Capítulo 9 – Perigosos Acasos: A grande reviravolta
Capítulo 9
Cena 1. Casa de Gertrudes. Sala de Estar
Ulisses: A Hermínia é a minha mãe, Magdalena.
Magdalena: O que?
A câmera foca no olhar surpreso de Magdalena.
Hermínia: Como você foi imbecil, Magdalena, acreditou em todas as armações feitas por mim e pelo meu filho.
Magdalena; Vocês são dois doentes.
Hermínia: Todos os doentes fazem loucuras não é? Então, agora, você verá a minha maior loucura. (Risos)
Hermínia se aproxima da gaveta do armário da sala e tira um envelope que estava escondido lá.
Hermínia; Você sabe o que tem dentro desse envelope? Aqui tem o testamento ao qual a sua avó deixou tudo o que tinha para você e sabe o que eu vou fazer com isso? Eu vou rasgar e você não terá outra saída á não ser passar tudo que você tem para o meu nome. (Risos)
Hermínia rasga o envelope em pedacinhos, enquanto, Magdalena se desespera.
Hermínia: Pronto, agora que a velha patética não está mais aqui, você não é mais herdeira de nada e finalmente eu vou ser dona de tudo isso aqui.
A câmera foca nos passos de uma mulher que anda pelo corredor até que ela se aproxima da sala de Estar.
Mulher: E quem disse que a velha patética morreu?
Hermínia, Magdalena e Ulisses olham para a direção dela e a câmera sobe e revela que a mulher era Gertrudes.
Magdalena: Vó?
Hermínia: Dona Gertrudes?
Dona Gertrudes: É eu forjei a minha morte, para saber até que nível, a ambição dos que me rodeavam chegaria e acabei descobrindo quem todos realmente eram e me decepcionei bastante.
Magdalena: Mas, vó eu nunca dei motivos para a senhora se decepcionar.
Dona Gertrudes: Você realmente me subestimou.
Hermínia: Para com essa conversa mole, Velha patética.
Dona Gertrudes: Cale a sua boca.
Hermínia: Uma vagabunda como você não tem a dignidade de mandar eu calar a minha boca.
Magdalena: Não fale assim com a minha vó.
Dona Gertrudes dá uma bofetada em Hermínia.
Dona Gertrudes: E da próxima vez que você me insultar dessa maneira, eu te dou uma surra ao qual á tempos você merecia.
Hermínia tenta dar uma bofetada em Dona Gertrudes, porém, Dona Gertrudes segura o braço dela e dá mais uma bofetada.
Dona Gertrudes: E não ouse triscar um dedo em mim, sua traidora. Agora, saia da minha casa juntamente com seu filho e me deixe a sós com minha neta.
Hermínia: Eu não vou sair daqui e ninguém vai me impedir.
Dona Gertrudes: Seguranças.
Dois homens altos e sarados entram na sala.
Dona Gertrudes: Jogue essa mulherzinha na rua e leve o filho dela também.
Um dos homens seguram Hermínia e outro segura Ulisses e os levam para fora da casa.
Dona Gertrudes: Agora, estamos sozinhos filha.
Magdalena: Ai vó senti tanta falta da senhora
Dona Gertrudes: Eu também, filha. Por isso, decidi voltar para a capital e não vai me dar um abraço não?
Magdalena abraça Dona Gertrudes.
Magdalena: E aonde a senhora estava hein?
Dona Gertrudes: Essa é uma longa história, senta aí que vamos conversar.
Magdalena senta no sofá.
Dona Gertrudes: Eu me senti muito mal naquele dia, vi tudo escurecer, até que, percebi que eu precisava de um descanso, afinal, eu já estava há muito tempo tentando levantar a empresa, então, surgiu a ideia de forjar a minha morte.
Magdalena: Meu Deus vó, porque a senhora não esperou eu chegar para administrar a sua empresa e assim, poderias até descansar sem causar esse transtorno todo.
Dona Gertrudes: Se eu não causasse esse turbilhão, jamais descobriríamos quem Hermínia e Ulisses eram.
Magdalena: Verdade.
Dona Gertrudes: Continuando…Eu peguei um frasco com calmantes e bebi uns 10 daquele, o que causou o meu desmaio instantâneo e assim, eu consegui despistar os funcionários do IML pagando uma quantia para eles guardarem o meu segredo e por fim fui para Acapulco, onde realizei todos os meus desejos ao lado de dois bonitões.
Magdalena: Essa história é surreal, não dá para acreditar.
Dona Gertrudes: É essa história pode ter algumas mentirinhas, mas nada que comprometa o que eu disse e esqueci de dizer que mandei instalar câmeras em todos os lugares dessa casa.
Magdalena: Como fizestes isso?
