Capítulo 35 – Realeza
Cena 1- Mansão Corte Real- Dia.
Marisa se desespera. Pierre, Regina e Nelson tentam acalmá-la.
Marisa: E agora meu Deus? O que eu faço? – Ela se ajoelha e eleva as mãos para o alto. – Não quero ficar sem ti meu maninho. Não quero, não posso, e não vou. – Ela beija o rosto do irmão.
Nelson: Calma dona Marisa. – Ele a ampara. – Não temos nada a fazer. Só podemos esperar pela ambulância.
Marisa: Não. Vamos pegar o carro e levar ele. – Ela se levanta. – Anda Nelson. Pega o carro.
Regina: Não é recomendado que façamos isso, dona Marisa. As coisas podem se complicar. Pode ser que ele quebre alguma coisa. Vamos esperar a emergência… eles sabem o que fazer.
Marisa: Eu não posso esperar. Não posso ver meu irmão morrendo e não fazer nada. – Ela chora, e fica desesperada. – Alberto.
Pierre: Eu vou preparar água com açúcar para ela. – Ele vai para a cozinha.
Cena 2- Mansão Sales Couto de Sá- Dia.
Roberto não se deixa intimidar por Antonella e Simone.
Roberto: O que vocês pensam que estão fazendo? – Ele se levanta, dando um soco forte na mesa. – Assim como você, Daniele também é minha filha. Não que eu goste dela, muito menos das atitudes peçonhentas da mesma. Mas, eu não posso expulsar ela de casa.
Antonella: Você prefere ela do que eu? – Ela fala chocada. – Não posso acreditar numa coisa dessas.
Roberto: Larga a mão de ser mimada Antonella. Eu não vou ceder a um capricho seu e da sua mãe. Parecem até que querem me dar mais problemas. Vocês sabiam que se ela quiser, a Daniele pode entrar na justiça para cobrar a pensão que eu não paguei durante todos esses anos?
Antonella: Eu também poderia ir embora daqui, e fazer o mesmo contigo. – Ela se levanta revoltada. – O problema é que você gosta mais dela do que de mim.
Roberto: Você não sabe o que está falando. Eu nunca amarei ela como amo você.
Simone: Chega. Vamos arrumar as nossas malas imediatamente, minha filha. – Ela fala com raiva. – Além de me trair, você ainda dá cobertura para a bastarda? Isso é demais para mim.
Roberto: Querem sair? Então saiam. Mas, eu só quero ver onde vocês irão morar. E como irão sobreviver sem o meu dinheiro. – Ele tripudia da cara delas.
Simone: Você está nos chantageando. Seu vigarista. – Ela parte para cima do marido, dando vários tapas nele.
Roberto: Contenha-se sua louca. – Ele a segura pelos braços. – Você sabe que estou certo, e disse somente a verdade.
Simone: É guerra que você quer, não é?
Antonella: Pois então é guerra que ele terá. – Ela completa. – Vamos mamãe.
Roberto: Então vocês querem guerrilhar? Veremos quem sairá vitorioso. – Ele solta a mulher, e sai cheio de fúria.
Cena 3- Aeroporto- Dia.
Maria Letícia começa a passar mal e Celso a socorre.
Maria Letícia: Não sei o que aconteceu. Já era para ter surtido efeito. – Ela sente uma pontada no coração. – Ai, que dor no peito.
Celso: Talvez você tenha errado na dose. – Ele analisa. – É a décima vez que você se queixa dessas pontadas no peito. Não acha isso estranho?
Maria Letícia: Não tem nada de estran…
Clotilde: Ouviram? – Ela se aproxima deles. – Acabaram de anunciar o meu voo. – Ela comenta contente.
Maria Letícia: Você não está sentindo nada? – Ela desconfia.
Clotilde: Não foi desta vez que você conseguiu me matar, priminha. – Ela a manda um beijo. – Nem foi preciso te entregar a polícia. Nós nos encontramos no inferno Maria Letícia. – Ela acena e vai embora, resplandecente.
