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Realeza

Capítulo 43 – Realeza

QUADRAGÉSIMO TERCEIRO CAPÍTULO

 


Cena 1- Apartamento de Celso- Tarde.
Lourival diz que vai ser preciso elaborar uma papelada para tapear Maria José.

Lourival: Pelo que eu percebi, você quer o seu dinheiro de volta. Não só o dinheiro como a mansão, o clube… e todo o seu prestígio.
Maria Letícia: Adoro conversar com pessoas espertas, igual a mim. – Ela se gaba.
Lourival: Eu tenho um palpite. Posso elaborar toda uma papelada, para que a moça assine, mas sem ler. Porque com todos os papéis assinados, ela passará tudo que deixaram para ela a você.
Maria Letícia: Está ai. Faça essa papelada o mais rápido possível. O caso é de urgência.
Lourival: Isso demanda um pouquinho de tempo, mas não muito. É coisa de três, quatro dias.
Maria Letícia: Valerá a pena esperar quantos dias for necessário, desde que não demore muito.
Celso: Agora eu te pergunto. – Ele olha para Maria Letícia. – Como que você fará para ela assinar essa tal papelada? Porque não será uma boa você chegar na residência dela, e pedir para que ela assine os papeis. – Ele é irônico.
Maria Letícia: Eu não sou burra, meu querido. – Ela sorri cinicamente. – Temos o nosso contato dentro daquela mansão, não temos?
Celso: Você vai envolver o Pierre nessa? Mas o que ele dirá para a Maria José?
Maria Letícia: Ele dirá que os papeis precisam ser assinados com urgência. Pois o advogado do Alberto, precisa da papelada assinada para garantir oficialmente a herança dela.
Celso: Será que a Maria José é tão boba assim? Se eu fosse você, começava a pensar em um plano B.
Maria Letícia: Para de ser otário, Celso. A Maria José não é nenhuma empresária, e nem tem a menor ideia de como acontece essas coisas.
Celso: Reze para que não tenha ninguém esperto ao lado dela nessa hora.
Maria Letícia: Quem poderia estar com ela? As amiguinhas prostitutas? Os empregados? Desculpe, mas mesmo juntando todos, não dá a inteligência necessária para ela escapulir do meu plano.
Celso: Faça como achar melhor.
Lourival: Então estamos acertados? – Ele estende a mão.
Maria Letícia: Faça essa tal papelada o quanto antes. E depois de ter feito o trabalho sujo, podemos conversar sobre o pagamento. – Ela pega na mão dele.

Cena 2- Mansão Garcia de Albuquerque- Tarde.
Severino conta para Marillu que Ivan anda se drogando. Ela fala que está disposta a contar toda a verdade.

