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Realeza

Capítulo 37 – Realeza

TRIGÉSIMO SÉTIMO CAPÍTULO

 


Cena 1- Mansão Sales Couto de Sá- Noite.
Michele e Roberto conseguem escapar de Simone.

Simone: Vocês não vão escapar. – Ela puxa a faca com toda a sua força, e consegue tirá-la do colchão.
Roberto: Para com isso Simone. – Michele e Roberto correm pelo corredor da casa, pelados. Os dois descem a escada, mas Simone não desiste de alcança-los. Todos já estão dormindo.
Simone: Eu vou matar vocês ou eu não me chamo Simone. – Ela fala completamente surtada.
Michele: Vamos sair daqui Roberto. Vamos, antes que ela nos pegue. – Ela o puxa pelo braço.
Roberto: Isso não vai ficar assim sua desgraçada. – Ele pega as chaves do carro, e sai correndo com a amante.
Simone: Ué, mas já acabou? – Ela pergunta para si mesma, e depois dá uma gargalhada bem alta. – Então só me resta desejar-lhes um boa noite. – Ela é irônica.

Cena 2- Clube Realeza- Dia.
Jonathan e Maria Luiza discutem. Célia surge e conta a moça sobre a sexualidade de Leonardo.

Jonathan: Acho que agora eu posso terminar de falar com você. – Ele se senta à mesa junto com Maria Luiza. – Pode ser?
Maria Luiza: Problemas logo cedo, Jonathan? – Ela tira os óculos escuros. – Problemas? Ou seria, mentiras? – Ela o encara.
Jonathan: Eu não menti para você Maria Luiza. Muito pelo contrário, estou sendo sincero. E estou fazendo isso porque eu te amo.
Maria Luiza: Ah! Faça-me o favor. Nem a morte do seu patrão você respeita mais? – Ela se levanta. – Ainda estou muito deprimida com a perda do meu pai. Saber que não vou poder ver ele nem mais uma única vez. E você vem me atazanar com essa história que, para mim, já está morta e enterrada.
Jonathan: Então quer dizer que estou perdendo o meu tempo? O que eu mais quero é te contar a verdade, fazer com que você me entenda. Mas você não vai deixar que eu faça isso?
Maria Luiza: Você já teve o tempo mais que necessário para dizer o que quer que você iria falar. – Ela coloca os seus óculos novamente. – E se não o fez, é porque ainda está inseguro. Está com medo de que a sua historinha não esteja convincente. – Ela se vira para ir embora e acaba esbarrando em Célia.
Célia: Maria Luiza, querida. – Ela a cumprimenta com beijinhos na bochecha. – Fiquei sabendo da sua internação. E parece que já está recuperada, pois enfrentar emoções logo cedo não é para qualquer um. – Ela olha para Jonathan. – E olha que não estou falando da morte do seu pai.
Maria Luiza: Sei muito bem que está se referindo ao Jonathan, Célia. Conheço bem os seus diálogos maliciosos, cheios de veneno.
Célia: Sabe que no fundo no fundo, eu te admiro? – Maria Luiza faz cara de desentendida. – Pois é, quando eu era jovem… casei com um homem que acompanhei até a morte. Você não, teve logo dois. É uma lástima que não tenha se casado com nenhum, mas garanto que você encontrará o homem certo. Porém, espero que não seja nenhum garçom, muito menos um gay.
Maria Luiza: Sobre o garçom, sei que está se referindo ao Jonathan. Mas sobre o gay… quem é? – Ela estranha.
Célia: Não se faça de desentendida. Se não estou falando do garçom, só posso estar falando do seu ex-noivo. Ou será que você se envolveu com mais alguém além deles?
Maria Luiza: Se eu me envolvi, ou deixei de me envolver, o problema é meu. – Ela se vira para ir embora. Mas acaba dando meia volta. – E muito obrigado por me deixar atualizada sobre os acontecimentos. – Ela é irônica. – Não sabia que o Leonardo era gay.

Cena 3- Mansão Corte Real- Dia.
Marillu aparece no local, e mexe nas coisas de Alberto. Relembrando o passado. Regina a acompanha.