Maria Letícia: Ela trocou as xícaras, Celso. Só pode ter sido isso o que aconteceu. – Ela conclui com os olhos arregalados. – Por isso que estou sentindo essas pontadas no… ai. – Maria Letícia cai no chão, e Celso a socorre.
Celso: Maria Letícia fala comigo. – Ele tenta reanimá-la.
Cena 4- Clube Realeza- Dia.
Daniele vai embora. Frederico encontra Leonardo e Cléber.
Daniele: Então está combinado? Jantaremos juntos amanhã? – Ela se levanta, depois de dar um beijo na boca dele. – Gostei de passar um pouco do meu tempo com você. E, aliás, você beija muito bem.
Frederico: É claro que está combinado. – Ele também se levanta. – E eu só não beijo melhor do que você. – Ele dá um selinho nela.
Daniele: Agora eu preciso ir. Até mais ver. – Ela vai embora. Frederico avista Leonardo e Cléber, não muito distantes.
Leonardo: Ele está vindo para cá. Eu vou me segurar para não dar na cara dele. – Ele fala cheio de raiva.
Cléber: Calma, amigo. Vamos ouvir o que o canalha tem para falar. – Frederico se aproxima deles.
Frederico: Vocês por aqui? – Ele se senta ao lado de Leonardo, que disfarça a raiva. – Não acha arriscado ficar perambulando por ai? Seu pai conseguiu pagar fiança, e tenho certeza que ele não deixará barato o que você fez com ele.
Leonardo: Não finja que se preocupa comigo. – Ele se levanta raivoso. – Por que você não vai procurar pela sua namoradinha? Ela deu um “perdido” em você? – Ele se vira. – Vamos Cléber.
Frederico: Ei espera. – Ele pega Leonardo pelo braço, e o aproxima de seu corpo. – Você entendeu tudo errado.
Leonardo: Eu vi você beijando ela Frederico. – Leonardo se afasta. – Não tente mentir para mim, pois eu vi tudo.
Frederico: Não faz assim comigo Léo. – Ele pega o rosto de Leonardo com as mãos, e aproxima do seu. – Olhe nos meus olhos. Eu não seria capaz de mentir para você. Porque eu te amo. – Ele sussurra.
Leonardo: Então por que você estava beijando aquela garota? – Ele se segura para não chorar. – Por quê?
Frederico: Se você quer saber o porquê, eu te contarei o porquê. Senta ai, vamos conversar.
Cena 5- Cobertura Queiroz Galvão- Dia.
Célia faz uma visita a Luciana. Riginaldo não gosta da presença da mulher.
Luciana: Já vai. – Ela atende a porta. – Célia? – Ela fala surpresa.
Célia: Olá querida. Faz tempo que não lhe faço uma visitinha, não é mesmo? Além do mais, você sumiu do clube. – Ela é falsa. – Não vai me convidar para entrar?
Luciana: Entra. – Célia entra e se senta no sofá. – Realmente, faz um bom tempo que você não me visita. Também, nos encontrávamos sempre no clube. – Ela se senta próxima a Célia. – Mas, eu me cansei. Estou tornando-me uma mulher mais caseira.
Célia: Percebi. – Ela olha para os braços de Luciana, que estão com algumas manchas roxas. – Não me diga que isso foi por causa do sol? É por isso que não está indo mais ao clube, e decidiu tornar-se uma mulher caseira?
Luciana: Imagina. – Ela fica sem graça. – Eu bati com os meus braços na porta do guarda roupa. – Ela mente.
Célia: Não minta para mim, Luciana. Aliás, somos ou não amigas? – Ela sorri. – Todos no clube estão comentando sobre as agressões que você vem sofrendo do seu marido. E, pelo que escutei… o seu filho é gay? – Ela vai direto ao ponto.