Marillu: Você de novo? Da última vez que você esteve aqui, eu não te pedi para que não aparecesse mais? Pois eu não fiz este pedido, faço agora.
Severino: Nós temos muita coisa para conversar, Marillu. Não conseguimos nos esclarecer ainda, mas teremos que fazer isso rapidamente.
Marillu: Diga logo o que você quer, vai. Já estou cheia de problema, não irei me surpreender de você ter vindo com mais um.
Severino: Não sei se você se lembra, mas você tem outro filho. – Ela engole seco. – Aliás, nosso filho.
Marillu: O que é que tem ele? O moleque está passando por algum problema?
Severino: Se fosse um problema, eu mesmo resolveria, mas se trata de um problemão.
Marillu: Então diga logo o que é. Fica ai fazendo este suspense todo, ao invés de abrir a boca de uma vez.
Severino: O Ivan pensa que você está morta. Eu sempre disse a ele que você havia morrido. Mas ele nunca se contentou com essa resposta, e vivia me questionando o porquê da sua morte. Foi quando respondi com a primeira coisa que veio a minha cabeça, o desejo que eu tive, porém, não o fiz.
Marillu: Do que você está falando? Por que não contou a verdade para ele, que eu tinha sumido? Fugido com o tio dele. – Ela sorri. – Com o seu irmão.
Severino: Eu respondi que eu tinha te matado, por puro ciúme. Pois você pretendia sumir com outro cara. – Ele se senta. – Só não contei a verdade para ele, porque eu sempre duvidei desta “verdade”. E olha como eu estava certo, você não fugiu com o Josemar, você mentiu dizendo que havia me traído com o meu irmão. Só quero e preciso saber o porquê.
Marillu: Não foi para isso que você veio. Pelo que sei, você veio falar sobre o Ivan, nosso filho.
Severino: Que, a propósito, é mais meu do que seu. Já que fui eu quem cuidou dele sozinho durante todos esses anos.
Marillu: Se não me considera como mãe dele, por que veio me procurar? Resolva o problemão dele sozinho então.
Severino: Eu posso não te considerar como mãe dele, mas infelizmente você é. O Ivan está usando drogas, Marillu. E tudo isso é por culpa sua.
Marillu: Como é que é o papo? O garoto mal me conhece e você já vai me colocando como culpada do que está acontecendo com ele? Típico dos pais, fazerem isso.
Severino: Ele não aceita ter perdido a mãe. – Ele grita.
Marillu: Mas ele “perdeu” a mãe porque você a “matou”, então não jogue a culpa para cima de mim, porque ela é inteiramente sua.
Severino: Talvez eu tenha mesmo errado. Sei que não fiz certo ao mentir para ele, mas eu não teria mentido se você não tivesse fugido de nós.
Marillu: Tá ai. Eu não posso deixar o meu filho nessa situação, e vou te provar que eu mereço o meu título de mãe.
Severino: Posso saber como você pretende fazer isso?
Marillu: Estou decidida a encarar o meu passado, contar a verdade para os meus filhos, não só para eles, como também para você.

Cena 3- Hospital- Tarde.
Luciana tem alta e Riginaldo vai busca-la no hospital. Eles se desentendem, e o homem a faz transar com ele ali mesmo.

Riginaldo: Vim te buscar, já que o doutor te deu alta. – Ele entra no quarto e fecha a porta. – Como você está se sentindo?
Luciana: Não precisa fingir que se importa comigo, Riginaldo. Eu sei que não significo nada para você.
Riginaldo: Você é mestre em falar besteiras, hein! É claro que você significa muita coisa para mim. Principalmente quando faz um sexo gostoso comigo.
Luciana: Ah, claro! Tinha até me esquecido que eu sou como um pedaço de carne para você.
Riginaldo: Para de ser otária e vai logo se arrumar. Eu trouxe umas roupas para você vestir. – Ele joga a sacola na cama. – E vê se vai rápido, não tenho o tempo todo.
Luciana: Tudo bem, meu senhor. – Ela fala como se fosse uma escrava. – Se eu pudesse, nunca mais olhava na sua cara. Você quase me matou, e agora vem com lengalenga para cá.
Riginaldo: Você não vive sem mim. – Ela começa a tirar a roupa na frente dele. – Assim como eu também não consigo viver sem você, sem o seu corpo. – Ele se aproxima dela, e começa a acariciar.
Luciana: Não era você que não queria demora? Está me atrapalhando. Não vê que estou me vestindo?
Riginaldo: Prefiro você assim. – Ele vira ela. – Olha nos meus olhos, porque só gosto de conversar assim. – Ele a beija.
Luciana: Para com isso, Riginaldo. Eu quero sair daqui logo. Então deixe eu me trocar. – Ela se afasta dele.
Riginaldo: Já pensou como deve ser gostoso fazer sexo nessa cama? – Ele a segue. – Vem, Luciana. Vamos nos despedir deste lugar.
Luciana: Para, eu não quero. – Ela está enfurecida. – Você não cansa de ser sujo? Quase me matou e agora quer sexo? Vai te catar.
Riginaldo: Eu vou catar é você. – Ele a beija, e a joga na cama. – De hoje em diante, você vai fazer o que eu quero. Se não for por bem, vai ser por mal. – Riginaldo continua a beijá-la e Luciana morde o seu lábio. – Sua desgraçada.
Luciana: Eu já te disse que não quero nada. Deixa eu terminar de me arrumar para nós irmos embora daqui.
Riginaldo: Sinto lhe informar que nós só vamos sair daqui, depois de uma trepada gostosa. – Ele a joga na cama, e tira toda sua roupa. Os dois transam contra a vontade de Luciana.

