Eventyr – Capítulo 11
No final do terceiro dia eu e Alexis já estávamos enjoados de ver oceano para tudo que é lado. A imensidão azul já não era mais tão bela quanto da primeira vez que vi. Aportamos à noite em Cecia. como previsto. Quando chegamos quase beijei o chão – obviamente não fiz isso, mas agradeci por estar em terra firme e seca.
O porto de Cecia não era muito diferente do porto de Nebro. Havia muitos barcos e muitas pessoas – mas ainda não vencia o número de pessoas que usavam o porto da Capital. Neandro parecia conhecer praticamente todo mundo com quem esbarrava. E parecia ser muito querido também, o que deixou Alexis um pouco enciumado.
Neandro nos levou direto para um hotel. Não era um hotel muito luxuoso. Na verdade não tinha luxo nenhum. Nunca imaginaria dois príncipes hospedados em um hotel como este, mas ele não era também o fim do mundo, tinha um pequeno charme.
– Dois quartos, por favor! – Neandro pediu ao recepcionista.
– Dois quartos? – Alexis se espantou – Você vai deixar a Beatriz dormir junto com esse maníaco?
– Não. Ele mesmo vai pagar um quarto separado para ele. Foi o que combinamos. – Neandro respondeu sorridente.
– Então você vai dormir com a Beatriz? – Alexis pareceu mais aliviado.
– Também não? Ela vai dormir sozinha. – Neandro continuava sorridente.
– Espere um pouco! – Alexis começou a raciocinar – Se Nicardo vai ter um quarto só para ele e Beatriz também, isso quer dizer que…
– Você irá dormir no mesmo quarto que eu! – Neandro pegou as chaves. Ouvi o recepcionista dizer 222, 225 e 226.
Fiquei com o quarto 226. Apesar de não ser intencional, fiquei a dois quartos de distancia de Alexis. Mas acabei ficando ao lado do quarto de Nicardo – não que isso fosse um problema, mas sabia que Alexis iria achar ruim.
O quarto era pequeno, mas confortável. Assim como na casa de Neandro, a cama fazia lembrar um tronco, porém, mais estilizada do que a da casa de Neandro. O colchão era super confortável – apesar de que, depois de passar dias dormindo na rede, qualquer coisa um pouco mais fofa seria confortável. Havia um pequeno guarda roupas, do lado esquerdo da porta, onde não guardei minhas roupas. Só passaríamos uma noite naquele hotel, no dia seguinte sairíamos em busca do segundo pedaço do cristal e correríamos diretamente para a estação de trem, onde partiríamos para a terra de Nicardo, Padja.
Havia também um pequeno banheiro no quarto, onde aproveitei para tomar um banho bem demorado. Assim como no castelo, o banheiro do hotel tinha uma bela banheira. Havia alguns sais e um sabonete fechado em uma caixa. Havia toalhas limpas – obviamente – e um roupão branco com o emblema do hotel; um “7” dentro de um tipo de brasão, todo em vermelho e amarelo. Fiquei durante um longo tempo relaxando na banheira, após tomar um banho de verdade.
Não sei em que momento e também não sei como não ouvi, mas quando sai da banheira tive uma surpresa nada agradável.
– Maníaco pervertido! – gritei quando o vi na porta do banheiro.
– A culpa foi sua que deixou a porta aberta! – ele se defendeu tapando os olhos.
Peguei imediatamente a toalha e me enrolei. Agora já não faltava mais nada, Alexis já havia visto tudo o que tinha que ver, já deveria estar muito mais que satisfeito.
– Seu cachorro tarado! – o levei até a porta a tapas – Nunca mais entre no meu quarto desta forma, seu pervertido!
– Você deixou a porta aberta! – ele repetia o argumento.
– E por que não bateu na porta? – continuei dando tapas em Alexis.
– Você não estava ouvindo! – ele tentava fazer-se de inocente.
