida.
Bruno – Eu arrisco para defender as pessoas que são boas.
(CORTA PARA o carro de Stella, que olha pelo retrovisor e percebe que está sendo seguida.)
Juca – Droga! Quem é esse idiota que está nos seguindo?
Stella – Bruno! Ao que parece, é ele.
Juca – Anda, acelera! Antes que ele chame a polícia. Vamos!
(Stella acelera cada vez mais. Bruno logo atrás também anda bem rápido. CÂM aérea mostra os dois carros numa estrada deserta, cujo em volta só há plantações de cana de açúcar. Fim do instrumental.)
CORTA PARA
8ª Cena – Mansão Montenegro/ Interior/ Biblioteca/ Noite.
(Raquel se aproxima de Cátia.)
Raquel (tocando o rosto de Cátia) – Tudo o que eu mais queria nessa vida era poder tocar no rosto da pessoa que me colocou no mundo, poder sentir as mãos dela em meus cabelos, poder sentir seus abraços…
Cátia – Eu estou aqui, minha filha. Posso ter errado e ter feito outras coisas mais, mas eu nunca te esqueci. Eu te amo, minha filha!
(Cátia e Raquel se abraçam. CORTA PARA James, que adentra o local rapidamente.)
James – Então a senhora é mãe da Raquel?
(As duas se olham, paralisadas. Instrumental de Suspense se inicia.)
CORTA PARA
9ª Cena – São Paulo/ Estrada/ Noite.
(Ao som do instrumental da cena anterior, mostra-se Stella dirigindo com bastante velocidade. Bruno continua em sua “cola”.)
Bruno – O que essas louca está fazendo?
Gabriel – Ela quer nos matar. Olha aquela ribanceira.
(No carro de Stella.)
Stella – Agora vamos eliminar mais um inimigo meu.
(Stella sorrir freneticamente. Após, ela diminui a velocidade do carro ficando, assim, perto do carro em que estão Bruno e Gabriel. Ela começa, então, a jogar o seu carro contra o dos rapazes. Bruno e Gabriel, assustados, se olham.)
Foco no carro. A imagem congela ganhando tons de vermelho sangue.