Cena 4- Clube Realeza- Tarde.
Marisa mostra o clube para Maria José. Melissa a chama para apresentar o namorado.

Maria José: Se eu já fiquei boba com aquela mansão, imagina agora com este clube. Gente, eu nem acredito que sou dona disso daqui.
Marisa: É, José. Mas garanto que não é fácil manter isso daqui. Meu irmão merece palmas por ter tornado o clube nisto tudo.
Maria José: Pelo visto teremos bastante dor de cabeça com isto aqui. – Elas caminham pelo clube, onde Marisa lhe mostra tudo.
Marisa: Temos a missão de mantermos tudo isso. Não só mantermos, como ampliarmos.
Maria José: Do que depender de mim, farei tudo que estiver ao meu alcance. Me esforçarei o máximo possível por este clube.
Marisa: Ah! – Ela se lembra de algo. – Prepare-se para o assédio da mídia, pois por você ser uma das herdeiras do Alberto, eles irão grudar em você.
Maria José: Ai, o lado ruim dessa dinheirama toda. Espero que eles não venham me aporrear.
Melissa: Olá, Maria José. Tudo bem com você? – Elas se abraçam.
Marisa José: Comigo está tudo ótimo, querida. E com você?
Melissa: Também estou muito bem. – Ela olha para Marisa. – Mãe, você queria conhecer o meu namorado, não é? Então venha.
Marisa: Agora eu não posso, Melissa. Estou mostrando o clube para Maria José.
Maria José: Não se preocupe comigo, Marisa. Pode ir lá, que eu ficarei aqui te esperando. – Ela avista uma cadeira próxima. – Vou até me sentar um pouco.
Melissa: Vamos. – Ela puxa Marisa pelo braço. – Não tinha lugar mais propício para se fazer essa apresentação. – Elas chegam no restaurante do local.
Marisa: Acredita que ontem rolou o maior beijão entre o Rogério e eu? Parece que a sua mandinga deu certo.
Melissa: Fico feliz por vocês. – Ela chama pelo garçom. – Espero que sejam muito felizes. – Jonathan se aproxima da mesa com um tablet em mãos, e Melissa se levanta. – Mãe, este daqui é o meu namorado, Jonathan. Jonathan, essa é a minha mãe, Marisa.
Marisa: Então é ele o seu namorado? – Ela se surpreende. – O ex da sua prima?
Melissa: Por isso que eu não o considero como meu namorado ainda. Nós temos apenas nos conhecendo, somos ficantes, como eu já te disse.

Cena 5- Mansão Sales Couto de Sá- Tarde.
Célia escuta Roberto marcando um encontro com Michele.

Roberto (Ao celular): Michele? E ai, como você está? Será que hoje nós podemos nos encontrar de novo?
Michele (Ao celular): Com tanto que não me leve para sua casa. – Ela sorri. – A sua mulher não quer me ver nem pintada de ouro.
Roberto (Ao celular): Que dane-se a Simone e todos os outros. – Célia escuta ele conversando. – Então vai ser no motel de sempre?
Michele (Ao celular): Já estou ficando enjoada dele, mas enquanto não procuramos por outro… serve aquele mesmo.
Roberto (Ao celular): Hoje o meu fogo está maior que ontem. Parece que você não apaga o meu fogo, atiça ainda mais.
Michele (Ao celular): Pelo menos assim você não me deixa. Quanto mais fogo eu te dou, mais nos aproximamos.
Roberto (Ao celular): Já mudou de casa? Ou eu te busco no mesmo lugar?
Michele (Ao celular): Só iremos nos mudar amanhã. Tá bom. Te vejo mais tarde. Beijos!
Roberto (Ao celular): Também te amo muito, tchau. – Ele desliga e dá de cara com Célia.
Célia: Marcando encontro com a pistoleira? Pelo visto você está cheio de fogo, não é?
Roberto: Por que você não cuida da sua própria vida? Sua coruja velha.
Célia: Pena que vocês não ficarão juntos por muito tempo, até porque nada é eterno.
Roberto: Ela é a mulher da minha vida. Nós nunca iremos no separa, Célia. A sua macumba, em mim não pega. – Ele sobe a escada.
Célia: É o que nós veremos, meu genro. – Ela fala para si mesma.