Regina: Dona Marillu. Não há ninguém em casa, e a dona Maria Luiza já foi para o clube. – Ela diz ao abrir a porta para a mulher entrar.
Marillu: Eu não vim para falar com ninguém. – Marillu está de preto, da cabeça aos pés. – Estou de luto eterno. – Ela sobe a escada e Regina vai atrás.
Regina: Sinto muito. A senhora deve estar falando do seu Alberto. – Ela faz uma pausa. – Ele não merecia isso.
Marillu: Pois é. – Ela olha para um quadro com o retrato de Alberto. – Você se foi, mas ao menos consegui um beijo seu. Só Deus sabe o quanto esperei por aquele dia.
Regina: Então quer dizer que vocês tinham um caso? – Ela se surpreende. – Desde quando?
Marillu: Não, Regina. Nós não tínhamos um caso. Eu bem que queria, mas o Alberto era tão fiel a mulher dele. – Ela entra no quarto dele, e passa a mão sobre a cama. – Sabe de uma coisa? Ele sempre foi o homem que eu sonhei para mim.
Regina: O seu Alberto era mesmo um homem encantador. Capaz de deixar uma mulher apaixonada apenas com uma única palavra. – Ela fala fascinada. – Um homem de bom coração.
Marillu: Quando eu era jovem, vivia olhando revistas. Até que um dia ele foi capa de uma. Eu fiquei tão apaixonado por aquele homem, tanto que… fui capaz de cometer loucuras.
Regina: Loucuras, dona Marillu? Como o que? – Ela se envolve no assunto.
Marillu: Fiz os meus pais pagarem um curso de etiqueta bem quero, mesmo eu nãos estando nem ai para aquilo tudo. Só fiz isso para me aproximar da Marisa, a irmã dele. – Ela faz uma pausa, e se levanta. – Depois que vi ele naquela capa de revista, comecei a pesquisar pelo nome dele na internet, e acabei “conhecendo” a família toda. – Ela vai até o closet do falecido.
Regina: Parece que a senhora gostava muito dele mesmo.
Marillu: Tanto que eu pedi para a Marisa me apresentar para ele, mas acho que… ela me via como uma louca pobretona, por isso nunca o fez. – Ela passa a mão pelos ternos de Alberto. – Ai eu acabei me envolvendo com um colega desse curso de etiqueta. Acabei engravidando dele e “esqueci” o Alberto. Mas algum tempo depois, aquela paixão platônica voltou, e ai sim, fiz o que nunca deveria ter feito: arruinei a minha vida. – Ela faz uma pausa. – Por que a vida é tão cruel?
Regina: Porque se fosse tudo um mar de rosas, não teria graça nenhuma em viver.

Cena 4- Cobertura Queiroz Galvão- Dia.
Riginaldo pressiona Luciana para que ela conte onde Leonardo está morando.

Riginaldo: Vamos Luciana. Diga-me onde está aquele baitola do seu filho. Tenho certeza que você sabe onde ele está. Sei que mantém contato com ele, vive ligando para a frutinha.
Luciana: Para de falar assim do meu filho. Se você não gosta dele, pelo menos o respeite.
Riginaldo: Como você é engraçada, meu bem. – Ele ri da cara dela. – Aquele moleque tem uma dívida imensa comigo. Tenho certeza que tudo isso vai se passar depois de dar umas boas bordoadas na cara dele. Diz ai onde eu o encontro.
Luciana: Você pode pedir, implorar, se ajoelhar aos meus pés. Mas eu não te conto onde ele está.
Riginaldo: Você é mesmo uma vadia. Não gostou da surra de ontem? Já está me cobrando outra? Abre essa boca, antes que as coisas comecem a esquentar para o teu lado. – Ele aperta a boca dela.
Luciana: Por favor, não faz nada comigo. – Ela se afasta dele. – Eu estou sendo sincera, não sei onde o Leonardo se encontra. Ele não me disse por ter medo que você o encontre.
Riginaldo: Ele pode ser veado, mas é esperto. – Ele pensa em algo. – Mas o telefone dele, eu sei que você tem. – Ela abre a boca para dizer algo. – Nem tente negar. Eu sei que você tem.
Luciana: O que você quer com isso Riginaldo? Essas agressões não levarão você a nada.
Riginaldo: Aquele desgraçado quis me prender. – Ele chuta a mesa central da sala de estar. – Se não fosse aquela bendita fiança, eu poderia estar mofando lá.
Luciana: Agredir ele, só vai fazer com que você pare atrás das grades novamente. – Ela fala aflita.
Riginaldo: Você está me agourando sua cachorra? – Ele se levanta. – Tá pensando o que? Olha aqui Luciana, se ele me denunciar novamente… enfim, preciso da sua ajuda.
Luciana: O que é que você quer?
Riginaldo: Agora, eu quero uma coisa, que você não me dá a muito tempo. Depois, preciso que você ligue para o nosso filhinho querido. – Ele beija a mulher, que o faz a contragosto. – Quanto tempo que não fazemos isso, hein? – Riginaldo tira a calcinha de Luciana, que está de camisola. – É disso que ele tinha que gostar, não tem coisa melhor. – Ele a joga no sofá, e tira o cinto de sua calça. – Vamos brincar?