Riginaldo: Sim. Ele é um baitola. – Ele fala com uma voz aterrorizante. Fazendo Célia se levantar com o susto. – Repare só Luciana: Célia voltou a nos visitar, mas logo agora que estão circulando vários boatos com o nosso nome. – Ele faz uma pausa. – Já te disse como você me enoja? Além de velha, é fofoqueira. Não acha isso muito feio para a sua idade? – Ele se aproxima de Célia, que recua.
Célia: Eu acho que já vou indo, Luciana. – Ela treme de medo. – Depois conversamos melhor.
Riginaldo: Espera. – Ele se senta no sofá. – Sente aqui ao meu lado. Vamos conversar um pouquinho. Não foi para confirmar os boatos que você veio? Pois então, irei te contar tudo.
Célia: Você está fazendo uma má imagem de mim, Riginaldo. Eu não sou nenhuma fofoqueira como você pensa. – Ela se faz de vítima. – Adeus. – Ela vai embora.
Cena 6- Casa de Maria José- Dia.
Michele recebe uma ligação de Roberto. Maria José a aconselha.
Maria José: Quem era? Seja quem for te deixou muito feliz. – Ela pergunta depois de Michele ter desligado o celular.
Michele: Era o Roberto. – Ela diz sem graça. – Ele me convidou para jantar.
Maria José: Parece que estou vendo o passado diante de meus olhos. – Ela comenta desanimada. – A Denise ficava do mesmo jeito quando ele ligava. Era Deus no céu, e Roberto na Terra.
Michele: Ele também era cliente da sua irmã. E eles acabaram tendo muito mais que um programinha, assim como está acontecendo comigo agora. – Ela se senta ao lado de Maria José. – Já que você viu este filme anteriormente, você saberá me aconselhar. O que eu devo fazer José?
Maria José: Depois do que aconteceu com a minha irmã. – Um filme passa em sua cabeça. – Nem sabíamos que aquele traste era casado. E ela se envolveu com ele de uma forma tão avassaladora. Morreu sem saber que ele tinha uma esposa. Mas mesmo assim, a decepção foi inevitável: ele sumiu para não assumir a criança que ela aguardava. – Ela faz uma pausa. – Ele sumiu sem deixar rastro algum. Enfim, eu não aconselho você a continuar tendo um romance com aquele canalha.
Michele: O problema é que eu já me envolvi até demais José. – Ela fala decepcionada. – E isto é um grave problema, porque não conseguirei seguir o seu conselho. Mesmo tendo pedido para que você me desse um. – Ela vai para o quarto, chorando.
Cena 7- Hospital- Dia.
Celso descobre que Maria Luiza também está internada no local. O médico diz para ele que conseguiu salvar a vida de Maria Letícia.
Melissa: Isso. O nome completo da paciente é Maria Luiza Lemes Corte Real. – Ela fala para a atendente, que libera a visita dela.
Celso: Então quer dizer que é aqui que Maria Luiza está internada? – Ele se pergunta. E olha Melissa indo visitar a prima. – Ainda bem que ela não me viu.
Médico: O senhor é o acompanhante de Maria Letícia Lemes Corte Real? – Ele diz com uma prancheta em mãos.
Celso: Sim, sou eu. – Ele está visivelmente preocupado. – O que aconteceu com ela doutor? Foi algo grave?
Médico: Felizmente, conseguimos reverter o quadro da paciente. Ela estava à beira da morte, pois ingeriu um medicamento altamente perigoso e prejudicial à saúde. A sorte dela é que não foi ingerida a quantidade suficiente para acabar com a vida dela de imediato.
Celso: Eu já posso visitá-la, doutor? – Ele pergunta aflito. – Já tem previsão de alta?
Médico: É capaz de que amanhã mesmo ela já volte para casa. Quanto à visita, espere só mais um pouquinho. Até que ela se recupere um pouco mais do susto.
Cena 8- Mansão Corte Real- Dia.
Pierre, Regina e Nelson conversam sobre o acontecido.