Cena 6- Cobertura de Severino- Noite.
Severino impede Ivan de sair de casa. Ele está sob efeito de drogas, e acaba destruindo tudo que vê pela frente.

Ivan: Por que você tirou a chave da porta? Cadê essa porcaria? – Ele parece um louco a procura da chave.
Severino: Você não vai sair para lugar nenhum, Ivan. Esta noite você vai ficar em casa.
Ivan: Cadê a Poxa da chave? – Ele pega o pai pelo colarinho da camisa. – Me dá a chave se não eu te mato.
Severino: Que olhos vermelhos são esses? – Ele repara nos olhos do filho. – Você está se drogando aqui dentro, Ivan? Você não teria coragem de fazer isso, não é mesmo?
Ivan: Se eu fosse você, não tinha tanta certeza assim. – Ele larga o pai. – Cadê o Caramba da chave? – Ele joga os vasos de enfeite no chão. – Dá essa chave pai, para o seu bem.
Severino: Eu não vou te dar chave nenhuma. Se você for para a rua, só vai se drogar ainda mais. Não percebe que está arruinando a sua vida?
Ivan: É como o senhor acabou de dizer: minha vida! Você não tem nada a ver com isso. – Ele começa a chutar a porta, completamente alucinado.
Severino: Para com isso, moleque. – Ele puxa Ivan pelo braço, tentando fazer com que ele pare.
Ivan: Sai de perto de mim, seu veado. – Ivan avança em cima do pai, e o faz cair no sofá. – Quero que você morra. É só isso que eu quero, pois só assim terei paz.
Severino: Você não sabe o que está dizendo, o que está fazendo. – Ele se ergue. – Precisamos ter uma conversa definitiva sobre isso.
Ivan: Eu não tenho mais nada para conversar com você, seu assassino. – Ele grita. – Assassino, desgraçado, miserável. Você matou a minha mãe, Severino. E o que eu mais quero, é que aconteça o mesmo com você.
Severino: A sua mãe não está morta. – Ele grita, sem pensar. – A Marillu está viva. Eu não matei ninguém, nunca teria coragem para fazer isso. Só quis te poupar da verdade, mas foi desta maneira grosseira que você me agradeceu. A sua mãe fugiu, deixou você comigo e caiu no mundo.
Ivan: Não minta para mim. – Ele coloca as mãos sobre os ouvidos. – Eu não quero te escutar, não quero. – Ele corre para o seu quarto.

Cena 7- Apartamento de Celso- Noite.
Pierre conta para Maria Letícia, que Maria José foi conhecer a mansão. Celso fala que a amada está aprontando algo.