Dona Gertrudes: pedi para alguns amigos íntimos para instalar na calada da noite, afinal, conheço as rotinas de Hermínia e as suas também.
Magdalena: Então é por isso que ficastes sabendo de tudo o que acontecestes aqui.
Dona Gertrudes: Sim, mas se me permite diga-me o que aconteceu contigo longe daqui.
Magdalena: Tá bom…
Cena 2.Casa de Miguel
Miguel entra em casa com Elisa e Tereza ver os dois entrando.
Tereza: Filho, você não me disse que traria visitas hoje.
Miguel: Essa é Elisa, mãe.
Tereza: Ai como eu sou mal-educada, olá querida eu me chamo Tereza.
Elisa; Olá, senhora.
Miguel: Mãe, essa é uma jovem ao qual foi estuprada por meu pai em troca de dinheiro.
Tereza: O que? Seu pai foi capaz de cometer essa atrocidade? Não sei como consegui conviver tanto tempo ao lado daquele canalha.
Miguel: Teve e o pior é que ele ainda está longe das grades, mas, se depender de mim amanhã mesmo ele será preso.
Tereza: Vai á luta, filho. E coloque aquele canalha na cadeia o mais rápido possível.
Miguel: E é isso que vou fazer amanhã, leve Elisa até o quarto de hóspedes e eu já vou dormir, boa noite.
Tereza: Tá bom, filho. Dorme com Deus.
Miguel sai da sala
Tereza; Vamos querida.
Cena 3.Clínica São Bernardo. Quarto
O Dr. Pegliard entra no quarto e ver Marisa acordada.
Marisa: Doutor, peço que dei-me uma cadeira de rodas para se locomover.
Dr. Pegliard: Darei sim.
Marisa: Pelo menos isso né.
Dr. Pegliard: E para de idiotice, hoje mesmo você será liberada.
Marisa: Oba! Estava com saudade da minha vida pacata.
Marisa (P/SI): Se prepare, Magdalena, sua priminha está de volta.
Cena 4. Apartamento de Magnólia. Sala de Estar
Magnólia e Rogério estão sentados no sofá.
Magnólia: Eu escondi um grande segredo de todos e chegou a hora de ser revelado á você.
Rogério: Fala logo, estou curioso.
Magnólia: Eu vou ser direta, eu tenho uma filha com você.
Rogério: Você está dizendo que Elisa é a minha filha.
Magnólia: Sim. Mas como você sabe que o nome dela é Elisa?
Rogério: Isso não importa agora. Ela é a minha filha, isso não pode ser.
Magnólia: Porque você está tão nervoso?
Rogério: Por nada, mas, não dá para acreditar que isso é verdade.
Rogério (P/SI): Eu estuprei a minha própria filha, como pude cometer algo tão desprezível assim?
Cena 5. Casa de Gertrudes. Sala de Estar
Marisa chega em um Taxi e com a ajuda do motorista desce do carro e entra na casa empurrando a sua cadeira de rodas, porém, quando ver a avó sentada no sofá se apavora.
Marisa: Vó –assustada
Dona Gertrudes: olá.
Marisa: Como assim? A senhora não estava morta?
Dona Gertrudes: Como diz o ditado filha, Vaso ruim nunca quebra.
Dona Gertrudes abraça a neta.
Cena 6.Apartamento de Hermínia. Sala de Jantar
Hermínia e Ulisses estão sentados ao redor da mesa jantando.
Ulisses: E o que a senhora achou da volta de dona Gertrudes?
Hermínia: Aquela Velha patética conseguiu nos enganar direitinho.
Ulisses: E o pior é que a partir de agora, vai ser mais difícil consegui alcançar o nosso objetivo.
Hermínia: Agora, será ainda mais fácil, querido.
Ulisses: Como assim, mãe?
Hermínia: Vamos destruir a Família De La Fontaine, mas, do meu jeito.
Hermínia e Ulisses sorriem.
Ulisses: Mas, a Magdalena não sofrerá grandes danos com essa destruição não, né mãe?
Hermínia: Não me diga que você se apaixonou por aquela sonsa?
Ulisses: Que isso, mãe? Jamais me apaixonaria por aquele urubu azedo.
Hermínia: Menos mal, mas, vamos arquitetar esse plano logo, tenho sede de vingança.
Ulisses: Diga, o seu plano.
Hermínia: Antes preciso desmascarar o Dr. Pegliard, venha comigo vamos para o hospital e no caminho te conto essa história.
Ulisses: Eu quero saber mesmo.
Ulisses e Hermínia saem do apartamento.
Cena 7. Casa de Gertrudes. Sala de Estar
Dona Gertrudes: O que ocasionou na sua paralisia, Marisa?
Marisa: Foi Magdalena, ela atirou em mim e eu acabei se tornando paralitica.
