Mamonas Forever – Episódio 05
CENA 1. São Paulo. Guarulhos. Boate Lua Nova. Int. Noite.
Os mamonas se apresentam em uma boate onde esperam o vice-presidente da gravadora EMI, eles terminam de cantar seu repertório ainda sem a presença do vice-presidente da gravadora.
Sérgio: A gente já cantou todas nossas músicas e nada desse João Augusto Macedo chegar.
Samuel: A boate já está ficando vazia, já deve ser quase onze da noite.
Rick: Pessoal por que pararam de tocar?
Dinho: Já cantamos todas as músicas à noite inteira e esse cara ainda não chegou.
Rick: Então voltem a cantar porque ele acabou de entrar na boate acompanhado do filho Rafael e do produtor Arnaldo Saccomani.
Júlio: [Surpreso] Arnaldo Saccomani?
Rick: Isso mesmo! Vamos lá pessoal mostre o que vocês sabem fazer.
Bento: 1,2,3 vai!
Os mamonas voltam a cantar desta vez eles escolhem a música “Pelados em Santos”, a banda faz a melhor apresentação de todas com performances que chamam a atenção dos convidados.
Dinho: ♫ Você me deixa doidão
Meu chuchuzinho!
Eu te I love youuuuuuu!
Perai que tem um pouco mais de u
Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu ♫
João Augusto e Arnaldo Saccomani aplaudem a apresentação dos mamonas.
João Augusto: Eu tenho certeza que essa banda vai ser um sucesso absoluto.
Rick: Finalmente você concordou comigo.
João Augusto: Você estava certo Rick, amanhã leva os garotos na minha gravadora porque vamos assinar contrato, e depois de amanhã os mamonas assassinas vão entrar para história da música Brasileira.
CENA 2. São Paulo. Gravadora EMI. Int. Sala da Vice-Presidência. Dia.
Os mamonas terminam de assinar o contrato e a gravadora já conversa sobre o disco.
João Augusto: Contrato assinado! [Sorrir] Sejam muito bem vindos a gravadora EMI, vamos ter o maior prazer de ter uma banda tão talentosa na nossa gravadora.
Dinho: Nós é que a agradecemos, você nem imagina por tudo que a gente passou até chegar aqui.
Bento: Ninguém confiava que a gente ia chegar a lugar nenhum e olha onde nós estamos agora.
João Augusto: E podem ir muito mais longe, já temos que começar a produzir logo o CD. Eu imagino que vocês já tenham um repertório.
Samuel: Sim, sim temos um repertório.
João Augusto: Ótimo, eu vou precisar de 10 músicas para o CD.
Sérgio: [Assustado] 10 músicas?
João Augusto: Sim 10 músicas, algum problema?
Júlio: Na verdade temos um probleminha sim nós só temos… [Dinho interrompe]
Dinho: 7 músicas! Nós só temos 7 músicas mas não tem problema em pouquíssimo tempo vamos escrever as 3 que restam.
João Augusto: Em 1 semana vocês conseguem?
Dinho: Conseguimos é claro, não é pessoal?
[Todos confirmam com a cabeça]
CENA 3. São Paulo. Guarulhos. Casa da Família Hinoto. Garagem. Dia.
A banda se reúne na garagem da casa da família Hinoto para escrever as músicas que faltam para o CD.
Bento: Você só pode ter enlouquecido de vez Dinho, mentiu pro cara da gravadora dizendo que tinha 7 músicas quando na verdade só temos 3.
Dinho: Eu não podia dizer que só tínhamos 3 músicas, ele está com pressa de produzir o CD qualquer vacilo nosso e o sonho acaba.
Samuel: Agora já passou galera, a gravadora pensa que nós temos 7 músicas e vamos produzir 3, mas na verdade vamos produzir 7 em uma semana.
Júlio: Isso não é problema pra gente, lembram-se que escrevemos Robocop gay dentro do carro?
Sérgio: O Júlio tem razão se a gente conseguiu produzir uma música em poucos minutos podemos muito bem produzir 7 músicas em uma semana.
Dinho: Então vamos lá pessoal vamos escrever as músicas que faltam se não o Creuzebeck vai ficar chateado.
CENA 4. São Paulo. Gravadora EMI. Sala da vice-presidência. Dia.
A EMI avalia as composições da banda.