– E você tinha que ir xeretar a porta do banheiro? – ainda estava dando tapas em Alexis. Suas costas deveriam estar tão vermelhas quanto o seu rosto.
– A culpa foi sua de ter deixado a porta do banheiro aberta! – novamente fazendo-se de vitima.
– Eu estou sozinha neste quarto! – parei de bater em Alexis – Não esperava que ninguém aparecesse. Pelo menos não sem bater na porta.
– Eu já disse que bati! – ele gritou.
– O que está acontecendo aqui? – Nicardo apareceu. Seu rosto estava ainda mais vermelho do que o natural. – Mas o que é isso?
– Nicardo, não é o que está pensando! – Alexis se defendeu.
– Ele sabe que não é! – lembrei de que ele podia ver o que as pessoas pensavam – Tire esse tarado daqui! Melhor, o que você veio fazer aqui, Alexis?
– Eu… Eu… Eu vim ver se você estava dormindo. – ele respondeu constrangido.
– E por que raio de motivo você queria saber se eu já estava dormindo ou não. – perguntei irritada enquanto segurava a toalha para que não caísse.
Alexis deu um grito baixo de raiva e fez a sua famosa serie de expressões, depois saiu furioso do quarto.
– Ele está realmente apaixonado por você! – Nicardo sussurrou – Veio aqui apenas para ficar olhando você enquanto dormia.
– Você… – comecei a sussurrar também – Você viu isso? – ele assentiu.
– Isso é péssimo! – ele disse isso para ele mesmo, quase sem emitir nenhum som.
– Acho que agora ele não vai mais aparecer. – sorri sem jeito – Agora, se me der licença… – fitei a toalha e Nicardo entendeu na mesma hora e saiu da porta do quarto.
O restante da noite foi bem tranquila. Depois do que houve ninguém ousou voltar ao meu quarto – e confesso que era melhor assim. Dormi feito uma pedra, quase não vi quando o sol nasceu.
– Beatriz? – ouvi a voz de Neandro atrás da porta – Você já acordou?
Levantei a cabeça do travesseiro e – ainda com os olhos fechados – levantei. Acabei levando um tombo. Tropecei na coberta e acabei caindo de costas no chão – um momento de sorte, afinal, meu nariz ficou quase três dias doendo, outra dessas e ele não iria aguentar.
– Beatriz você está bem, está acordada? – Neandro tentou abrir a porta, mas estava fechada.
– Eu estou! – me levantei – Agora eu estou acordada.
– Mas você está bem? – ele perguntou preocupado.
Abri a porta ainda um pouco tonta – tanto de sono, quanto da pancada que levei. Minha visão ainda estava embaçada, mas pude ver que Neandro já estava com as malas ao lado dele, junto com Nicardo e Alexis, com as suas malas também.
– As minhas malas eu nem desfiz! – imaginei que eles também não – Deixa-me trocar de roupa. – disse com a voz meio grogue e fechei a porta.
Depois de recomposta e devidamente acordada, nós seguimos para uma carruagem. Não era uma carruagem do tipo que a Cinderela usaria, era mais simples e pequena – desde que não virasse uma abóbora, para mim estava perfeito.
Descobri que era um taxi. A última coisa que imaginei ver em no mundo de Monterra, com essa acabei aprendendo a esperar qualquer coisa daquele mundo.
– Qual é a próxima pista? – Neandro perguntou a Alexis.
– Espere um momento! – Alexis tirou as anotações da bolsa que estava amarada em sua cintura. – Sou verde e marrom, e tenho duas faces. Decifre o verdadeiro caminho ou devorarei sua… alma? – Alexis levantou a sobrancelha.
– Qual é, não entendi. Charadinha mais chinfrim! – disse esperando que alguém desvendasse o mistério.
– Mas o que seria? – Neandro raciocinava – “Tenho duas faces”? E o que ele quis dizer com “decifre o verdadeiro caminho”?