Nelson: Eu não estou acreditando até agora no que eu vi. – Ele parece estar incrédulo. – Ver o seu Alberto caído ali… foi a pior sensação que tive em toda a minha vida. Um homem tão bom.
Regina: Nem consigo crer que ele se foi. – Uma lágrima cai de seu olho. – Mas, eu sabia que isso não tardava a acontecer. Ele estava muito abatido ultimamente. Depois do enterro do Marcelo, parece que o homem ficou mais depressivo ainda.
Pierre: E para completar, Maria Luiza está internada. – Ele se recorda de algo. – Mas, já era para ela ter saído. Não eram apenas sete dias?
Regina: Sim, mas parece que o doutor aumentou a quantidade de dias. – Ela fala ainda abatida. – Não quero nem ver o sofrimento dessa menina ao saber que o pai se foi.
Pierre: Ela terá que ser muito forte. – Ele faz uma pausa. – Se a “Madame” estivesse por aqui, também estaria se desfazendo em prantos.
Nelson: Larga a mão de ser bobo, Pierre. Você ainda não entendeu que Maria Letícia nunca gostou do seu Alberto?
Pierre: Vocês acreditam em qualquer coisa que dizem para vocês. Aquela tal mulher deve ter inventado toda essa história.
Regina: A Maria José mora lá na rua onde eu moro. E te garanto que ela nunca inventaria uma história dessas. Além do mais, a Maria Letícia confirmou tudo o que ela disse. E outra, ela é tão boazinha que nem apareceu no enterro do próprio filho.
Pierre: Talvez porque ele não tenha merecido a ilustre presença dela no enterro dele. – Ele se retira revoltado.
Cena 9- Hospital –Tarde.
Melissa fala para Maria Luiza que Alberto morreu. Ela tem um surto.
Melissa: Malu. Que bom te encontrar acordada. – Ela parece abatida, e Maria Luiza percebe. – Preciso muito falar com você.
Maria Luiza: O que aconteceu? A sua cara não me parece nada boa. – Ela se senta. – Anda Melissa, fala. – Ela começa a ficar preocupada.
Melissa: É que eu não sei por onde começar. – Os olhos delas enchem de lágrimas. – O tio Alberto… ele andava muito abatido… primeiro descobriu quem realmente era a mulher dele… você ficou doente… depois o enterro do Marcelo…
Maria Luiza: Então o Marcelo morreu mesmo? Por que ninguém me contou isso antes?
Melissa: Foi o seu pai que preferiu não te atormentar com este assunto. – Ela faz uma pausa. – Prima, você terá que ser forte… eu vim te falar que… o seu pai morreu.
Maria Luiza: Não. – Ela parece não acreditar. – Você só pode estar brincando com a minha cara. E com coisa séria não se brinca Melissa. – Ela começa a chorar. – Diz para mim que você está só brincando. Por favor. – Melissa não responde, apenas chora. – Melissa. Não, não. – Ela grita. Maria Luiza se levanta da cama, arrancando todos os tubos que estavam nela. – Eu quero ver ele. Cadê o meu pai? – Melissa a segura, mesmo não tendo muita força. – Pai. – Ela grita e chora ao mesmo tempo.
Cena 10- Mansão Sales Couto de Sá- Tarde.
Simone fica surpresa com o que Célia lhe diz sobre Luciana.
Célia: O Riginaldo só faltou fazer comigo, o que ele faz com a mulher dele. – Ela fala apavorada. – Eu senti o vento da morte passar por de baixo do meu nariz.
Simone: Isso é para a senhora parar de ser intrometida. Mas, sobre o que disse da Luciana… ela está mesmo apanhando do marido?
Célia: E a coisa parece estar feia ali. – Ela bebe um pouco de água. – Aquele homem é bruto demais. Eu vi umas marcas nos braços dela. Sem contar que os olhos continuam roxos. – Ela faz uma pausa. – O que foi que Antonella conseguiu de Roberto?