Cena 5- Mansão Sales Couto de Sá- Dia.
Daniele parece estar contente. Antonella estranha a felicidade da irmã.

Daniele: Como a vida é engraçada. O mundo dá tantas voltas. Olha só onde estou hoje. – Ela sorri consigo mesma. – E pensar que valeu a pena ter sofrido o que eu sofri com o pé rapado do Marcelo. Agora se inicia uma nova história com o Fred, se tudo der certo. – Antonella desce a escada e percebe Daniele falando sozinha.
Antonella: O que foi agora? Deu para ficar falando sozinha? – Ela se senta em uma poltrona, pouco distante de Daniele.
Daniele: Estou tão feliz, que ninguém vai estragar esta minha felicidade. – Ela fala extremamente contente.
Antonella: Diz ai, quando você pretende ir embora daqui? Aliás, o que você quer conosco? O seu lugar não é aqui, por mais que você seja filha do meu pai.
Daniele: Como você é engraçada. Às vezes fico pensando… o seu nome deveria ser Antanella, combina bem mais com você.
Antonella: E se eu fosse sua mãe, te nomearia de Biscatiele. Você é pior do que eu pensava. Além de ter roubado o meu noivo, agora quer roubar o meu pai.
Daniele: Eu não roubei o Marcelo de você. Foi ele quem acabou se apaixonando por mim. E sobre o nosso pai, não vai demorar muito para ele dizer que me ama… até mais do que você.
Antonella: O meu pai não é o Marcelo, Daniele. Ele nunca vai te amar mais do que a mim. Eu sou a mais nova, a preferida. E vai me dizer que você não jogou nem um charminho para cima do Marcelo?
Daniele: Eu nunca gostei dele Antonella. – A outra fica perplexa. – O interesse surgiu somente quando descobri que ele era rico. E eu soube fisgar ele muito bem. – Ela faz uma pausa. – Tá, confesso que com tanto amor dele por mim… acabei sentindo algo por ele, mas nada tão intenso.
Antonella: Então era pelo dinheiro? Você acabou com o meu casamento por dinheiro?
Daniele: Para de bancar a vítima Antonella. Você é péssima como atriz. Tenho certeza que só queria casar-se com o Marcelo para entrar na “Realeza” de Maria Letícia.
Antonella: Afinal, por que você deixou a sua tia para traz? Ela é sua cúmplice nisso tudo? A travesti quer que você dê um golpe na minha família? É isso?
Daniele: Cala a sua boca. Como eu disse: ninguém me colocará para baixo hoje, muito menos você. – Ela sai.

Cena 6- Casa de Maria José- Dia.
Michele conta que Simone quase matou ela e Roberto. Maria José a repreende.