– Talvez seja um labirinto. – Nicardo tentou desvendar o mistério.
– Acho que não. Nunca soube de labirintos em Cecia. – Neandro excluiu a sugestão.
– Desculpe interromper – o “motorista” virou-se levemente para nós – Mas acredito que estejam falando da Floresta de Dois Gumes.
– Floresta de que? – Alexis pareceu nunca ter ouvido falar da floresta. Não posso lhe culpar, eu também não.
– Floresta de Dois Gumes! – ele explicou – Ela é uma floresta encantada e muito traiçoeira. Dizem existem duas florestas diferentes e quanto mais você adentra na floresta, mais os caminhos são mudados.
– Mas não tem um jeito de encontrar o caminho certo? – Alexis perguntou receoso.
– Existem dois jeitos. – ele começou – O primeiro é decorar o caminho de cada floresta, mas não sei dizer exatamente como isso ajudaria.
– E o outro? – perguntei.
– Bem… – ele engoliu a seco – O outro modo e enfrentando as faces da floresta.
– E o que são essas faces afinal? – Neandro perguntou um pouco nervoso.
– São os seres que controlam as florestas. – ele gaguejou – Esses seres estão aprisionados em duas grandes rochas, cada um em uma floresta, apenas a face deles pode ser vista. Caso você encontrei as duas faces e as destrua, você terá o caminho de volta.
– E onde ficam essas rochas? – perguntei inocentemente.
– Como se alguém soubesse. – ele respondeu um pouco debochado. – A questão é, mesmo que encontre não saíram vivos de lá. Os dois são seres poderosos e destruiriam todos vocês antes que tentasse pensar em destruir uma das faces.
– O senhor pode nos levar até a floresta? – Neandro finalmente havia decidido o destino.
– Vocês realmente querem fazer isso? – ele se assustou.
– Nós precisamos! – o encorajei.
Ele olhou meio torto para nós e pude ouvir-lo falar “adolescentes suicidas!”. Ignorei este comentário. Já estava assustada demais com tudo o que havia ouvido, não precisava constatar que era uma ação suicida.
A cidade de Cecia era parecida com a cidade de Nebro. Tinha várias casas brancas de telhado vermelho e ruas com pedras azuladas e foscas. Só a movimentação que era menor, na cidade de Nebro algumas vezes quase não dava para andar sem esbarrar em alguém – isso aconteceu muito comigo quando estava morando na casa de Neandro.
Pegamos um caminho estreito e paramos em uma estrada de terra. Havia muitas e muitas e muitas pessoas, todas com espadas, arcos, pistolas e tudo o que mais pudesse ser chamado de arma. Eles estavam em fila indiana e pareciam estar muito ansiosos.
– Eu só venho até aqui! – o taxista alertou. – Entrem na fila e esperem a vez de vocês.
– O que? – Alexis se irritou – Esperar na fila? Você está querendo dizer que…
– Muitos tentam destruir as duas faces. – o taxista interrompeu – Eles chegam aqui aos montes, todos os dias, e esperam pela sua vez. Veja. – ele apontou para o começo da fila, uns dois metros a nossa frente.
Havia um homem, assim como quase todos em Cecia, com orelhas, rabo e unhas de gato, no que parecia ser à entrada da floresta. Era alto e tinham uma aparecia de arrogante, fedido e nem um pouco amigável. Ele tinha uma corcunda imensa e não parecia nada feliz.
– Transformaram isso em uma atração local. – ele parecia extremamente indignado – Oferecem 5 mil crímatos para quem conseguir destruir as duas faces ou voltar vivo da floresta. Acho que não preciso dizer que ninguém voltou até hoje.
– Mas isso não deveria ser proibido? – perguntei.
– Muitas pessoas chegam de outros lugares de Moneterra especialmente para entrar nesta floresta. A economia de Cecia só fez crescer desde que começaram com isso. Eles só oferecem essa quantia de crímatos por que sabem que ninguém volta vivo da floresta.