Simone: Gente. Estou pasma. – Ela comenta surpresa. – O Roberto declarou guerra contra nós duas.
Célia: No caso, nós três. Pois estarei do lado de vocês até o fim. – Daniele desce a escada. – Por falar nisso, onde anda aquele traste?
Daniele: Que bom saber que vocês estão unidas contra o meu papai. – Ela fala com ironia. – Ele vai adorar saber disso.
Simone: Ele já sabe. Foi ele quem declarou guerra contra nós, e não o contrário. – Daniele se joga no sofá e liga a TV. Está passando um noticiário com a morte de Alberto, elas ficam surpresas.
Cena 11- Mansão Garcia Albuquerque- Tarde.
Marillu chora ao ver no noticiário que Alberto morreu. Frederico consola a mãe.
Marillu: Eu não posso acreditar. – Ela aumenta o volume da TV. – Frederico, diz que estou tendo um pesadelo. – Ela fala sem chão.
Frederico: Infelizmente não mamãe. – Ele não desgruda os olhos da TV. – Pelo que estão falando… o Alberto está morto.
Marillu: Olha. É a Marisa. – Ela começa a chorar. – Então é mesmo verdade.
Frederico: Vem aqui mãe. Não fique assim. – Ele encosta a cabeça dela em seu peitoral.
Cena 12- Casa de Maria José- Tarde.
Maria José também vê o noticiário junto com Gaby. Elas falam sobre Alberto.
Maria José: Olhe Gaby. – Ela aponta para a TV. – Aquele ali era o homem que Maria Antônia era casada.
Gaby: Nossa. Coitado, ele morreu. – Ela adota uma expressão de susto. – Será que foi ela quem matou ele? Pelo que você me disse, essa mulher não é flor que se cheire.
Maria José: Não foi ela não. Está escrito ali que ele se matou. – Ela continua assistindo. – Pelas duas palavras que troquei com ele, senti que era um homem de bom coração.
Gaby: É tão triste ver pessoas de bem indo embora. Enquanto que quem não presta fica por aqui atormentando a vida dos outros.
Maria José: Concordo totalmente com você.
Cena 13- Hospital- Tarde.
Marisa e Melissa dão de cara com Celso.
Marisa: Acabei de dar uma entrevista para a imprensa, que está em peso lá fora. – Ela se aproxima de Melissa. – Como foi a sua conversa com a Malu? Ela está bem?
Melissa: Tiveram que dar sedativos para ela. A coitada ficou tão transtornada com a notícia. – Ela faz cara de pena. – Já liberaram o corpo para o enterro?
Marisa: O Alberto, quando jovem, me fez jurar que se ele partisse antes de mim… eu deveria cremar o corpo dele.
Melissa: E a senhora vai fazer isso mesmo? – Ela se assusta.
Marisa: Para fazer essas coisas, é preciso que a pessoa antes de morrer, faça um registro no cartório… alegando que quer ser cremado, ao invés de enterrado.
Melissa: Então não tem como a senhora ir contra a vontade dele. E o velório? Quando vai ser?
Marisa: Você sabe que depois da morte do Rodolfo, eu fiquei muito traumatizada com isso tudo. – Os olhos dela enchem de lágrimas. – E velar o corpo dele… foi tão destruidor. Consumiu-me aos poucos. E por isso eu decidi que não farei velório para o Alberto.
Melissa: Talvez seja melhor assim. Pelo menos nos poupa de tanta dor. – Celso, que acabara de visitar Maria Letícia, esbarra nela.
Celso: Desculpe-me senho… – Ele percebe que é Melissa. – Ah! É você.
Marisa: O que vocês tá fazendo aqui? – Ela pergunta assustada. – Vai me dizer que veio tirar sarro de nossa cara pela morte do meu irmão?