Pierre: Pois é madame. A travesti esteve lá hoje. Parece que ela vai se mudar amanhã.
Maria Letícia: Sabia que ela não ia perder tempo. A mondonga vivia naquele chiqueiro, e quando viu uma oportunidade de escapar de lá, não pensou duas vezes.
Pierre: Ela está se dando super bem com a dona Marisa. As duas são como unha e cutícula.
Maria Letícia: Não me impressiona, já que Marisa nunca gostou de mim. E outra, aquelas duas são farinha do mesmo saco.
Pierre: A rainha não pode deixar que tomem conta de sua realeza assim. Precisa agir o quanto antes contra aqueles plebeus.
Maria Letícia: Já não há mais realeza nenhuma, Pierre. Fizeram questão de desmoroná-la. E somente quando eu voltar, é que as coisas começaram a progredir.
Celso: Ela já está trabalhando para a construção da sua nova realeza, Pierre. Não se preocupe com isso.
Pierre: Então quer dizer que a minha rainha vai voltar para o seu trono? Mas como? – Ele questiona, feliz.
Maria Letícia: Estou preste a voltar, meu querido. Mal a travesti chegou no pedaço, e eu irei puxar o tapete dele.
Pierre: É tudo o que eu mais quero. Não estou com ânimo nenhum para servir aquela travesti de terceira classe.
Maria Letícia: Eu voltarei, mas somente se você me ajudar. Pois sem a sua ajuda, eu não conseguirei.
Pierre: Peça-me o que quiser. Estou pronto para acabar com o projeto de mulher, como a madame diz.
Maria Letícia: Escute bem o que eu vou te falar.

Cena 8- Mansão Garcia de Albuquerque- Noite.
Daniele descobre que Antonella está abrigada na casa do namorado, e faz o maior escarcéu.

Frederico: Dani? Você por aqui? – Ele pergunta surpreso, barrando a entrada da moça. – o que devo a honra da sua preciosa visita?
Daniele: O que foi, hein Frederico? Quer dizer que não posso mais visitar o meu namorado? – Ela é grossa.
Frederico: Não é nada disso, meu amor. – Ele a beija na boca. – Você sabe o quanto eu amo você.
Daniele: É, eu sei sim. – Ela tenta entrar, mas ele a impede. – Tira este braço da minha frente, Frederico. Não vai me deixar entrar? – Ela estranha.
Frederico: Não é isso, é que eu quero ver as estrelas. Vamos lá no jardim, vamos.
Daniele: Está impossível de ver as estrelas, as nuvens estão tapando elas. Sem dizer que o frio está pelando lá fora.
Frederico: Frio faz bem para pele, não sabia? – Daniele empurra o braço dele e consegue entrar.
Daniele: Você está escondendo algo de mim, é isso? – Antonella desce a escada.
Antonella: Ele está me escondendo de você. – Ela sorri e Daniele fica sem reação. – O coitado não sabe como te explicar que… ele não quer mais nada com você.
Daniele: O que essa vagabunda está fazendo na sua casa, Frederico? Por que você a abrigou aqui?
Antonella: Porque ele gosta muito de mim, e não está nem ai para você. Aceite que você perdeu, maninha.
Daniele: Eu exijo uma explicação. Anda, abre essa boca. Você me trocou por ela?
Frederico: Eu posso e vou te explicar tudo.
Antonella: Deixa que eu explico, Fred. Nós temos um caso, Daniele. – A moça fica perplexa. – Nós somos amantes, e te traiamos pelas costas.
Daniele: Sua vadia. – Ela avança em cima de Antonella. – Você é um fraco. Como foi capaz de me trocar por ela?
Antonella: Parece que o seu tiro saiu pela culatra, queridinha. Conseguiu me tirar de casa, mas automaticamente me mandou para a casa do seu namorado.
Daniele: Eu vou matar vocês dois, eu mato. – Ela parte para cima de Frederico, dando-lhe muitos tapas e socos.
Frederico: Para com isso. – Ele percebe que não tem mais nada o que fazer. – Vai me dizer que caiu mesmo na minha lábia? Eu nunca te quis, garota. Se enxerga. Só me interessei por você quando era namorada do Marcelo, mas depois disso… – Ele ri da cara de Daniele.
Daniele: Você é um invejoso, tinha inveja do Marcelo. Por isso é que você se interessou por mim, e é por isso que você está com ela. – Ela aponta para Antonella. – Mas fico feliz por você ter escolhido ela para enganar. Isso só prova o quanto gosta de mim. – Ela cospe na cara dele e vai embora.