Vi Nicardo engolindo a seco e apertando levemente a garganta. Quase fiz o mesmo só de imaginar que estávamos caminhando para a morte.
– Tem certeza de que quer ir até a floresta? – o taxista tentava nos convencer.
– Sim! – Alexis respondeu seguro.
– Boa sorte então! – o taxista deu de ombros.
– Obrigado! – disse Neandro pagando o taxista.
– Espero que voltem vivos! – o taxista sorriu, mas logo fechou a cara – Pena não acreditar nisto.
Esperamos quase 3 horas na fila. Teríamos esperado mais se não fosse pelos desistentes – que eram muitos. Minhas pernas pareciam ter sido arrancadas de mim, pois não conseguia sentir-las. Alexis ficava sentando, mas parecia não gostar de ter que fazer isso. Senti um pouco de pena dele. Parecia tão cansado e desanimado que resolvi sentar ao seu lado.
Quando chegou a nossa vez, pude reparar melhor no homem corcunda. Ele tinha um olho de vidro horrível, uma corte na orelha esquerda ao lado de um brinco de ouro. Seus dentes não eram muito bonitos. Não eram nada bonitos. Ele tinham alguns dentes podres e outros amarelados e quebrados, além de uma falha enorme no meio dos dois dentes da frente.
– Vocês terão 15 minutos para irem e tentarem achar as duas faces. – o hálito dele fedia a metal enferrujado – Caso vocês voltem em 15 minutos ganharam 5 mil crímatos. Se voltarem em menos de 15 minutos ganharam um acréscimo de 500 crímatos, mas se voltarem depois de 15 minutos vocês não ganham nada! – ele franziu a testa – Vocês estão em grupo certo?
– Sim, somos quatro! – Neandro respondeu demonstrando muita segurança.
– Eu sei que vocês sabem que terão que dividir os 5 mil, mas não custa nada lembar. – ele mostrou seus dentes podres em um sorriso malicioso – Claro, se algum de vocês voltar vivo!
Entramos na floresta. Não sei dizer se eu estava sentindo medo de morrer ou medo da floresta. Provavelmente estava com medo dos dois.
As árvores eram acinzentadas, assim como as folhas – secas, mas não caiam. Havia uma névoa grossa passando por entre as árvores. O chão era úmido. Era de cor amarronzada e fazia lembrar mais um pântano do que uma floresta.
– Por enquanto, nada de assombroso. – Alexis jogou uma piadinha no momento errado.
Fomos seguindo e tentando achar o caminho, até que uma coisa aconteceu. De repente a terra começou a tremer. Pude ver pequenos pedaços da floresta se movimentando a nossa volta. Eles faziam uma volta inteira em alguma coisa, só ainda não tinha visto o que. Me fez lembrar o sistema solar, alguma coisa estava no centro e senti que era isso que devíamos buscar.
– Os pedaços das duas florestas estão se misturando. – disse – Eles estão rodando em volta de algo, tenho certeza disso.
– O que você está dizendo? – Alexis gritou desesperado enquanto via o nosso pedaço de floresta se mexendo.
– Eu sinto, precisamos ir para o centro da floresta. O que controla isso aqui está se escondendo no centro. – gritei também. O barulho da terra se movendo e encaixando em outras partes era muito alto.
– Como você sabe disto? – Alexis continuou gritando, desta vez para ser ouvido.
A terra parou. Notei que haviam pessoas em outros cantos da floresta, tão confusos quanto nós. Ficamos parados.
– Algo está queimando dentro de mim, como se tivesse me avisando que o lugar certo para seguirmos e o centro. – continuei explicando.
– E desde quando você sente isso? – Alexis debochou de mim.
– Alexis, parte da magia da mamãe está nela. – Neandro lembrou o fato – Não esqueça que a mamãe sentia as coisas.