Celso: O Alberto morreu? Eu nem sabia disso. – Ele se vira. – Aliás, eu tenho mais o que fazer do que ficar cuidando da vida de vocês. Poupe-me, né? – Ele sai, antes que Marisa e Melissa comecem a discutir com ele.
Cena 14- Clube Realeza- Tarde.
Jonathan e Rafael ficam tristes ao saberem da morte de Alberto.
Jonathan: E lá se foi o chefão. – Ele diz desligando a TV. – Ele era um homem tão bom. Não merecia isso.
Rafael: Tem razão. Ele foi a pessoa que mais nos ajudou. – Ele se emociona. – Mas, Deus sabe o que faz. Vamos voltar ao trabalho, tem muitas mesas a serem servidas.
Jonathan: Maria Luiza deve estar completamente desolada. – Ele comenta triste. – Queria tanto estar ao lado dela nesse momento difícil.
Rafael: Depois do que você fez. É bem capaz que ela não queira te ver nem pintado de ouro. Aliás, você não foi visitar ela um dia desses?
Jonathan: Sim. Mas, a prima dela não deixou que eu entrasse. O jeito vai ser esperar ela ter alta para… tentar consertar o que fiz.
Rafael: Depois que descobriu que ela não está grávida, você quer voltar? – Ele dá um sorriso. – Se eu fosse ela, não te perdoaria tão fácil. – Ele é sincero.
Cena 15- Apartamento de Leonardo- Tarde.
Leonardo e Cléber conversam sobre Frederico.
Cléber: Fiquei espantado com a história do seu boy. Dar golpe, eu nunca pensei que ele fosse disso.
Leonardo: Uma coisa é certa, ele só está fazendo isso porque a mãe dele o pressiona com esse papo de dinheiro. – Ele é compreensivo. – E pensar que ele queria dar um golpe na Malu, minha ex “noiva”.
Cléber: E nós pensando que ele estava te traindo. – Ele dá uma gargalhada. – Hoje ele mostrou que gosta muito de ti. Se eu fosse você dava valor, mas sempre com um pé na frente e outro atrás. Pois ele tentou enganar uma, não conseguiu, e agora está em outra.
Leonardo: É porque ele é bissexual, e poderia sim estar me traindo com aquela moça. Por que eu devo ficar com um pé na frente e outro atrás?
Cléber: Por que ele enganou duas meninas. Uma até se livrou das garras dele, mas a outra… está caindo no papo fiado do Fred. E assim como ele enganou ambas, ele pode enganar você. – Ele faz uma pausa. – Se é que já não está fazendo isso.
Leonardo: Acho que ele não seria capaz. – Ele tenta confiar em Frederico. – Porém, ele sabe fingir que está apaixonado muito bem.
Cena 16- Mansão Sales Couto de Sá- Noite.
Roberto revela que trouxe sua amante para jantar com a família.
Roberto: Boa noite, família. – Ele chega todo contente. Todas estão sentadas a mesa, jantando. – Nem me esperaram para o jantar. – Ninguém fala nada.
Daniele: Acho que sou a única que ainda falo com você por aqui. – Ela é falsa. – Não vai me dar nem um beijinho por isso? – Irônica.
Roberto: Enfim, eu trouxe uma companhia para jantar conosco. – Ele se vira. – Venha até aqui. – Michele entra e fica ao lado dele. Daniele se engasga ao vê-la. – Esta daqui é a minha amante, o nome dela é Michele.
Simone: Mas que palhaçada é essa? – Ela se levanta da cadeira, furiosa.
Roberto: Não foi você quem disse que queria saber quem era a minha amante? A atual? – Ele beija Michele na boca. – Este é só o começo de nossa grande e bela guerra.
Célia: O que você está querendo insinuar com isso?
Roberto: Eu não sou homem de insinuações. – Ele faz menção ao que ela já havia lhe dito há alguns capítulos. – Se Michele estiver de acordo, eu pretendo trazê-la para morar conosco. O que acham? – Há uma surpresa geral.
CONTINUA…