Michele: Ai José! Se arrependimento matasse, acho que eu já estaria morta e enterrada. – Ela se joga no sofá, completamente cansada.
Maria José: O que foi que aconteceu menina? Que cara triste é essa? – Ela pergunta preocupada.
Michele: Se lembra que pedi um conselho para você? Mas que acabei não te escutando?
Maria José: Hm! É sobre o Roberto. Diga-me o que o canalha fez desta vez.
Michele: Ele me convidou para um jantar, como eu havia lhe dito. Mas, eu não fazia a mínima ideia de que seria na casa dele, com a família dele.
Maria José: Como é que é? – Ela se levanta surpresa. – Eu não acredito que você se submeteu a isso. Você não deveria ter entrado naquele lugar, Michele. Agora você está mais do que queimada com a mulher dele.
Michele: Eu também fui pega de surpresa. Mas, deixa eu terminar de contar. – Ela faz uma pausa. – Houve um jantar tenso, onde todos distribuíam alfinetadas de graça.
Maria José: E a Daniele? Como ela está naquele ninho de cobras?
Michele: Ela já se habituou com o novo lar. – Maria José se entristece. – Até age como se tivesse nascido ali. Enfim, depois do jantar… o Roberto me chamou para ir pro quarto com ele. Ele queria atacar a família com a minha presença, e conseguiu. Principalmente Simone, a mulher dele.
Maria José: Que diabos você foi fazer no quarto daquele homem? Meu Deus, as coisas foram piores do que eu imaginava. – Ela leva as mãos até o rosto.
Michele: Nós transamos loucamente. – Ela fala com prazer. – Como dois verdadeiros selvagens. Até que a mulher dele surgiu, com uma faca na mão. Ela quase nos matou, José.
Maria José: Isso é para você aprender a não se meter com homem casado. Será que você não percebe a enrascada que você está entrando, sua louca?
Michele: Eu já te disse, não consigo mais me ver sem aquele homem. É como se ele fosse a minha outra metade. – Maria José olha para ela preocupada.

Cena 7- Mansão Garcia de Albuquerque- Dia.
Severino aparece no local, e diz ser tio de Frederico.

Frederico: Essas caminhadas da minha mãe só servem para me atrapalhar. – Ele acordara com o som da campainha tocando. – E o pior é que a empregada nem chegou ainda. – Frederico desce a escada, e abre a porta.
Segurança: Desculpe seu Frederico, mas é que este homem praticamente invadiu a residência para poder falar com o senhor. – Ele diz, segurando com força o braço do homem.
Frederico: Quem é você? Eu não conheço esse homem. Pode levá-lo daqui. – O segurança está prestes a levar o homem quando ele grita.
Severino: Eu sou seu tio, Frederico. Sou irmão de seu pai. Me deixe entrar, tenho muito o que falar com você. – Frederico dá meia volta, e pede para que o segurança liberte o homem.
Frederico: Então quer dizer que você é meu tio? – Ele o convida para entrar. Eles entram e sentam no sofá. – Por que veio aparecer só agora? Não me lembro de ter visto você no enterro do meu pai.
Severino: Você não me viu no enterro do seu pai, porque ele não morreu. O seu pai está vivo.
Frederico: Como é que é? – Ele pergunta surpreso. – Você só pode estar brincando comigo. Eu vi com esses olhos que a terra há de comer… o caixão do meu pai foi para debaixo da terra.
Severino: Não. Eu não posso te explicar direito o que aconteceu, mas ele não morreu. E faz pouco tempo que ele voltou para casa, depois de anos desaparecido.
Frederico: Casa? Mas aqui é a casa dele. Minha mãe vendeu todos os outros imóveis que estavam no nome dele.
Severino: A sua mãe te enganou todo esse tempo. E fez o mesmo comigo. É por isso que estou aqui, pois agora quero uma explicação para tudo isso que aconteceu… que ainda está acontecendo.
Frederico: É que ela saiu, mas creio que ela não vá demorar muito.
Severino: O problema é que tenho de ir para o trabalho. Mas voltarei para colocar isso em pratos limpos.

Cena 8- Apartamento de Leonardo- Dia.
Leonardo recebe uma ligação da mãe, que quer visitá-lo.

Luciana (Ao telefone): Alô! Léo? Tudo bem com você meu filho?
Leonardo (Ao celular): Sim, está tudo ótimo comigo. E com você mamãe? O senhor Riginaldo se conteve depois de uma noite na cadeia?
Luciana (Ao telefone): Você sabe como é o seu pai, não é? Ele sempre teve esse gênio forte, e creio que não mudará tão cedo.
Leonardo (Ao celular): Tem razão. Pau que nasce torto não se endireita, mas o meu pai não era tão grosso quanto está agora. As coisas pioraram quando ele descobriu que sou gay.
Luciana (Ao telefone): Enfim, eu te liguei porque preciso te encontrar o mais rápido possível. Tenho uma coisa muito importante para falar com você.
Leonardo (Ao celular): Tudo bem. Será que te incomodaria vir até o meu apartamento?
Luciana (Ao telefone): Claro que não. Acho até que já está mais do que na hora de conhecer a sua nova residência.
Leonardo (Ao celular): Melhor assim. Vou passar o endereço, anota ai.