A terra se moveu de novo. O que reparei depois me assustou mais ainda. Várias pessoas simplesmente desapareciam, evaporavam cada vez que tentavam atravessar enquanto a terra se movimentava. Ficamos paralisados, a névoa estava desintegrando todos que tentassem passar “antes do tempo”.
– Por favor, tomem… muito… cuidado! – Neandro alertou extremamente assustado com a cena – Vamos tentar ser rápidos, seguir antes da terra se mover. Mas não agora. Vamos esperar mais um pouco.
– Por quê? – Alexis perguntou irritado.
– Precisamos marcar o tempo! – Nicardo respondeu já entendendo a intenção de Neandro – Reparei que os caminhos são mudados a cada 2 minutos.
– Mas é melhor esperarmos mais um pouco! – disse com medo de acabar evaporando como alguns.
Esperamos os caminhos serem mudados duas vezes. Eram realmente 2 minutos. Achamos melhor caminhar e esperar, caminhar e esperar, mas parecíamos não estar saindo do lugar.
A cada vez que a terra mexia, meu coração parecia sair pela boca. Sempre me via evaporando e sumindo para sempre. Neandro e Nicardo pareciam estar marcando o caminho. Eles sempre olhavam bem antes de escolher o caminho que iríamos seguir.
– Você reparou? – Nicardo perguntou diretamente para Neandro. Senti excluída – As árvores e a terra são diferentes em alguns caminhos!
– A terra do caminho anterior era amarronzada e úmida, já esta parece um pouco mais firme e mais esverdeada. – Neandro acompanhou o raciocínio – As árvores parecem estar mais vivas neste pedaço.
Olhei em volta e quase não notei nenhum diferença. Abaixe-me e fui analisar melhor o chão. Realmente a terra era menos úmida e mais esverdeada, mas quase não dava para notar. Eles deviam ter uma visão muito apurada.
– Você já sabe como podemos encontrar algum caminho? – Neandro perguntou.
– Se tentarmos andar apenas por uma floresta, pode ser que… – Nicardo foi interrompido.
– Sim, pode ser que nos leve para o centro! – Neandro completou.
– Veja, ali! – Nicardo apontou para o caminho da esquerda, pulamos para ele no mesmo instantes.
– Vamos tentar procurar outro caminho desta floresta. – Neandro começou a olhar os pedaços de terra se movendo – Ali, à direita!
Seguimos esse ritmo durante um bom tempo. Parecíamos estar finalmente andando para algum lugar – antes a impressão que tínhamos era de estar sempre voltando ao mesmo ponto –, a ideia de Nicardo havia realmente dado certo.
– Estamos realmente avançando! – Alexis disse animado.
– Não era assim tão difícil como eu imaginava. – Nicardo contou enquanto observava o próximo ponto – Direita!
Demoramos um pouco até vermos que havia anoitecido. Sem dúvida não ganharíamos os crímatos que foram prometidos para quem voltasse em 15 minutos ou menos, mas, claro, não estávamos dando a mínima para isso.
Estávamos seguindo e já sentíamos o caminho diminuir, quando Alexis viu alguma coisa.
– Olhe ali! – ele apontou para frente – Acho que é o centro!
Estávamos bem perto. Faltava muito pouco para chegarmos ao centro da floresta. Isso me deixou muito feliz.
O centro na verdade era um grande salão redondo, já em ruínas. As paredes marrons escuro estavam cobertas de musgo bem verde.
Acabei me empolgando e esquecendo de pular para o próximo caminho. Fiquei deslumbrada com o salão que deixei de ouvir Neandro.
Rapidamente Alexis me empurrou para o próximo caminho. Quando acordei do meu “transe” tive a pior visão que poderia imaginar.
Na tentativa de voltar para o nosso pedaço de terra rapidamente, Alexis foi pego e evaporou, se juntando a névoa grossa do pântano.
– Não! – gritei, mas era tarde demais. Alexis tinham sido levado.