Dona Gertrudes: Eu sei que foi você que inventou de estragar a lua-de-mel de sua irmã.
Marisa: Como assim, vó? Irmã?
Dona Gertrudes: Agora, já chega. Eu preciso revelar algo á vocês ao qual eu escondi por muito tempo e acho que está na hora de ser revelado.
Magdalena: Fala logo.
Dona Gertrudes: Vocês duas são irmãs.
Magdalena: O que?
Marisa: Eu não posso acreditar no que estás dizendo.
Dona Gertrudes: A mãe de vocês nunca aceitou Marisa como filha, pelo fato, dela ser filha de um traficante, por isso, decidiu inventar essa mentira, pronto, falei.
Marisa chora em silencio, até que, interrompe o choro.
Marisa: Isso doeu tanto em mim.
Dona Gertrudes: Mas, você prefere continuar se enganando ou saber de uma vez essa verdade?
Magdalena: Como a senhora pode ter escondido uma mentira com proporções tão grandes assim de nós duas, vó?
Dona Gertrudes: Eu tive que me submeter a isso.
Marisa: E a herança que deixastes por completo pra Magdalena? Não tem nada pra mim, não?
Dona Gertrudes: aproveitando que perguntou Marisa, eu pensei e decidi que darei uma herança pra você também em forma de função na empresa.
Marisa: Diga logo, estou muito curiosa para saber qual será a minha função na empresa.
Dona Gertrudes: Marisa, você será a administradora do local e Magdalena, você será a diretora da empresa.
Marisa; Porque, ela terá a melhor função na empresa? Vocês me odeiam? É isso?
Dona Gertrudes: Eu sou a dona da empresa e acho que Magdalena será melhor diretora que você, se contente com o que tem.
Marisa: Que ódio, eu não aceito essa mísera função nessa empresa de merda.
Dona Gertrudes: ótimo é bom que tudo fica de uma vez pra Magdalena, agora, dai-me licença tenho que descansar um pouco.
Magdalena: Vá, minha vó descanse e depois conversamos mais.
Dona Gertrudes: Obrigado pela compreensão minha linda.
Dona Gertrudes sobe as escadas e segue em direção ao seu quarto.
Cena 8. Mansão de Valéria/Apartamento de Magnólia. Quarto de Milena
Valéria está andando de um lado para o outro com o celular no ouvido esperando Milena atender, até que ela atende.
Valéria: Senhora eu tenho uma notícia horrível para te dar.
Milena: O que aconteceu?
Valéria: A Elisa fugiu com o cliente de ontem.
Milena: Ah que merda, aquela negra infeliz conseguiu fugir.
Valéria: Me perdoe, senhora.
Milena: Cale a boca e tente localizar esse Miguel de uma vez.
Milena desliga o telefone.
Cena 9.Casa de Gertrudes. Sala de Estar
Magdalena está sentada no sofá lendo um livro, até que, ela recebe uma ligação no celular e atende.
Magdalena: Olá, quem está falando?
Anônimo: Oi, sou eu Ricardo.
Magdalena: Ah, oi Ricardo.
Ricardo: Magdalena, eu preciso falar com você.
Magdalena: Ok, pode falar.
Ricardo: Não, eu prefiro conversar com você pessoalmente.
Magdalena: ah sim, aonde desejas se encontrar comigo?
Ricardo: Pode ser no restaurante, Doce Sabor?
Magdalena: Pode sim, que horas posso lhe encontrar lá?
Ricardo: Ás 12h00, tá bom pra você?
Magdalena: Tá bom, até as 12h00.
Magdalena desliga o telefone.
Cena 10. Casa de Miguel. Sala de Estar
Miguel está sentado no sofá, até que Elisa aparece na sala e ele se levanta.
Elisa: Bom dia!
Miguel: Bom dia! Está preparada para ir para a delegacia?
Elisa: Estou sim, vamos.
Miguel e Elisa saem da casa.
Cena 11. Restaurante Doce Sabor. Interior
Magdalena chega no restaurante, ver Ricardo em uma mesa e se aproxima dele.
Magdalena: Aqui estou.
Ricardo se levanta e abraça Magdalena.
Ricardo: Eu te trouxe aqui para te fazer um pedido.
Magdalena: Que pedido?
Ricardo se ajoelha e pega na mão de Magdalena.
Ricardo: Você aceita se casar comigo?
Magdalena: Claro que sim.
Ricardo e Magdalena se beijam ao som da música (De janeiro á Janeiro- Nando Reis e Roberta Campos)
Cena 12. Delegacia. Recepção
Elisa entra na delegacia e se direciona a Delegada.
Delegada: O que desejas, senhora?
Elisa: Eu quero fazer uma denúncia.
Continua…