Cena 9- Cobertura de Marisa- Noite.
Melissa chega aos beijos com Jonathan, e surpreendem Marisa e Rogério, que também estavam se beijando.

Jonathan: Será que a sua mãe não vai se incomodar com a minha presença? Você viu que ela ficou surpresa ao saber que estamos juntos.
Melissa: Minha mãe não queria conhecer o meu namorado? Pronto, ela já conheceu. E isso permite que eu traga você para nossa casa, ela já te conhece mesmo.
Jonathan: A sua mãe é muito legal. Gostei de conversar com ela, mesmo eu não sendo seu namorado.
Melissa: Nem vem jogar a culpa para cima de mim. Foi a minha mãe que te classificou como meu namorado. Eu deixei bem claro que estávamos apenas ficando.
Jonathan: Tudo bem. Não me incomodo com isso. – Ele a pega pela cintura, os dois se beijam. – Quem sabe nós não nos tornemos namorados mesmo?
Melissa: É tudo o que eu mais quero. – O elevador chega no andar deles. – Vamos? – Eles caminham até a porta.
Jonathan: Quero dormir agarradinho com você. Ainda mais neste frio. – Ele a abraça pelas costas, e começa a beijá-la.
Melissa: Calma, amor. Deixa eu achar a chave. – Ela encontra e começa a destrancar a porta. Jonathan começa a beija ela, e a moça não resiste. Os dois entram aos beijos, eles acabam caindo no sofá, aonde estavam Marisa e Rogério.
Marisa: O que significa isso? – Ela pergunta com as mãos na cintura. – Mal me apresentou o namorado, e já me traz ele para dentro de casa.
Melissa: Quem batom borrado é esse, dona Marisa? – Ela fica sem jeito. – Pelo visto as coisas já estavam quentes por aqui.
Rogério: Deixa eles, meu amor. – Ele pega na mão de Marisa. – Deixa eles irem namorar no quarto dela, e nós ficamos com a sala só para a gente.
Jonathan: Se a senhora quiser eu posso ir embora. – Ele aponta para a porta. – Eu disse para a Melissa que não era uma boa ideia.
Marisa: O que é isso, menino? Fica ai. Hoje vocês estão liberados pra dormirem juntos. Aproveitem enquanto estou boa. – Eles vão pra o quarto aos beijos.
Rogério: Vamos continuar de onde paramos.

Cena 10- Motel- Noite.
Célia surge no local e se faz de vítima para Michele, que decide se afastar de Roberto para não levar transtorno a família do amante.