João Augusto: Vocês são geniais, só precisam produzir 3 músicas e acabaram produzindo 7 músicas agora o disco vai ter 14 faixas.
Bento: [Sussurra e rir] Se ele soubesse que na verdade produzimos foi 11 músicas.
Samuel: Quando é que a gente começa a gravar?
João Augusto: Dentro de 1 mês mais ou menos.
Dinho: Não vejo a hora de entrar naquele estúdio.
João Augusto: Na verdade vocês não vão gravar nesse estúdio.
Júlio: Não? E vai ser onde?
João Augusto: Vai ser no estúdio Enterprise em Los Angeles, o Rick vai com vocês então não precisa se preocupar com nada.
Sérgio: Vocês ouviram isso pessoal? Os Mamonas Assassinas nos states.
O grupo começa a pular e a comemorar de alegria.
CENA 5. São Paulo. Guarulhos / Estados Unidos. Los Angeles.
Letreiro: ALGUM TEMPO DEPOIS
CENA 6. Estados Unidos. Los Angeles. Ruas. Dia.
Os mamonas acabam de chegar em Los Angeles e são levados de carro até a gravadora.
Dinho: ♫ Los Angeles é muito bom, Los Angeles é bom demais ♫
Todos: ♫ O saladio da Los Angeles iame iame iame iame iame iame iame iame iame iame iame iame ♫
Dinho: ♫ Iame iame iame aqui todo mundo fala inglês ♫
Todos: ♫ Los Angeles é muito bom, Los Angeles é bom demais, Los Angeles é muito, Los Angeles é bom demais♫
Dinho: ♫ Vou falar de João Augusto iame iame iame ♫
CENA 7. Estados Unidos. Los Angeles. Estúdio Enterprise. Int. Dia.
Os mamonas gravam seu primeiro disco.
Mamonas: ♫ Minha Brasília amarela
Tá de portas abertas
Pra mode da gente se amar
Pelados em Santos ♫
Corta para outra música.
Mamonas: ♫ Um tanto quanto másculo
Ai, com m maiúsculo
Vejam só os meus músculos
Que com amor cultivei
Corta para outra música ♫
Mamonas: ♫ Subiu na serra me deixou Boqueirão
Arrombou meu coração depois desapareceu
Fiquei na merda nas areias do destino
Me tratou como suíno
Cuspiu no prato que comeu ♫
CENA 8. Estados Unidos. Los Angeles.
Letreiro: DIAS DEPOIS
CENA 9. Estados Unidos. Los Angeles. Estacionamento do Hotel. Dia.
Dinho manda uma mensagem para todos seus futuros fãs.
Dinho: Filma aqui, filma aqui.
Samuel: Pronto tô filmando. [Samuel segura a filmadora e filma Dinho]
Dinho: Hoje é o último dia que vamos ficar aqui em Los Angeles, e….não sei, a gente fica aqui pensando o quanto é importante a gente sonhar e acreditar nos nossos sonhos porque antes da gente ter esse tipo de coisa a gente fica olhando pro céu e imaginando o porquê nós estamos aqui. [Samuel vira a filmadora para o céu e volta para o rosto de Dinho]
Dinho: E depois de muito pensar eu acho que a coisa mais aproximada da verdade que eu conseguir achar, a palavra que mais se aproxima da nossa realidade de hoje é “LINDOS”. [Dinho faz biquinho e sai desfilando]
Samuel: [Rir e vira a filmadora para filmar Dinho desfilando]
Dinho: Todos me chamavam de vagabundo porque eu era música, mas hoje eu não sou músico vagabundo hoje eu sou artista, e é por isso que eu falo para você lute pelo seu sonho e tudo acontecerá. [Dinho no meio do estacionamento chama por um táxi fazendo palhaçada]
Dinho: Eu lutei bastante, me criticaram e muitas vezes fui maltratado por acreditar em um sonho, mas junto com 4 irmãos eu conseguir chegar até aqui. O nosso trabalho não é mais uma brincadeira, não é uma utopia, é uma realidade sólida que vai durar muito tempo e vai dar sustento para várias gerações. É por isso que eu falo para vocês, lute pelo sonho, lute pelo seu ideal e depois vocês serão como nós, vencedores.
Samuel: E corta [Samuel desliga a filmadora]