Cena 9- Mansão Sales Couto de Sá- Dia.
Simone conta a Antonella que quase matou Roberto e Michele. Ele surge no local e a repreende.

Antonella: Pois é, foi isso o que a biscate me disse. Ela nunca amou o Marcelo. Acabou com o meu casamento por estar interessada no dinheiro dele.
Simone: Isso não me impressiona. Já que a primeira atitude dela ao descobrir que tinha um pai rico, foi vir ameaçar ele a abrigá-la.
Antonella: É. Temos que nos livrar dessa garota o mais rápido possível, pois não é confiável tê-la por perto.
Simone: Agora sou eu quem precisa te contar uma coisa que aconteceu ontem. Quando todos, ou melhor, quase todos estavam dormindo.
Antonella: Não vai me dizer que tentaram assaltar a nossa mansão? – Ela pergunta assustada.
Simone: Não foi isso. Como você sabe, o seu pai é um cafajeste. Foi capaz de trazer a própria amante para dentro de casa.
Antonella: Aquela atitude do papai foi mesmo desonrosa. Achei ridículo o que ele fez. Mas o fato é que ele conseguiu nos atingir.
Simone: Sim, o primeiro ponto da guerra foi dele. Porém, ele venceu apenas um duelo. E mesmo assim, logo tratei de mostrar para ele a força do time adversário.
Antonella: Do que você está falando? – Ela estranha. – O que foi que a senhora fez mamãe?
Simone: Não percebeu que seu querido pai não dormiu em casa? – Ela sorri. – Eu peguei a faca para eles dois. Coloquei-os para fora daqui… pelados.
Antonella: Então, eles estavam transando? – Ela fala boquiaberta. – Mas que ousadia. Não vai me dizer que ele fez toda essa sujeira…
Simone: Na minha cama. – Ela confirma. – Eles estavam transando na minha cama.
Roberto: E confesso que foi delirantemente bom. – Ele as surpreende. – E devo dizer que aquilo não me intimidou Simone. Ontem foi só o começo do que ainda está por vir.
Simone: Faça o que quiser Roberto. Você nunca vai conseguir me atingir. Ontem também só dei um aperitivo… somente uma amostra do que eu posso ser capaz de fazer.
Roberto: Anos de casados só me serviram para mostrar-me os seus pontos fracos. Saberei atingi-los direitinho.
Simone: Digo o mesmo para você, querido. – Ela o manda um beijo.

Cena 10- Cobertura de Marisa- Tarde.
Melissa e Marisa concluem que é Celso no vídeo.

Melissa: Mãe, venha até aqui. Preciso que você me ajude em algo. – Ela entra em casa, esbaforida.
Marisa: O que foi menina? Que afobamento é esse? – Ela se junta a filha.
Melissa: Só um momento. – Ela coloca um CD no aparelho de DVD. O vídeo começa a passar, ela adianta com o controle, e para onde é possível ver o semblante de um homem. – Pronto. Esse homem atirou contra o carro de Rodolfo, e o fez sair do carro.
Marisa: Onde é que você conseguiu isso minha filha? – Ela se dá conta de onde ela possa ter conseguido. – Ah! Só pode ter sido aquele delegado. Ele se chama Rogério, não é?
Melissa: Sim. O nome dele é Rogério. Mas isso não vem ao caso agora. Olhe bem para o rosto desse homem, mamãe. – Ela dá um zoom. – Sei que é um pouco difícil de ver com nitidez, mas dá para ver algo.
Marisa: Espera ai. – Ela se aproxima da tevê. – Esse homem… é…. é…. é o Celso. – Ela olha para a filha.
Melissa: Como eu havia sugerido ao Rogério. Fiquei em dúvida, e por isso trouxe para que você confirmasse. Foi ele mãe. Foi o Celso quem matou o Rodolfo.
Marisa: Mas por quê? – Ela fala atônita.
Melissa: Agora é só isso que eu preciso saber: o motivo pelo qual ele fez essa atrocidade.

CONTINUA…

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