Michele: Ai, estou completamente destruída. – Ela está encharcada de suor. – Assim eu não aguento, meu amor.
Roberto: Tem que aguentar a potência do seu gostosão aqui. – Alguém bate na porta. – Não me lembro de ter pedido nada.
Michele: Até aonde eu sei, nós não pedimos mesmo. – Ela estranha. – Será que é algum ladrão?
Roberto: Ladrão batendo na porta? – Ele se levanta e coloca a cueca. – Acho que não é assim que os ladrões agem.
Michele: Pode ser. – Roberto vai atender a porta, e Célia entra com tudo.
Célia: Você não vai acreditar no que aconteceu. – Ela olha para Michele com nojo. – A Simone tentou se matar.
Roberto: Se você está tentando me enganar, pode tirar o seu cavalinho da chuva. Dá o fora daqui, Célia.
Célia: Você tem que vim comigo, Roberto. A Simone tomou várias cápsulas de calmante.
Roberto: E por que é que ela faria isso? – Ele não está dando a mínima. – Não vai me dizer que foi por amor a mim.
Célia: O pior é que foi. – Ela finge um choro. – A minha filha tentou se matar porque não aguenta mais as suas traições. – Michele desconfia da moça.
Roberto: Agora que você já deu o seu showzinho… – Ele acena para que ela saia. – Michele e eu temos muito o que resolver ainda.
Célia: Eu não estou brincando. – Ela grita. – A Simone ficou louca, completamente louca. Ela disse que tentou matar vocês, na noite em que essa… moça, esteve lá em casa. Só Deus sabe o quanto que eu pedi para que ela te esquecesse, pois já que você não quer nada com ela, por que ela tem de ficar sofrendo por você? Mas a minha filha é teimosa, e não me escutou.
Michele: Roberto, o que ela está dizendo tem lógica. Se a sua mulher tentou nos matar, foi porque ela ainda gosta de você. E se ela ainda gosta de você, não me surpreenderia que ela tirasse a própria vida, já que você não a quer mais.
Célia: Obrigada por ter me compreendido. Você também é mulher, e sabe como é essas coisas. – Ela se faz de amiga. – A sua mulher está entre a vida e a morte no hospital, e creio que ela queira te ver quando acorda… quer dizer, se ela acordar.
Michele: Meu Deus, não posso acreditar que contribui com isso. – Ela começa a se vestir. – Vai logo ver a sua mulher no hospital, Roberto. Eu não irei me perdoar nunca se ela morrer.
Roberto: Você não vê que essa velha está inventando isso?
Célia: Você está tão perdidamente apaixonado pela sua amante, que se recusa a acreditar que a sua mulher se mataria por amor a você?
Michele: Talvez ainda esteja em tempo de acabar com essa paixão. – Ela chora. – Eu não posso ficar com você, sabendo que prejudicarei a sua mulher, quem sabe até a sua filha por isso. – Ela sai do local aos prantos.
Roberto: Olha só o que você fez. Está satisfeita, sua megera?
Célia: Completamente. Eu sabia que ela não iria resistir a um drama de família.

Cena 11- Casa de Maria José- Noite.
Rafael surge quando Gaby está prestes a sair. Ele questiona sobre o barzinho que ela trabalha.

Rafael: Cheguei em tempo. – Gaby se assusta. – Que foi, Gaby? Parece até que viu assombração.
Gaby: É que você chega assim por traz de mim do nada. Pensei que não viria me dar um beijo.
Rafael: Seria até um pecado se eu fizesse isso. – Ele a beija. – Não quer que eu te acompanhe até o trabalho?
Gaby: Eu já não fui e vim sozinha tantas vezes? – Ela é grossa. – Sei me cuidar muito bem.
Rafael: Epa, epa. Desculpa. Eu só queria te acompanhar até o barzinho, que nunca vi.
Gaby: Que nunca viu porque não se interessa em ver. Desculpa se eu pareci grossa, não foi a minha intenção.
Rafael: Nunca vi porque a senhora nunca sequer disse onde é que fica. Agora se te acontecer alguma coisa, como é que nós iremos procurar por você?
Gaby: Para de me agourar, Rafael. Não vai acontecer nada comigo. Agora deixa eu ir, antes que acabe me atrasando.
Rafael: É amanhã que você irá para a mansão com a Maria José, não é?
Gaby: Amanhã a distância entre nós vai ficar maior. – Ela brinca. – Mas iremos superá-la.
Rafael: É o que eu espero. – Eles se beijam.

Cena 12- Clube Realeza- Dia.
Maria Luiza questiona a prima e Jonathan. Eles dizem estar namorando.

Maria Luiza: Pelo visto vocês estão bem íntimos um do outro. – Ela fala ao ver Melissa deixando Jonathan de carro. – Está até trazendo o amigo para o trabalho de carro.
Jonathan: Nós não somos amigos, Maria Luiza. – Melissa se junta a ele.
Melissa: Por quê? Não pode mais oferecer carona a um amigo? – Ela encara Maria Luiza. – Isto não nos torna íntimos.
Maria Luiza: Amigo? O Jonathan acabou de dizer que vocês não são amigos. – Ela repara.
Jonathan: É porque nós somos muito mais que amigos. Melissa e eu somos namorados. – Maria Luiza disfarça a dor.

CONTINUA…

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